Lição 3 - As bases do casamento cristão

as bases do casamento cristao (1)

Lição 3 - As bases do casamento cristão I Plano de Aula

1º SLIDE            INTRODUÇÃO

- Deus não só estabeleceu o casamento mas as responsabilidade de cada um dos cônjuges

- Modelo bíblico original da família não impõe prevalência do homem sobre a mulher. Homem e mulher têm funções diversas.

2º SLIDE   I - O PADRÃO BÍBLICO DO PAPEL DO MARIDO

- Marido e mulher são “cônjuges”, estão sob o mesmo jugo com o outro, mas são diferentes em estruturas físicas, sentimentais e emocionais (Gn.1:27)

- Uma das conseqüências do pecado do homem foi o término da situação original de equilíbrio e harmonia entre ambos os sexos (Gn.3:16).

3º SLIDE

- Marido deve ser a cabeça do casal (I Co.11:3). Ser cabeça é (I):

a) direção, planejamento familiar e estruturação dos projetos, dos fins a ser perseguidos;

b) ter capacidade intelectual, em pensar, em ter condições de dirigir os demais membros da família;

4º SLIDE

- Marido deve ser a cabeça do casal (I Co.11:3). Ser cabeça é (II):

c) capacidade de amar como Cristo amou a Igreja,;

d) tomar a decisão, mas não impor a vontade sem a participação dos demais membros da família;

5º SLIDE

- Se o marido ama a sua mulher, deve falar e ter uma mulher que é (I):

a) égua do carro de Faraó (Ct.1:9) ;

b) olhos de pomba (Ct.1:15; 4:1; 6:5) ;

c) pomba minha (Ct.1:14; 6:9) ;

d) rosa de Sarom, lírio dos vales (Ct.2:1) ;

6º SLIDE

- Se o marido ama a sua mulher, deve falar e ter uma mulher que é (II):

e) cabelo como os das cabras de Gileade (Ct.4:1, 6:5) ;

f) dentes como o rebanho das ovelhas tosquiadas (Ct.4:2, 6:6);

g) lábios como um fio de escarlate, como favos de mel (Ct.4:3,11);

7º SLIDE

- Se o marido ama sua mulher, deve falar e ter uma mulher que é:(III)

h) fronte qual um pedaço de romã (Ct.4:3; 6:7);

i) pescoço como a torre de Davi (Ct.4:4; 7:4) ;

j) belos são os teus amores...,  cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano (Ct.4:10,11; 7:1b-3) ;

k) jardim, manancial fechado (Ct.4:12);

8º SLIDE

- Se o marido ama sua mulher, deve falar e ter uma mulher que é:(IV)

l) renovos como um pomar de romãs, com frutos excelentes, fonte dos jardins, poço das águas vivas (Ct.4:13,14);

m) aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército com bandeiras (Ct.4:10) ;

n) pés que nos sapatos são formosos (Ct.7:1)

9º SLIDE   II - O PAPEL BÍBLICO DO PAPEL DA MULHER

- A mulher deve ser sujeita a seu marido (Ef.5:22).   Ser sujeita é:

a) estar debaixo de uma base, de um lançamento, de uma plataforma;

b) unir-se ao marido nos planos e projetos assumidos, fazendo-o por amor e não por medo, conveniência ou qualquer outro sentimento.;

c) ter o direito (diríamos, o dever) de opinar junto a seu marido sobre os planos, projetos e objetivos..

10º SLIDE

- Mulher - a principal responsável pela manutenção do afeto e da sensibilidade nas relações familiares, seja como mãe (Is.49:15), seja como mulher (Pv.31:11; Ct.3:1). Se a mulher é sujeita ao marido, deve falar e ter um marido que seja:

a) alguém que a beije com os beijos da sua boca (Ct.1:2);

b) unguento derramado é o teu nome (Ct.1:3);

c) cacho de Chipre nas vinhas de En-Gedi ( ou “ramalhete de flores de hena das vinhas de En-Gedi”, na NVI) (Ct.1:14) ;

11º SLIDE

- Se a mulher é sujeita ao marido, deve falar e ter um marido que seja (II):

d) macieira entre as árvores do bosque (Ct.2:3,5);

e) alguém que a leve à sala do banquete e o seu estandarte em mim era o amor (Ct.2:4) ;

f) semelhante ao gamo ou ao filho do veado (Ct.2:9,17; 8:14) ;

12º SLIDE

- Se a mulher é sujeita ao marido, deve falar e ter um marido que seja (III):

g)  alguém que apascente o seu rebanho entre os lírios (Ct.1:16);

h) alguém que seja buscado por ser quem ama a alma da mulher (Ct.3:1a);

i) alguém de quem a mulher tenha tirado o coração (Ct.4:9);

13º SLIDE

- Se a mulher é sujeita ao marido, deve falar e ter um marido que seja alguém que (III):

j) lhe forneça provisão (Ct.5:1a);

k) a proteja (Ct.5:6,7);

l) a faça sentir-se bem (Ct.5:10-13);

m) seja sensível a ela (Ct.5:14-16)

-  Administração do cotidiano do lar, segundo os planos e diretrizes decididos pelo marido, deve ficar com a mulher (Pv.31:13-27).

14º SLIDE   III - OS MALES DA OMISSÃO DOS PAPÉIS

- Modelo bíblico de família deve ser rigorosamente cumprido

- Quando o homem deixa de cumprir o seu papel de provedor do lar, bem assim de fonte de segurança e confiança na família, a conseqüência é a própria desestruturação completa da família. (Ct.5:7)

15º SLIDE

- Primeiro grave problema - saída da mulher de dentro dos lares por necessidade de sobrevivência. Solução – intervenção da igreja para (I):

a) estimular casais para que cônjuges trabalhem somente se houver necessidade;

b) construir agenda que não reduza ainda mais o tempo da família;

c) cultivo senso responsabilidade e necessidade de sacrifício em prol da família pelos cônjuges e pais;

16º SLIDE

- Primeiro grave problema - saída da mulher de dentro dos lares por necessidade de sobrevivência. Solução – intervenção da igreja para(II):

d) ajuda da igreja na educação dos filhos de seus membros e no acompanhamento destes onde se encontrem;

e) construção de um serviço de ajuda e acompanhamento das famílias

17º SLIDE

- Segundo grave problema  - negligência no cumprimento dos deveres conjugais.      Solução – intervenção da igreja para:

a) arrependimento do cônjuge negligente, que é um pecador;

b) retirada de tais cônjuges dos trabalhos até que produza frutos dignos de arrependimento

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Lição 3 - As bases do casamento cristão I

O casamento mostra a igualdade de homem e mulher diante de Deus e as diferenças entre homem e mulher entre si.

INTRODUÇÃO

- Como vimos na lição anterior, o casamento é a única forma legítima, segundo os princípios éticos estabelecidos por Deus, para a constituição de uma família. Ao determinar que a família nasça do casamento, Deus, a fim de que os homens não tivessem do que se escusar (ou seja, não tivessem desculpa), determinou quais seriam os deveres para cada um dos cônjuges, marido e mulher, vez que, embora sejam iguais diante de Deus, são complemento um do outro e, portanto, devem realizar tarefas distintas no lar.

- O modelo bíblico original da família não impõe, como se costuma dizer, uma prevalência do homem sobre a mulher. O domínio do homem sobre a mulher, que tem sido a tônica e característica da história da humanidade, é resultado do pecado do primeiro casal, não da vontade de Deus, de modo que não é verdade o pensamento de que a igualdade entre os sexos (denominada no “politicamente correto” de “igualdade de gênero”, expressão que deve ser evitada entre nós) exija o abandono do modelo bíblico de família, mais uma das muitas mentiras diabólicas que têm ganhado terreno e crédito no mundo sem Deus.

I - O PADRÃO BÍBLICO DO PAPEL DO MARIDO

- Marido e mulher, como já vimos, devem viver em união, em unidade de propósitos, não querendo um dominar ao outro, mas sabendo que nem mesmo os próprios corpos estão sob seu domínio, mas, sim, sob o domínio do cônjuge. “Cônjuge” significa “estar sob o mesmo jugo com alguém”, ou seja, tanto homem como mulher estão debaixo de normas e princípios em caráter de igualdade, sem que um seja superior ao outro. Homem e mulher têm estruturas físicas, sentimentais e emocionais diversas e Deus, que os criou (Gn.1:27), sabe muito bem destas diferenças. Daí porque estabeleceu funções distintas para o marido e para a mulher na vida conjugal, o que não é senão a constatação de que eles são seres distintos, embora, diante de Deus, sejam iguais, pois para o Senhor não há acepção de pessoas (Dt.10:17).

- Uma das consequências do pecado do homem foi o término da situação original de equilíbrio e harmonia entre ambos os sexos (Gn.3:16). O pecado trouxe ao mundo a injustiça, a iniquidade (I Jo.3:4), de forma que não é de se admirar que, desde então, o homem tenha estabelecido, nas relações sociais, a começar da relação familiar, uma injusta superioridade sobre a mulher. Como relataram as Nações Unidas, na década de 1990, na conferência sobre a situação da mulher, esta tem sido discriminada em todas as classes sociais, em todos os países do mundo, sem qualquer exceção, uma comprovação de que a Palavra de Deus é a verdade. Entretanto, no princípio não foi assim e o estatuto bíblico da família não pode, em absoluto, ser utilizado para confirmar ou aprovar algo que é fruto do pecado. Uma família cristã está livre do poder do pecado, não tem qualquer compromisso com o mundo e, portanto, deve refletir o modelo bíblico original, que é o da igualdade de tratamento, o da igualdade de direitos, mas o da diversidade de funções e de atividades.

OBS: "…Essa cultura arcaica de diminuir a mulher não tem fundamento no espírito da Criação. (…). As mulheres não podem ser diminuídas diante dos homens em nada; o Senhor ordenou que fosse uma só carne, isto é, iguais. Eles completam um ao outro para tornar possível a procriação e dar ao fruto nascido o privilégio de ser um indivíduo portador de um corpo físico, ama, espírito e, sobretudo, da imagem do Criador.(…) O Senhor também não fez a mulher inferior ao homem em termos espirituais; ela também traz consigo a imagem do Criador e é possuída de um espírito imortal e assexuado como os homens. Quando o texto bíblico diz que o Senhor criou macho e fêmea à Sua imagem, Ele não determinou se um deles seria maior ou menor em autoridade…"( SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.2, p.63-4).

- O marido, diz a Palavra de Deus, deve ser a cabeça do casal (I Co.11:3), ou seja, a

direção, o planejamento familiar, a estruturação dos projetos, dos fins a ser perseguidos deve ser de iniciativa e decisão do marido. Isto, entretanto, não quer dizer, como têm entendido os homens brasileiros, típicos machistas latino-americanos, que o marido deva ser um ditador no lar, o único senhor, o dono absoluto da verdade, que pela ameaça, pela força física e pela brutalidade domine os demais membros da família. Em primeiro lugar, a Bíblia diz que, embora o marido seja a cabeça da mulher, Cristo é a sua cabeça (I Co.11:3). Ora, toda e qualquer decisão, toda e qualquer autoridade do marido está submetida a Cristo e à Sua vontade. O marido é, assim, mero despenseiro de Cristo no lar e, como tal, deve ser achado fiel ao seu Senhor (I Co.4:1,2). Quão diferente é, pois, o modelo bíblico do que vemos, frequentemente, nos lares de crentes brasileiros!

- Em segundo lugar, ser a cabeça do casal importa em ter capacidade intelectual, em

pensar, em ter condições de dirigir os demais membros da família. Lamentavelmente, vemos, hoje em dia, famílias desorientadas, perdidas, em que a mulher é obrigada a tomar decisões e a dar as rédeas na sua casa, porque o marido não tem juízo, não pensa, não raciocina, não se comporta como um verdadeiro "macho". Na Bíblia, o "macho" é aquele que pensa, que projeta, que planeja, não o que espanca, bate e usa da força bruta. Um marido que não tem capacidade de planejamento, que não prevê todas as hipóteses possíveis corre o risco de deixar sua família em situação difícil, ainda que seja santo, como é o caso do profeta cuja viúva teve de ter o socorro miraculoso de Eliseu para superar a dificuldade por ele deixada (I Rs.4:1-7).

- Quando estamos a falar de planejamento, não podemos deixar de mencionar o aspecto econômico-financeiro, que apresenta, mormente nos dias difíceis que vivemos, um aspecto relevante. Embora venhamos a tratar disto em lição futura, desde já é importante observar que, ao lado do amor, a mulher deve ter um marido que tenha um bom nome. Salomão, em seu cântico romântico, afirma que as mulheres amam aqueles homens que “como unguento derramado é o teu nome” (Ct.1:3). O marido deve ter um comportamento de equilíbrio, de sensatez e de responsabilidade a ponto de causar admiração e respeito perante a comunidade, principalmente no que diz respeito aos aspectos econômico-financeiros, onde deve zelar para que tenha “o nome limpo”. Uma postura desta natureza trará à mulher uma autoestima, uma sensação de segurança e confiança que muito contribuirá para o bem-estar da família.

- Em terceiro lugar, ser a cabeça do casal importa em capacidade de amar como Cristo amou a Igreja, ou seja, o marido precisa ter o amor divino (que os gregos denominavam de "agape"), um amor desinteressado, um amor disposto ao autossacrifício. Ser cabeça da família é estar disposto a se sacrificar pela mulher e pelos filhos, a se prejudicar para que a família tenha um mínimo de dignidade. Muitos supostos crentes gostam de mandar, de exigir obediência, submissão, mas são preguiçosos, não buscam obter uma melhor e maior remuneração, não gostam de trabalhar, não querem servir, mas ser apenas servidos. Não são maridos que estejam cumprindo a Palavra de Deus.

- Com efeito, Cristo deve ser o exemplo para o marido. Embora seja a cabeça da Igreja (Ef.5:23), Jesus não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos (Mt.20:28), tendo demonstrado isto em todo o Seu ministério, pois sempre estava à disposição para fazer bem (At.10:38). Jesus não Se isolava dos pecadores, dos necessitados, mas ia ao encontro deles, a fim de lhes comunicar a mensagem da salvação, a ponto de os fariseus criticarem este comportamento (Mt.11:19). O marido, de igual modo, deve ser alguém que esteja disposto a atender os demais familiares (mulher, filhos e outros que com eles convivam no núcleo familiar), indo ao encontro de suas necessidades. O marido deve tomar a iniciativa do diálogo, deve procurar saber quais são as necessidades dos familiares e não esperar que seja comunicado de algo, como, lamentavelmente, agiam (e ainda hoje agem) os “senhores patriarcais” da sociedade rural brasileira bem como os pais de família brasileiros até a primeira metade do século XX. O marido é aquele que deve “lavar os pés” dos membros de sua família, administrando-lhes a lição da humildade e ajudando cada um a moldar suas vidas segundo a Palavra de Deus.

- Em quarto lugar, ser a cabeça do casal é tomar a decisão, mas não significa imposição da vontade sem a participação dos demais membros da família. A Bíblia informa-nos que Deus, que é Soberano, não impõe a Sua vontade ao homem, busca a sua anuência, convida para o Seu projeto. Ora, se Deus é assim, por que o marido seria diferente? Vejamos a forma de expressão de Jesus em Sua oração sacerdotal: "tendo consumado a obra que me deste a fazer" (Jo.17:4b), ou seja, houve uma proposta do Pai ao Filho, que foi aceita e cumprida. O marido, portanto, deve propor e obter a aceitação da mulher e dos demais integrantes da família para os propósitos assumidos, propósitos estes que, como vimos, têm de ter, primacialmente, a aprovação divina.

- Jesus jamais impôs a Sua vontade ao homem por força ou por violência, mas procurou convencer o homem pelo Espírito Santo (Zc.4:6). Verdade é que Seu ministério não se fez apenas com discursos ou parábolas, tendo, também, mostrado Seu poder (At.1:1;10:38), algo que, depois, foi observado pelos Seus seguidores, como é o caso do apóstolo Paulo (II Co.2:4,5). Da mesma forma, o marido não pode se impor com base na força ou na violência, como, infelizmente, é a tônica em muitos lares, mas, antes, pelo contrário, o marido deve orientar e obter a adesão dos demais familiares a seus projetos e propósitos, mediante o poder da persuasão, do convencimento, o que exige um constante e permanente diálogo entre os integrantes da família, bem como que tais ideias e projetos se mostrem como resultado de uma vida de poder, o que o marido somente atingirá se tais planos e projetos tiverem a anuência e concordância do Senhor, o que implica, por sua vez, numa vida de comunhão com Deus. A força do exemplo do marido, numa vida santa e dedicada a Deus, é a principal fonte de autoridade para levar os demais familiares à adesão aos seus projetos e propósitos.

- Em quinto lugar, ser a cabeça do casal importa em ser o modelo afetivo do lar. Muitos acham que, por ser o marido chamado na Bíblia de cabeça, o marido é o protótipo da razão, o padrão da racionalidade, do bom senso e, consequentemente, eliminam da figura do marido qualquer traço sentimental ou emocional. Embora, normalmente, associemos a cabeça à razão, à insensibilidade, não é esta associação o pensamento dos escritores sagrados. Senão vejamos. Jesus é chamado de cabeça da Igreja (Ef.5:23), mas, nem por isso, as Escrituras Sagradas deixam de afirmar que ninguém tem maior amor do que Jesus (Jo.3:16; 15:13). Portanto, ser cabeça da família, antes de dispensar a presença de sentimento ou emoção, exige-a no tom mais elevado. Aliás, como tem demonstrado a medicina nos últimos anos, o estado sentimental do indivíduo é estabelecido, em grande grau, pela produção de substâncias no cérebro, ou seja, ao contrário do que se imaginava, é a cabeça a principal coordenadora e orientadora dos sentimentos no corpo humano.

- Neste ponto, portanto, vemos quão distinto do modelo bíblico é o modelo cultural existente notadamente entre os latinos, segundo o qual, o marido, por ser “homem”, “macho”, não deve demonstrar afetividade, sentimento ou emoção. “Homem não chora”, diz a cultura latina e, em razão disto, construiu-se a figura de um marido que se mostra insensível, “durão”, que esconde as suas emoções para que, assim, tenha respeito, consideração e autoridade em casa. Deve, segundo este padrão, em relação à mulher, demonstrar superioridade, apetite sexual animalesco, tratando a mulher como objeto e evitando todo e qualquer comportamento de afeto e carinho que esteja desvinculado da atividade sexual. Isto é o que diz nossa cultura, mas não é o que dizem as Escrituras Sagradas!

- O marido deve amar sua mulher como Cristo amou a Sua igreja, já vimos supra. Ora, Jesus demonstrou este amor não só na cruz do Calvário, onde ele atingiu o clímax, mas durante todo o Seu ministério. Jesus sempre demonstrou afeição, com todos, sem qualquer distinção ou acepção de pessoas. Compadeceu-Se, alegrou-Se, chamou a Si as crianças, que eram tidas como estorvo pelos Seus próprios discípulos, deu atenção a mendigos cegos, a mulheres de vida irregular, a leprosos, a enfermos de toda espécie, que eram desprezados e marginalizados pela sociedade. Jesus era pura sensibilidade e reside nesta capacidade de sentir exatamente o que sentimos (que é ter “com-paixão”) a autoridade e capacidade para interceder por nós junto ao Pai (Hb.2:17,18).

- O marido deve demonstrar este amor cotidianamente, até porque a mulher, por sua postura mais sentimental e emocional, necessita sentir diariamente o amor do marido. No livro de Cantares de Salomão, que é um poema que canta, precisamente, o amor conjugal e no qual tiramos grandes lições a respeito de como deve ser o relacionamento entre marido e mulher (o que mostra a importância que Deus dá a este tipo de relacionamento, a ponto de ter incluído, na revelação, um livro inspirado diretamente vinculado a isto), vemos que a primeira expressão da mulher é, exatamente, esta: “porque melhor é o seu amor do que o vinho” (Ct.1:2), ou seja, o que a mulher mais deseja é sentir o amor do marido, saber que ele a ama e isto é mais importante do que todo e qualquer prazer que o mundo possa oferecer (o vinho significa, exatamente, a alegria que se obtém na vida terrena). Já quase no final do cântico, a mulher exclama, mais uma vez: “Eu sou do meu amado e ele me tem afeição” (Ct.7:10). Será, querido marido, que sua mulher pode fazer delas estas palavras?

- No livro de Cantares, vemos o marido, constantemente, fazendo elogios à sua amada, agradando-a, ilustrando o seu ego (da mulher, não o seu), procurando impedir que a mulher perca a sua autoestima ou seja atingida, de modo fatal, na sua sensibilidade. A mulher, dizem as Escrituras, é o vaso mais fraco (I Pe.3:7), afirmação bíblica que não deve ser utilizada, como é costumeiro, para dizer que o homem é mais forte e, por isso, deve dominar sobre a mulher, mas, bem ao contrário, afirmação que deve ser levada em conta pelos maridos para que cuidem mais e melhor de suas mulheres, pois, se são mais fracas, mais delicadas, devem ter maior cuidado, não ser eliminadas ou destruídas de vez! Vejamos alguns dos elogios feitos pelo marido à mulher em Cantares:

a) égua do carro de Faraó (Ct.1:9) – pode parecer estranho, nos nossos dias, mas a expressão era altamente elogiosa, pois as éguas do Faraó eram os animais mais belos e mais bem cuidados daquela época. Será, querido marido, que sua mulher pode ser comparada às éguas de Faraó? Será que o amado tem propiciado o melhor que está à sua disposição para manter a saúde, a beleza e a fama de sua mulher?

b) olhos de pomba (Ct.1:15; 4:1; 6:5) – o marido diz à sua amada que os olhos dela são como os de pomba. A pomba é o símbolo da doçura, da ternura, pois seu olhar é gentil e transmite isto aos que a veem. Caro marido, o tratamento que o irmão tem dado à sua mulher permite que a mesma tenha este olhar, que transmita candura, doçura aos outros, ou, pelo contrário, tem um olhar abatido, revoltado e triste?

c) pomba minha (Ct.1:14; 6:9) – aqui o marido compara sua amada a uma pomba. A pomba tem características tão excelentes que é um dos símbolos do Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade. Ser pomba é não ter amargura, ser simples, ser dócil, ser prolífera, ser companheira. Querido marido, o tratamento que o irmão dá a sua mulher permite o desenvolvimento destas qualidades em sua mulher?

d) rosa de Sarom, lírio dos vales (Ct.2:1) – aqui o marido compara sua amada à rosa de Sarom, a um lírio no meio dos espinhos. Por primeiro, é bom que se diga, popularizou-se a ideia de se considerar ser esta uma figura de Jesus Cristo, por causa da sua menção ao lírio dos campos no sermão do monte (Mt.6:28), mas, aqui, a rosa de Sarom e o lírio dos vales é a mulher, não o marido, de modo que se tem figura da Igreja e não de Jesus. O marido compara sua mulher à rosa de Sarom, que surgia na primavera, sendo o verdadeiro símbolo da renovação da natureza, da beleza que havia desaparecido no inverno, enquanto que o lírio dos vales também se sobressaía dentro de uma vegetação espinhosa por sua beleza e perfume. A mulher deve ser alguém que, em meio às lutas e às adversidades da vida, traga ao marido um alento, um contemplar de beleza e de sentimento. Querido marido, seu tratamento para com sua mulher dá motivos a ela para ser o refrigério que o irmão precisa ter em casa, ou, a forma como o irmão a trata, faz com que seus problemas só aumentem quando o irmão abre a porta de seu lar?

e) cabelo como os das cabras de Gileade (Ct.4:1, 6:5) – aqui o marido compara sua amada a um rebanho de cabras, enaltecendo os seus cabelos, que deveriam ser negros, como negros eram os pelos das cabras de Gileade. Os cabelos deveriam ser compridos, pois a visão de um rebanho de cabras descendo os montes faz lembrar esta espécie de cabelos. Vemos, aqui, o marido elogiando a mulher fisicamente, o que deve ser uma necessidade no relacionamento conjugal. O marido deve ter atração física pela sua mulher continuadamente, atração esta que deve aumentar pelo conhecimento cada vez mais intenso da interioridade da mulher ao longo do casamento. A mulher sempre se preocupa, é de sua natureza, em se mostrar atraente e bela ao seu marido e ele deve ter sua atenção a este ponto, sob pena de causar um desnecessário fator de instabilidade na família.

Além disso, o cabelo fala da honra da mulher (I Co.11:6), de modo que o cabelo fala da honra da mulher, que é algo que o marido deve elogiar e buscar incentivar e estimular na sua companheira.

f) dentes como o rebanho das ovelhas tosquiadas (Ct.4:2, 6:6) – aqui o marido diz que os dentes da amada o lembravam um rebanho que acabava de ser tosquiado e que se mostram férteis. Os dentes falam da alegria, da satisfação. O marido deve ter uma mulher satisfeita, feliz, que tenha prazer em fazer crescer o lar, não só tendo filhos, mas também em qualidade de vida. Querido marido, sua mulher tem satisfação na vida? Você contribui para que ela almeje o crescimento e desenvolvimento de sua vida familiar?

g) lábios como um fio de escarlate, como favos de mel (Ct.4:3,11) – aqui o marido diz que os lábios da mulher têm um falar doce, ou seja, a mulher fala coisas agradáveis, construtivas. Mas, como afirmam as Escrituras, a boca fala daquilo que o coração está cheio (Mt.15:19; Mc.7:21). A mulher bem tratada pelo marido, constantemente elogiada, não tem motivos para maldizer o mundo e aqueles que nele habitam, não é mexeriqueira, não está de mal com a vida. Querido marido, você tem contribuído para que o interior de sua mulher seja de tal modo que seus lábios tenham um falar doce?

h) fronte qual um pedaço de romã (Ct.4:3; 6:7) – aqui o marido diz que a face da mulher é avermelhada, como um pedaço de romã, fruta avermelhada que era símbolo da fertilidade na cultura oriental (tanto que, ainda hoje, há crendices daquela época que envolvem a romã na passagem de ano). Observemos que os lábios já tinham sido associados à cor vermelha (fio de escarlate), a mostrar que o marido vê, na mulher, um ser apaixonado, um ser que mantenha o interesse e o ardor dos primeiros dias de relacionamento. Evidentemente, que não se está aqui dizendo que o relacionamento conjugal deve ser movido pela “paixão”, entendida esta como um “movimento violento e impetuoso do ser para o que ele deseja”, algo que é fugaz, passageiro, carnal, mas um amor constante e permanente, que seja sempre cultivado. Querido marido, o irmão ainda consegue enxergar na face de sua mulher o amor dela pelo seu marido?

i) pescoço como a torre de Davi (Ct.4:4; 7:4) – aqui o marido enaltece o pescoço da mulher, pescoço este que é o liame entre a cabeça e o restante do corpo. O pescoço fala da elegância, do porte da mulher. A posição do pescoço no andar é de fundamental importância para o andar gracioso, como ensinam os treinadores de modelos, por exemplo. O marido louva a sua mulher por ter ela um pescoço como a torre de Davi, ou seja, por ter um porte, uma elegância elogiável, que traz segurança, pois a torre de Davi, uma fortaleza construída em Jerusalém, cujos escudos dos soldados, colocados na sua parte superior, faziam com que se apresentasse de forma bela e elegante aos olhos dos habitantes. O pescoço, também, fala-nos de segurança, de ligação entre cabeça e restante do corpo, sendo, precisamente, este o papel que deve desempenhar a mulher na família. Querido marido, sua mulher é sua porta-voz na família, é alguém que tem condições de ser um elo entre o marido e os demais integrantes da família, alguém que, por receber segurança do marido, pode transmiti-la para os demais membros da família. Aqui razão tem o ditado popular segundo o qual “se o marido é a cabeça, a mulher é o pescoço”. Não é sem motivo que a Palavra de Deus afirma que a mulher pode destruir o seu lar com suas próprias mãos (Pv.14:1). Querido marido, sua mulher tem sido tratada de tal forma que possa ser o pescoço de sua família?

j) belos são os teus amores..., cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano (Ct.4:10,11; 7:1b-3) – o marido deve ter um relacionamento íntimo com a sua mulher, deve existir uma perfeita harmonia na vida sexual, que não vise apenas a satisfação própria, egoísta, mas a satisfação do outro, não apenas para procriação, mas também para satisfação, sem incontinência e dentro dos limites previstos pelo próprio Deus em Sua Palavra (I Tm.4:3). O marido não deve tratar a mulher como objeto sexual, como tem ensinado o mundo, mas manter um relacionamento que leve em consideração a necessidade de satisfação e a dignidade da mulher como pessoa num instante como este.

k) jardim, manancial fechado (Ct.4:12) – este texto é muito citado na interpretação alegórica que se faz do livro de Cantares, sendo de todos conhecida a figura da Igreja como jardim fechado. No entanto, o texto também tem aplicação literal. Aqui o marido compara a mulher com um jardim, um manancial fechado, o que nos faz lembrar das áreas de preservação ambiental, das reservas florestais de nossos dias, locais onde se preserva a natureza, o meio-ambiente, onde estranhos não têm acesso, onde não é possível a destruição. A mulher deve ser elogiada na sua discrição, na preservação da intimidade da família. Mas, para que ela preserve a intimidade, o segredo no lar, não é possível a intimidação, a ameaça, como vemos em muitos homens, inclusive que se dizem crentes (aliás, este comportamento tem sido muito encontrado em candidatos a obreiros nos ministérios em que, biblicamente, exige-se o testemunho e anuência da mulher para a separação ou consagração), mas, tão somente, a confiança, a segurança advinda do relacionamento conjugal. Não é por outro motivo, que a mulher se compara a um muro, já quase no final do cântico (Ct.8:10). A Igreja é um jardim fechado porque confia plenamente e encontra segurança no seu Senhor (Jo.10:28,29; Sl.91:1,2). Querido marido, sua mulher pode ter esta mesma segurança e confiança quando observa o seu comportamento?

l) renovos como um pomar de romãs, com frutos excelentes, fonte dos jardins, poço das águas vivas (Ct.4:13,14) – aqui o marido compara a mulher como alguém que é sempre renovada, que sempre traz refrigério e refrescor à família. Mas, para que a mulher possa renovar, ser uma fonte de renovo e de vitalidade para a vida em família, é mister que o marido, assim como o Senhor da Igreja faz mandando o Espírito Santo (que é o vento mencionado em Ct.4:16), oxigene a casa, esforce-se para que haja não só a renovação espiritual do lar, mediante uma vida de contínua adoração, como também traga para a família a necessária contextualização, a necessária adaptação às transformações sociais, mantido, obviamente, o reinado de Cristo no lar.

m) aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército com bandeiras (Ct.4:10) – o marido deve ver sua mulher como o ser mais belo e excelente sobre a face da Terra. O marido não pode ter olhos senão para a sua mulher. Não basta dizer que se casou com apenas uma mulher para que se cumpra o mandamento bíblico. Dizem as Escrituras que é preciso que se una a sua mulher e se lhe apegue a ela. Há muitos maridos que, imprudentemente, vivem elogiando as mulheres dos outros, só encontram virtudes nas outras mulheres, desmerecendo a sua própria mulher. O marido, em Cantares, entretanto, não agiu assim. Compara a sua mulher à lua, que reina soberana na noite, ofuscando o brilho de qualquer outro astro; ao sol, que, por sua vez, impede que apareçam os outros astros durante o dia, tamanho o seu brilho, bem assim, na alvorada ou no crepúsculo, ao planeta Vênus (a “estrela d’alva”), que é o astro que, na transição da noite para o dia ou vice-versa, consegue aparecer com maior fulgor. Ninguém pode ocupar, no universo do marido, o lugar da sua mulher. As atenções devem estar voltadas a ela, tanto nos momentos de alegria, como no de dificuldades. O marido tem de dar a devida honra a sua mulher, que deve ser enaltecida e admirada assim como um exército formidável com bandeiras.

n) pés que nos sapatos são formosos (Ct.7:1) – aqui o marido elogia a sabedoria e equilíbrio da sua mulher. Os pés falam de andar, de procedimento, de atitudes. A mulher deve ser elogiada pelo seu equilíbrio, pela sua moderação, pela sua modéstia. O marido deve incentivar, estimular e criar condições para que a formosura da mulher se demonstre, exatamente, no instante em que seus pés encaixam-se nos sapatos, ou seja, no exato momento em que as ações da mulher estão de acordo com os princípios e regras de moral social e bons costumes.

- O mais interessante é que, ao mesmo tempo em que o marido deve se esforçar para que enxergue em sua mulher todas as qualidades cantadas pelo poeta no Cântico dos Cânticos, vemos, também, que estes adjetivos, este comportamento é um dever da mulher!

II - O PAPEL BÍBLICO DO PAPEL DA MULHER

- A mulher, dizem as Escrituras, deve ser sujeita a seu marido (Ef.5:22). Ser sujeita significa estar debaixo de uma base, de um lançamento, de uma plataforma (do latim "sub jectum"). A mulher, portanto, deve orientar suas sensações, emoções e intuições de acordo com os planos, projetos e finalidades traçados pelo marido. Não há, portanto, como se exigir sujeição da mulher quando não há tais planos, projetos ou finalidades.

- A mulher deve se unir ao marido nos planos e projetos assumidos, fazendo-o por amor e não por medo, conveniência ou qualquer outro sentimento. Diz o texto sagrado que a sujeição deve ser como ao Senhor, o que implica em sujeição por amor, com dedicação, confiança, humildade, fidelidade e lealdade. Nada mais antibíblico, portanto, do que a ideia que tem sido difundida de que o casamento ou a vida familiar tradicional seja algo contrário à dignidade da mulher ou à sua independência. A mulher, como o homem, não foram feitos para serem "independentes", pois dependem um do outro para se completarem, para que possam transformar em realidades todo o potencial humano. A chamada "liberação feminina" é mais uma das mentiras satânicas e resultado de uma postura antibíblica dos homens, inclusive de cristãos, que confundem a sujeição da mulher com opressão, escravidão ou algo semelhante.

- A mulher tem o direito (diríamos, mesmo, o dever) de opinar junto a seu marido sobre os planos, projetos e objetivos que devem ser buscados pela família, usando de sua capacidade intuitiva aguçada, de sua sensibilidade e emoção para que seja tomada a melhor decisão. Até pelo fato de ser mais sensível e intuitiva do que o homem, a mulher é um importante canal para que seja obtida e comunicada a vontade de Deus num determinado fim perseguido pela família. Jesus deixou-nos claro que a mulher é a principal fonte de comunicação para a divulgação de Seus propósitos, como vemos nos exemplos da profetisa Ana (Lc.2:38) e das mulheres que foram ao túmulo vazio (Lc.24:9).

- A mulher é a principal responsável pela manutenção do afeto e da sensibilidade nas relações familiares, seja como mãe (Is.49:15), seja como mulher (Pv.31:11; Ct.3:1).

- Neste ponto, assim como já vimos com relação aos maridos, faz-se preciso que a mulher demonstre toda esta sensibilidade e afeto através de elogios e atitudes em relação a seus maridos, elogios e atitudes que vamos, também, extrair do livro da Bíblia dedicado ao amor conjugal, que é o livro de Cantares de Salomão, onde o marido é visto pela mulher da seguinte forma:

a) beije-me ele com os beijos da sua boca (Ct.1:2) – conforme já falamos supra, o ponto principal que a mulher vê em seu marido é a sua afeição, a sua capacidade de amar, que aqui está simbolizado pelo beijo, sinal não só de afeto como também de autoridade (Cf. Sl.2:12). A mulher deve ser receptiva ao afeto do marido, às suas demonstrações de carinho, bem como deve reforçar a autoridade do marido no lar, desde que acompanhada pelo exemplo (os beijos são da boca do marido). A mulher deve desejar o seu marido, deve valorizar o jeito do seu marido amá-la, evitando comparações com outros homens e modelos outros que sejam apresentados pela sociedade ou pela mídia.

b) unguento derramado é o teu nome (Ct.1:3) – a mulher deve zelar pelo bom nome de seu marido. Infelizmente, temos presenciado e vivenciado inúmeras circunstâncias em que a mulher é a primeira a comprometer a honra, a fama, a posição do marido perante a sociedade. Divergências, mágoas, ressentimentos devem ser tratados intimamente, com preservação da figura do marido e da mulher perante os filhos e perante a sociedade. Não se está aqui defendendo a atitude de hipocrisia, que é muito comum entre “moralistas”, em que se disfarça a existência de um relacionamento conjugal já há muito falido, mas, sim, o que diz conhecido provérbio popular: “roupa suja se lava em casa”. Na própria intimidade, a mulher deve preservar a honra do marido, daí porque a mulher, na poesia de Salomão, ter dito que o marido era um “ramalhete de mirra”(na NVI, “pequenina bolsa de mirra”) (Ct.1:13), ou seja, um pequeno saquinho de mirra, um perfume de aroma agradável extraído de algumas árvores da Arábia, que normalmente era colocado pelas jovens entre seus seios, pendurado no pescoço, ou seja, até mesmo na vida em família, deve ser exalado o bom nome do marido. A mulher deve, sempre, preservar o nome do marido, incentivando-o e estimulando-o a que tenha, em sua vida e proceder, o “bom cheiro de Cristo” (II Co.2:15). Como diz o sábio, ela [a mulher, observação nossa] lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida” (Pv.31:12).

c) cacho de Chipre nas vinhas de En-Gedi ( ou “ramalhete de flores de hena das vinhas de En-Gedi”, na NVI) (Ct.1:14) – aqui a mulher compara o marido a uma flor muito cheirosa e parecida com a rosa, que era abundante em En-Gedi, um conhecido oásis da Palestina. A mulher precisa criar condições para que seu marido seja romântico, tenha liberdade para expressar toda a sua sensibilidade para a sua companheira. Num mundo onde o homem não pode expressar a sua sensibilidade, é preciso que a mulher tenha prudência e discrição para que, na intimidade pelo menos, o marido possa expressar tais sentimentos, notadamente no relacionamento familiar. Cabe a mulher lapidar a pedra bruta que, normalmente, são os homens e transformá-los num puro e lindo diamante para a sociedade. Por ser a parte mais sensível, a mulher tem de saber que cabe a ela complementar este lado do seu marido. Como diz conhecida música popular, “os brutos também amam” e cabe à mulher desembrutecer os homens.

d) macieira entre as árvores do bosque (Ct.2:3,5) – aqui a mulher compara seu marido como uma macieira entre as árvores do bosque. Ao contrário do que se afirma, sem qualquer respaldo bíblico, a macieira não foi apresentada, na Bíblia, como sendo a árvore da ciência do bem e do mal no jardim do Éden. Ela exsurge, aqui, no livro de Cantares como uma árvore frutífera no meio de árvores sem frutos, pois, nos bosques que estão aqui em mente, temos, normalmente, árvores sem frutos, as chamadas “gimnospermas” (como os pinheiros), que não têm frutos, mas tão somente flores e sementes. O marido deve ser visto pela mulher como um provedor, como aquele que sacia as necessidades da família, tanto as materiais, quanto as afetivas. Um dos grandes problemas que temos, nos dias de hoje, é a insuficiência do trabalho do marido como única fonte de subsistência das famílias, o que tem gerado grandes distorções no relacionamento familiar. Mas, além do sustento, a macieira produz uma sombra, que também as árvores do bosque não conseguem produzir (as copas das gimnospermas, via de regra, permitem a travessia da luz solar, daí porque serem chamadas estas florestas de “florestas abertas”, ao contrário das florestas tropicais, que não permitem a penetração da luz solar). Isto mostra, claramente, que os maridos devem, também, trazer segurança para as mulheres, que a mulher busca confiança e refúgio no seu marido e deve se comportar de tal maneira que isto se torne uma realidade em sua vida. Não é por outro motivo que a mulher louva o gesto de proteção do marido representado pelo abraço, como se descreve em Ct.2:6. O marido está pronto a ser o protetor da mulher se nela sentir confiança.

e) levou-me à sala do banquete e o seu estandarte em mim era o amor (Ct.2:4) – aqui a mulher mostra sua admiração pelo seu marido porque ele lhe proporciona uma vida de alegria (o banquete representa, exatamente, a festa, a alegria). A mulher deve compartilhar dos momentos de alegria proporcionados por seu marido, valorizá-los, reconhecer todo o seu esforço para trazer momentos melhores e menos aflitivos para a mulher e para a família como um todo. A mulher deve procurar desenvolver, no seu lar, o amor como sendo a bandeira que deve ser enaltecida. Entra, aqui, também, a necessária cooperação da mulher para que o seu marido tenha uma intimidade e uma vida de comunhão com Deus de tal sorte que sempre haja festa espiritual na casa, no lar, mediante um contínuo e freqüente culto doméstico, que, pelo marido, seja dirigido ou, pelo menos, coordenado.

f) semelhante ao gamo ou ao filho do veado (Ct.2:9,17; 8:14) – aqui a mulher compara seu marido a um cervo, a um veado. Este animal é conhecido pela graciosidade dos seus movimentos, agilidade e vigilância. O que chamou a atenção da amada no seu marido foi exatamente a presença destas qualidades. A mulher jamais deve matar, em seu marido, a perspicácia, o sonho, a agilidade mental e intelectual. Deve colaborar de forma a que ele faça projetos e os execute satisfatoriamente, contribuindo com sua intuição e sensibilidade para que haja o êxito. A vigilância, também, é importante para que a família escape dos perigos e das sombras, daí porque a mulher ansiava pela vinda do marido antes do anoitecer (Ct.1:17). O marido, inclusive, deve ser o canal da busca da proteção divina ao lar, mediante a coordenação e direção do culto doméstico (Ct.4:6). A mulher virtuosa privilegia tanto o marido previdente e planejador que, com suas atitudes, reforça os projetos e planos do marido, tanto que “não temerá, por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada.” (Pv.31:21). É interessante notar, aqui, como o mundo deturpa os conceitos bíblicos, buscando menosprezá-los. Na cultura brasileira, a associação do homem ao gamo ou ao veado é pejorativa, pois este animal é símbolo de afeminação, quando, na verdade, biblicamente, ele apresenta uma característica masculina por excelência: a racionalidade, a destreza mental.

g) ele apascenta o seu rebanho entre os lírios (Ct.1:16) – aqui a mulher se diz do seu marido porque ele apascenta o seu rebanho entre os lírios, ou seja, a mulher vê no marido alguém que trabalha, que busca ganhar o pão com o suor do seu rosto, enfrentando todas as dificuldades e adversidades que este trabalho, inevitavelmente, por causa do pecado do casal primordial, trouxe para os seres humanos (Gn.3:19). A mulher, portanto, jamais pode desconsiderar o esforço do marido na provisão da família, ainda quando este esforço se revele inútil ou sem resultados imediatos (como ocorre, cada vez mais, com o crescente desemprego que grassa pelo mundo). A reação da mulher a todo este esforço do marido é fundamental para que o marido mantenha o equilíbrio e a sensatez e para que as carências não destruam a vida familiar.

h) levantar-me-ei…buscarei aquele a quem ama a minha alma (Ct.3:1a) – aqui vemos a mulher considerando o marido como aquele que deve ser procurado, que deve ser buscado. A mulher, não encontrando o marido em sua cama (ou seja, na sua intimidade), não mede esforços para localizar o seu marido, ainda que tenha de sair durante a noite pelas ruas e praças da cidade. A mulher deve procurar por seu marido, não deve ser indiferente a ele, não deve permitir que o marido, dentro de sua tendência a uma vida insensível e puramente racional, desvincule-se de sua mulher, de sua família. A mulher não pode permitir o desinteresse e o isolamento do marido na vida familiar, algo que é muito comum, já que o marido passa poucas horas no convívio do lar. A mulher deve esforçar-se ao máximo para que seu marido seja trazido para o lar, seja um participante do cotidiano doméstico.

i) tiraste-me o coração, minha irmã, minha esposa...(Ct.4:9) – a mulher tem de tirar o coração do seu marido, ou seja, com os seus olhos (e já vimos que os olhos são como que de pomba, portanto, canais de doçura, ternura e simplicidade), a mulher tem de fazer com que o desejo do marido seja para ela, e tão somente ela. O marido deve ser cuidado e tratado de tal maneira que passe a depositar na sua mulher os desejos de sua vida terrena, que passa a ver, em sua mulher, o alvo de sua existência, a razão de ser dos seus projetos e planos. A mulher deve tirar o coração do homem, não outras pessoas e deve fazê-lo com seus olhos, não com carnalidade ou qualquer sedução barata, que a nada leva. Como diz o sábio, “o coração do seu marido [i.e., da mulher virtuosa, observação nossa] está nela confiado” (Pv.31:11a). Não é por outro motivo que se diz que muitos maridos, pelo porte de suas mulheres, serão ganhos para Cristo sem palavra (I Pe.3:1). Pelas atitudes de mulheres santas, que com sua simplicidade e suas qualidades do fruto do Espírito, capturarão o coração de seus maridos, eles poderão chegar-se a Cristo, como elas chegaram.

OBS: Observemos, aqui, por oportuno, que Pedro está se dirigindo a casais que se formaram antes da conversão de qualquer dos seus integrantes, não se podendo utilizar este versículo como autorização para que haja o “jugo desigual”.

j) já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria; comi o meu favor com o meu mel; bebi o meu vinho com o meu leite (Ct.5:1a)- aqui o marido avisa a mulher que usufruiu daquilo que foi feito para ele. Veio para o jardim, comeu o seu favor de mel, o seu vinho com leite. Se ele assim se alimentou, é porque a mulher o preparou. É fundamental que a mulher execute as tarefas que lhes são cometidas dentro do lar, entre os quais, destacam-se a provisão da alimentação e das demais necessidades. O modelo tradicional de família, já hoje quase inexistente, cometia ao marido o trabalho fora de casa e à mulher, o trabalho dentro de casa. Hoje em dia, em virtude da necessidade de ambos os cônjuges trabalharem, para que haja o mínimo de conforto na vida da família, é preciso que haja uma distribuição de tarefas entre os cônjuges, o que não é biblicamente condenado, como alguns “machistas” têm entendido. De qualquer modo, o controle das tarefas dentro de casa tem de ser da mulher, pois, como dizem as Escrituras, a mulher virtuosa “ainda de noite se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas” (Pv.31:15). É imperioso que a mulher tenha sob seu controle estas atividades domésticas, pois isto faz parte da sua sensibilidade e intuição e é fundamental para que o marido possa bem desempenhar as suas atividades, bem assim os filhos. A imagem social do marido está vinculada a isto (Pv.31:23), bem assim o da própria mulher (Pv.31:28,29).

k) eu abri ao meu amado, mas já o meu amado se tinha retirado…acharam-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me, tiraram-me o manto…(Ct.5:6,7) – aqui a mulher conta um triste experiência, resultado da sua indiferença e resistência ao marido. O marido a havia procurado, mas a mulher não lhe deu ouvidos, resistiu-lhe, fez-se indiferente para com ele e, como consequência, ele se foi. Arrependida, a mulher corre em seu encontro, mas é espancada, ferida, despida pelos guardas. Isto mostra que a mulher não deve, em momento algum, permitir que o marido se sinta isolado, solitário. Muitas vezes, a mulher, em razão de divergências e de conflitos, isola o marido, mantém-no numa “geladeira”, no “congelamento de relacionamento”, em todos os sentidos, a começar pelo sexual. As consequências de uma tal conduta são desastrosas para a mulher, pois o marido deixará de protegê-la e a família poderá ser alvo do ataque daqueles que estão, constantemente, buscando a quem possa tragar, o diabo e seus anjos (I Pe.5:8; Ap.12:10). Sendo a fonte de sensibilidade no lar, a mulher não pode, em absoluto, ser a promotora de uma insensibilização no relacionamento conjugal, pois isto trará graves seqüelas que, muitas vezes, podem ser irreversíveis.

OBS: Este comportamento de interrupção do relacionamento íntimo, que muitos especialistas denominam de “castigo sexual”, por sinal, é expressamente vedado pelas Escrituras, como vemos em I Co.7:4,5, sendo uma ocasião que os cônjuges darão ao inimigo para inserir, no casamento, a prostituição e o adultério, manchando, assim, o leito matrimonial (Hb.13:4). Guardemos o conselho do apóstolo: “Não deis lugar ao diabo” (Ef.4:27).

l) ele traz a bandeira entre mil, a sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus olhos…como os das pombas, as suas faces como um canteiro de bálsamo, como colinas de ervas aromáticas; os seus lábios…como lírios que gotejam mirra (Ct.5:10-13) – aqui a mulher enaltece várias qualidades que se encontram na cabeça do marido. Primeiro, diz que ele é um comandante, aquele que leva atrás de si um exército. A mulher deve reconhecer a direção do marido na vida familiar, não representando isto uma escravidão ou uma servidão. Os soldados não obedecem ao comandante apenas por causa de hierarquia, mas porque enxergam nele alguém valoroso, alguém dotado de coragem e de força para enfrentar o inimigo. Se Davi não tivesse suas próprias qualidades como guerreiro, certamente que os seus valentes jamais aceitariam submeter-se a ele! O marido deve, porém, ter a mente de Cristo, pois é isto que representa a cabeça de ouro, pois o ouro nos fala da divindade. Será que os pensamentos, os planos dos maridos têm sido os pensamentos, os planos de Deus? Só os planos de Deus não podem ser frustrados (Jó 42:1 – ARA). A mulher deve, portanto, aderir e lutar pela concretização dos planos de seu marido, quando vir que o seu marido tem a cabeça como o ouro mais apurado. Com relação aos olhos, assim como a mulher deve transmitir doçura, ternura e simplicidade, o marido também deve assim se portar, pois, se é um crente verdadeiro, também recebeu o Espírito Santo como pomba, a exemplo de seu Senhor. Entretanto, há muitos maridos que querem se comportar como leões, tigres ou bestas-feras, que não é o modelo bíblico procurado pela mulher. Há mulheres, também, que têm buscado “gatos”, “pães”, esquecendo-se de que devem ter, ao seu lado, verdadeiras pombas, homens provedores, simples, doces e ternos, capazes de suprir-lhes a necessidade de afeto e de mantimento. O marido, também, deve ter desejo pela mulher e isto que representa o “canteiro de bálsamo” das suas faces, uma provável alusão ao costume oriental de se perfumarem as barbas, para demonstrar agrado à mulher. Querida mulher, seu comportamento faz com que seu marido tenha desejo em lhe fazer companhia, tenha desejo de chegar logo a casa, ou será que seu marido é mais um daqueles que tudo fazem para ficar o maior tempo possível fora de casa? Muitos alcoólatras, que passam horas e horas em bares, começaram esta vida exatamente porque suas mulheres não lhes davam prazer algum a que chegarem logo a casa, após um dia estafante de serviço, o que os fez parar nos bares e lá, dia após dia, acabaram se viciando e preferindo mil vezes a companhia da “branquinha” do que da mulher rixosa que têm em casa, cuja insuportabilidade foi afirmada pelo próprio Deus em Sua Palavra.(Pv.25:24; 27:15). Um marido bem tratado e cuidado saberá externar uma sensibilidade, um sentimento que não é particularmente desenvolvido nos varões, mas que será despertado pelo carinho e afeto da mulher, tanto que seus lábios serão como lírios que gotejam mirra. Querida mulher, seu marido tem estas características? Se não, qual a sua culpa nisto?

m) as suas mãos …anéis de ouro; o seu ventre…alvo marfim; as suas pernas…colunas de mármore; (Ct.5:14-15a) – A mulher deve estimular e incentivar o amor a que seja trabalhador. As mãos falam do trabalho e o marido deve trabalhar, esforçar-se para a construção de uma vida familiar digna, trabalho que não é somente o material, mas também o espiritual, a fim de que o lar seja um altar de adoração contínua ao Senhor. Este trabalho deve ser feito sob a direção e orientação do Senhor, daí porque os anéis serem de ouro, com joias preciosas incrustadas. O marido é cantado, aqui, como alguém que tem um ventre como o marfim, ou seja, tem um interior excelente. A mulher deve se esforçar por entender o seu marido no aspecto interno, i.e., sua alma e espírito, de tal modo que compreenda as suas manifestações exteriores. Há, mesmo, quem veja aqui uma alusão ao porte físico do marido, que deve ser, sim, alvo do conhecimento e do cuidado por parte da mulher, que deve ser a primeira interessada em que seu marido tenha um bom porte físico. O marido deve ser, também, alguém que dê segurança e firmeza ao lar, tanto que suas pernas devem ser colunas de mármore, isto é, o marido deve ter um comportamento tal que toda a vida familiar esteja estruturada através de sua vida. A mulher, portanto, não pode se comportar como Sansão, que destruiu o templo de Dagom com suas próprias mãos, mediante a destruição das colunas daquele templo. Já falamos disto neste estudo: a mulher louca derribará a sua casa, exatamente ao destruir a reputação do seu marido e toda a sua autoridade no lar.

n) o seu parecer…como o Líbano; o seu falar…muitíssimo suave (Ct.5:15b-16) – Aqui a mulher afirma que o seu marido tem o parecer do Líbano, ou seja, é tão impressionante e vistoso como o cedro do Líbano. O cedro é uma árvore da família dos pinheiros, de grande porte, cuja madeira é procurada por sua durabilidade, sendo considerado o rei das árvores na Palestina. Dizer que o marido tem a aparência do cedro do Líbano é dizer que a mulher o considera como a mais alta autoridade no lar, como sendo alguém de grande estatura moral, que tem firmeza e caráter inquebrantável, com condições de edificar um lar, assim como o cedro era muito utilizado para a edificação de casas, notadamente de grandes edifícios, como, por exemplo, o templo de Salomão. O cedro é resistente à água, a principal das substâncias que poderiam danificá-lo e permite que a luz do sol penetre nos seus bosques, a mostrar que o marido deve alguém que, apesar de respeitado e considerado por sua mulher, nunca pode permitir que a luz da Palavra de Deus deixe de penetrar no ambiente familiar. Querida mulher, tem a irmã enaltecido seu marido como cedro do Líbano ou preferido contar seus defeitos e fracassos aos filhos e a tantos quantos estão à sua volta? Tem havido sua colaboração para que seu marido resista às lutas, às tempestades desta vida? O marido deve ter um falar suave, aliás, muitíssimo suave, o que, evidentemente, somente será conseguido se o marido se sentir tão amado, com seu coração capturado pela mulher. Vemos no exemplo de Abigail a forma como alguém deve desfazer o furor do homem (I Sm.25:18-44). Se Abigail fosse como algumas mulheres que se dizem crentes, nos nossos dias, certamente teria perecido assim como toda a sua família.

- A administração do cotidiano do lar, segundo os planos e diretrizes decididos pelo marido, deve ficar com a mulher, pois sua intuição e sensibilidade são fundamentais para que a família possa suprir todas as suas necessidades econômico-financeiras, de higiene e vestuário entre outras (Pv.31:13-27). Verdade é que, em virtude de a mulher estar, cada vez mais, trabalhando fora de casa, deve haver um compartilhamento de tarefas com o marido, mas jamais deve a mulher deixar de responder pela coordenação e supervisão desta parte, pois é este o modelo bíblico e as condições culturais não alteram a natureza do homem e da mulher.

OBS: Deve-se, por sua lucidez, reproduzir aqui o pensamento católico-romano a respeito deste assunto, exposto no Concílio Vaticano II, reunião que, há 50 anos, determinou os atuais parâmetros doutrinários da Igreja Romana: “…A família é em certo sentido uma escola de enriquecimento humano. Mas, para atingir a plenitude de sua vida e de sua missão requer a comunhão da alma no bem-querer, a decisão comum dos esposos e a diligente cooperação dos pais na educação dos filhos. É de grande proveito para a formação desses a presença ativa do pai. Mas, sem desprezar a legítima promoção social da mulher, deve-se pôr a salvo o cuidado da mãe em casa, da qual necessitam principalmente os filhos menores.…” (Constituição Pastoral ‘Gaudium et Spes’ , nº 52). Bem assim registrar, aqui, o pensamento do Papa João Paulo II, chefe da Igreja Romana de 1978 a 2005 a respeito: “…Se há que reconhecer às mulheres, como aos homens, o direito de ascender às diversas tarefas públicas, a sociedade deve estruturar-se, contudo, de maneira tal que as esposas e as mães não sejam de facto constrangidas a trabalhar fora de casa e que a família possa dignamente viver e prosperar, mesmo quando elas se dedicam totalmente ao lar próprio. Deve além disso superar-se a mentalidade segundo a qual a honra da mulher deriva mais do trabalho externo do que da actividade familiar. Mas isto exige que se estime e se ame verdadeiramente a mulher com todo o respeito pela sua dignidade pessoal, e que a sociedade crie e desenvolva as devidas condições para o trabalho doméstico. A Igreja, com o devido respeito pela vocação diversa do homem e da mulher, deve promover, na medida do possível, também na sua vida, a igualdade deles quanto a direitos e dignidades, e isto para o bem de todos: da família, da Igreja e da sociedade. É evidente, porém, que isto não significa para a mulher a renúncia à sua feminilidade nem a imitação do carácter masculino, mas a plenitude da verdadeira humanidade feminil, tal como se deve exprimir no seu agir, quer na família quer fora dela, sem contudo esquecer, neste campo, a variedade dos costumes e das culturas. …” (JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, nº 23. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_19811122_familiaris-consortio_po.html Acesso em 12 fev.2013).

III - OS MALES DA OMISSÃO DOS PAPÉIS

- O modelo bíblico estabelecido para a família deve ser rigorosamente cumprido para que se tenha o êxito na vida familiar. Sem que se observe o padrão divino, as famílias tendem a apresentar problemas sérios, que culminarão não só na falência da vida familiar, mas também, em prejuízo para cada integrante da família e para a sociedade, que é constituída de famílias.

OBS: Precisamos capacitar homens e mulheres para que cumpram os seus deveres conjugais, segundo os princípios da Palavra de Deus, quais sejam: o homem amando a esposa, liderando-a em amor, honrando-a, tratando-a como Cristo trata a Igreja (1 Pe 3.7); a mulher, seguindo em amor a liderança; os pais, instruindo os filhos na doutrina e admoestação do Senhor; os filhos obedecendo e honrando os pais. É de causar espanto o índice de esposas cristãs que não se sentem amadas pelos seus maridos. E de maridos que não se sentem amados por suas esposas (BIFANO, Gilson. A família e os desafios do nosso tempo. clickfamilia.com.br Acesso em fev.2004).

- O comportamento rebelde do ser humano em relação a seu Criador tem, na vida familiar, uma de suas mais nefastas e deletérias conseqüências, porquanto a ausência de observância dos princípios divinos traz desajustes tais na vida em família que, não raro, causam a própria destruição do lar.

- Quando o homem deixa de cumprir o seu papel de provedor do lar, bem assim de fonte de segurança e confiança na família, a consequência é a própria desestruturação completa da família. Como vimos, no próprio livro de Cantares, a retirada do marido trouxe dores atrozes para a mulher (Ct.5:7), algo que tem acontecido cotidianamente na nossa sociedade. Os homens, em primeiro lugar, já não mais conseguem sustentar seus lares exclusivamente com o seu trabalho, diante da perversa ordem sócio-econômica que tem vigorado no mundo como um todo. Esta insuficiência fez com que as mulheres tivessem de ingressar no mercado de trabalho, algo que, inclusive, tem sido apresentado como uma demonstração da “liberação feminina”, como uma prova da “igualdade de sexos”, mas que, na verdade, não passa de uma comprovação da contínua e cada vez maior exploração do homem pelo homem nos sistemas econômicos concebidos pelos homens e inspirados pelo deus deste século, tanto assim que as “mulheres iguais e dignificadas pelo trabalho” sempre percebem menores salários que os homens...

- A saída da mulher de dentro dos lares trouxe inúmeros problemas para a vida familiar. Com ambos os cônjuges fora de casa, não há a possibilidade de a mulher administrar, com sua intuição e sensibilidade, as tarefas domésticas que, ou são distribuídas ou divididas entre os cônjuges, ou, então, mormente em países de cultura “machista” como o do Brasil, impõem à mulher uma dupla jornada de trabalho, que traz um grande mal aos relacionamentos conjugal e entre pais e filhos. Mesmo onde há a distribuição de tarefas, estes relacionamentos também sofrem prejuízos.

- Marido e mulher têm, sensivelmente, prejudicado seu diálogo e comunicação, bem assim seus interesses devem ser repartidos entre si, os filhos e suas atividades profissionais que, no mais das vezes, ocupam de dez a doze horas diárias, inviabilizando quando oportunidade para que haja aquela inter-relação que, como vimos, é fundamental na construção de uma vida conjugal, porquanto o que o marido deve ver na mulher e o que a mulher deve ver no marido dependem, fundamentalmente, da colaboração de um e de outro. Nem um nem outro têm verdadeiro conhecimento a respeito da vida do outro, não há tempo para isto, e, com isto, prejudica-se, sensivelmente, a intimidade. Não raras vezes, acabam-se encontrando confidentes e parceiros de angústias e de aflições no ambiente de trabalho, o que se torna uma cunha saliente na intimidade do lar, que pode pôr tudo a perder.

- O desarranjo no lar torna-se evidente e as funções nitidamente de pai e mãe acabam sendo transferidas para terceiros (avós, babás, professoras de creches, professoras da EBD etc.), o que traz enorme prejuízo à própria construção da família, que não terá, mais, uniformidade de valores e de crenças, sendo que a falta de afeto e de proximidade entre os integrantes da família acabarão sendo compensados com atitudes puramente materialistas (satisfação de desejos materiais, tais como compra de presentes, autorização para viagens ou encontros etc.), num grau cada vez mais intenso de permissividade e falta de disciplina, que causará ainda maior distanciamento entre os integrantes da família.

- Nestes casos, é preciso que haja um acompanhamento familiar por parte da Igreja, de tal modo que os efeitos danosos da necessidade da mulher sair de casa para trabalhar sejam minimizados. Em primeiro lugar, deve-se estimular que os casais tomem esta atitude na mais absoluta necessidade, evitando que famílias suficientemente providas, em nome de um consumismo desenfreado, de um amor do dinheiro, caiam neste laço.

- Em segundo defendemos que a igreja procure construir uma agenda que não diminua, ainda mais, o tempo dos familiares em casa lugar, , pois, no mais das vezes, as atividades da igreja local também contribuem para que o tempo de contacto entre cônjuges e entre pais e filhos, já tão diminuto, seja ainda mais reduzido.

- Em terceiro lugar, é imperioso que se cultive, nos pais, o senso de responsabilidade e a necessidade de autossacrifício em prol da vida familiar, devendo-se, mesmo, incutir-se em cada cônjuge o desejo de se prejudicar até em prol do companheiro e dos filhos, pois este é o amor que se exige de cada cônjuge.

- Em quarto lugar, deve a igreja, na medida das suas possibilidades, ajudar na educação dos filhos dos seus membros e no acompanhamento deles, seja mediante a formação dos próprios serviços de cuidado dos filhos durante o período em que as mães estejam trabalhando, seja mediante uma fiscalização e acompanhamento das instituições utilizadas pelos seus membros, a fim de evitar distorções e orientações contrários à sã doutrina, seja através do reforço ao seu departamento infanto-juvenil, seja através de um trabalho de acompanhamento das famílias nestas condições, com visitas periódicas e supressão das principais necessidades, inclusive com o objetivo de se impedir que a intimidade do lar seja quebrada de tal maneira que se institua um “jugo desigual”.

OBS: Neste sentido, aliás, devemos, aqui, reconhecer o acerto da proposta do Papa João Paulo II, chefe da Igreja Romana de 1978 a 2005 com respeito à criação de uma “pastoral da família” na instituição que a preside, convocação feita logo no limiar de seu pontificado, em 1981, que tem produzido grandes resultados. A “pastoral da família” é concebida em diversas fases, desde a infância, mas, queremos, aqui, ressaltar a chamada “pastoral pós-matrimonial”, transcrevendo aqui os seus parâmetros, tais quais fixados por aquele líder religioso: “…69.O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar a casal a descobrir e a viver a sua nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade de amor, é necessário que todos os membros sejam ajudados e formados para as responsabilidades próprias diante dos novos problemas que se apresentam, para o serviço reciproco, para a comparticipação activa na vida da famíia. Isto vale sobretudo para as famílias jovens, as quais, encontrando-se num contexto de novos valores e de novas responsabilidades, estão mais expostas, especialmente nos primeiros anos de matrimónio, a eventuais dificuldades, como as criadas pela adaptação à vida em comum ou pelo nascimento dos filhos. Os jovens cônjuges saibam acolher cordialmente e inteligentemente valorizar a ajuda discreta, delicada e generosa de outros casais, que já de há tempo fazem a mesma experiência do matrimónio e da família. Assim, no seio da comunidade eclesial - grande família formada pelas famílias cristãs - realizar-se-á um intercambio mútuo de presença e ajuda entre todas as famílias, cada uma pondo ao serviço das outras a própria experiência humana, como também os dons da fé e da graça. Animada de verdadeiro espirito apostólico, esta ajuda de família a família constituirá um dos modos mais simples, mais eficazes e ao alcance de todos para transfundir capilarmente os valores cristãos, que são o ponto de partida e de chegada do trabalho pastoral. Deste modo as famílias jovens não se limitarão só a receber, mas por sua vez, assim ajudadas, tornar-se-ão fonte de enriquecimento para outras familias, há tempo constituídas, com o seu testemunho de vida e o seu contributo de facto. Na acção pastoral para com as famílias jovens, a Igreja deverá prestar uma atenção específica para as educar a viver responsavelmente o amor conjugal em relação com as exigências de comunhão e de serviço à vida, como também a conciliar a intimidade da vida de casa com a obra comum e generosa de edificar a Igreja e a sociedade humana. Quando, com a vinda dos filhos, o casal se torna em sentido pleno e específico uma família, a Igreja estará ainda próxima dos pais para que os acolham e os amem à luz do dom recebido do Senhor da vida, assumindo com alegria a fadiga de os servir no seu crescimento humano e cristão. …(JOÃO PÁULO II. Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, nº 69. ed.cit. Acesso em 12 fev.2013). Se a Igreja Romana pôde construir um serviço assim, por que nós não o podemos ?

- Mas, além dos lares que têm o desarranjo em virtude da necessidade de sobrevivência, também encontramos aquelas famílias em que as omissões se dão por motivos outros, que são a negligência ou inobservância pura e simples do que é ensinado pela Palavra de Deus. Neste ponto, estão, por exemplo, os maridos e mulheres que, a pretexto de servirem a Deus exemplarmente, deixam suas vidas familiares em último plano, privilegiando reuniões de todo tipo e espécie em suas igrejas locais (e, não raras vezes, nas igrejas dos outros), querendo, com isto, enganar-se a si e aos outros. Quantas vezes não temos conhecimento de mulheres que se dizem “santas”, “profetisas”, “missionárias” e, a pretexto de seus “ministérios”, não deixam marido e filhos sem comida, sem roupa lavada, que nem sequer limpam as suas casas, que, muitas vezes, assemelham-se a pocilgas pelo lamentável estado de higiene? Tais pessoas jamais podem ser admitidas na linha de frente dos trabalhos das igrejas locais, pois são falsos servos do Senhor, não amam a Jesus, pois o próprio Mestre afirmou que “vós sereis Meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando” (Jo.15:14) e, se assim estão procedendo, não estão cumprindo o modelo bíblico estabelecido para a família.

- O apóstolo Paulo foi bem claro ao dizer que marido e mulher têm de ter sua atenção voltada mais para o seu cônjuge do que para a obra do Senhor, como vemos, claramente, em I Co.7:32-34. Assim, é preciso que seja, primeiro, o cônjuge agradado e, depois, em havendo tempo e obtido este agrado, haja dedicação ao trabalho do Senhor, pois esta é a vontade de Deus, como temos visto neste estudo, mormente na descrição sublime do relacionamento conjugal, que Deus quis que fosse registrado pelo homem mais sábio que houve sobre a face da Terra, exceto Jesus.

- Para estes casos, a solução está em se arrependerem de seus pecados (pois está havendo pecado, já que pecado é transgressão contra a Palavra de Deus e o modelo bíblico estabelecido para a família é Palavra de Deus) e começarem a praticar as obras que as Escrituras determinam sejam praticadas pelo marido e pela mulher. Cabe à igreja, com amor e mansidão, construir estruturas capazes de ensinar, redarguir, corrigir e instruir em justiça estes casais, a fim de que haja a restauração da vida familiar e, por conseguinte, o crescimento espiritual da igreja local.

Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Lição 3: As Bases do Casamento Cristão II

TEXTO ÁUREO

"Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5.25).

VERDADE PRÁTICA

O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a DEUS e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb  13.4 O valor espiritual do casamento

Terça - Ef 5.25 O amor do marido pela esposa

Quarta - Tt  2.4 O amor da mãe pelos filhos e o marido

Quinta - 1 Pe  3.7 O esposo deve honrar a esposa

Sexta - Ef 5.33 A mulher reverencia o marido

Sábado - 1 Co 7.2 O casamento resguarda da prostituição

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 5.22-28,31,33

22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também CRISTO é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a CRISTO, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. 25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.

31 Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.

33 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

Comentários BEP- CPAD

5.22 MULHERES, SUJEITAI-VOS.

A esposa tem a tarefa, dada por DEUS, de ajudar o marido e de submeter-se a ele (vv. 22-24). Seu dever para com o marido inclui:

- o amor (Tt 2.4), o respeito (v. 33; 1 Pe 3.1,2), a ajuda (Gn 2.18), a pureza (Tt 2.5; 1 Pe 3.2), a submissão (v. 22; 1 Pe 3.5), um espírito manso e quieto (1 Pe 3.4) e o ser uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (1 Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5). A submissão da mulher ao marido é vista por DEUS como parte integrante da sua obediência a JESUS, "como ao Senhor" (v. 22; ver também Gl 3.28; 1 Tm 2.13,15; Tt 2.4).

5.23 MARIDO... CABEÇA.

DEUS estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, DEUS atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30; 6.4). A responsabilidade do marido, que DEUS lhe deu, de ser "cabeça da mulher" (v. 23) inclui:

(1) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8);

(2) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que CRISTO ama a Igreja (vv. 25-33);

(3) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7);

(4) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).

1 Timóteo - 2.15 SALVAR-SE-Á, PORÉM, DANDO À LUZ FILHOS.

A mulher é salva pela fé em DEUS, aceitando também o que lhe foi atribuído pelo seu Criador.

(1) A mais alta posição da mulher, e sua verdadeira dignidade, está no lar como esposa e mãe piedosa. Ela não poderá ter maior alegria, realização interior, bênção ou honra, do que a de tornar-se esposa e mãe cristã, dar à luz a filhos (5.14), amá-los (Tt 2.4) e criá-los para viverem para a glória de DEUS (cf. 2 Tm 1.5; 3.14,15), e continuar sempre fiel ao seu Salvador (v. 15b).

(2) A honra e a dignidade de ter filhos não deve ser desprezada pelos cristãos. Foi pelo ato de dar à luz a um Filho que Maria trouxe a salvação ao mundo (Gn 3.15; Mt 1.18-25).

(3) As sociedades, culturas e igrejas que comprometem ou rejeitam o propósito de DEUS para a mulher, rebaixando assim a família, o lar e a maternidade cristãos, sofrerão cada vez mais a desintegração dos seus casamentos, famílias e sociedades (ver 2 Tm 3.3).

(4) Essas palavras, dirigidas às mulheres cristãs, não visam rebaixar as solteiras, nem as estéreis. A fé, o amor e a santidade de tais mulheres podem ser tão grandes como entre aquelas que têm filhos (ver 1 Co 7.14)

1 Timóteo - 2.13 PRIMEIRO FOI FORMADO ADÃO.

O argumento bíblico sobre a responsabilidade do homem como chefe e líder espiritual no lar e na igreja (ver Ef 5.23), tem duas bases.

(1) Baseia-se no propósito de DEUS na criação. DEUS criou primeiro o homem, e assim revelou seu propósito do homem orientar e liderar a mulher e a família. A mulher foi criada depois do homem para ser companheira e adjutora dele, no cumprimento do plano de DEUS para a vida do casal (Gn 2.18; 1 Co 11.8,9; 14.34).

(2) Baseia-se, também, nas consequências desastrosas suscitadas quando o homem e a mulher abandonaram as atribuições que DEUS lhes dera no Jardim do Éden. Eva, ao agir como chefe, independente do seu marido, comeu do fruto proibido. Adão, ao negligenciar sua responsabilidade de liderança, sob a orientação de DEUS, consentiu na transgressão de Eva. Como resultado, ele também caiu, e trouxe pecado e morte à raça humana (v. 14; Gn 3.6,12; Rm 5.12)

1 Timóteo - 2.9 AS MULHERES SE ATAVIEM EM TRAJE HONESTO, COM PUDOR E MODÉSTIA.

A vontade de DEUS é que as mulheres cristãs cuidem de se vestir com modéstia e descrição.

(1) A palavra "pudor" (gr. aidos) subentende vergonha em exibir o corpo. Envolve a recusa de vestir-se de tal maneira que atraia atenção para o seu corpo e ultrapasse os limites da devida moderação. A fonte originária da modéstia acha-se no coração da pessoa, no seu âmago. Noutras palavras, modéstia é a manifestação externa de uma pureza interna.

(2) Vestir-se de modo imodesto para despertar desejos impuros nos outros é tão errado como o desejo imoral que isso provoca. Nenhuma atividade ou condição, justifica o uso de roupas imodestas que exponham o corpo de tal maneira que provoquem desejo imoral ou concupiscência em alguém (cf. Gl 5.13; Ef 4.27; Tt 2.11,12; ver Mt 5.28).

(3) É vergonhosa a situação de qualquer igreja que desconsidere o padrão bíblico para o modo modesto do vestir-se, e que adota passivamente os costumes do mundo. Nestes dias de liberação sexual, a igreja deve comportar-se e vestir-se de modo diferente da sociedade corrupta que repudia e ridiculariza a vontade do ESPÍRITO SANTO, i.e., que haja modéstia, pureza e moderação piedosa (cf. Rm 12.1,2).

2.4,5 MULHERES... AMAREM SEUS MARIDOS... FILHOS. DEUS tem um propósito específico para a mulher em relação à família, ao lar e à maternidade.

(1) O desejo e o propósito de DEUS para a esposa e mãe, é que a sua atenção e dedicação se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; essa é a maneira que DEUS lhe determinou para honrar a sua Palavra (cf. Dt 6.7; Pv. 31.27; 1 Tm 5.14),

(2) As tarefas específicas que DEUS deu à mulher, no que diz respeito à família, incluem:

(a) cuidar dos filhos que DEUS lhe confiou (v.4; 1 Tm 5.14) como um serviço para o Senhor (Sl 127.3; Mt 18.5; Lc 9.48); (b) ser a auxiliar e fiel companheira do seu marido (vv. 4,5; ver Gn 2.18); (c) ajudar o pai a formar nos filhos um caráter santo, e adestrá-los nas coisas práticas da vida (Dt 6.7; Pv 1.8,9; Cl 3.20); 1 Tm 5.10);

(d) ser hospitaleira (Is 58.5-8; Lc 14.12-14; 1 Tm 5.10);

(e) usar sua capacidade prática para atender às necessidades do lar (Pv 31.13,15,16,18,19,22,24); e

(f) cuidar dos pais idosos no seu lar (1 Tm 5.8; Tg 1.27).

(3) As mães que desejam cumprir o plano de DEUS para sua vida e para sua família, mas que, devido às necessidades econômicas, são obrigadas a ter um emprego em que trabalham longe dos filhos pequenos, devem confiar suas circunstâncias às mãos do Senhor, enquanto oram a DEUS por condições de ocupar o seu lugar e de cumprir as funções e a posição que DEUS lhe deu no lar com os seus filhos (Pv 3.5,6; ver também Ef 5.21-23; 1 Tm 5.3)

1 Pedro - 3.7 VÓS, MARIDOS. Pedro menciona três coisas que o marido deve cuidar em relação a sua esposa.

(1) Devem demonstrar consideração e compreensão, convivendo com a esposa com amor e em harmonia com a Palavra de DEUS (Ef 5.25-33; Cl 3.19).

(2) Devem demonstrar respeito como co-herdeiros da graça de DEUS e da salvação. Isso quer dizer que as esposas devem ser honradas, sustentadas, ajudadas e protegidas, de conformidade com as suas necessidades. "Mais fraco", por certo se refere às forças físicas da mulher. O marido deve elogiar e estimar grandemente a esposa, à medida que ela procura amá-lo e ajudá-lo, segundo a vontade de DEUS (vv. 1-6; ver Ef 5.23).

(3) Devem evitar qualquer tratamento injusto e impróprio para com elas. Pedro indica que o marido que não usa de compreensão com a sua esposa e que não a honra como uma irmã em CRISTO, prejudicará o seu relacionamento com DEUS, criando uma barreira entre suas orações e DEUS (cf. Cl 3.19).

Mateus - 5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR.

Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência (gr. epithumia). O que CRISTO condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado.

(1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).

(2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3).

INTERAÇÃO

Inicie a aula pedindo aos alunos que citem algumas características de um casamento bem-sucedido. À medida em que forem citando, anote as características em uma folha ou escreva-as no quadro. Após ouvir os alunos, explique que tais características oferecem uma  ideia dos propósitos de DEUS para a vida a dois. Ressalte o fato de que, instituído por DEUS, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente, de toda a sociedade. Lembre que a Igreja deve fazer soar sua voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento monogâmico e heterossexual.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento.

Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família.

Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:

1 Coríntios 7.1-16: O relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv. 1-7); os solteiros (vv. 8,9,25); o casamento cristão e o misto (vv. 12-16); o casamento e o serviço cristão (25-38).

Explique que este capítulo é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado. Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que ele é uma aliança divina e indissolúvel.

PALAVRA-CHAVE - AMOR CONJUGAL - Amor entre os cônjuges.

RESUMO DA LIÇÃO 3, AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1. Um plano global.

2. Os indicadores da vontade de DEUS.

a) A Paz de DEUS no coração.

b) O comportamento pessoal.

c) Naturalidade.

d) Os princípios de santidade.

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1. O dever primordial do casal.

2. O amor gera união plena.

III. A FIDELIDADE CONJUGAL

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento.

2. Cuidado com os falsos padrões.

RESUMO RÁPIDO.

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1. Um plano global.

Como povoar a terra sem sexo entre um homem e uma mulher. A semente está no homem e o desenvolvimento está na mulher - um depende do outro.

2. Os indicadores da vontade de DEUS.

A Paz de DEUS no coração, comportamento pessoal, Naturalidade e princípios de santidade.

a) A Paz de DEUS no coração. Estar em paz com DEUS é se lembrar sempre de que DEUS sabe nossas intenções e desejos.

b) O comportamento pessoal. Vigiar nossos membros, colocando-os a serviço de DEUS.

c) Naturalidade. Sentir prazer na companhia do outro(a) e sentir atração física pelo outro(a), não ter vergonha de apresentar o(a) outro(a) para as pessoas, principalmente para DEUS.

d) Os princípios de santidade. Namorar - relação externa, sem contato físico, conhecimento da alma. Noivado - relação interna, sem contato físico, conhecimento do espírito. Casamento - relação interna e externa, conhecimento da alma do espírito e do corpo - dois formam um - satisfação sexual igual a pelo menos 30% dessa relação.

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1. O dever primordial do casal.

AMOR - Amor não é sexo, é dar a vida pelo outro(a).

2. O amor gera união plena.

AMOR implica em fazer de tudo pelo prazer do outro(a).

III. A FIDELIDADE CONJUGAL

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento.

FIDELIDADE A DEUS - No casamento a fidelidade primeira é para com DEUS e não para com o(a) parceiro(a). O problema é que DEUS vê tudo e sabe de tudo.

2. Cuidado com os falsos padrões.

Padrões do mundo - (Namoro) Ficar - (Noivado) Experimentar para ver se dar certo - (Casamento) Contrato de casamento.

SINÓPSE DO TÓPICO (1) - DEUS ordenou, logo no  princípio, que o  homem deixasse pai  e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam "uma só carne".

SINÓPSE DO TÓPICO (2) - O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de DEUS.

SINÓPSE DO TÓPICO (3) - O verdadeiro padrão do  amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de CRISTO pela Igreja.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico

"Bom seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1)

[...]  A questão do casamento é unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava, adotavam uma posição baseada em   Gênesis 2.18: 'Não  é bom que o homem esteja só'.  No judaísmo, o casamento era  onsiderado a principal responsabilidade de todo homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral, com atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da  pureza moral à qual eram exortados em  CRISTO, foram para outro extremo. Também é provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se tornado uma questão de orgulho, uma base para a  pretensão àquela espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um  prestígio superior no corpo de CRISTO.

A resposta de Paulo rejeitava esse  conceito e argumentava a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro do casamento" (RICHARDS, Lawence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2007, p.354).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico

"A Obrigação de Reciprocidade (1 Co  7.3,4)

Paulo declara francamente que a relação entre as pessoas não é só um aspecto válido no casamento, mas também é uma obrigação de  acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague 'não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do marido para a esposa e da  esposa para o marido'. Godet diz: 'Este versículo nos confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência 'espiritualista' exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse modo a santidade da  vida'. Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi) significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de  dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido.

No versículo 4, Paulo expande a ideia de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras não têm poder refere-se ao  exercício de  autoridade. O entendimento mútuo elimina dois extremos no estado dos casados - a posse separada de si mesmo, e a sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a cabeça da família, declarando que a esposa lhe  deve ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida" (GREAtHOUSE, William  M.; MEtZ, Donald S.; CARvER, Frank G. (Orgs.). Comentário Bíblico Beacon. vol. 8. 1. ed.  Rio de  Janeiro: CPAD, 2006, p.295).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

CRUZ, Elaine. Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

YOUNG, Ed. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e  o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 54, p.37.

Colaboração para o Portal Escola Dominical - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

Lição 3 - As bases do casamento cristão III

Efésios 5.22-28,31-33

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1. A vontade de Deus para o casamento

1.1. O plano geral de Deus é que o homem se tornasse um com sua esposa (Gn 2.24)

            . Aqui se fala do ato conjugal

            . O ato conjugal visa a multiplicação da espécie (1Tm 5.14)

2. Como conhecer quando estamos na vontade de Deus

2.1. A paz de Deus no coração

. Essa paz deve dominar os nossos corações (Cl 3.15)        

2.2. O comportamento pessoal

. Ver o comportamento em relação aos pais dele ou dela      (Tt 2.3,4)

2.3. Naturalidade

. O perigo de buscar 'casa de profetas' para quem quer casar

. O sentimento verdadeiro para confirmar a vontade divina

            . Um sente amor pelo outro

            . Um sente falta do outro

            . Um considera o outro

            . Um demonstra afeto pelo outro

. Os pais aprovam o namoro

. A igreja está de acordo com esta união

2.4. Os princípios da santidade

. As tentações sobre namorados e noivos são fortes (1Co 7.9)

. O início do fracasso no relacionamento dos namorados e noivos

            . Atos e práticas que ofendem a Deus (1Co 6.8-20)

            . O sexo antes e fora do casamento (Êx 20.14; 1Ts 4.3)

. Não esqueça: A santidade é um requisito para a felicidade conjugal

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1. O dever primordial do casal

1.1. O amor  (Ef 5.25)

2. O amor gera união plena do casal

2.1. O resultado do amor é a união (Ef 5.31)

            . Unidos na benevolência (1Co 7.3)

            . Igualdade e reciprocidade no casamento

            . União de sentimentos, pensamentos e propósitos

III. A FIDELIDADE CONJUGAL

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento

1.1. A fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal (Hb 13.4a)

1.2. O adultério é totalmente destrutivo tanto para o homem como para a mulher (1Co 6.15-20)

2. Cuidado com os falsos padrões

2.1. A mídia, muitas vezes,  divulga falsos padrões da vida conjugal

2.2. Malaquias repreendeu o povo por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16)

2.3. O casamento bíblico é durável até a morte de um dos cônjuges (Mt 19.6; 1Co 7.39)

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

Lição 3 - As bases do casamento cristão IV

21 de abril de 2013

TEXTO ÁUREO

“Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Paulo enfatiza que, especialmente no relacionamento conjugal, a submissão não deve ser apenas uma atitude unilateral, mas um relacionamento recíproco entre duas pessoas que amam a Deus e desejam agradá-Lo (oferecendo a Deus o sacrifício de uma vida santa). A entrega de Jesus, por nossa salvação eterna, ilustra de forma dinâmica a maneira pela qual o marido cristão deve dedicar-se carinhosamente ao bem-estar de sua esposa. Entregar-se à morte a favor da amada é uma manifestação mais sublime de devoção do que a exigida da esposa. Que mulher não seria submissa a um homem capaz de entregar sua própria vida para vê-la feliz? Bíblia King James Atualizada (BKJ), p.2288.

VERDADE PRÁTICA

O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.22-28,31,33.

22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;

23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.

24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.

25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,

26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

31 - Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.

33 - Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento;
  • Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família, e
  • Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.

PALAVRA-CHAVE

Amor Conjugal: O amor entre os cônjuges.

COMENTÁRIO

introdução

Nenhum tema é mais sensível ao coração de Deus do que aquele que, hoje, prende a atenção de todo cristão sensível e cheio do Espírito Santo: a prioridade da família. A fim de prevenir-se contra a imoralidade sexual, Deus ordenou o sagrado relacionamento do matrimônio. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4) – Sem mácula contém mais do que uma aprovação do relacionamento conjugal, mas também vincula a responsabilidade do casal de preservar sua intimidade das práticas perversas e degradantes de uma sociedade lasciva. Tenhamos todos uma abençoada e frutífera aula!

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1. Um plano global. O mandamento exarado em Gn 2.24 encerra profundos significados; Deixará conota uma mudança de prioridade da parte do marido. Apegar-se-á traz a ideia tanto de paixão como de permanência. Uma carne tem numerosas implicações, incluindo união sexual, geração de filhos, intimidade espiritual e emocional e demonstração de respeito de um para com o outro, assim como se respeita pais e outros irmãos. Isto é intensificado no Novo Testamento, onde fica evidente que os cônjuges cristãos também são irmão e irmã.

2. Os indicadores da vontade de Deus. Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:

a) A Paz de Deus no coração. Em sua prática de amor, perdão e bondade, a comunidade cristã deve ser uma vítima da reconciliação e paz que Cristo trouxe entre o céu e a terra e entre uma humanidade dividida (Cl 1.20-22; 2.14-15; 3.11,13).

b) O comportamento pessoal. Pessoalmente, deve-se ser revestido de ternos afetos: um relacionamento que envolve emoção e cuidado para com todos cujas vidas encontram-se machucadas e abatidas; bondade: prontidão em fazer o bem, mesmo quando possa ser imerecido (Rm2.4; Tt 3.4); mansidão: ou brandura; longanimidade: boa-vontade para agir com tolerância diante da fraqueza humana (Rm 2.4; 1Tm 1.16).

c) Naturalidade. Nesse ponto, nos serve o conselho de Paulo as viúvas: quando aquelas estariam livres para casar-se com quem quisessem, com uma única consideração é que se ela casasse novamente, seu novo esposo deve ser um crente. Orar para que Deus encaminhe o relacionamento é dever de todo crente, mas preocupar-se ao ponto de buscar “profetas” demonstra apenas falta de fé no Deus que é Provedor e que zela pelos seus.

d) Os princípios de santidade. Neste ponto, aplica-se aqui o conceito da Igreja como o novo templo onde Deus habita (1Co3.16). Apesar de devermos estar conscientes desse caráter pessoal da residência do Espírito Santo em nós, a ênfase das Escrituras recai sobre a identidade coletiva do povo de Deus como um templo santo e como uma casa espiritual (Ef 2.19-22; 1Pe 2.4,5). Assim, deve-se cuidar para não pecar contra o corpo, que é templo do Espírito Santo. A união física envolvida na imoralidade sexual reveste-se de consequências especiais, porquanto interfere com a nossa identidade cristã como pessoas que foram unidas a Cristo por intermédio do Espírito Santo. O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Deus ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam “uma só carne”.

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1. O dever primordial do casal. As instruções específicas que o apóstolo Paulo dá a maridos e esposas são um vislumbre do Noivo e da noiva – um modelo celeste para todos os casamentos na terra. Sendo marido, como devo me comportar em relação à minha esposa? Olhe para Cristo, o noivo divino, em seu relacionamento com a Igreja: ame-a, faça sacrifícios por ela, ouça suas preocupações, cuide dela; seja tão sensível às necessidades e dores dela como você o é com seu próprio corpo. Sendo esposa, como devo me comportar em relação ao meu esposo? Olhe para a noiva escolhida, a Igreja em seu relacionamento com Cristo: respeite-o, reconheça sua qualidade de “chefe” da família, responda à sua liderança, ouça-o, louve-o, esteja unida a ele em propósito e vontade, ajude-o de verdade (Gn 2.18). Nenhum marido ou esposa consegue fazer isso por simples força de vontade ou resolução, mas como você (incluindo seu casamento) é “feitura sua” (Ef 2.8-10), Deus os ajudará a alcançá-lo. [Bíblia de Estudo Plenitude, p.1230]

2. O amor gera união plena. Quando a Bíblia apresenta o relacionamento entre o Pai e Jesus, ela está mostrando como marido e esposa devem se relacionar. Marido e esposa devem compartilhar um amor mútuo (Jo 5.20; 14.31). Apesar de terem papéis diferentes no casamento, marido e esposa são iguais: eles devem viver em unidade (Jo 10.30; 14.9,11), estimar-se um ao outro (Jo 8.49,54). Adão e Eva foram criados mutuamente interdependentes, e assim, juntos, eles criam a humanidade de maneira completa.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.

III. A FIDELIDADE CONJUGAL

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento. A área mais sensível do bom relacionamento conjugal é a sexualidade, um aspecto incomparavelmente profundo da personalidade, envolvendo todo o ser de uma pessoa. A imoralidade sexual tem efeitos de longo alcance, com grande significado espiritual e complicações sociais. Relação sexual é mais do que uma experiência biológica; ela envolve uma comunhão de vida, por isso mesmo, é expressamente recomendado por Paulo: “Fugi da prostituição” (1Co 6.18). Além da fidelidade conjugal na área sexual, o lar cristão deve ser a continuação da igreja, e verdadeiramente o é, assim, o relacionamento entre os membros da família deve ser tão santo em casa, quanto na igreja. A fidelidade é indispensável para que se mantenham inabaláveis os alicerces do lar – todos fiéis uns aos outros.

2. Cuidado com os falsos padrões. Os prejuízos causados pelos falsos padrões têm sido imensos. O modo de vida e o “mundo do faz de conta” onde vivem os artistas tem influenciado drasticamente essa geração. Não é raro vermos frequentadores da mídia opinando sobre assuntos controversos e, quase maioria, favorável a um modo de vida contrário ao estabelecido pelas Escrituras, defendendo novas “configurações familiares”, seguindo aqueles que desprezam e debocham dos princípios divinos. Biblicamente, Deus sustenta a aliança matrimonial. Quando duas pessoas se casam, Deus mesmo se coloca como uma testemunha do casamento, selando-o com a palavra mais forte possível: concerto ou aliança. A aliança fala sobre a fidelidade e compromisso contínuos. Ela fica como uma sentinela divina sobre o casamento, para bênção ou para julgamento. Para o mundo separado de Deus, o padrão é a busca pelo prazer e felicidade, se for preciso, com o divórcio. O padrão divino, contudo, descreve o divorcio como violência. Iniciar o divórcio causa violência ao propósito de Deus para o casamento e ao cônjuge a quem alguém se ajuntou.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.

CONCLUSÃO

No casamento cristão, o modelo do marido é o Noivo divino; o modelo da esposa é a igreja. Nesse mister, o poder e a autoridade de Deus colocam-se contra qualquer inimigo que venha a ameaçar o matrimônio, isso porque o próprio Deus é o Protetor e o Provedor; o marido que olha para Deus, nele encontrará a inspiração e o poder necessários para a sua família. Família é uma palavra arraigada em Deus: Quando um homem e uma mulher se unem em casamento, Deus lhes estende este nome que, em essência, lhe pertence. Marido, mulher e filhos vivem de acordo com o verdadeiro significado desse nome e refletem a natureza e vida da divina família em sua família humana. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa

Lição 3 - As bases do casamento cristão V

(Ef 5.22-28,31,33)

INTRODUÇÃO

Nesta lição definiremos o termo “base” e sua aplicação no contexto da lição. Destacaremos quais as bases de sustentação de um casamento cristão. Veremos também as caraterísticas do amor ágape destacadas por Paulo na carta endereçada aos coríntios. Por fim, veremos também quais recomendações o apóstolo Paulo dá a mulher e ao marido a fim de que vivam bem e harmoniosamente.

I  - DEFINIÇÃO DA PALAVRA “BASE”

            O termo “base” do grego “básis” significa literalmente “planta do pé”. O Aurélio diz que a palavra base significa: “tudo quanto serve de fundamento, apoio ou sustentáculo”; parte inferior onde alguma coisa repousa ou se apoia. Figuradamente significa: “origem, princípio, fundamento”. No contexto da nossa lição, diz respeito as colunas de  sustentação em que deve estar fundamentada a família segundo o padrão divino revelado nas Escrituras Sagradas.

II – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO

            O casamento é comparado a uma construção (Pv 14.1). A expressão “edificar” usada no referido texto, no hebraico é bãnãh que significa: “construir, fundar, estabelecer, edificar, reedificar”. A Bíblia nossa “regra de fé e prática”, nos mostra sobre quais bases o casamento cristão deve estar edificado. Vejamos algumas delas:

2.1 Apessoa de Deus (o autor do casamento). A Bíblia nos mostra que Deus é o criador do casamento (Gn 2.18-25). Como tal, Ele estabeleceu o padrão para o matrimônio que deve ser: heterossexual (Gn 1.27);  monossomático (Gn 2.24);  indissolúvel (Gn 2.24; Mt 19.6) e  monogâmico (Gn 2.18). Portanto, a coluna principal de sustentação do lar é o próprio Deus, visto que Ele se compara a uma rocha que tem o sentido de fundamento (Dt 32.4; I Sm 2.2; Is 44.8) e o lar que nele está edificado não é destruído (Sl 127). Também o salmo 128 conhecido como o “salmo da família”, nos mostra claramente os benefícios decorrentes de um lar que tem o Senhor como alicerce: Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.

2.2 APalavra de Deus (a direção para o casamento). Quem constrói o seu casamento sobre o fundamento da Palavra de Deus, manterá seu lar firme, mesmo diante das provações. Jesus afirmou que quem ouve os seus ensinamentos e vive de acordo com eles é “comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24,25). Apesar dos temporais, essa casa permanece firme. Mas também, Jesus falou que quem ouve as suas palavras e não as pratica “é semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia” (Mt 7.26,27). Esta casa também passou por turbulências, porém diferente da primeira, caiu e grande foi a sua queda (Mt 7.26,27). Como podemos ver, da mesma maneira se procede na vida conjugal (Pv 14.1,2). A Bíblia tanto orienta como os casados devem comportar-se no casamento, como também instrui aos solteiros quais critérios devem usar para casar-se. Vejamos alguns:

  • Com uma pessoa que tenha a mesma fé (Gn 24.3; 27.46; Jz 14.1-3; I Co 7.39; II Co 6.14-16);
  • Com uma pessoa de bom caráter (Pv 28.2; 16.21; 12.4; 19.14; 31.10);
  • Com uma pessoa de bom testemunho (Pv 22.1; Tt 2.8);
  • Com uma pessoa responsável (I Co 7.32-34; II Ts 3.10);
  • Com um bom filho (Êx 20.12; Ef 6.2).

2.3 O amor (a motivação para o casamento). O Aurélio define a palavra “amor” como: “sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem”. Teologicamente, o amor é definido como “o sentimento que nos constrange a buscar, desinteressada e sacrificialmente, o bem de outrem” (CLAUDIONOR, 2006, p. 43). O livro de cantares nos fala sobre o amor entre um homem e uma mulher. O título hebraico deste livro pode ser traduzido literalmente por “o Cântico dos Cânticos”, expressão esta que significa “O Maior Cântico”. Este livro foi inspirado pelo Espírito Santo e inserido nas Escrituras para ressaltar a origem divina da alegria e dignidade do amor humano no casamento. Em seus versos encontramos expressões amorosas entre Salomão e a sunamita (Ct 2.16; 6.3; 7.10). Portanto deve estar presente no casamento o amor divino (ágape) que é o amor incondicional. A cerca deste amor o apóstolo Paulo dedica um capítulo inteiro (I Co 13).

III - CARACTERÍSTICAS DO AMOR DESCRITAS EM I CORÍNTIOS 13

É sofredor

Ou seja, o amor é paciente ou longânimo, não se ofende no primeiro insulto, é lento para irar-se e recebe as injurias sem retalhar.  Jesus sofreu na cruz do calvário por amor (II Co 1.5; Mt 5.39).

É benigno

Benignidade  é um aspecto do fruto do Espírito. É o Amor em ação (Rm 2.4;11.22, I Co 6.6 , Cl 3.12).

Não é invejoso

O Amor não tem inveja. A inveja é uma paixão de ter aquilo que ele não pode, paixão doentia ( Sl 37.1; Gn 37.11;             Pv 24.1; I Co 3.3).

Não trata com leviandade

Não tem comportamento de orgulho, antes tem seriedade e procede irrepreensivelmente(Pv 21.4; 28.25; II Tm 3.4).

Não se ensoberbece

Não é arrogante, extravagante não se engrandece (Judas 1.16).

Não se porta com indecência

Não éindesejável, não se porta em vexames, não  age impropriamente;

Não busca os seus interesses

Não é egoísta, e nem  pensa em si mesmo (Gl  5.14; 6.2,10).

Não se irrita

Ele não se irrita por qualquer coisa, porém é passivo (I Pe 3.8).

Não suspeita mal

Nãopaga com a mesma moeda, não trama algo mal. E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio, diz o Senhor(Zc 8.17;                         Rm 12.17,20,21)

Não folga (regozija) com a injustiça

O amor  jamais se alegra quando outros cometem a maldade, o erro; também não se alegra com a queda alheia, com a fraqueza dos outros, resultado do pecado afim de exaltar-se em sua suposta retidão  (Rm 12.15; Fp 4.8; Ef 4.17; 5.2)

Folga com a verdade

Procura andar na verdade. Não anda na mentira, enganando os outros. (Jo 3.21;  João 14.6; I Pe 2.1).

Tudo sofre

É um fruto do Espirito  que suporta as dificuldades, em algumas traduções é sempre protetor (Jó 42.1-2; Tg 5.11;                  II Tm 2.12).

Tudo crê

Sempre confia espera sempre o melhor.  (II Co 3.4)

Tudo espera

Olha a  fé no futuro. Tem a característica de paciência (Hb 11.1; Sl 40.1; I Pe 5.7).

Tudo suporta

Sempre persevera. Suporta as circunstâncias no dia a dia; é paciente (Sl 40.1; Tg 1.3).

IV – O COMPROMISSO DO MARIDO E DA MULHER NO CASAMENTO

4.1 Submissão da esposa ao marido (Ef 5.22). A expressão “submissão”no grego é “hupotassõ” que quer dizer: “submeter-se; obedecer”. A recomendação paulina de submissão da esposa ao marido (Ef 5.22; Cl 3.18), foi feita também pelo apóstolo Pedro (I Pe 3.1). É necessário entender que Deus estabeleceu a família como unidade básica da sociedade e que toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e da família (Ef 5.23). Esta sujeição quer dizer também que a mulher deve cumprir o seu dever para com o esposo, como por exemplo: amando-o (Tt 2.4), respeitando-o (Ef 5.33), ajudando-o (Gn 2.18), vivendo de forma pura (Tt 2.5), com um espírito manso e quieto (I Pe 3.4), sendo uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (I Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5).

4.2 Amor do esposo para com a esposa (Ef 5.25). Paulo usa o amor de Cristo pela Igreja, para dizer que de forma semelhante o esposo deve amar a esposa. Esse amor é descrito pelo apóstolo como: (1) INCONDICIONAL – Cristo amou a Igreja, mesmo com suas fragilidades, de igual modo o marido deve amar a esposa, apesar dos seus defeitos; (2) PERSEVERANTECristo amou, ama e amará a Igreja, o marido deve manter o seu amor por sua esposa até que a morte os separe;(3) SANTIFICADOR – o apóstolo diz que Cristo se entregou por sua Igreja “para a santificar”. Portanto o marido que ama a sua esposa mantém o seu lar em santificação, evitando brigas, desavenças, mágoas e infidelidade; (4) SACRIFICIAL – Cristo se sacrificou pela Igreja, assim o marido deve amar a esposa, pois ferindo-a, ferirá a si mesmo e amando-a amará a si mesmo (Ef 5.28,29); (5) ROMÂNTICOCristo não só se sacrificou pela Igreja como dela cuida e alimenta (Ef 5.29). O marido deve seguir o mesmo padrão, demonstrando seu romantismo por palavras (Ct 2.10,13), mas também por obras, ou seja, dedicando-lhe tempo e agradando-lhe (I Co 7.33).

CONCLUSÃO

            Como pudemos ver, o casamento tal qual uma edificação deve ter uma base sólida as quais são: Deus, a Palavra e o amor. Deste modo, o matrimônio se manterá firme dentro da boa perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.2).

REFERÊNCIAS

  • Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
  • Bíblia de Estudo da Família.SBB.
  • VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
  • LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS
  • COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO
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