Lição 10 - Há um milagre em sua casa

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Há um milagre em sua casa - subsídio para lição bíblica

HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA

A história da multiplicação do azeite da viúva nos ensina várias lições. Mais uma vez somos desafiados não apenas a conhecer os fatos bíblicos, mas a crer e experienciar os mesmos em nossa vida, em nossa abençoada família, em nossa própria casa.

A LIÇÃO DAS DÍVIDAS (2 Rs 4:1-2)

Não temos informações sobre a causa do endividamento do marido daquela mulher. Provavelmente poderia ter sido em decorrência da grande crise econômica que assolara a nação. O que sabemos é que a dívida custaria a entrega dos seus dois filhos ao credor. Não sabemos também se aquela mulher tinha conhecimento da dívida contraída pelo marido antes de sua morte e da cobrança lhe feita. Nos dias atuais há muitas mulheres que desconhecem a situação financeira do seu marido, não sabendo quanto ganham, nem quanto devem. Há outras mulheres que não apenas conhecem, mas também cooperam para o endividamento do marido com gastos desnecessários e exorbitantes. O que sabemos nesta narrativa bíblica é que o marido daquela mulher viúva era temente a Deus. Era um homem temente a Deus e endividado.

São várias as causas das dívidas nos dias atuais, dentre as quais: A falta de planejamento e orçamento familiar, o consumismo desenfreado, a tentativa de viver num padrão acima da realidade, crise econômica e desemprego. Dave Anderson, em sua obra A Fé nos Negócios, na página 149, faz a seguinte observação:

Ao avaliarmos as crises financeiras que viram o mundo de pernas para o ar de tempos em tempos, vemos que elas normalmente são causadas por dívidas. As pessoas compram casas maiores e carros melhores do que poderiam e, depois, descobrem que não têm como arcar com os pagamentos ou com as taxas de juros cada vez mais altas. Essas questões tomam vulto e criam um efeito dominó na economia que faz os bancos fecharem, empresas declararem falência ou demitirem funcionários e o governo lançar mão de pacotes que geram ainda mais dívidas e déficits. Portanto, é possível cogitar que a dívida pode ser a causa da falta de moradia, do crédito arruinado, dos divórcios, das famílias desfeitas e dos suicídios.

A lição que a Bíblia nos ensina sobre a dívida é que ela pode ser resultado da desobediência a Deus (Dt 28:15, 44). Somos exortados a não dever nada a ninguém, a não ser o amor (Rm 13.8).

Algumas perguntas poderiam ser feitas a nós mesmos: Se morrêssemos hoje deixaríamos nossa família em dificuldades? Os credores apareceriam para cobrar o nosso cônjuge ou familiares? A dívida teria como ser paga?

Leia mais sobre a questão da dívida no post A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS.

A LIÇÃO DA HUMILDADE E DA FÉ (2 Rs 4:3-4)

Para não revelar nossas situações precárias de endividamento, da falta de suprimentos que disso resulta, deixamos muitas vezes de pedir ajuda aos pastores, irmãos em cristo, familiares, parentes, amigos e vizinhos. Fechamo-nos em nosso orgulho, e na necessidade de mantermos as aparências.

A mulher que herdou a dívida do marido começa demonstrando a sua humildade quando clama ao profeta pedindo-lhe socorro. A ordem do profeta foi “Vai, pede para ti vasos emprestados aos teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.” Haverá situações onde o milagre somente acontecerá em nossa casa com a demonstração de humildade de nossa parte, a humildade que não se envergonha de pedir ajuda.

A lição da humildade inclui também a disposição em obedecer ao profeta, que foi claro e direto. A obediência ao profeta é um ato de fé, e a fé é a certeza de coisas que se esperam (Hb 11:1a).

A LIÇÃO DA SOLIDARIEDADE (2 Rs 4:3)

A lição da solidariedade quem nos ensina são os vizinhos daquela mulher, que bondosamente lhe emprestam os vasos. Podemos deduzir com isso que aquela família e mulher se relacionavam bem com a vizinhança. Infelizmente há crentes que além do mau testemunho que dão, ainda são péssimos vizinhos. Existem crentes arrogantes (e/ou mal educados), que nem bom dia dão aos vizinhos. Alguns chegam a ser insuportáveis, chatos e inconvenientes. É necessário que nos relacionemos bem com os nossos vizinhos, pois além do bom testemunho que devemos dar, um dia poderemos precisar da solidariedade deles.

A LIÇÃO DO TRABALHO E DA COOPERAÇÃO (2 Rs 4:5)

O milagre foi precedido e acompanhado pelo trabalho da mulher em encher os vasos com o azeite. O milagre exige por vezes atitude, determinação e disposição de nossa parte. Tal verdade pode ser testemunhada em outros milagres narrados na Bíblia, onde foi necessária uma ação humana antes de suas realizações (Js 6:1-5; 2 Rs 5:9-14; Jo 2:7-11; Jo 9:6-7; Jo 11:39-44).

A lição da cooperação quem nos dá são os filhos da mulher, que lhe traziam os vasos para serem cheios de azeite.  Todos na família devem cooperar para o bem comum, para a superação das dificuldades. Batalhemos por uma maior união e cooperação da família em meio às crises e calamidades. A unidade na família coopera para que milagres aconteçam.

A LIÇÃO DO MILAGRE (2 Rs 4:6)

Há situações das quais não sairemos, a não ser que Deus trabalhe em nosso favor, e que em graça e soberania intervenha com um milagre. O milagre de Deus beneficia os necessitados e glorifica o seu nome. O milagre de Deus não deve servir para promover igrejas, pastores, pregadores ou quem quer que seja. O milagre não deve ser utilizado como meio de exploração daquele que o  recebe,    como se fosse preciso “pagar” pelo mesmo com ofertas in-voluntárias, e sob ameaças de maldições.

Quem mercantiliza milagres, quem negocia com os dons de Deus, a seu tempo colherá os frutos de sua iniquidade (Mt 7:21-23).

A LIÇÃO DA PROVISÃO ABUNDANTE (2 Rs 4:7)

O Senhor cuida de seus filhos, e garante o suprimento de suas necessidades básicas através de todos os meios e recursos que dispõe:

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6:31-34)

Na vida daquela mulher e naquela casa, Deus fez mais do que se pedia ou se pensava (Ef 3:20). Ele não apenas proveu as condições necessárias para a quitação da dívida, mas também para a subsistência daquela família.

O pão nosso de cada dia ele provê diariamente (Mt 6:11).

O Pai celestial cuida de mim e de você. Ele nos ama.

SUGESTÃO PEDAGÓGICA: Compartilhe a sua experiência, e/ou abra espaço para que os seus alunos possam testemunhar de milagres vivenciados na área da provisão de Deus em suas casas.

Fonte: http://www.altairgermano.net/2013/03/ha-um-milagre-em-sua-casa-subsidio-para.html   Acesso em 07 mar. 2013.

Lição 10 - Há um milagre em sua casa I Plano de Aula

1º SLIDE INTRODUÇÃO

- Iniciamos o segundo bloco do trimestre, dedicado ao ministério do profeta Eliseu, que fez o dobro de milagres que Elias.

- O milagre, entendemos no ministério de Eliseu, é uma demonstração do amor de Deus ao homem, mas também da necessidade que o homem tem de glorificar a Deus.

I – O QUE É E QUAL A FINALIDADE DO MILAGRE NA OBRA DE DEUS

- Estamos dando início ao segundo e último bloco deste trimestre, dedicado ao estudo do ministério do profeta Eliseu.

- Sem observar a ordem cronológica, estudaremos o quinto milagre de Eliseu, a saber, o milagre da multiplicação do azeite da viúva de um dos filhos dos profetas pela instrumentalidade de Eliseu, a fim de que tenhamos ideia do significado dos milagres na obra de Deus.

2º SLIDE

- O milagre é elemento indispensável na obra de Deus, pois, através dele, percebemos que Deus intervém na ordem natural das coisas por amor ao homem, sente por ele compaixão.

- Embora seja elemento indispensável e necessário para a realização da obra de Deus, o milagre não vale em si mesmo. Faz-se absolutamente necessário que o milagre sirva para a glorificação do Senhor e como sinal confirmador da Sua Palavra.

3º SLIDE

- “Milagre” - “algo espantoso, admirável, extraordinário”; “ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais”; “fato ou acontecimento fora do comum, que Deus realiza para confirmar o Seu poder, o Seu amor e a Sua mensagem.”

- Os milagres existem, pois estão narrados na Bíblia Sagrada, que é a verdade (Jo.17:17), sendo, ademais, uma demonstração de que Deus não só existe, é distinto da Sua criação, como também é um participante dela.

4º SLIDE

- Os ministérios de Elias e de Eliseu foram caracterizados pela ocorrência de sinais, prodígios e maravilhas, pois ambos foram levantados para promover a restauração espiritual do povo de Israel e a presença de sinais era uma demonstração do amor de Deus para com o povo, algo fundamental para que Israel voltasse a servir ao Senhor.

- Ambos os profetas realizaram, conjuntamente, 21 sinais, sendo 7 de Elias e 14 de Eliseu, a saber:

5º SLIDE II – UMA VIÚVA DE UM DOS FILHOS DOS PROFETAS VAI À PRESENÇA DO PROFETA ELISEU

- Eliseu ganhara notoriedade nacional por ter milagrosamente obtido água para os exércitos de Israel, Judá e Edom na guerra que eles empreendiam contra Moabe e, portanto, sedimentara a sua condição de sucessor de Elias.

- Uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas foi ao encontro do profeta para clamar-lhe pois seu marido havia morrido e deixado dívidas que eram impagáveis e, por isso, os credores estavam para levar os seus filhos como escravos, em pagamento da dívida (II Rs.4:1).

6º SLIDE

- Lições que a notícia desta dívida deixada pelo marido falecido daquela mulher nos deixa (I):

a) a dívida era do marido - ter dívidas não significa que a pessoa está em pecado. Aquele homem morreu devendo, mas era servo de Deus.

b) embora ter dívidas não seja um elemento que comprometa a salvação de alguém, é, certamente, uma situação que se deve evitar ao máximo, pois causa danos a terceiros que, muitas vezes, sofrerão por causa de nosso mau planejamento (Rm.13:8).

7º SLIDE

- Lições que a notícia desta dívida deixada pelo marido falecido daquela mulher nos deixa (II):

c) a dívida deixada não fora gerada por motivos egoísticos nem pecaminosos – o devedor temia ao Senhor;

d) nossa vida sobre a face da Terra é temporária e não temos como assegurar que viveremos até tal tempo ou até tal época – precisamos ser previdentes e pensar no futuro de nossos entes queridos que dependem de nós economicamente.

e) a busca ao profeta era um pedido de exercício de misericórdia e compaixão, algo que superava o rigor da lei – a lei não tem condições de salvar, mas somente a graça de Deus.

8º SLIDE III – ELISEU DÁ A ESTRATÉGIA PARA A VIÚVA DE UM DOS FILHOS DOS PROFETAS

- O profeta Eliseu disse àquela mulher: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa” (I Rs.4:2a). Nesta simples declaração do profeta, temos grandes lições a aprender, a saber:

a) o profeta deveria agir com amor, com compaixão para com aquela mulher e amor importa em atitudes concretas;

b) .o milagre de multiplicação parte do que temos em nós e estamos dispostos a pôr nas mãos de Deus.

9º SLIDE

- A declaração da viúva de que só tinha uma botija de azeite em casa era uma atitude de fé, de confiança em Deus.

- A incredulidade impede que Deus realize milagres em nossas vidas (Mt.13:58).

10º SLIDE

- A declaração da mulher de que não tinha coisa alguma a não ser uma botija de azeite também demonstrava a honestidade daquela viúva.

- Ela era justa e estava na integral dependência de Deus. O milagre era absolutamente necessário.

11º SLIDE

- Ante esta declaração da viúva, o profeta, então, passa a dar a devida orientação para aquela mulher. Mandou que ela fosse até os vizinhos e pedisse vasos emprestados, vasos vazios e não poucos (II Rs.4:3).

- A mulher tinha uma ótima convivência com os seus vizinhos, sabia se comportar na sociedade, tinha bom testemunho. Não fosse assim, como poderia ela obter vasos vazios, não poucos da vizinhança.

12º SLIDE

- Depois de conseguir os vasos vazios, não poucos, a viúva deveria entrar na sua casa, fechar a porta sobre ela e sobre seus filhos e deitar o azeite em todos aqueles vasos, e pôr à parte o que estivesse cheio (II Rs.4:4).

- Tendo desfrutado da confiança e credibilidade que seu bom testemunho gerara na comunidade, a viúva deveria, então, recolher-se à intimidade do seu lar e da sua intimidade com Deus. É absolutamente necessário que, para que o milagre de Deus opere, tenhamos um círculo de intimidade pessoal e familiar com o Senhor.

13º SLIDE

- A estratégia do profeta ensina-nos que não só em nossa convivência diária não podemos comunhão com os que não servem a Deus, mas também para que o poder de Deus opere em nossas vidas.

- Eliseu mandou que, assim que recolhidos os vasos e fechada a porta, a viúva, juntamente com seus filhos, começasse a derramar o azeite nos vasos.

14º SLIDE

Lições que aprendemos com a estratégia dada pelo profeta àquela mulher:

a) a operação divina não prescinde do trabalho humano;

b) o milagre não dispensa a colaboração de todos na família;

c) a multiplicação se dava à medida que a mulher derramava o azeite da botija no vaso vazio que lhe era apresentado. “…O meio de aumentar o que temos é usando; para Ele, o que temos deve ser dado, não é enterrando os talentos mas os negociando que nós os duplicamos…” (Matthew Henry);

d) o milagre realiza-se quando há integral obediência ao Senhor.

15º SLIDE

- A mulher fez conforme à ordem do profeta e, quando cessaram os vasos e o azeite parou, voltou até a presença do profeta para narrar o que tinha acontecido.

- A mulher buscou orientação divina para que o milagre ocorresse, mas também para o que fazer diante do milagre.

16º SLIDE

- O profeta, então, deu-lhe a devida orientação. Aquela multiplicação ocorrera não só para que ela pagasse a dívida, mas que ela tivesse com que viver a partir de então.

- Deveria ela pegar todo aquele azeite e vendê-lo. Com o dinheiro obtido da venda, deveria pagar a dívida e viver do resto (II Rs.4:7).

17º SLIDE

- Mais uma vez vemos que o milagre de Deus não dispensou o trabalho, agora o trabalho de venda do azeite. Com o milagre, nós temos de continuar a nossa vida terrena, glorificando a Deus e exaltando, com as nossas atitudes, o Senhor.

- Milagre não é instrumento para nos dar uma vida ociosa nem uma autorização para estacionarmos nossa jornada espiritual aqui na Terra.

18º SLIDE

- O milagre teve um efeito pedagógico. Dali para a frente, aquela viúva e seus filhos deveriam cuidar para que não caíssem mais naquela situação desesperadora.

- A prudência que faltara ao filho dos profetas temente a Deus, agora não mais faltaria naquela família. O Senhor já produzira um “fundo” que seria a base para a sobrevivência daquela família, para que nunca mais os herdeiros do finado ficassem desamparados.

19º SLIDE

- Deus mostrou, através do Seu profeta, o grande amor que tinha não só para com aquela viúva e seus filhos, mas com todos os que serviam a Deus fielmente como o finado filho do profeta.

- O nome do Senhor foi glorificado e o Senhor provou, uma vez mais, para um Israel que ainda coxeava entre dois pensamentos, que Ele era o verdadeiro Deus provedor e não, Baal.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Lição 10 - Há um milagre em sua casa I

Os sinais no ministério de Eliseu evidenciam que milagre é feito em virtude do amor de Deus ao homem e da necessidade de o homem glorificar a Deus.

INTRODUÇÃO

- Iniciamos o segundo bloco do trimestre, dedicado ao ministério do profeta Eliseu, que fez o dobro de milagres que Elias.

- O milagre, entendemos no ministério de Eliseu, é uma demonstração do amor de Deus ao homem, mas também da necessidade que o homem tem de glorificar a Deus.

I – O QUE É E QUAL A FINALIDADE DO MILAGRE NA OBRA DE DEUS

- Estamos dando início ao segundo e último bloco deste trimestre, dedicado ao estudo do ministério do profeta Eliseu. Por ter Eliseu se sobressaído na história sagrada como o profeta que mais milagres fez em Israel depois de Moisés, entendeu nosso comentarista de, na primeira lição, sem observar a ordem cronológica, estudar o milagre da multiplicação do azeite da viúva de um dos filhos dos profetas pela instrumentalidade de Eliseu, a fim de que tenhamos ideia do significado dos milagres na obra de Deus.

- O milagre é elemento indispensável na obra de Deus, pois, através dele, percebemos que Deus intervém na ordem natural das coisas por amor ao homem, sente por ele compaixão. É um dado que confirma que Deus ama o ser humano e que está disposto a salvá-lo. Não é à toa que o profeta cujo nome significa “Deus é salvação” ou “Deus salva” (Eliseu) tenha sido o profeta que mais milagres fez no Antigo Testamento depois de Moisés.

- No entanto, embora seja elemento indispensável e necessário para a realização da obra de Deus, o milagre não vale em si mesmo, não pode ser considerado separadamente, nem como elemento autenticador isolado da presença e do agrado de Deus no ministério de alguém. Faz-se absolutamente necessário que o milagre sirva para a glorificação do Senhor e como sinal confirmador da Sua Palavra.

- “Milagre” é uma palavra de origem latina, de “miraculum”, “algo espantoso, admirável, extraordinário”. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais”. Na Bíblia On Line da Sociedade Bíblica do Brasil, milagre é conceituado como “fato ou acontecimento fora do comum, que Deus realiza para confirmar o Seu poder, o Seu amor e a Sua mensagem.”

OBS: É interessante a definição dada por um texto islâmico de milagre que, por sua biblicidade, aqui transcrevemos: “Um milagre é definido como um acontecimento extraordinário que não seria possível sob condições normais e que é realizado por Deus através dos Profetas que Ele enviou como Seus Representantes para confirmar sua veracidade.…” (ZIAD, Mohamad. Que é um milagre? Disponível em: http://br.geocities.com/slidesislamicos/jesus_missao1.htm Acesso em 10 jan. 2008)

- A palavra “milagre”, na Versão Almeida Revista e Corrigida, surge apenas seis vezes (Ex.7:9; Mc.6:52; 9:39; Jo.4:54; 6:14 e At.4:22), mas a Bíblia registra, no Antigo Testamento, 67 milagres e, em o Novo Testamento, 20 milagres dos discípulos de Jesus, além de descrever 36 milagres de Jesus, embora faça menção a milagres do Senhor em outras 17 oportunidades, sem mencionar os milagres não registrados. Os milagres, entretanto, nem sempre são traduzidos para “milagre”, sendo comum o emprego de outras palavras como “maravilhas”, “sinais”, “prodígios” e “obras”.

- Em Ex. 7:9, a palavra “milagre” é tradução do hebraico “môphet” (מןפת), cujo significado é, precisamente, o de “algo admirável”, “uma demonstração do poder de Deus”. Em Mc. 9:39, a palavra “milagre” é tradução de “dynamis” (δύναμις), que tem o significado de “poder”, “poder em ação”, enquanto que, nas outras três referências (Jo.4:54; 6:14 e At.4:22), a palavra “milagre” é tradução de “semeion” (σημειον), cujo significado é “sinal”, “marca”, “acontecimento extraordinário, incomum que manifesta que alguém é vindo da parte de Deus”.

OBS: Não fizemos menção de Mc.6:52, pois a palavra “milagre”, neste texto, não se encontra no original, tanto que está em itálico na Bíblia, pois é um acréscimo feito pelo tradutor para que o texto tivesse sentido claro na língua portuguesa.

- O que se percebe, pois, é que “milagre” é um acontecimento que causa admiração, que não é comum. Por quê? Porque é um fato que foge à explicação das leis naturais, é uma ocorrência que não se consegue explicar, que aparentemente contradiz a ordem natural das coisas. Por isso, o milagre é uma demonstração de que Deus criou o mundo, não Se confunde com a Sua criação e, além disso, participa desta criação, fazendo intervenções que modificam as leis por Ele mesmo estabelecidas, quando isto é da Sua vontade e atende aos Seus sublimes propósitos.

- Não é por outro motivo, aliás, que os que não reconhecem a existência de Deus (ateus), ou entendem que Deus e natureza se confundem (panteístas) ou, então, que Deus, embora seja distinto da natureza, nela não intervém (deístas) sejam, também, pessoas que não admitem a existência de milagres, incluídos nestes grupos, pasmemos todos, até supostos “evangélicos” e “teólogos”.

- Usando de argumentos aparentemente lógicos, muitos dizem não ser possível a existência de milagres, pois, sendo Deus imutável e não contradizente, não poderia mudar as leis que criou. Se o milagre é uma mudança, uma alteração das leis da natureza, um acontecimento extraordinário, fora do normal, tem-se que não pode existir, diante da imutabilidade de Deus. Assim, ou o milagre é um acontecimento natural, que o homem não tem conhecimento suficiente para explicar e, portanto, rigorosamente não é um milagre, mas um fato natural que o homem, por ignorância, não sabe explicar, ou, então, é apenas uma fantasia, uma ilusão, pois Deus não pode negar-Se a Si mesmo e, portanto, não pode modificar as leis que criou.

- Este argumento, que não é novo, mas se encontra muito em voga em nossos dias, notadamente naquilo que o pastor Ciro Sanches Zibordi denominou de “evangelho filosófico” e “evangelho teologicocêntrico”, embora tenha a sua lógica, não corresponde à verdade dos fatos. Por primeiro, a própria ciência admite a sua insuficiência e precariedade, tanto que muitos filósofos da ciência estão a dizer que a “verdade científica” é, por natureza, “provisória”. Se assim é, não há como considerar que a ciência possa invalidar os milagres ou negá-los, se admite a sua própria ignorância sobre tudo o que ocorre no universo. Como dizia Shakespeare, “há entre os céus e a terra mais mistérios do que possa imaginar a nossa vã filosofia”. Assim, como considerar que os milagres não existem porque não se podem violar as leis naturais, se nem conhecemos estas mesmas leis?

OBS: “…Enquanto o evangelho teologicocêntrico (…) se fundamenta no que os teólogos dizem de Deus e Sua obra, o filosófico se baseia no conhecimento adquirido por meio do exercício do raciocínio humano. No entanto, estes evangelhos se misturam, haja vista terem como principal característica a negação parcial das verdades da Palavra de Deus…” (ZIBORDI, Ciro Sanches. Evangelhos que Paulo jamais pregaria, p.117).

- Por segundo, este raciocínio parte do princípio de que Deus não pode mudar as leis que estabeleceu, como se a criação não tivesse como pressuposto o fato de que o Criador é o dono da criação (Sl.24:1). Ora, a soberania divina não pode ser anulada pelo Senhor, pois Ele não pode negar-Se a Si mesmo (II Tm.2:13). Portanto, a intervenção de Deus na criação é sempre uma possibilidade, pois Deus está acima da criação, visto que ela Lhe é sujeita (I Co.15:27,28). Deus tem propósitos que, ou nos são revelados, ou permanecem ocultos para nós, mas o fato é que, para cumpri-los, mantendo a Sua fidelidade e senhorio, sem qualquer dificuldade altera as leis naturais, pois acima delas está o caráter divino e a Sua soberania. Tanto assim é que este universo desaparecerá (Ap.21:1), para que o Senhor cumpra o Seu propósito de habitar com os homens num ambiente sem qualquer injustiça (Ap.21:3).

OBS: “…Deus indica, com os milagres, os limites do conhecimento e a tecnologia que o gênero humano pode alcançar. A diferença entre um milagre e os avanços tecnológico-científicos é que, enquanto os Profetas são capazes de realizar milagres sem instrumentos ou tecnologia, as pessoas simples e normais podem ter sucesso em atos similares somente com ajuda do material e a tecnologia que eles produziram.…” (ZIAD, Mohamad. op.cit.)

- Os milagres existem, pois estão narrados na Bíblia Sagrada, que é a verdade (Jo.17:17), sendo, ademais, uma demonstração de que Deus não só existe, é distinto da Sua criação, como também é um participante dela. Os milagres mostram, assim, a participação divina na criação e, mui especialmente, na vida dos seres humanos, a coroa da criação terrena. São uma prova do desejo de Deus de nos fazer companhia e de estabelecermos com Ele um relacionamento pessoal e eterno.

OBS: Por sua biblicidade, transcrevemos aqui o que diz a respeito o Catecismo da Igreja Romana: “156. O motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz de nossa razão natural. Cremos ‘por causa da autoridade de Deus que revela e que não pode nem enganar-se nem enganar-nos’. ‘Todavia, para que o obséquio de nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados das provas exteriores de sua Revelação. Por isso, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, sua fecundidade e estabilidade ‘constituem sinais certíssimos da Revelação, adaptados à inteligência de todos’, ‘motivos de credibilidade’ que mostram que o assentimento da fé não é ‘de modo algum um movimento cego do espírito’.

- Assim, não é coincidência que os ministérios de Elias e de Eliseu tenham sido caracterizados pela ocorrência de sinais, prodígios e maravilhas. Conforme temos visto ao longo do trimestre, estes dois homens de Deus foram levantados para promover a restauração espiritual do povo de Israel e a presença de sinais era uma demonstração do amor de Deus para com o povo, algo fundamental para que Israel voltasse a servir ao Senhor. Ambos os profetas realizaram, conjuntamente, 21 sinais, sendo 7 de Elias e 14 de Eliseu, a saber:

Milagres de Elias

1. Orou para não chover (I Rs.17:1; Tg 5:17)

2. Aumentou o azeite e farinha da viúva (I Rs.17:14,16);

3. Deu vida ao filho da viúva de Sarepta de Sidom (I Rs.17:21-23)

4.Orou para chover (I Rs.18:42,45; Tg.5:17)

5. Orou e 51 homens são consumidos pelo fogo (II Rs. 1:10)

6. Orou e mais 51 homens são consumidos pelo fogo (II Rs.1:17)

7. Com sua capa abriu o rio Jordão (II Rs. 2:8)

Milagres de Eliseu

1. Abriu o rio Jordão (II Rs.2:14)

2. Sarou as águas de Jericó (II Rs.2:22-23)

3. 42 adolescentes despedaçados por duas ursas (II Rs. 23:24)

4. Providenciou água a três reis e seus exércitos (II Reis 3:15, 16, 20)

5. Aumentou o azeite da viúva de um dos filhos dos profetas (II Rs. 4:6,7)

6. Ressuscitou o filho da sunamita (II Rs. 4:19,35)

7. Tirou a morte da panela (II Rs.4:41)

8. A multiplicação dos pães (II Rs.4:42-44)

9. Curou Naamã da lepra (II Rs. 5:14)

10.Colocou lepra de Naamã em Geazi, seu auxiliar (II Rs.5:27)

11. Fez flutuar um machado (II Rs.6: 6,7)

12. Cegou o siros (II Rs. 6:18)

13. Devolveu-lhes a visão (II Rs.6:20)

14. Depois de morto ressuscitou um defunto (II Rs.13:21).

Fonte em que se baseou a listagem: VILLON, Samuel. Elias e Eliseu – Unção dobrada. Disponível em: http://teologiatotal.blogspot.com.br/2010/07/elias-e-eliseu-uncao-dobrada.html Acesso em 02 jan. 2013.

- A ocorrência de sinais nos ministérios de Elias e de Eliseu, portanto, tinha o propósito de mostrar a Israel que, ao contrário do que eles pensavam, o Senhor estava, sim, interessado no dia-a-dia dos Seus filhos na terra de Canaã, o Senhor os amava e queria que eles O servissem em retribuição a este amor incondicional.

- Em vez de um “toma-lá-dá-cá” que caracterizava o culto a Baal, como, aliás, todas as religiões politeístas, em que a divindade somente agiria em favor do homem se fosse devidamente “presenteado” pelo ser humano por meio de ofertas e sacrifícios, o Senhor mostrava, através dos milagres, que tinha o absoluto controle de todas as coisas, que não dependia do homem para fazer algo, mas que estava interessado em ter com o homem comunhão, exigindo-lhe apenas a santidade e a adoração.

- Da mesma forma, nos dias em que vivemos, o Evangelho precisa ser confirmado com sinais e maravilhas, para que, de forma concreta, o homem veja que o Senhor não está distante de nós, ama-nos e quer que O sirvamos de todo o nosso coração, precisamente para que com Ele possamos desfrutar de uma eternidade de delícias e de glória.

II – UMA VIÚVA DE UM DOS FILHOS DOS PROFETAS VAI À PRESENÇA DO PROFETA ELISEU

- Depois de termos visto o papel do milagre, vamos, então, estudar o milagre que o nosso comentarista selecionou para analisarmos nesta lição, saindo, assim, da ordem cronológica, já que este é o quinto milagre de Eliseu mencionado nas Escrituras Sagradas.

- Após ter ganhado notoriedade nacional por ter milagrosamente obtido água para os exércitos de Israel, Judá e Edom na guerra que eles empreendiam contra Moabe e, portanto, ter sedimentado a sua condição de sucessor de Elias, o profeta Eliseu se vê envolvido em uma situação assaz delicada.

- A Bíblia diz que uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas foi ao encontro do profeta para clamar-lhe pois se encontrava em uma situação extremamente delicada. Seu marido havia morrido e deixado dívidas que eram impagáveis e, por isso, os credores estavam para levar os seus filhos como escravos, em pagamento da dívida (II Rs.4:1).

- A tradição judaica diz que este “filho dos profetas” seria Obadias, o mordomo do rei Acabe, que teria contraído as referidas dívidas quando da longa seca sobre Israel, a fim de que sustentasse os cem profetas do Senhor (cfr. I Rs.18:4,13). É o que afirma o historiador judeu Flávio Josefo, em trecho que transcrevemos: “…A viúva de Obadias, mordomo do rei Acabe, veio dizer ao profeta que não tendo meios de restituir o dinheiro que seu marido tinha emprestado para alimentar os cem profetas que certamente sabia ter ele salvo da perseguição de Jezabel, seus credores queriam tomá-la como escrava e aos seus filhos também. E na dificuldade em que se encontrava recorrera a ele e rogava-lhe que tivesse piedade dela.…” (Antiguidades Judaicas IX, 2, 378. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso, v.1, p.202).

- Por primeiro, é importante observar que a dívida de que se trata aqui é, mesmo, do finado marido, um filho de profeta que temia ao Senhor. Desta maneira, vemos, de pronto, que o fato de alguém morrer deixando dívidas não quer dizer que se tratava de uma pessoa ímpia ou amaldiçoada, como defendem os falsos ensinadores da teologia da prosperidade. Ter dívidas não significa que a pessoa está em pecado. Aquele homem morreu devendo, mas era servo de Deus.

- Por segundo, vemos, também, que, embora ter dívidas não seja um elemento que comprometa a salvação de alguém, é, certamente, uma situação que se deve evitar ao máximo, pois causa danos a terceiros que, muitas vezes, sofrerão por causa de nosso mau planejamento. Não é por outro motivo que o apóstolo Paulo recomenda que não devamos dever nada a não ser o amor (Rm.13:8).

- Em dias de consumismo desenfreado, em que as pessoas são avaliadas pelo que compram e adquirem, é essencial que os servos do Senhor, que amam a Deus e não às riquezas (Mt.6:24), fujam deste laço maligno e não comprometam o seu orçamento com futilidades e coisas desnecessárias, que somente causarão males aos seus familiares, caso ocorra uma situação como a que enfrentava aquela viúva, ou seja, a morte daquele que sustentava a casa e que deveria providenciar o pagamento das dívidas.

- Deve-se, aliás, verificar que, em sendo acolhida a versão da tradição judaica, a dívida contraída tinha por objetivo salvar a vida de servos de Deus, era uma atitude que visava o bem-estar da obra de Deus, levava em conta pessoas e não, coisas, tinha em vista o amor ao próximo e não o sentimento egoísta que vemos no consumismo de nossos dias, de sorte que também não serve este episódio como justificativa ou desculpa para comportamentos totalmente contrários à vontade de Deus como vemos em nossos dias. Como afirma o comentarista bíblico Matthew Henry (1662-1714): “…ele morreu pobre e devia mais do que possuía.Ele não contraiu suas dívidas por prodigalidade, luxúria ou uma vida devassa, porque ele era alguém que temia o Senhor e, portanto, não se atreveu permitir a si mesmo tais condutas: mas não somente isto, a religião obriga os homens a não viver acima do que têm, nem gastar mais do que Deus os dá, não, não em despesas, ainda que legítimas…” (Comentário bíblico completo. I Rs.4:1-7. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/matthew-henry-complete/2-kings/4.html Acesso em 02 jan. 2013) (tradução nossa de texto original em inglês).

- Diz a Bíblia que devemos o amor às pessoas e este amor nos leva a ajudar os necessitados (I Jo.3:16-18) e era isto o que havia feito o finado marido daquela viúva. Assim, a dívida material era decorrência da dívida de amor e, por isso, é que o Senhor interveio, através do profeta, para solucionar a questão, pois o Senhor honra aqueles que O honram (I Sm.2:30). Não há, pois, qualquer base bíblica para se utilizar esta passagem para devedores que se endividaram única e exclusivamente por amor próprio, por egoísmo e desejo de desfrutar de prazeres e conforto que não estavam ao alcance de seu nível econômico-financeiro.

- Há uma interpretação segundo a qual a dívida seria da mulher que, diante da viuvez, teria feito dívidas que não teria conseguido honrar e daí a situação que estava a passar. Entendem os que assim pensam que não seria possível que um homem temente a Deus deixasse sua casa em má situação econômico-financeira.

- Com o devido respeito a quem assim pensa, não compartilhamos deste raciocínio, por duas razões, a saber: a primeira é que a tradição judaica entende que a dívida era do marido e, mais ainda, de Obadias, o mordomo do rei Acabe, a indicar a razão sublime de tal endividamento; a segunda é que a viúva não teria condições de causar tal endividamento, diante da situação da mulher naquele tempo, que torna irrazoável pensar que pudesse ter crédito na praça, naquela condição, para causar um tão grande endividamento.

- Por terceiro, esta circunstância mostra-nos, também, que, ainda que tementes a Deus, não podemos fugir da realidade de que nossa vida sobre a face da Terra é temporária e não temos como assegurar que viveremos até tal tempo ou até tal época. A morte, quase sempre, vem inesperadamente a cada um de nós e, por isso, cientes desta condição do ser humano, temos de ter cuidado para que, em vindo a morte, não venhamos a desamparar de um dia para outro os nossos familiares, aqueles que dependem de nós para a sua sobrevivência.

- Assim sendo, devemos cuidar para que haja sempre uma reserva financeira para a subsistência imediata de nossos familiares, de nossos dependentes, em havendo a nossa falta. Muitos interpretam erroneamente a fala de Cristo Jesus dizendo que “basta a cada dia o seu mal” (Mt.6:34), como sendo uma “senha” de Nosso Senhor para que não poupe, para que não haja a formação de um patrimônio para ser usufruído no dia da adversidade. Nada mais falso, porém!

- A Bíblia Sagrada diz claramente que os servos do Senhor devem ser previdentes, prudentes e isto inclui a formação de um patrimônio que possa ser desfrutado em momentos de adversidade, até porque o dia da adversidade é uma realidade na vida de todo ser humano sobre a face da Terra, inclusive para que saibamos do caráter passageiro que temos nesta vida (Ec.7:14).

- Como se não bastasse isso, o proverbista ensina-nos que devemos observar as formigas, imitando-as, para que saibamos armazenar no momento da prosperidade para que, quando da adversidade, não venhamos a sofrer carências e necessidades (Pv.30:25).

- Por fim, a atitude previdente e prudente de armazenarmos o necessário para o dia da adversidade quando estamos no momento da prosperidade revela, sobretudo, o amor que temos ao próximo, é uma demonstração da dívida de amor que temos para com os outros, em especial, dos nossos familiares, pois quem não cuida dos seus é pior do que o infiel (I Tm.5:8). Não se trata de uma inquietação pelo futuro, de falta de confiança em Deus, mas, sobretudo, de reconhecimento de que Deus tanto cuida de nós que nos providencia que tenhamos alguma sobra nos dias da abastança para que seja utilizada no dia da adversidade, como é o dia em que o arrimo de família parte para a eternidade para os seus familiares.

- Por quarto, é importante verificar que a viúva vai até Eliseu não para denunciar uma injustiça, mas para pedir a compaixão do profeta, uma orientação, visto que a situação em que se encontrava era plenamente coberta pela lei de Moisés.

- A escravidão por dívidas era permitida na lei mosaica, sendo, aliás, o único caso em que se permitia a escravidão de israelitas, escravidão esta que deveria durar seis anos (Ex.21:2-6; Jr.34:8-11; Ne.5:1-5). Desta maneira, não se podia dizer que os credores da viúva estavam sendo injustos, conquanto, sem dúvida, não estivessem a exercitar o amor e a misericórdia. Mas o fato é que estavam dentro da lei.

- Além da lei, a viúva dos filhos dos profetas corre até Eliseu, a fim de ter uma solução que revelasse todo o amor de Deus, toda a Sua misericórdia, toda a Sua graça. Recorrer a Eliseu era recorrer a Deus. Aquela viúva sabia que Eliseu era o homem de Deus de seus dias, era o instrumento levantado pelo Senhor para o povo de Israel. Aquela viúva tinha consciência de que Eliseu traria a ela a necessária compaixão divina, algo que estava além do rigor da lei.

- A salvação do homem está além da lei. Pela lei de Moisés, ninguém pode obter a salvação (Gl.3:11). É preciso ir além, é preciso que o amor de Deus se manifeste em prol do homem. Por isso, os milagres de Eliseu, como afirma o comentarista bíblico Matthew Henry, são sempre “…milagres para uso, não para demonstração; este aqui lembrado [o milagre da multiplicação do azeite da viúva, observação nossa] foi um ato real de amor. Assim também foram os milagres de Cristo, não apenas grandes maravilhas, mas grandes favores para aqueles pelos quais eles foram realizados. O Senhor magnífica Sua bondade com o Seu poder…” (HENRY, Matthew. Comentário bíblico completo. I Rs.4:1-7. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/matthew-henry-complete/2-kings/4.html Acesso em 02 jan. 2013) (tradução nossa de texto original em inglês).

- Por quinto, devemos aqui assinalar é que a viúva dos filhos dos profetas foi ao encontro de Eliseu não apenas porque ele fora nacionalmente reconhecido como o sucessor de Elias, mas, também, porque se tratava de alguém que conhecia o finado marido daquela mulher. Como bom líder, Eliseu tinha conhecimento daqueles que estavam com ele. A mulher sabia que Eliseu sabia do bom testemunho de seu marido e, por isso, teve a ideia de, no momento de desespero, recorrer ao homem de Deus.

- É imprescindível que o líder tenha conhecimento de seus liderados, seja uma pessoa que se relaciona com eles. Já dissemos, na lição 8, que Eliseu, logo no limiar do seu ministério, soube ter empatia com os filhos dos profetas, que queriam procurar o corpo de Elias. Um bom líder é aquele que estabelece relações com os seus liderados, que não se distancia deles, que sabe ouvi-los, pois só assim terá credibilidade diante deles.

III – ELISEU DÁ A ESTRATÉGIA PARA A VIÚVA DE UM DOS FILHOS DOS PROFETAS

- Assim que ouviu o relato desesperado daquela viúva, o profeta Eliseu disse àquela mulher: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa” (I Rs.4:2a). Nesta simples declaração do profeta, temos grandes lições a aprender.

- A primeira lição é a de que o profeta entendeu que deveria agir com amor, com compaixão para com aquela mulher. Ele conhecia o bom testemunho do finado marido, que era um homem temente a Deus e que, portanto, aquela dívida não era fruto de qualquer atitude pecaminosa. Atender àquela mulher era imperioso, pois estava em jogo a própria fidelidade a Deus. Estávamos diante de uma “causa justa”.

- É preciso termos o mesmo raciocínio do profeta, em dias tão difíceis como os que estamos a viver. Eliseu percebeu que a escravização dos dois filhos daquela viúva levaria a um escândalo no meio dos servos do Senhor, particularmente entre os filhos do profetas. Conquanto fosse legal a atitude do credor, tal circunstância seria um demérito à obra do Senhor, num momento em que Israel ainda não havia se libertado do culto a Baal.

- Eliseu compreendeu que deveria demonstrar o amor de Deus mediante uma atitude de amor ao próximo àquela mulher, para que todos entendessem, a começar do próprio credor, que Deus amava Israel e que valia a pena servi-l’O. Se razão tiver a tradição judaica, então, era uma questão de singular importância mostrar que Deus não desamparava a descendência do justo Obadias, que Deus continuava a cumprir a Sua Palavra, segundo a qual jamais a descendência do justo viria a mendigar o pão (Sl.37:25). Era imperioso mostrar que vale a pena servir a Deus, manter-se fiel a ele num período de grande apostasia.

- O amor ao próximo, que traduz o nosso amor a Deus em termos concretos e visíveis aos olhos dos demais homens (I Jo.4:20,21), exige que tenhamos atitudes, que façamos algo. Não se pode amar senão por meio da realização de obras, não por simples palavras. Em sendo assim, Eliseu foi bem objetivo: “que te eu hei de fazer?” Para ajudar aquela mulher, o profeta tinha de FAZER alguma coisa. Temos demonstrado amor ao próximo deste modo, ou somos apenas pessoas que FALAM de amor, mas não fazem coisa alguma para demonstrar este amor. Pensemos nisto!

- A segunda lição que aprendemos com Eliseu nesta passagem bíblica é que, para que Deus intervenha em nosso existir, para que realize o milagre, é absolutamente necessário que se parta do que temos em nós. Deus é Deus e pode do nada criar todas as coisas, como, por exemplo, quando criou o mundo, mas como Seu objetivo é que tenhamos comunhão com Ele, Ele prefere fazer o milagre a partir daquilo que temos, daquilo que pomos à Sua disposição.

- Os milagres de multiplicação sempre partem daquilo que já possuímos, daquilo que já temos. Lembremo-nos de que a aritmética nos ensina que o zero é o elemento nulo da multiplicação, ou seja, qualquer número multiplicado por zero resulta em zero. Assim, jamais haverá multiplicação a partir do nada, é preciso que o pouco que temos seja posto à disposição do Senhor para que, então, haja a multiplicação. Deus tem prazer em que contribuamos para que o milagre aconteça.

- Sabendo deste princípio, o profeta pergunta àquela viúva o que tinha em sua casa, pois sabia o profeta que Deus operaria a partir daquilo que a viúva pusesse à disposição do Senhor. A mulher, diante desta indagação do profeta, num primeiro instante, entendeu que nada tinha em casa, que o que tivesse em casa era insignificante, nada representaria para a solução do seu problema. Por isso, disse ao homem de Deus: “Tua serva não tem nada em casa”.

- Muitos, em nossos dias, também são dotados deste sentimento equivocado que tomou conta da viúva num primeiro momento. Devemos saber que sempre temos algo que podemos pôr nas mãos de Deus para que o Seu poder se demonstre em nossas vidas e Seu amor seja evidente para todos os que nos cercam. Nossa impotência não pode nos levar à incredulidade.

- Muitos agem como esta viúva, como, por exemplo, Filipe, o apóstolo de Cristo Jesus. Uma das características deste discípulo do Senhor era a incredulidade decorrente da impotência. Filipe sempre agia pela razão, entendendo que não era possível ir além daquilo que o raciocínio humano poderia explicar ou esclarecer. Assim, quando confrontado por Natanael se poderia o Messias vir de Nazaré, não teve o que responder, tendo apenas dito a Natanael que fosse ver a Jesus (Jo.1:45,46).

- Quando da multiplicação dos pães, Filipe, uma vez mais, mostrou seu raciocínio humano prevalecer, ao fazer um cálculo de que duzentos dinheiros não seriam suficientes para adquirir mantimento para toda aquela multidão (Jo.6:5,7), em vez de fazer como André, que levou aqueles poucos pães e peixes do menino nas mãos do Senhor. Não podemos nos deixar guiar pelo raciocínio humano, mas, tão somente, entregar o que tivermos nas mãos do Senhor. Milagre é coisa de Deus e, como tal, não cabe a nós querer controlá-lo ou entendê-lo.

- Num segundo momento, porém, a viúva se lembrou de que havia, sim, algo em sua casa, algo muito insignificante, mas que foi declarado por ela: uma botija de azeite (I Rs.4:2 “in fine”).

- Alguns estudiosos entendem que este azeite, ao contrário do azeite da viúva de Sarepta, não era um azeite comestível, mas, sim, seria um azeite utilizado pelos filhos dos profetas para realizar unções (cfr. II Rs.9:1), o único bem que havia restado para a viúva, uma espécie de lembrança do seu finado marido. Não podemos afirmar se tal linha de pensamento é a correta, ou não, mas o fato é que era algo que, aos olhos daquela viúva, era assaz insignificante para a resolução de seu tão grande problema. Mas ela não deixou de declarar a posse deste bem, era o “algo” que precisava ser dito ao profeta para que, através dele, pudesse ser feita a multiplicação.

- Diante da declaração da viúva, o profeta pôde ver que a solução estava encontrada. Como aquela mulher havia declarado o que tinha, posto à disposição do Senhor o que possuía, possível era a multiplicação, o milagre tornava-se adequado.

- A declaração feita pela viúva do que possuía era uma atitude de fé, de confiança em Deus. Ao declarar que tinha aquela botija de azeite, a mulher afirmava que cria que Deus, daquele pouco tido por insignificante, poderia operar. Não há como agradarmos a Deus se não tivermos fé (Hb.11:6). A incredulidade impede que Deus realize milagres em nossas vidas (Mt.13:58). Será que este é um fator em nossos dias para explicar a raridade dos sinais em nosso meio?

- É oportuno, também, verificar que a declaração da mulher de que não tinha coisa alguma a não ser uma botija de azeite também demonstrava a honestidade daquela viúva. Ela não estava a esconder bem algum, ela realmente não tinha condições de pagar a dívida deixada pelo seu marido. Era justa e estava na integral dependência de Deus. O milagre era absolutamente necessário.

- Ante esta declaração da viúva, o profeta, então, passa a dar a devida orientação para aquela mulher. Mandou que ela fosse até os vizinhos e pedisse vasos emprestados, vasos vazios e não poucos (II Rs.4:3).

- Temos aqui mais uma demonstração da integridade daquela mulher. Ela tinha uma ótima convivência com os seus vizinhos, sabia se comportar na sociedade, tinha bom testemunho. Não fosse assim, como poderia ela obter vasos vazios, não poucos da vizinhança? Ela se encontra em estado pré-falimentar, o credor já estivera em sua casa para pegar seus dois filhos, numa clara demonstração de que estava ela sem qualquer condição econômico-financeira. Como, neste estado, conseguir emprestados muitos vasos junto a seus vizinhos?

- O fato é que esta mulher gozava de boa reputação junto à vizinhança. Ninguém negou emprestar-lhes os vasos, apesar de sua situação. Ninguém desconfiou que ela fosse vender os vasos para “fazer dinheiro” e, com isso, tentar pagar o credor. Todos confiavam nela, porque ela sempre vivera de modo honesto e justo. Não era apenas uma viúva de um filho de profeta, mas era uma serva de Deus genuína e autêntica.

- Como estão nossos relacionamentos na sociedade? Qual é o nosso comportamento frente aos nossos vizinhos, colegas de trabalho, colegas de escola, irmãos em Cristo, familiares? Somos dignos de confiança? Somos louvados diante daqueles que nos cercam, como aquele irmão anônimo que acompanhou Tito para buscar as ofertas recolhidas em Corinto (II Co.8:18)?

- Todos os vizinhos emprestaram aqueles vasos vazios, não poucos, para a viúva, numa clara demonstração da confiança e credibilidade que ela desfrutava em sua comunidade. Como luz do mundo e sal da terra, todo servo de Cristo Jesus deve ter esta mesma reputação no meio em que vive. Como diz o apóstolo Pedro, nosso viver deve ser honesto entre os gentios, “…para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (I Pe.2:12).

- Depois de conseguir os vasos vazios, não poucos, a viúva deveria entrar na sua casa, fechar a porta sobre ela e sobre seus filhos e deitar o azeite em todos aqueles vasos, e pôr à parte o que estivesse cheio (II Rs.4:4).

- Tendo desfrutado da confiança e credibilidade que seu bom testemunho gerara na comunidade, a viúva deveria, então, recolher-se à intimidade do seu lar e das sua intimidade com Deus. É absolutamente necessário que, para que o milagre de Deus opere, tenhamos um círculo de intimidade pessoal e familiar com o Senhor.

- Não há como se realizar milagres em nossas vidas, não há como o poder de Deus operar em nós se não gozarmos de uma intimidade com o Senhor, se não tivermos um momento a sós com Deus, se não tivermos segredos com o nosso Criador. Esta vida íntima com Deus, este momento a sós com o Senhor é absolutamente indispensável para que sejamos alvo do poder de Deus.

- O Senhor Jesus disse que devemos “conhecer” o poder de Deus para não errarmos (Mc.22:29; Mc.12:24). Ora, “conhecimento” no significado hebraico do termo significa “intimidade”, “comunhão”, e isto não se faz jamais em público, mas, sim, mediante uma aproximação espiritual que exige a solidão, que exige a retirada do “corre-corre” tão frequente na vida atual: “…É certo que, às vezes, é difícil colher esta profunda realidade, pois o mal faz mais barulho que o bem: um homicídio praticado, as violências difusas, as graves injustiças fazem notícias; ao contrário, os gestos de amor e de serviço, o esforço cotidiano suportado com fidelidade e paciência permanecem sempre na sombra, não aparecem.Também, por este motivo, não podemos nos firmar somente nas notícias se queremos apreender o mundo e a vida; dever ser capazes de parar no silêncio, na meditação, na reflexão calma e prolongada; devemos saber nos firmar pelo pensar. Deste modo, nosso ânimo pode encontrar cura das inevitáveis feridas do cotidiano, pode descer com profundidade nos fatos que se sucedem em nossa vida e no mundo e alcançar aquela sabedoria que permite valorizaras coisas com novos olhos.…(BENTO XVI. Homilia na celebração das Vésperas de Ano Novo. 31 dez. 2012. Disponível em: http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/30261.php?index=30261&po_date=31.12.2012&lang=po Acesso em 02 jan. 2013) (tradução nossa de texto original em italiano).

- O profeta mandou que a mulher e seus filhos fechassem a porta precisamente para que houvesse tão somente a intimidade familiar e pessoal no momento do milagre. Deixar as portas abertas significava devassar a intimidade do lar e a família, desde que foi criada, foi criada para ser um asilo inviolável por quem quer que fosse, um lugar de privacidade, um lugar onde há íntima comunhão entre os familiares e entre os familiares e Deus. Temos respeitado a intimidade das famílias? Há, em nossa família, um autêntico “lar”, ou seja, um lugar de adoração a Deus?

- Não há milagre se não estivermos em comunhão com o Senhor. O verdadeiro e genuíno milagre é aquele que decorre de uma aproximação entre nós e Deus e que tem por escopo a glorificação do nome do Senhor. Fora disso, será uma manifestação sobrenatural mas que não se poderá dizer que foi um milagre. Não nos esqueçamos que há forças espirituais más, que também promovem manifestações sobrenaturais, mas cujo intuito não é jamais a glorificação do nome do Senhor (Cfr. Ex.7:22; 8:7; Mt.24:24; II Ts.2:9,10; Ap.13:13-15).

- Eliseu mandou que a viúva fechasse a porta de sua casa para que ninguém pudesse importuná-la e fazê-la desfalecer em sua fé. Como diz Matthew Henry: “…ela deveria fechar a porta para evitar interrupções por parte dos credores ou de qualquer outra pessoa enquanto ela estivesse fazendo o que o profeta mandara, pois eles não ficariam aparentemente orgulhosos nem felizes deste suprimento miraculoso e não orariam nem glorificariam a Deus por causa deste evento extraordinário …” (op.cit. end. cit.) (tradução nossa de texto original em inglês).

- A estratégia do profeta ensina-nos que não só em nossa convivência diária não podemos comunhão com os que não servem a Deus, mas também para que o poder de Deus opere em nossas vidas. Temos de ter uma vida separada do pecado e, deste modo, não podemos, de forma alguma, alardear nossa confiança no milagre e no poder de Deus para quem não desfruta da comunhão com Deus, para quem não pode entender quem é o nosso Deus. Fazer isto será, certamente, “dar aos cães as coisas santas, deitar aos porcos as pérolas” (Mt.7:6).

- Eliseu mandou que, assim que recolhidos os vasos e fechada a porta, a viúva, juntamente com seus filhos, começasse a derramar o azeite nos vasos. Aqui aprendemos, por primeiro, que a operação divina não prescinde do trabalho. A viúva teve de ir de porta em porta para pedir os vasos emprestados. Agora, com as portas fechadas de sua casa, tinha de derramar, vaso a vaso, o azeite, tendo o cuidado de pôr à parte o vaso que enchesse. Era necessário fazer o que estava ao seu alcance, pois o impossível, o sobrenatural Deus faria. “…O azeite deveria ser derramado pore la mesma, não por Eliseu nem por qualquer dos filhos dos profetas, para indicar que é em conexão com nossos próprios esforços cuidados e diligência que podemos esperar que a bênção de Deus nos enriqueça tanto neste mundo como no vindouro. O que temos aumentará melhor em nossas próprias mãos…” (HENRY, Matthew. op.cit. end.cit.) (tradução nossa de texto original em inglês). Temos feito a nossa parte, amados irmãos Será que não é isto que falta para Deus realizar o milagre de que precisamos?

- Por segundo, vemos que havia colaboração de todos na família. A viúva derramava o azeite, mas eram os filhos que traziam os vasos e, certamente, punha à parte os que eram cheios. Todos estavam trabalhando. Não há comunhão com Deus se não houver comunhão entre os Seus servos. Aliás, é isto que testificamos em cada ceia do Senhor, que temos comunhão uns com os outros e com o Senhor. É este nosso testemunho perante a mesa do Senhor a expressão da verdade?

- Por terceiro, a multiplicação se dava à medida que a mulher derramava o azeite da botija no vaso vazio que lhe era apresentado. “…O meio de aumentar o que temos é usando; para Ele, o que temos deve ser dado, não é enterrando os talentos mas os negociando que nós os duplicamos…” (HENRY, Matthew. op.cit. end. cit.) (tradução nossa de texto original em inglês). Já no episódio da viúva de Sarepta de Sidom, que estudamos na lição 6, vimos que aquela viúva também multiplicou o azeite de sua botija à medida que o consumia para seu sustento, de seu filho e do profeta. Temos usado aquilo que Deus nos tem dado para a Sua glória?

- A viúva agiu conforme a palavra que lhe fora dada pelo profeta. Isto nos mostra que a obediência à voz do Senhor é essencial para que o milagre ocorra. Muitos até recebem palavras proféticas em suas vidas, mas não obedecem ao Senhor e, por isso, o milagre não acontece. A operação do poder de Deus exige a plena e irrestrita obediência por parte dos Seus servos.

- A mulher fez conforme à ordem do profeta e, quando cessaram os vasos e o azeite parou, voltou até a presença do profeta para narrar o que tinha acontecido. Ela agia dirigida pelo Espírito Santo. O profeta só havia mandado trazer os vasos para a sua casa, fechar a porta e derramar o azeite sobre os vasos. Depois deste grande milagre, a viúva não foi gritar pela vizinhança para que todos vissem o que havia acontecido, nem tampouco foi procurar os seus credores. Voltou até o profeta para ter a direção de Deus para o que fazer em seguida.

- Quantos de nós temos, diante da manifestação do poder de Deus, ido buscar a orientação divina para lidar com aquela situação? Quantos não vão propagandear o que ocorreu sem antes consultar ao Senhor? Não podemos agir deste modo, mas sempre buscar a direção do Senhor para sabermos o que fazer, tanto na hora da necessidade, quanto na hora da manifestação do poder de Deus.

- Neste ponto, aliás, é interessante vermos que muitos dos servos do Senhor, ao serem agraciados por Deus com milagres, raras vezes vão aos pés do Senhor para saber qual o propósito daquele milagre, além da glorificação do nome do Senhor. Se fizéssemos como esta mulher e voltássemos aos pés do Senhor, seríamos muito mais usados e o nome do Senhor seria muito mais glorificado se procurássemos saber porque e para que o Senhor curou, o Senhor deu uma vitória na justiça, o Senhor propiciou uma porta de emprego e tantas outras coisas mais. Tudo quanto Deus faz tem um propósito, mas raras vezes vamos à Sua presença para saber qual é este propósito. Que tal passarmos a mudar nossa atitude e, depois do milagre realizado, buscarmos a Deus como fez aquela viúva de um dos filhos dos profetas?

- A viúva foi à presença do profeta e contou o que havia acontecido. O profeta, então, deu-lhe a devida orientação. Aquela multiplicação ocorrera não só para que ela pagasse a dívida, mas que ela tivesse com que viver a partir de então. Deveria ela pegar todo aquele azeite e vendê-lo. Com o dinheiro obtido da venda, deveria pagar a dívida e viver do resto (II Rs.4:7).

- Mais uma vez vemos que o milagre de Deus não dispensou o trabalho. A viúva deveria, agora, ir até o mercado e ali vender todo aquele azeite. Pela quantidade de vasos, não foi trabalho de um só dia. Ela e seus filhos tiveram de trabalhar duro, mas isto, para uma pessoa honesta e justa como era aquela mulher, não era problema. O importante é que Deus providenciara o que ela não poderia providenciar. Agora, vender o azeite multiplicado, era algo que ela poderia fazer e o fez certamente.

- Com o milagre, nós temos de continuar a nossa vida terrena, glorificando a Deus e exaltando, com as nossas atitudes, o Senhor. Milagre não é instrumento para nos dar uma vida ociosa nem uma autorização para estacionarmos nossa jornada espiritual aqui na Terra. Lembremo-nos disto, amados irmãos!

- Além disso, o milagre teve um efeito pedagógico. Dali para a frente, aquela viúva e seus filhos deveriam cuidar para que não caíssem mais naquela situação desesperadora. A prudência que faltara ao filho dos profetas temente a Deus, agora não mais faltaria naquela família. O Senhor já produzira um “fundo” que seria a base para a sobrevivência daquela família, para que nunca mais os herdeiros do finado ficassem desamparados. O milagre sempre nos traz ensinos espirituais preciosos da parte de Deus.

- Deus mostrou, através do Seu profeta, o grande amor que tinha não só para com aquela viúva e seus filhos, mas com todos os que serviam a Deus fielmente como o finado filho do profeta. O nome do Senhor foi glorificado e o Senhor provou, uma vez mais, para um Israel que ainda coxeava entre dois pensamentos, que Ele era o verdadeiro Deus provedor e não, Baal.

Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Lição 10: Há um milagre em sua casa II

TEXTO ÁUREO
"Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio" (2 Rs 4.4).
VERDADE PRÁTICA
A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 4.2 - As carências humanas
Terça - Sl 116.5 - A compaixão divina
Quarta - Tg 2.7 - A fé obediente
Quinta - 2 Rs 7.1 - O braço divino
Sexta - Mc 1.40-42 - O sofrimento humano
Sábado - At 3.8 - A glória manifestada
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 4.1-7
1 E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos. 2 E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. 3 Então, disse ele: Vai pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. 4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio. 5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia. 6 E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou. 7 Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
Aprenderemos aqui que não falta azeite, faltam vasilhas para serem cheias.
Não faltam viúvas (necessitados), faltam quem as ame e as ajude.
Não faltam crentes, faltam Homens de DEUS.
É muito bom quando alguém é chamado pelo nome por DEUS – Ex. Elizeu e Paulo.
7 anos de preparo de Elizeu.
Só Moisés no AT foi mais usado que Eliseu.
Depois de abrir o Jordão Eliseu já conhecido agora como profeta de DEUS, inicia seu ministério de milagres em Israel.
Esta lição com o tema “Há um milagre em sua casa” revela-nos o amor, a compaixão e o cuidado de DEUS por uma pobre viúva de um profeta de DEUS e seus dois filhos.
Cada um de nós como casa de DEUS (Jo 17), tabernáculo, morada de DEUS na terra, templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), temos a responsabilidade de ministrarmos aos outros o que recebemos, pois o poder de DEUS reside em nós. Em Atos diz Jesus: Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo.
Milagres devem ser corriqueiros no meio da Igreja que se diz pentecostal, se diz igreja cristã, pois DEUS confirma com sinais, prodígios e maravilhas os que são seus.
Em Corinto, apesar dos pecados, a igreja possuía crentes dotados com os dons do ESPÍRITO SANTO, imagine nossa igreja de hoje com crentes tão santos! Deveríamos ser todos cheios do ESPÍRITO SANTO e cada um deveria ter pelo menos um dom do ESPÍRITO SANTO em operação na sua vida.
Exemplo:
Atos 2.22 – JESUS, varão aprovado com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
Mc 16.20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. 1 Coríntios 4:20 Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. Mateus 22:29 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. 1 Coríntios 2:5Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Romanos 15:19 Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo. 2 Coríntios 4:7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 1 Pedro 4:11 Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém. Atos 6:8 E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 1 Coríntios 4:19 Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei não as palavras dos que andam ensoberbecidos, mas o poder. João 2:23 E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Atos 8:6 E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; João 6:2 E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. Atos 2:43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Atos 4:3 Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus. Atos 15:12 Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios. Não é o sinal que confirma a Palavra que pregamos, mas é DEUS que faz o milagre para comprovar que ELE é quem está presente e que a Palavra pregada será sua palavra. Veja que o milagre vem primeiro e depois a Palavra em vários textos de Atos. Dom de línguas em - Atos 2.11. Cura do paralítico em - Atos 3.6. Pedro e Tabita ou Dorcas Atos 9.40. Paulo e o paralítico de Listra - Atos 14.8. Paulo e jovem, que tinha espírito de adivinhação - Atos 16:16
Muitas vezes o milagre pode ocorrer para identificar o homem que fala em nome de DEUS, confirmando sua autoridade.
Exemplo - Moisés perante faraó.
Elias por vezes disse - Se eu sou homem de DEUS...
2 Reis 1:10 Mas Elias respondeu, e disse ao capitão de cinqüenta: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então fogo desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
2 Reis 1:12 E respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
Atos 2.22 – JESUS, varão aprovado com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
Muitas vezes os milagres vêem para confirmar a Palavra pregada também. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:20 Marcos 16:20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Mulher de um dos profetas, talvez do Obadias que fez dívidas para sustentar os 100 profetas escondidos por ele segundo Flávio Josefo. Não creio que seja Obadias, pois a bíblia o teria citado por nome. pode até ser um filho de Obadias o profeta que havia morrido e deixado a mulher viúva com seus dois filhos. Morreu um profeta, homem de DEUS, pobre, mas DEUS se incumbiu de pagar suas dívidas depois de morto devido à lei assim ensinar que os filhos poderiam ser levados como escravos por sete anos para saldarem a dívida de seus pais. Azeite muito provavelmente é o azeite que estava na vasilha de unção do profeta seu marido (2 Rs 4.2; 9.1 -Almotólia de azeite – ou botija pequena). Azeite caríssimo.
O ÓLEO DA UNÇÃO - SUA COMPOSIÇÃO. Era composto de "principais especiarias": mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia e azeite de oliveiras. (Ver Ex 30.22-25). Era o "azeite da santa unção".
Talvez esse seja o azeite usado na multiplicação - só restava na casa da viúva uma botijinha de azeite que seu esposo profeta utilizava para ungir aquele ou aquilo que DEUS mandasse. Morreu um profeta, homem de DEUS, pobre, mas DEUS se incumbiu de pagar suas dívidas depois de morto devido à lei assim ensinar que os filhos poderiam ser levados como escravos por sete anos para saldarem a dívida de seus pais. Azeite muito provavelmente é o azeite que estava na vasilha de unção do profeta seu marido (2 Rs 4.2; 9.1 - Almotólia de azeite – ou botija pequena). Azeite caríssimo. Há Um Milagre em Sua Casa
Ev. Renato Bromochenkel
Neste capítulo estudaremos o texto bíblico sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas. Nela vemos o pouco ficar muito, a escassez se converter em abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações desesperados. Esse texto, portanto, é bem claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e cm resposta a uma fé obediente.
“E o azeite parou” (2 Rs 4.6).
Sabemos que à luz da Escritura, o azeite é um dos muitos símbolos do Espírito Santo e podemos usá-lo de forma apropriada como uma metáfora para ilustrá-lo. A pergunta a ser feita no atual contexto evangélico brasileiro é: Por que o azeite está parando? Dizendo isso de uma outra forma, por que a influência do Espírito Santo em nosso meio parece estar diminuindo? Por que os pentecostais, que já somam mais de meio bilhão de seguidores, parecem influenciar cada vez menos o mundo a sua volta? Alguma coisa parece estar errada ou no mínimo fora de lugar.
Acredito que esse capítulo traz uma resposta satisfatória para nós. Vamos analisá-lo de uma forma mais detalhada e detectar porque o atual avivamento aviva cada vez menos!
Por que o azeite está parando?
Em primeiro lugar, o azeite para quando ele não está sendo usado na esfera familiar — ‘Dize-me que é o que tens em casa” (2 Rs 4.2). Essa foi a pergunta feita pelo profeta Eliseu. Todo avivamento genuíno tem início a partir da família. Sem famílias renovadas não há avivamento. Recentemente o escritor norte-americano Wayne Gruden escreveu um livro intitulado: Famílias Fortes, Igrejas Fortes.1 E a pura verdade. O contrário também é verdade — famílias fracas, igrejas fracas! Por que estamos vivendo um avivamento que parece cada vez mais influenciar cada vez menos? Queremos uma igreja revitalizada, mas as famílias estão doentes e por essa razão os avivamentos são tão superficiais.
Aqui cabe a pergunta: o que temos em casa? Quem somos na igreja é um reflexo do que temos em casa. Quando Paulo escreveu sobre as qualificações exigidas para os ministros do evangelho, ele pôs a família na ordem de prioridade (1 Tm 3.2,4).
Aqui está o modelo ideal de família e de um ministério autêntico. Ainda lembro da norte-americana que foi professora de Novo Testamento no Seminário Batista. Aquela amada professora fora missionária por longos anos na China e viera concluir seu ministério como professora de Novo Testamento e Teologia Bíblica naquele Seminário. Ela costumava dizer que o obreiro que tivesse filhos indisciplinados ou desviados do evangelho estava desqualificado para liderar. Segundo ela, o pastor que se encontrava nessa situação deveria pedir uma licença para cuidar da família. Nós sabíamos que não se tratava de uma análise superficial, mas a reflexão de alguém que devotou toda a sua vida ao ministério, inclusive escolhendo ser celibatária para melhor servir ao Senhor.
Muitos anos já se passaram depois que ouvi aquelas palavras, mas elas continuam ecoando em minha mente. Será que estamos levando a sério essas recomendações do apóstolo, pondo a família em lugar de destaque no ministério? Infelizmente muitos obreiros não educaram seus filhos e muito menos os criaram sob disciplina. A consequência disso são frequentes escândalos envolvendo filhos de pastores. E o que é pior, parece que nos encontramos totalmente despreparados para enfrentar uma cultura mundanizada.
Não tenho dúvidas de que o advento da cultura pós-moderna abriu uma fissura enorme na tradição cristã ocidental. Com o advento da pós-modernidade a partir dos anos 60 e 70, uma era de incerteza e de verdades fragmentadas passaram a imperar em todos os segmentos da sociedade, inclusive mudando a sua cosmovisão.2 Antes, os valores judaico-cristãos dominavam em nossa cultura ocidental, mas com o advento do pós-modernismo, novos valores passaram a nortear a nossa forma de pensar. Parece que a igreja foi pega de surpresa e seus líderes ficaram como barco à deriva sem saber bem o que fazer. Quando um paradigma cai, ensinou Thomas Kuhn em sua teoria das revoluções científicas, um outro paradigma ocupa o lugar do antigo.3 O problema é que muitas vezes não há um modelo devidamente estruturado para preencher o espaço deixado pelo antigo paradigma que deixou de existir.
Traduzindo isso em palavras mais simples, quando o modelo pós-moderno de enxergar as coisas chegou oficialmente, ficamos a observar os valores tradicionais que protegiam nossa sociedade, e consequentemente nossas famílias, serem pulverizados e ficamos apenas assistindo a tudo isso sem dar uma resposta, à altura, a esse ataque. Muitos anos depois, os pastores, teólogos e filósofos cristãos acordaram para a seriedade da coisa e passaram a atacar de forma sistemática esse sistema maligno que fragmentou a estrutura dos valores da cultura judaico-cristã. Infelizmente parece que a reação aconteceu muito tarde e hoje vemos uma nova cosmovisão imperando em nossa sociedade e ditando como deve ser a vida do nosso povo e consequentemente de nossas famílias.
O que fazer, pois diante desse desafio cultural emergente? O que tens em tua casa? Que valores estão norteando a nossa família? Será que são valores cristãos que estão orientando a nossa fé ou é um paganismo cristianizado? Como confrontar esse novo paradigma?
O azeite para quando a porta não está fechada — Porta fechada fala de fechar a porta para o mundo, para os costumes e paradigmas do mundo (observação nossa). Muitas vezes DEUS faz o milagre de portas fechadas para não nos expor diante das multidões - Você suporta seu problema em segredo? DEUS o está vendo e vai realizar seu milagre de portas fechadas (observação nossa).
Em terceiro lugar, o azeite para quando a estrutura fica inadequada — “Não há mais vasilha nenhuma” (2 Rs 4.6). O azeite parou porque não cabia mais nas vasilhas ou porque a estrutura ficou inadequada para o tamanho do milagre. O pentecostalismo surgiu como um “Movimento” e não como uma denominação! Isso é importante porque nenhuma denominação pode reivindicar sua patente. O pentecostes não pode ser patenteado! O que parece estar acontecendo no atual avivamento brasileiro é a inadequação das estruturas existentes para conter o azeite pentecostal. A nossa estrutura parece se assemelhar com as cisternas do tempo do profeta Jeremias que não podiam conter água: “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retém as águas.” (Jr 2.13).
Em quarto lugar, o azeite para quando não há prestação de contas — “Vende o azeite e paga a tua dívida” (2 Rs 4.7). Há um avivamento brasileiro que é totalmente inconsequente. Ninguém presta contas de nada! É escândalo por cima de escândalo! A imprensa mostra, quase que diariamente, os truques usados por pregadores midiáticos para arrancar dinheiro de seus fiéis. Temos um clero com a mesma estrutura do período medieval onde os privilégios se tornaram escandalosos e isso pode ser facilmente observado. Basta verificarmos os super salários pagos a muitos líderes religiosos para constatar esse fato. Há líderes enriquecendo à custa do espólio das igrejas. Recentemente, para ser mais preciso, em Março de 2013, procuramos cantores e cantoras para cantarem em uma festa que acontecerá aqui em Imperatriz brevemente. Pasmem! O "cachê' médio gira em torno de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais). Observação nossa. Quem é culpado por esses absurdos? Responda: EU.
Em quinto lugar, o azeite para quando ele fica rançoso — ‘Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira” (Ex 27.20). O azeite tinha que ser puro, não podia ser estragado. Quando o azeite está estragado ele fica rançoso. Temos muito óleo no atual contexto evangélico brasileiro. As estatísticas atualizadas informam que o pentecostalismo foi o segmento que mais cresceu, correspondendo a 60% da membresia evangélica brasileira. Ê um crescimento espetacular, mas há muito óleo misturado e rançoso nesse meio. E essa mistura que tem estragado o azeite.
A motivação do milagre
“De acordo com a lei hebraica, um credor poderia tomar um devedor e seus filhos como servos, mas não deveriam tratá-los como escravos (Ex 21.1-11; Lv 25.29-31; Dt 15.1-11). Seria uma grande tristeza para essa mulher perder o marido para a morte e os dois filhos para a servidão, mas Deus é aquele que “faz justiça ao órfão e à viúva” (Dt 10.18; SI 68.5; 146.9) e enviou Eliseu para ajudá-la.”8
DEUS opera pelo amor - é preciso que aquele que quer ser usado por DEUS em milagres ame as pessoas e deseje que elas fiquem livres de suas angústia, doenças, tristezas, problemas, etc...
A misericórdia divina
Não foi apenas por ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela “clamou” ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa'aq, que possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus se compadeceu daquela mulher sofredora.
Tudo funciona pela graça de DEUS - nada é por merecimento. DEUS nos ama e envia seus servos na hora certa para fazer o que DEUS mais sabe fazer - amar.
A dinâmica do milagre
Um pouco de azeite
Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te ei de fazer? Dize-me o que é que tens em casa. Ela respondeu: tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”(2 Rs 4.2).
Talvez a botija de azeite usada por seu marido para ungir. A mulher não a manuseava, portanto se esquecera dela, mas procurando na memória viu que pelo menos isso havia em sua casa. As coisas despresadas, as coisa vis deste mundo são as que DEUS usa. Na família de Davi se esqueceram do menor e mais humilde, mas ali estava a vasilha que DEUS queria usar.
E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; 1 Coríntios 1:28
O que você tem em casa? Talvez um pregador, uma cantora, um evangelista, um musisista. Talvez você mesmo não saiba seu valor para DEUS.
Uma fé obediente
“Vai, pede emprestadas vasilhas”. A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.17).
Obediência observada na mulher para obedecer ao homem de DEUS. Obediência observada em seus filhos para obedecerem à sua mãe.
Obedecer e agir, são dois ingredientes necessários ao milagre.
Os instrumentos do milagre
O instrumento humano
Por várias vezes no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chamado de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7; 4.9; 4.16; 6.9).
Você conhece algum homem de DEUS? Conhece mesmo? DEUS o usa em algum milagre? Os milagres confirmam um ministério. DEUS sempre tem um servo seu bem pertinho de você para realizar um milagre em sua casa.
O instrumento divino
“segundo a palavra do Senhor” (2 Rs 7.16). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra e muitas vezes realiza milagres para cumprir a palavra de seus escolhidos como profetas.
E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do SENHOR; então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos. 2 Reis 2:24
E respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinqüenta. 2 Reis 1:12
Eis aí, pois, agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. Atos 13:11
O objetivo do milagre
Alguns milagres realizados através do profeta Eliseu deixam bem claro que os mesmos ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também em resposta ao sofrimento (2 Rs 4.1-7; 4.8-38; 5.1-19; 6.1-7).
É evidente que não estão os milagres de DEUS apenas restritos ao sofrimento humano e às necessidades humanas, mas podem acontecer também para cumprir seus propósitos salvíficos e para os amais diversos fins.
Glorificar a Deus
Os milagres se centralizam em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras, tanto no Antigo com em o Novo Testamento, objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si. Quem tentou fazer isso e se beneficiar de forma indevida dos milagres de Deus foi Geazi, o moço de Eliseu. Quando assim procedeu foi punido de uma forma dura (2 Rs 5.20-27). Em o Novo Testamento observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus e não os homens devem ser glorificados (At 3.8,12; At 14.14,15).
Toda honra, poder e glória pertencem a DEUS. Os milagres são operados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, de acordo com a vontade de DEUS PAI, tendo como agente realizador JESUS CRISTO.
Todos devem desejar serem instrumenttos de DEUS para realização de milagres sem visarem lucros financeiros, mas motivados pelo amor de DEUS derramado em nossos corações.
INTERAÇÃO
Professor, você crê em milagres? Então, não terá dificuldades no preparo desta lição, pois estudaremos a respeito de um dos milagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva. Esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Este milagre nos ensina que o pouco com DEUS torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O DEUS de Eliseu é o nosso DEUS. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que estão desesperados por um milagre. No decorrer da lição, enfatize que o Pai Celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos merecedores de nada, sua graça nos basta, mas os milagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. DEUS é bom!
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Atentar para a real motivação de um milagre.
Identificar os instrumentos de um milagre.
Especificar os reais objetivos de um milagre.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: "Mesmo em meio à escassez, você crê que DEUS é poderoso para suprir suas necessidades?" Ouça os alunos com atenção. Explique que muitas vezes DEUS permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante Ele e reconhecer a nossa dependência dEle. Enfatize o fato do quanto a fé daquela viúva e dos seus filhos foi fortalecida depois de experimentarem da provisão divina. Conclua lendo com a classe Tiago 4.10 e Mateus 5.4.
PALAVRA-CHAVE: PROVISÃO - Atos ou efeito de prover, provimento, abastecimento, fornecimento.

Lição 10 - Há um milagre em sua casa III

2 Reis 4.1-7

I. A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE

1. Amotivação do milagre é a grande necessidade humana

1.1. Conforme a necessidade humana será a bênção de Deus (2Rs 4.1-7)

1.2 A história da viúva revela a necessidade de um milagre

. A situação da mulher

            . Perdera o marido. Ela era esposa de um dos dicíspulos de Eliseu (2Rs 4.1)

            . Estava prestes a perder os filhos para pagar dívidas

. Era comum naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2Rs 4.1b)

1.3 O pedido de ajuda que a viúva fez

. A mulher pediu o socorro do profeta Eliseu (2Rs 4.1)

1.4 Deus, o socorro bem presente

. Deus socorre o necessitado

            . Ele cuida do necessitado (Sl 40.17)

            . Ele ouve o clamor dos necessitados (Sl 69.33)

            . No momento da tempestade, Deus cuida do necessitado (Is 25.4)

            . Deus espera que o necessitado O agradeça pela vitória (Jr 20.13)

2. Alcançada pela misericórdia divina

2.1. O milagre aconteceu graças à misericórdia divina

            . Deus é misericordioso (Êx 34.6; Sl 116.5)

II. A DINÂMICA DO MILAGRE

1. Apenas um pouco de azeite e o milagre acontece

1.1. Que te hei de fazer? disse o profeta Eliseu (2Rs 4.2)

. Um pouquinho pode tornar-se muito sob a bênção de Deus

. Há um propósito grande no pouquinho que você tem

1.2. O milagre acontece na esfera familiar

2. Uma fé obediente

2.1. O profeta Eliseu dá as instruções para a mulher fazer, pois o milagre viria (2Rs 4.3-5)

2.2. A fé é demonstrada pela ação (2Rs 4.3; Tg 2.17)

2.3. O milagre aconteceu e ela foi pagar as dívidas

III. OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE

1. O instrumento humano nas mãos de Deus

1.1. O homem de Deus: Eliseu (2Rs 4.7,9,16; 6.9)

1.2. Deus usa homens para o milagre

            . Abraão (Gn 12)

            . Moisés (Êx 4.1-7)

            . Pedro (At 10-11)

            . Paulo (At 9.15)

            . Jesus (Jo 1.1,18; Fp 2.1-11)

            . Você (Mt 28.19)

2. O instrumento divino infalível

. Quando houve uma grande fome em Samaria, Deus usou Eliseu (2Rs 7.1)

            . O capitão duvidou (2Rs 7.2)

            . A profecia se cumpriu (2Rs 7.16-20)

. A Palavra do Senhor é o agente causador do milagre (2Rs 7.16)

IV. O OBJETIVO DO MILAGRE

1. Uma resposta ao sofrimento da humanidade

1.1. Todos os milagres de Eliseu ocorreram em resposta ao sofrimento (2Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7)

1.2. Jesus, também, se compadecia do sofrimento do povo (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45)

2. Glorificar a Deus

2.1. Os milagres são uma resposta de Deus ao sofrimento humano

2.2. Nenhum momento encontramos os profetas se aproveitando dos milagres ocorridos

            . Geazi tentou fazê-lo e não se deu bem (2Rs 5.20-27)

2.3. A glória pertence somente a Deus (At 3.8,12; 14.14,15)

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

Lição 10 - Há um milagre em sua casa V

INTRODUÇÃO

O milagre ocorrido na casa da viúva nos tempos do profeta Eliseu traz-nos lições valiosas e perfeitamente aplicáveis aos nossos dias. Veremos os dois fatores principais que motivam a realização do milagre da parte de Deus. Por ser misericordioso, o Senhor atenta para as nossas necessidades e intervém miraculosamente. Ele pode fazer isso diretamente ou através dos seus instrumentos humanos, aos quais concede poder e ousadia para a execução de grandes sinais. Mas ainda veremos que um dos cenários em que acontecem os milagres de Deus é o interior de uma casa.

I – A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE

Podemos enfatizar pelo menos dois aspectos que acarretam na realização de umMILAGRE, de um ato especial de Deus que interrompe o curso natural dos eventos, os quais são: a necessidade humana e a misericórdia divina.

1.1 Anecessidade humana. O texto de II Rs 4.1-7 nos mostra uma viúva desesperada com a possibilidade de ver o que restou de sua família se desfazer pelas mãos dos credores. Para que a sua casa fosse preservada, ela precisava de um milagre. Em todos os casos na Bíblia, os milagres foram operados, principalmente, na vida daqueles que necessitavam. Vejamos alguns exemplos:

Sara, que era estéril, precisava de um filho, por quem a promessa messiânica teria continuidade (Gn 18.12);

De igual modo, Rebeca e Raquel, esposas de Isaque e Jacó, também eram estéreis e necessitavam de filhos (Gn 25.21; 29.31);

A nação de Israel só conseguiu ser liberta da terra do Egito mediante uma série de intervenções sobrenaturais da parte de Deus, que foram as dez pragas (Ex 7-10);

Na jornada de Israel pelo deserto em direção à terra de Canaã, o povo de Deus experimentou constantes milagres durante quarenta anos, como por exemplo: a descida diária do maná (Êx 16.11-15); a presença constante da coluna de nuvem durante o dia e da coluna fogo durante a noite (Êx 13.21,22); águas amargas que se tornaram doces (Êx 15.23-25), e águas que fluíram de rochas (Êx 17.5,6).

1.2 Amisericórdia divina. A palavra misericórdia, hesedh, no hebraico, aponta para uma característica no caráter de Deus e significa: “benevolência, benignidade, compaixão, bondade, fidelidade, amor e beneficência”. É dessa forma que Deus olha para os necessitados. O clamor daquela viúva sensibilizou o coração de Deus, que se moveu para ajudá-la (II Rs 4.1-7), de igual maneira foi que o clamor de Israel, depois de quatrocentos anos de escravidão, chegou até a presença de Deus que, sensibilizado, resolveu libertar o povo (Êx 3.7,8). Também sucedeu assim com Ana, que estava mui aflita por causa de sua esterilidade e derramou as suas lágrimas no templo até que foi atendida (I Sm 1.10-18). Ninguém recebe um milagre por merecimento, senão, por misericórdia.

II – OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE

Todos os milagres autênticos são operados por Deus, pois somente Ele é poderoso para realizá-los. Há ocasiões em que Ele interfere diretamente em determinada situação, sem a instrumentalidade humana. Por exemplo, quando Misael, Ananias e Azarias foram lançados na fornalha de fogo ardente, aquecida sete vezes mais, o “quarto homem” se lhes apresentou e retirou a força do fogo (Dn 3.19-25). Foi uma intervenção direta do próprio Deus. O que acontece, porém, é que na maioria das vezes os milagres de Deus são realizados através do instrumento humano. Observemos alguns casos na Bíblia:

Deus fez questão de mostrar a Faraó e a todo povo de Israel que as suas maravilhas ocorreriam através das mãos de Moisés que, com uma simples vara, operaria todos os grandes sinais (Ex 4.17);

Através de Josué, filho de Num, servidor de Moisés, Deus realizou uma das maiores intervenções de toda a história da humanidade, pois o Sol e a Lua ficaram detidos no mesmo lugar durante um espaço de quase 24 horas. A cosmologia moderna entende que para isso acontecer, é necessário que todo o universo pare de se movimentar. Lembramos, porém, que isso se deu através de um homem(Js 10.14);

Pelas mãos de Elias, o tisbita, grandes sinais foram operados em Israel. Isso aconteceu para que todos reconhecessem que só o Senhor era Deus e que Elias era o seu profeta (I Rs 17.1,13-16,19-24; 18.30-39);

No ministério de Eliseu não foi diferente. O nome do Senhor foi glorificado e Eliseu foi reconhecido como profeta de Deus (II Rs 2.19-22; 3.16-20; 4.1-7, 32-36, 40-44; 6.5,6);

O próprio Jesus exemplifica bem essa realidade, pois na condição humana foi ungido pelo Espírito de Deus para realizar grandes milagres no seu ministério (Mt 4.23,24);

Na igreja primitiva, os milagres ocorriam por mão dos discípulos: “E muito sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos...” (At 5.12). Vemos ainda outros exemplos (At 3.1-8; 5.14-16; 8.5-7; 19.11).

Em todos estes casos, Deus operou o milagre para que o Seu Nome fosse glorificado e o povo o reconhecesse como único Deus verdadeiro, bem como para dar o devido respaldo espiritual àqueles a quem ele chamou para a sua obra.

III – MILAGRES NO NOVO TESTAMENTO

Quando falamos de milagres no Novo Testamento, podemos enxergá-los em duas frentes principais, a saber: no ministério de Cristo e na Igreja Primitiva. Observemos alguns destes milagres nas tabelas a seguir:

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IV – HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA

Observamos nas páginas das Sagradas Escrituras, o interesse do Senhor em realizar milagres nas casas ou nos lares das pessoas. Isso demonstra o seu interesse pelo bem-estar da família, que é uma instituição estabelecida por Deus aqui na terra. Temos alguns relatos tanto no Antigo quanto no Novo Testamento de intervenções sobrenaturais nos lares:

Deus prometeu um milagre a Abrão e Sara quando estes estavam em sua casa (Gn 15.1-6; 18.1-10). Deus ainda fala e se revela dentro dos lares;

No ministério de Elias, Deus operou o milagre da provisão material na casa da viúva de Sarepta e também com a ressurreição de seu filho (I Rs 17.8-24). Deus ainda provê o necessário e também vivifica os lares dos seus;

O mesmo aconteceu no ministério de Eliseu. Uma viúva experimentou a provisão divina (II Rs 4.1-7), e uma mulher foi beneficiada com a cura de sua esterilidade e a ressurreição de seu filho (II Rs 4.8-37);

Jesus enviou a sua Palavra e curou o servo de um centurião, que sofria de paralisia e de opressão maligna (Mt 8.5-13). O Senhor ainda repreende males físicos e espirituais que estejam assolando os lares dos crentes;

Jesus curou a sogra de Pedro (Mt 8.14.17). O Senhor pode levantar algum membro da família que porventura esteja prostrado no leito da dor;

Jesus libertou o endemoninhado gadareno e ordenou que ele voltasse para a sua casa (Lc 8.26-39). O Senhor quer entrar com libertação nos lares e restituir o parente que, porventura, tenha ido embora;

Jesus entrou com salvação na casa de Zaqueu (Lc 19.1-10). O Senhor quer salvar todos os membros da família (At 16.31);

Jesus entrou na casa de Jairo e ressuscitou a sua filha (Mt 9.23-26). O apóstolo Pedro fez uma visita a uma casa em que Dorcas estava morta, e o Senhor a ressuscitou (At 9.36-46). Talvez numa visita ministerial esteja a solução para a crise no lar.

CONCLUSÃO

Os milagres são uma realidade bíblica. Nós os vemos no Antigo e Novo Testamentos. Deus, pela sua infinita graça e misericórdia, nos beneficia com os seus feitos miraculosos. Isso Ele o faz com o objetivo de ser glorificado e reconhecido como único Senhor e Deus. Além disso, os instrumentos humanos utilizados para a realização do milagre também são reconhecidos como verdadeiros servos do Senhor. Foi assim com Moisés, Elias, Samuel, Eliseu, Jesus e os apóstolos. Em muitas ocasiões, o Deus dos milagres, utilizou-se de seus servos para operar o sobrenatural dentro de muitas casas. Assim como foi nos tempos bíblicos, certamente será na sua casa, na sua família. Creia!

REFERÊNCIAS

Bíblia de Estudo Palavras Chave. CPAD.

ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO

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