Lição 5 - Conflitos na família

LIÇÃO Nº 5 –  CONFLITOS NA FAMÍLIA – Parte I

1º SLIDE

INTRODUÇÃO

- A família é uma realidade terrena e, portanto, haverá conflitos na convivência familiar.

- Na família, mesmo em meio a conflitos, precisamos dar testemunho de Jesus Cristo.

2º SLIDE

I – FAMÍLIA: AMBIENTE CRIADO PARA QUE SE MANIFESTASSE A COMUNHÃO ENTRE DEUS E O HOMEM

- Família -  grupo social criado pelo próprio Deus (Gn.2:23,24) e que procura suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano.

- Conflitos existem mesmo nas famílias genuinamente cristãs.

3º SLIDE

- A família é o ambiente escolhido por Deus para que o homem tenha com o seu Criador (Gn.3:8).

- “Lar” - unidade espiritual dos integrantes de uma família.

4º SLIDE

II – A REALIDADE DA DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR

- A entrada do pecado no mundo rompeu a comunhão entre os próprios integrantes da (Gn.3:12).

- Com o pecado, não só a família deixou de ser o ambiente propício para a comunhão com Deus como, ainda mais, passou a haver conflitos entre os próprios familiares (I Jo.3:12).

5º SLIDE

- Desde os primórdios da humanidade, o justo sofre aflições por causa da sua fé em Deus a partir do seu próprio lar (Mt.10:36).

- O embate que há entre o mundo e a Igreja inicia-se em casa, no lar, no ambiente mais íntimo de cada ser humano.

6º SLIDE

- Sete ensina-nos que a forma de fugir da divisão espiritual no lar é a de formarmos uma família segundo a orientação divina (Gn.4:26), através de:

a) casamento sem jugo desigual (I Co.6:14)

b) criação dos filhos na doutrina do Senhor (Pv.22:6).

7º SLIDE

- O Senhor Jesus veio trazer divisão nos lares e não paz - Mt.10:34,35.

- A fé em Cristo Jesus nos leva a termos problemas e conflitos familiares, visto que, caso seus familiares não sejam alcançados pela salvação em Cristo Jesus, tornar-se-ão os nossos primeiros inimigos.

8º SLIDE

- Os laços familiares foram criados e estabelecidos por Deus para perdurar durante esta vida terrena e, por isso, não podem prevalecer diante dos vínculos espirituais existentes na vida das pessoas.

- O próprio Jesus não fugiu desta triste realidade da divisão espiritual no lar (Jo.7:3-5; Mc.3:21,31-35).

9º SLIDE

III – OS CONFLITOS NO LAR CRISTÃO

- Fatores que promovem conflitos familiares:

a) individualismo, egoísmo

b) falta de transparência, franqueza, comunicação entre os familiares

c) falta de respeito e consideração ao outro

d) falta de humildade

e) injustiça e parcialidade

10º SLIDE

IV - COMO AGIR DIANTE DOS CONFLITOS NO LAR

- A divisão espiritual no lar é demonstração para cada servo de Deus de que (I):

a) a salvação é real transformação na sua vida (II Co.5:17), uma confirmação da veracidade da Palavra de Deus;

b)  seus familiares incrédulos precisam ser salvos e, por isso, deve evangelizá-los e interceder com intensidade em oração pela sua conversão;

11º SLIDE

- A divisão espiritual no lar é demonstração para cada servo de Deus de que (II):

c) tem de agir com sabedoria e discernimento para que não haja obras da carne no seio do lar (Gl.5:20), seguindo o exemplo de Jesus (Jo.7:1-9).

d) deve participar apenas de atividades e atitudes que não comprometam a sua comunhão com o Senhor (Mt.10:37).

12º SLIDE

- A divisão espiritual no lar é demonstração para cada servo de Deus de que (III):

e) deve ter bom testemunho diante dos familiares incrédulos no seio do lar (I Co.7:14; I Pe.3:1,2);

f) deve ser resignado diante das injúrias e perseguições promovidas pelos familiares, perseverando na fé (I Pe.3:23; Rm.12:21; Mt.5:11,12; Lc.21:12-19);

13º SLIDE

- A divisão espiritual no lar é demonstração para cada servo de Deus de que (IV):

g) deve sempre perdoar os familiares incrédulos (Gn.50:14-21; II Sm.18:5, 32, 33);

h) jamais se deve desistir de levá-los a Cristo (Jo.19:27; I Co.15:7 c.c. At.1:14);

i) a solução jamais é o abandono do lar (I Co.7:13,14).

14º SLIDE

- Nos lares genuinamente cristãos, tanto quanto naqueles em que há divisão espiritual no lar, os conflitos devem ser resolvidos mediante:

a) exercício do perdão

b) busca de orientação divina

c) renúncia ao ego

d) diálogo

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

LIÇÃO Nº 5 – CONFLITOS NA FAMÍLIA – Parte II

Na família, precisamos dar testemunho de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO

- A família é uma realidade terrena e, portanto, haverá conflitos na convivência familiar.

- Na família, mesmo em meio a conflitos, precisamos dar testemunho de Jesus Cristo.

I – FAMÍLIA: AMBIENTE CRIADO PARA QUE SE MANIFESTASSE A COMUNHÃO ENTRE DEUS E O HOMEM

- Já vimos que o primeiro grupo social a que uma pessoa pertence é a família, grupo criado pelo próprio Deus (Gn.2:23,24) e que procura suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano. A função da família é, precisamente, impedir que haja o sentimento de solidão, que caracterizava Adão antes da formação da mulher (Gn.2:20).

- É, precisamente, dentro deste escopo que devemos observar a família. Ela é uma instituição que foi criada por Deus para que o homem pudesse cumprir tudo aquilo que Deus havia planejado para que o homem fizesse. Sem a família, seria impossível que o homem frutificasse e se multiplicasse sobre a face da Terra e, por conseguinte, que o homem pudesse dominar sobre a criação que estava na Terra. É interessante notar que, ao exercer a sua primeira função de dominador sobre o restante da natureza terrena, o homem percebeu que estava só, sentimento este que foi observado por Deus. Sem a providência divina de criação da mulher e, por conseguinte, da família, o homem não teria condições sequer de dominar o restante da natureza, pois, acometido que estava de um sentimento de solidão, de falta, não teria condições psicológicas para se impor frente aos demais seres.

- Sem a família, pois, não pode o homem atingir o propósito estabelecido por Deus quando de sua criação. Não há como o homem atender ao que lhe é exigido pelo seu Criador sem que exista a família. Sem a família, o homem não pode sequer ser considerado um homem no sentido estrito da Palavra e as consequências que têm vindo à sociedade moderna em virtude do intenso e progressivo processo de desintegração familiar que temos contemplado é uma prova do que estamos a dizer. Via de regra, os criminosos mais hediondos que têm surgido, que nem sequer se portam como seres humanos, tamanha a sua bestialidade, verdadeiras bestas-feras em corpo humano, são pessoas que foram vítimas da ausência da instituição familiar no histórico de suas vidas.

- A destruição da instituição familiar representa, assim, a própria destruição da humanidade, da imagem e semelhança de Deus na vida dos seres humanos e é por isso que o adversário de nossas almas, que nos odeia e nos detesta, tem investido tanto na destruição desta instituição. Destrua-se a família e estarão destruídos os seres humanos e, por conseguinte, toda a sociedade.

OBS: Uma das maiores demonstrações da dificuldade de nossos tempos está, precisamente, em observarmos que o adversário de nossas almas, o deus deste século, tem conseguido obnubilar a própria concepção de família no meio da humanidade, algo que, para não se dizer que se trata de implicância ou desvario dos crentes, é observado por diversas pessoas, inclusive o ex-chefe da Igreja Romana, que, em 1981, assim afirmou: "…A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar. Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres, ou ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar. Outras, por fim, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.…" (JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Familiaris Consortio, n. 1. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_19811122_familiaris-consortio_po.html Acesso em 19 jun.2012).

- O papel da família apresenta-se, portanto, como o ambiente escolhido por Deus para que nele não só o homem cumprisse o propósito estabelecido pelo Senhor à Sua mais excelente criação sobre a face da Terra, mas, também, para que pudesse o homem ter a comunhão como seu Criador. Não é à toa que a comunhão entre Deus e o homem é manifestada pelo fato de Deus comparecer ao jardim do Éden na viração do dia para dialogar com o primeiro casal, ou seja, é na família o lugar propício, adequado para que haja a manifestação da comunhão entre Deus e o homem (Gn.3:8).

- Neste sentido, aliás, que advém o surgimento da palavra “lar”. É interessante notar que, no princípio da história da humanidade, a adoração a Deus é vinculada à vida em família. Diz-nos a Escritura que, quando nasceu Enos, o primeiro filho de Sete, começou-se a invocar o nome do Senhor (Gn.4:26), afirmação que nos leva a crer que a invocação a Deus foi resultado da formação de uma nova família nuclear, agora abençoada com um filho. É necessário que nossa família seja um verdadeiro “lar”.

- "Lar" é uma palavra latina cujo significado primeiro é o de um local, nas antigas residências romanas, em que se procedia à adoração dos antepassados familiares. Normalmente, como nos ensina o historiador francês Foustel de Coulanges em seu livro "A Cidade Antiga", havia um compartimento nas casas romanas onde somente poderiam entrar os membros da família, onde eram cultuados os antepassados familiares, os chamados "deuses lares". Normalmente, havia um altar em honra a estas divindades e um fogo que nunca se apagava, onde se realizava tal adoração.

- Vê-se, portanto, que a ideia do "lar" está vinculada à ideia de uma ligação espiritual entre os membros de uma mesma família, ou seja, o lar é a própria unidade espiritual dos integrantes de uma família. Para os romanos, a família possuía, sobretudo, um vínculo sobrenatural entre os seus membros, tendo sido os próprios juristas romanos que tornaram célebre a famosa definição de casamento, atribuída a Modestino, segundo a qual o casamento estabelece a "união divina e humana que gera uma vida em comum entre um homem e uma mulher", definição que foi parcialmente acolhida pelo nosso atual Código Civil no seu artigo 1511.

OBS: “Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges”.

II – A REALIDADE DA DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR

- A entrada do pecado no mundo, evidentemente, perturbou, também, esta situação ótima concebida pelo Senhor para a humanidade. No dia mesmo da queda, não só se rompeu a comunhão entre Deus e a humanidade, como também se rompeu a comunhão entre os próprios integrantes da família.

- Tristemente, verificamos que, indagado sobre a sua desobediência, Adão não pensou duas vezes em culpar a mulher pelo fato de ter comido do fruto da árvore da ciência do bem e do mal (Gn.3:12), revelando, assim, de pronto, uma atitude de conflito, de falta de comunhão entre ambos os cônjuges. Tal situação, aliás, perduraria, pois, em Seu juízo, o Senhor demonstrou que, a partir daquele instante, haveria uma relação assimétrica entre marido e mulher, com prevalência do homem sobre a mulher (Gn.3:16), circunstância que nem o mais exacerbado feminismo tem conseguido erradicar.

OBS: Na verdade, o feminismo tem feito é piorar cada vez mais a situação da mulher sobre a face da Terra, como, numa análise muito percuciente, que vale a pena conhecer, faz o padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior na sua alocução “Feminismo, o maior inimigo das mulheres” - http://www.youtube.com/watch?v=80JuBmps6Qk Acesso em 19 jun. 2012.

- Nota-se, pois, que, com o pecado, não só a família deixou de ser o ambiente propício para a comunhão com Deus como, ainda mais, passou a haver conflitos entre os próprios integrantes da família, fazendo com que esta instituição, feita para propiciar ao homem o cumprimento de seu propósito na criação terrena, passasse a ser um local de conflitos, tragédias e sofrimentos.

- Poucas décadas após a expulsão do homem do Éden, a primeira família sofreria um duro golpe com o assassínio de Abel por Caim. Aqui, aliás, notamos, de pronto, que, no seio da família, surgiu a divisão espiritual. Abel, chamado de justo pelo próprio Jesus (Mt.23:35), ao apresentar sua oferta ao Senhor, teve a mesma recebida por Deus, enquanto que Caim, ao fazê-lo, não teve a mesma aceitação. Apesar de advertido antes pelo Senhor, Caim, em vez de obedecer à voz divina, preferiu matar seu irmão, pois não pôde tolerar que, sendo ele do maligno, seu irmão fosse justo (I Jo. 3:12).

- Em que pese a perda da comunhão com Deus por causa do pecado, o gesto dos dois irmãos de apresentar sacrifícios a Deus demonstra que o primeiro casal os havia ensinado a buscar a presença de Deus, mas, apesar deste ensino, verificou-se ali uma divisão espiritual, pois um dos irmãos servia a Deus e o outro, não. Esta divisão acabou por levar à morte de Abel, o primeiro herói da fé (Hb.11:4).

- Desde os primórdios da humanidade, portanto, notamos que o justo sofre aflições por causa da sua fé em Deus a partir do seu próprio lar, da sua própria família. Por isso, o Senhor Jesus, que também vivenciou esta triste realidade, foi categórico ao afirmar: “E, assim, os inimigos do homem serão os seus familiares” (Mt.10:36).

- Não há comunhão entre a luz e as trevas (II Co.6:14) e, portanto, quando alguém entrega a sua vida para o Senhor Jesus, fatalmente entrará em conflito com os seus familiares, caso eles não sejam servos do Senhor Jesus. O embate que há entre o mundo e a Igreja inicia-se em casa, no lar, no ambiente mais íntimo de cada ser humano.

- Após a morte de Abel, a Bíblia nos afirma que o primeiro casal teve outro filho, a que deu o nome de Sete, cujo significado é “compensação” ou “renovo” ou, ainda, para outros, “designado” (Gn.4:25). Sete cresceu sabendo que havia sido dado em lugar de Abel, como uma compensação da parte do Senhor e, ao ter seu primeiro filho, deu-lhe o nome de “Enos”, cujo significado é “mortal”, passando, então, a invocar o nome do Senhor (Gn.4:26).

- Neste gesto de Sete, que passou a invocar o nome do Senhor, ou seja, pedir pela Sua presença, servi-l’O continuadamente, bem como ter chamado o seu filho de “Enos”, que quer dizer “mortal”, vemos a convicção que este homem de Deus, que deu origem à primeira linhagem piedosa da humanidade, tinha para que se evitasse a divisão espiritual no lar: a contínua invocação ao Senhor, desde o início da formação do núcleo familiar.

- Só há uma forma de evitarmos a divisão espiritual no lar, qual seja, a de formarmos um lar na presença do Senhor, a de formarmos uma família na orientação divina, o que implica a circunstância de nos casarmos na direção de Deus, evitando o jugo desigual, como também o de criarmos a nossa prole, desde a sua concepção, no caminho do Senhor, como, aliás, daria conta o sábio Salomão: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv.22:6).

- Fora destas hipóteses, o que se verificará será a divisão espiritual no lar, visto que, em não havendo formação da família na direção divina nem tampouco a instrução da prole na são doutrina, haverá aqueles que servem a Deus e os que não O servem e a consequência disto é a divisão espiritual no lar, pois não há comunhão entre luz e trevas.

- Neste sentido, aliás, é que o Senhor Jesus disse, certa vez, que viera trazer divisão nos lares e não paz. Numa afirmação que até hoje causa admiração, Cristo foi peremptório: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; porque Eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra” (Mt.10:34,35).

- Muitos, ao lerem esta afirmação do Senhor Jesus, ficam confusos, pois entendem que como Jesus é o Príncipe da Paz (Is.9:6) e pelo fato de o próprio Cristo ter dito que havia trazido paz para os Seus discípulos (Jo.14:27), como poderia, agora, estar a dizer o contrário, de que não traria a paz, mas a espada?

- Não há qualquer contradição nos ensinos de Cristo Jesus. Na verdade, o Senhor está a revelar que o fato de as pessoas crerem em Seu nome e obterem não só a paz com Deus (Rm.5:1) mas a paz de Deus (Fp.4:7; Cl.3:15), também os levará a terem problemas e conflitos familiares, visto que, caso seus familiares não sejam alcançados pela salvação em Cristo Jesus, tornar-se-ão os seus primeiros inimigos.

- Nas Suas últimas instruções, o Senhor Jesus revelou que todos os Seus discípulos serão odiados pelo mundo (Jo.15:18-23) e este ódio começa a ser demonstrado pelos que nos estão mais próximos, ou seja, os nossos familiares. Não é à toa, repetimos, que o primeiro justo, o primeiro herói da fé foi morto pelo seu próprio irmão!

- Os laços familiares foram criados e estabelecidos por Deus para perdurar durante esta vida terrena e, por isso, por mais íntimos que sejam, por mais próximos que sejam, por mais fortes que sejam, não podem prevalecer diante dos vínculos espirituais existentes na vida das pessoas. Assim, infelizmente, os nossos familiares, por mais amigos que sejam de nós, por mais que nos amem, quando se está diante de uma realidade espiritual, nos odiarão por causa da nossa fé em Cristo Jesus, caso não compartilhem dela. Não nos esqueçamos que os incrédulos estão escravizados pelo pecado (Jo.8:34) e, portanto, nem sequer fazem o que querem, mas o que não querem é o que estão a fazer (Rm.7:14-20).

- O próprio Jesus não fugiu desta triste realidade. Durante o Seu ministério terreno, vemos a oposição que lhe fez os Seus próprios irmãos, que as Escrituras são incisivas em dizer que eram incrédulos (Jo.7:3-5) e que, numa determinada ocasião, juntamente com a Sua mãe, pretenderam prendê-l’O, considerando que havia enlouquecido. Tal situação fez o próprio Jesus a dizer que Sua mãe e irmãos eram aqueles que fizessem a vontade de Deus e não os que Lhe eram ligados por laços de sangue (Mc.3:21,31-35).

- Esta mesma situação, que, aliás, prefigura a vivida por Cristo, vemos na vida de José que foi invejado pelos seus próprios irmãos precisamente porque era fiel a seu pai e servia ao Senhor (Gn.37:3,4,11,18-23), o que, infelizmente, não era o que ocorria com relação aos demais filhos de Jacó. Esta oposição espiritual no lar de Jacó levou, inclusive, a dar ocasião para o sofrimento de José, sofrimento que durou longos treze anos.

- Nota-se, pois, que a divisão espiritual no lar é inevitável na vida daqueles que se convertem a Cristo Jesus e que não vivem numa família que serve ao Senhor. É um embate espiritual que se instaura, que se estabelece no mais íntimo de nossos ambientes, em nosso “ninho” neste planeta e que, certamente, causa um sem-número de tumultos, discórdias e conflitos que atacam diretamente naquilo que temos de mais caro, pois afeta a nossa sensibilidade, a nossa afetividade, o nosso coração.

- Como se não bastasse isso, tem-se, ainda, a realidade daqueles lares que, embora formados segundo a direção divina e que tiveram sua estruturação na Palavra de Deus, são acometidos pelo desvio espiritual de um de seus integrantes, pois, como sabemos, Deus deu o livre-arbítrio a todos os homens e, portanto, embora seja fundamental a educação dos filhos na sã doutrina, isto não é uma garantia de salvação, visto que a salvação não é hereditária, mas individual.

- Assim, por exemplo, como podemos explicar que um rei tão fiel como Jotão (II Cr.27) tenha tido um filho tão ímpio como Acaz (II Cr.28)? Pelo fato de que a fidelidade de Jotão não se transmite hereditariamente a Acaz, devendo cada um tomar a sua posição diante do Senhor.

- Deste modo, pois, não bastassem os problemas decorrentes da divisão espiritual no lar onde alguém se converte ao Senhor, temos o problema que surge quando alguém de uma família estruturada conforme os princípios da sã doutrina apostata da fé, desvia-se dos caminhos do Senhor. Neste lar, também, surge a divisão espiritual, com as mesmas e, talvez, com piores circunstâncias que a do lar onde se deu a conversão de alguém. É o que se deu na família do rei Josafá que foi praticamente dizimada por causa do desvio espiritual de Jeorão, seu primogênito (II Cr.21:4-6).

III – OS CONFLITOS NO LAR CRISTÃO

- Mas, mesmo nas famílias que não se encontram em quadro de divisão espiritual, também pode haver conflitos, visto que a família é uma realidade terrena e, como tal, estamos sujeitos a desentendimentos e a incompreensões, algo que tem sido utilizado pelo inimigo de nossas almas para a destruição de muitos lares.

- A família é formada de indivíduos e, como diz conhecido dito popular, “cada cabeça, casa sentença”. Cada ser humano é diferente do outro, Deus não nos fez idênticos e, diante deste quadro, é natural que surjam desavenças, desentendimentos entre os integrantes de uma família, que devem ser devidamente administrados para que daí não surja uma contenda que leve à perda da comunhão.

- Muitas são as origens dos conflitos entre as pessoas, especialmente no ambiente familiar, que, por ser um ambiente de intimidade, é mais propício ao surgimento de desentendimentos e diferenças entre os familiares.

- A família foi criada sob o signo do amor e, portanto, deve ser uma contínua vivência em termos de entrega, de exercício do altruísmo. No ambiente familiar, é imperioso, indispensável que o familiar sempre viva na perspectiva de se pôr no lugar do outro, de sentir as mazelas e alegrias do outro, de se abri ao outro. É por isso, aliás, que a família é um ambiente adequado para exercitemos e desenvolvamos o amor ao próximo, o amor a Deus.

- Esta realidade foi-nos mostrada pelo apóstolo Paulo que, ao descrever o relacionamento entre o marido e a mulher, em I Co.7, mostra-nos que este altruísmo é tão intenso que nem mesmo o próprio corpo do cônjuge pode ser considerado seu, mas, sim, passa a pertencer ao cônjuge.

- Um dos primeiros fatores que produz conflitos nas famílias é, precisamente, o individualismo, o egoísmo, o pensar em si próprio em detrimento do cônjuge e dos filhos. Este individualismo, que é uma característica predominante no “modus vivendi” de nossos dias (II Tm.3:1-4) faz com que não pensemos em nosso familiar, em seus sentimentos, anseios, projetos, mas o vejamos apenas como um instrumento para a nossa própria satisfação.

- O comportamento individualista e egoístico tem sido um dos principais fatores de desentendimentos entre os familiares, pois há uma verdadeira luta entre eles para a sujeição do outro a seus caprichos, projetos e anseios, o que, naturalmente, encontra resistência e oposição, a ponto de, em muitos casos, a vida em comum tornar-se insuportável, gerando a falência da comunhão e, por conseguinte, a própria destruição do lar.

- Cônjuges devem saber que, ao assumir o compromisso de conviverem, estão renunciando a si próprios em favor do outro, devem buscar o bem-estar do cônjuge, a satisfação do cônjuge, renúncia esta que é fundamental para a superação das diferenças e dos desentendimentos. Sem tal disposição, não há como se estabelecer uma vida familiar sadia e duradoura, que cumpra os propósitos divinos.

- Como tivemos ocasião de verificar na lição 3, a finalidade da convivência conjugal é levar à excelência o outro cônjuge, tanto que, no livro de Cantares de Salomão, sempre é o cônjuge quem enaltece as virtudes e qualidades do outro, pois foi quem proporcionou que o outro se realizasse enquanto indivíduo, enquanto cônjuge.

- Nos dias em que vivemos, no entanto, onde é acentuada a mentalidade individualista, os cônjuges querem apenas se satisfazer, não buscam o bem-estar do outro e isto gera um sem número de contendas e de conflitos. Faz-se preciso que superemos isto com o amor divino, que foi derramado pelo Espírito Santo em nossos corações, buscando agir com compaixão, ou seja, com a capacidade de nos colocarmos no lugar do nosso cônjuge, ter os seus sentimentos e estar dispostos a ser um fator de seu crescimento tanto material quanto espiritual.

- O primeiro ponto para se evitar conflitos é a manutenção de total franqueza entre os familiares. A família cristã desfruta de uma unidade entre seus integrantes e dos seus integrantes com Deus. Temos um ambiente de comunhão, diverso do até aqui descrito, em que há divisão espiritual no lar.

- Ora, se há comunhão, temos a reprodução do ambiente que havia entre o primeiro casal antes da queda, quando, diz-nos a Escritura, marido e mulher não tinham qualquer vergonha entre si, apesar de estarem nus (Gn.2:25).

- Havia, portanto, entre Adão e Eva uma unidade perfeita, um não escondia coisa alguma para o outro, havia total confiança entre ambos, ambos compartilhavam todos os temas, todas as experiências, ambos procuravam servir a Deus em conjunto, seguir-Lhe as orientações.

- É este clima que deve haver em um lar cristão, um ambiente de franqueza, de “jogo aberto”, em que não só os cônjuges, mas também entre pais e filhos, haja um diálogo aberto, franco, onde todos compartilhem o seu interior não só entre si mas também com o Senhor, Senhor, aliás, que toda viração do dia vinha dialogar com o primeiro casal (Gn.3:8).

- Nos dias em que vivemos, não há mais comunicação entre os familiares, e, sem comunicação, que é a “ação de tornar comum”, não se tem a comunhão, que é um estado que se estabelece com a comunicação. Isto tem prejudicado sobremaneira a vida familiar, pois, em sendo assim, não há aquela franqueza e aquele conhecimento mútuos que são indispensáveis para que tudo se esclareça e não surjam ocasiões de conflito.

- O homem tem necessidade de viver em sociedade, não pode ficar solitário e a falta de convívio e de comunicação entre os familiares faz com que cada integrante da família se socorra de terceiros para desfrutar deste compartilhamento, terceiro este que, muitas vezes, não serve a Deus, que não compartilha da intimidade familiar, gerando um distanciamento que comprometerá a unidade e comunhão familiares, que dará margem a surgimento de conflitos.

- Aqui temos uma situação muito grave, que se reproduz em quase todos os lares na atualidade, que é a total falta de acompanhamento do dia-a-dia dos filhos pelos pais que, por trabalharem, simplesmente não mais criam nem educam seus filhos, “terceirizando” esta função para avós, creches e estabelecimentos de ensino.

- Trata-se de uma situação que gera um distanciamento tal que os filhos passam a adotar condutas, comportamentos e valores que nada têm que ver com os valores, condutas e comportamentos dos pais e da Palavra de Deus. São estes filhos verdadeiros “órfãos de pais vivos” e o resultado é altamente prejudicial à formação moral e espiritual de tais crianças e adolescentes.

- Temos aqui um dos principais fatores porque há, atualmente, um grande número de filhos de cristãos que não professam a fé, que estão perdidos e engrossando as estatísticas de delinquência e de corrupção moral em nossa sociedade. Falaremos disto em lição apropriada, mas, desde já, temos aqui um elemento que leva a inúmeros conflitos familiares, que dá margem a histórias extremamente trágicas pelos quais a família é completamente destruída por causa da quimiodependência, da prostituição e da criminalidade.

- O segundo fator que faz com que se evitem conflitos nas famílias é a falta de respeito e consideração para com o outro. No Éden, antes da queda, o primeiro casal se tratava com a devida dignidade, não tinham vergonha um do outro, não havia menosprezo em relação ao outro, algo que se modificou com a entrada do pecado no mundo.

- Devemos tratar o outro, em especial o familiar, como alguém que traz consigo a imagem e semelhança de Deus, pois todos fomos criados à Sua imagem e semelhança (Gn.1:26,27). Assim, não podemos destratar o nosso familiar, aviltá-lo, humilhá-lo, agredi-lo, pois, em se tratando de integrante de nossa família, todo e qualquer comportamento grosseiro causará feridas muito maiores do que se tiver tal conduta por parte de um estranho.

- Nas discussões e desentendimentos, devemos evitar falar, a fim de não proferir palavras que causarão enormes feridas em nossos familiares. Devemos pedir graça ao Senhor para que tenhamos a temperança, o autodomínio, pois, muitas vezes, são por causa de palavras proferidas em momentos de ira e cólera que causamos enormes dificuldades nos relacionamentos, dificuldades estas que sempre deixarão cicatrizes e que perturbarão a convivência até o fim, quando não a matarem de vez.

- Conhecemos um pastor, que já dorme no Senhor, que viveu mais de sessenta anos de um feliz matrimônio. Indagado, quando da celebração de suas bodas de diamante, qual o segredo de convivência tão longeva, disse-nos que jamais abrira a boca em momentos de cólera, ira e nervosismo, deixando para comentar o assunto que causara divergência com a mulher em outro instante. Sim, quando assim fazemos, estamos, certamente, deixando de dar lugar ao diabo, o que nos é determinado pela Bíblia Sagrada (Ef.4:27).

- Precisamos, ainda, ter o devido discernimento espiritual em tais ocasiões. Muitas vezes, no calor da divergência e da incompreensão, somos levados a proferir palavras que machucam o nosso familiar, somos, a exemplo de Pedro, levados a deixar que o diabo tome a nossa boca e diga coisas destrutivas. Nestes instantes, devemos saber da situação em que se encontra nosso familiar e não “baixarmos o nível”, não nos deixarmos levar também pela tentação. O silêncio é, nestes momentos, a melhor resposta e devemos, de imediato, clamar a Deus para que nos controlemos e, no momento oportuno, voltemos a tratar do assunto que causou a desavença.

- Moisés assim agiu quando foi confrontado e abandonado por Zípora, sendo acusado de “homem sanguinário” quando esta, num gesto de revolta, acabou por circuncidar o filho mais novo do casal (Ex.4:24-26). Moisés não disse palavra e este silêncio foi fundamental para que, posteriormente, aquela família voltasse a viver unida.(Ex.18:5).

- O terceiro fator que faz com que evitemos conflitos familiares é a humildade. Devemos ser humildes e estar prontos a ouvir os nossos familiares quando vierem dar suas opiniões, nos aconselhar. Isto faz, de certo modo, parte da consideração e respeito que devemos dar ao outro, mas também devemos ser sensíveis à voz de Deus. Temos de entender que quem deve orientar e reinar em nossos lares é o Senhor, não o marido ou a mulher, nem tampouco os filhos.

- Eis a importância de a família ser um “lar”. Nos momentos de crise, de desorientação, de impasse, devemos clamar ao Senhor, pois Ele é quem deve reinar e dar a última palavra no lar. Em vez de cada um dar a sua razão e querer impor a sua vontade, o fundamental é que todos busquem a Deus para saber qual é a Sua vontade, que sempre será o melhor para a família.

- Outro fator importante para se evitar conflitos no lar cristão é a justiça, a imparcialidade. Devemos ser justos com nossos familiares, sem favoritismos de qualquer espécie. A Bíblia mostra-nos as tragédias decorrentes de uma conduta parcial e injusta entre familiares, como, por exemplo, o resultado do comportamento de Isaque e de Rebeca em relação a seus filhos Esaú e Jacó (Gn.25:27,28), que teria causado a destruição da família não fosse a intervenção divina.

- Nos dias hodiernos, há muito favoritismo, muita parcialidade nos relacionamentos familiares, sem se falar na busca de uma compensação pela falta de afeto e de acompanhamento dos filhos numa defesa ilimitada de todas as atitudes dos filhos. Quantos pais que hoje não admitem que seus filhos sejam repreendidos ou castigados por professores ou, mesmo, pelos ministros e oficiais das igrejas locais, pelo simples fato de que são seus filhos, numa atitude totalmente parcial e injusta, que só faz criar delinquentes? Tomemos cuidado com isso, amados irmãos, pois devemos ser justos e imparciais, justiça e imparcialidade que deve começar com os nossos familiares.

IV - COMO AGIR DIANTE DOS CONFLITOS NO LAR

- Diante destas situações, como devemos agir? Como enfrentar uma dificuldade tão grande como são os conflitos familiares, a começar da situação de divisão espiritual no lar, mas também nos casos de famílias genuinamente cristãs?

- Por primeiro, devemos lembrar que a divisão espiritual no lar é apenas uma faceta do grande conflito que temos de enfrentar diuturnamente desde o dia em que recebemos a Cristo Jesus como nosso único e suficiente Senhor e Salvador, o conflito contra o maligno, contra as hostes espirituais da maldade (Ef.6:12).

- A divisão espiritual no lar é uma demonstração clara e transparente para cada servo de Deus de que, realmente, ocorreu uma transformação na sua vida, de que agora ele é uma nova criatura (II Co.5:17), tanto que os seus relacionamentos com os seus familiares se alteraram radicalmente.

- Os conflitos e embates que surgem no recôndito do lar depois que recebemos a salvação em Cristo Jesus são como que uma prova que Deus nos dá de que aquilo em que acreditamos, a pregação que recebemos não é um “efeito psicológico”, não é uma “quimera”, uma “imaginação”, mas uma realidade bem presente, tanto que, por termos deixado as trevas e passado a habitar a luz, houve uma radical transformação em nosso relacionamento com nossos familiares que não tiveram esta mesma experiência.

- A divisão espiritual no lar é, portanto, uma confirmação da veracidade da Palavra de Deus, da realidade da salvação em Cristo Jesus e, apesar dos sofrimentos decorrentes dos embates, é uma segurança que Deus nos dá de que estamos no caminho certo e que a salvação é uma realidade e que, portanto, vale a pena perseverarmos até o fim para alcançarmos as promessas que nos foram feitas pelo Nosso Senhor e Salvador.

- Ao mesmo tempo que a divisão espiritual no lar nos faz ver que a salvação é uma realidade, mostra a absoluta necessidade que têm os nossos familiares de ser também salvos por Cristo Jesus. Sua mudança de comportamento em relação a nossas pessoas, o ódio que passam a nutrir por nós por causa da nossa fé apenas confirmam que eles estão escravizados pelo pecado e que precisam da salvação. Assim, a divisão espiritual no lar propicia-nos experimentar a real necessidade que nossos familiares têm da salvação.

- Diante desta constatação, não nos resta senão passarmos a interceder com intensidade para a salvação de nossos entes queridos. Mais do que ninguém, temos de clamar ao Senhor pela salvação de nossos familiares, orando e jejuando neste sentido, como também procurando, de todas as formas, evangelizá-los.

- Exsurge, então, a absoluta necessidade que temos de agir com sabedoria e discernimento para que a divisão espiritual no lar não degenere em contendas, iras, pelejas e dissensões no seio do lar, pois tais atitudes são obras da carne e, como tal, não podem ser produzidas por quem se diz servo do Senhor (Gl.5:20).

- A pior coisa que pode acontecer num lar espiritualmente dividido é o servo de Deus dar vazão a discussões, debates, que gerem contendas, dissensões, iras e pelejas no seio familiar. Quem traz a divisão espiritual para o lar é o Senhor Jesus, ou seja, o fato de termos caminhado para a luz ou de um ente querido ter caminhado para as trevas. Não podemos nos sermos o fator de instabilidade no lar, de iras e pelejas.

- O saudoso pastor Walter Marques de Melo (1933-2012) costumava ensinar que não há nada mais inadequado num lar dito cristão que a gritaria, baseando seu ensino em Ef.4:31. Não podemos permitir que o ambiente familiar onde estamos seja lugar de amargura, ira, cólera, gritaria e blasfêmias, devendo tudo isto ser demovido de nosso lar.

- Verdade é que os integrantes de nossa família que não tiverem comunhão com o Senhor procurarão levar-nos para este embate, para este conflito, mas, de forma alguma, poderemos permitir entrar neste “jogo do inimigo”, evitando ao máximo a peleja e a celeuma.

- Nosso exemplo deve ser, como sempre, o Senhor Jesus. Desafiado pelos Seus irmãos, Ele simplesmente calou, inclusive Se recusando a ir com eles para a festa dos tabernáculos, não deixando, porém, de lhes falar a verdade, mas com candura e sabedoria (Jo.7:1-9). Muitos aqui procuram ver uma “mentira” de Jesus, pois Ele teria dito que não iria à festa e acabou indo. No entanto, não há aqui qualquer “mentira” da parte do Senhor Jesus, mas, sim, uma atitude de prudência. Além do mais, como o Senhor Jesus disse, Ele não foi à festa de forma manifesta como queriam Seus irmãos, o que ocorreria apenas na Páscoa em que Ele foi crucificado, mas foi até Jerusalém de modo oculto, sem qualquer alarde ou pompa.

- Neste ponto, aliás, é interessante notar que, muitas vezes, os familiares incrédulos são usados pelo adversário não para nos “crucificar”, nos desprezar por causa da fé, mas, exatamente, no sentido contrário, ou seja, na “exaltação”, no “soerguimento do nosso ego”. Os irmãos de Cristo, embora fossem incrédulos, queriam que Jesus Se apresentasse como o maioral diante do povo em Jerusalém, com ar de superioridade, algo que, entretanto, era totalmente contrário aos propósitos divinos estabelecidos para o Senhor em Seu ministério terreno. Muitas vezes, os familiares incrédulos querem nos levar para um caminho de exaltação e de arrogância espiritual e precisamos ter o mesmo discernimento que teve Nosso Senhor ao lidar com este caso e a preferir não subir à festa com eles, mas de modo solitário e humilde.

- Esta atitude de Cristo Jesus para com Seus familiares leva-nos a ter uma outra lição, qual seja, a de que não podemos nos envolver com as atitudes pecaminosas de nossos familiares, nem tampouco participarmos de atividades que não contribuem para a nossa vida espiritual mesmo em família.

- Devemos, em termos familiares, assim como em todos os demais grupos sociais em que estamos inseridos, somente ir, como diz o pastor Severino Pedro da Silva (Assembleia de Deus – Ministério do Belém – São Paulo/SP), “até onde a mão de Deus alcança”. Desta maneira, em nossos relacionamentos familiares, somente podemos participar de atividades e atitudes que não comprometam a nossa comunhão com o Senhor, pois devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o amor a Deus é, sobretudo, a guarda da Sua Palavra (Jo.14:23,24).

- Devemos ter consciência que a divisão espiritual no lar é consequência da presença de Deus na vida daqueles familiares que servem a Deus, é algo trazido pelo próprio Cristo e, portanto, não podemos achar que o fato de não compartilharmos de atitudes mundanas e antibíblicas de nossos familiares seja um comportamento de nossa parte que promova a dissensão ou a contenda, como, muitas vezes, o inimigo de nossas almas sopra em nossos ouvidos.

- Não devemos ser antissociais nem arredios ao contato com nossos familiares não crentes. Devemos ser dóceis, amigáveis, seguindo o exemplo de Nosso Senhor que tinha uma vida social normal, mas que sabia se conduzir com sabedoria, sendo por ela justificado (Mt.11:19; Lc.7:33,34). Devemos participar do convívio familiar até o ponto em que isto não compromete a nossa vida espiritual. A partir deste ponto, temos de nos afastar, sem gritaria, sem espetáculo, sem “lições de moral”, sem contenda ou algo similar, mas afirmando, perante os nossos familiares, a nossa fé em Cristo Jesus.

- Alguém dirá que um comportamento desta natureza poderá causar, em nossos familiares, a incompreensão. Isto é inevitável, amados irmãos. Nossos familiares, se incrédulos forem, não compreenderão, mesmo, o nosso gesto de afastamento das condutas contrárias à Palavra de Deus, mas isto é resultado da divisão espiritual no lar causada pela vinda de Cristo Jesus à nossa vida. O Senhor disse que os familiares se voltariam contra nós. Além do mais é este o sentido da expressão tantas vezes mal interpretada de Mt.10:37, a saber: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim”. Nosso amor deve ser a Deus em primeiro lugar, ainda que isto cause incompreensão e um sem-número de aflições em nossos relacionamentos familiares.

- De forma sábia e sem contendas devemos nos afastar dos nossos familiares quando eles estão a cometer pecados ou a realizar atividades embaraçosas que podem nos levar a pecar. Não podemos deixar de reconhecer que, infelizmente, se incrédulos forem, nossos familiares estarão a serviço do adversário de nossas almas e, assim, não podemos permitir que, através deles, sejamos desviados da nossa fé. Sejamos prudentes, amados irmãos!

- Jesus, ao Se afastar da companhia dos Seus irmãos para ir até a festa dos tabernáculos, dá-nos um exemplo precioso de como devemos agir nestas situações delicadas, que envolvem os mais sublimes sentimentos nossos, que envolvem nossos laços familiares, mas que são laços terrenos e que não podem, de forma alguma, se sobrepor à nossa comunhão com o Senhor.

- É com tristeza que vemos que muitos servos de Deus têm se deixado enredar por estas teias do adversário e que acabam por perder a fé por sobreporem os laços familiares à comunhão com Deus. A contemporização com o pecado leva-nos ao pecado e jamais poderá trazer os incrédulos à presença de Deus. Lembremos disto!

- Outro ponto importantíssimo quando estivermos diante da divisão espiritual no lar é a referente ao nosso testemunho. A importância do testemunho é tanta que a Bíblia Sagrada diz que o testemunho do crente entre os seus familiares que não são crentes é fundamental para a salvação dos demais integrantes da família (I Co.7:16; I Pe.3:1). Eis o motivo pelo qual muitos familiares de crentes não se convertem: porque seus familiares ditos cristãos dão péssimo testemunho e se tornam em via de escândalo que impede a salvação dos entes queridos.

- Não há maior obstáculo à salvação de alguém do que o péssimo testemunho de um familiar que se diga cristão. Quando, entre as quatro paredes de nosso lar espiritualmente dividido, não nos comportamos como servos do Senhor, estamos sendo agentes de Satanás, pois a nossa vida de hipocrisia será uma poderosíssima arma infernal para impedir a salvação de nossos familiares incrédulos, pois eles veem claramente a mentira que é a vida espiritual do que cristão se diz ser, que é um santo entre os irmãos da igreja local e um verdadeiro demônio dentro de casa. Fujamos disto o quanto antes, amados irmãos!

- A necessidade de, dentro de nosso lar, apesar de todo o embate espiritual decorrente da divisão existente entre os que servem a Deus e os que não O servem, termos um testemunho exemplar é fundamental para que possamos ganhar nossos familiares para Cristo e, assim, debelarmos o problema da divisão espiritual no lar.

- Nas duas referências já mencionadas, tanto Pedro quanto Paulo são enfáticos ao mostrar que o testemunho de um cristão em seu lar é extremamente relevante para levar à santificação do lar e para a salvação dos familiares incrédulos. Quando estamos em comunhão com Cristo, santificamos o nosso lar, passamos a ser uma bênção para a nossa família, ainda que nem toda ela esteja a servir ao Senhor. É esta, aliás, a promessa de Abraão que se transmitiu à Igreja (Gl.3:8,9).

- Temos sido uma bênção em nossos lares? Temos levado a bênção de Deus para os nossos lares, apesar de incompreendidos pelos nossos familiares incrédulos? Ou temos tido um testemunho que nos faz ser maldição e malditos? Temos dado motivo para que os familiares se escandalizem do Evangelho? Se isto tem acontecido, cuidado, amado(a) irmão(ã), pois ai daquele por quem vem o escândalo (Mt.18:7)!

- Mas o apóstolo Pedro ainda foi além. Disse que as mulheres, que eram aquinhoadas de uma posição muitíssimo inferior que a dos homens em sua época, poderiam ganhar seus maridos sem palavra, única e exclusivamente pelo seu porte, em virtude de sua vida casta em temor (I Pe.3:1,2).

- Será que nosso porte em família, que nossa vida tem contribuído para a conversão de nossos entes queridos? Será que temos uma vida casta, ou seja, uma vida pura, uma vida santa, uma vida separada do pecado, que nos traga uma autoridade moral e espiritual capaz de abalar a incredulidade dos entes queridos? Ou temos vivido uma vida de hipocrisia que destrói qualquer possibilidade de, através de nós, os nossos familiares chegarem a um encontro pessoal com Cristo Jesus?

- Mahatma Gandhi (1869-1948), o grande líder pacifista indiano, afirmou certa vez: “Amo o cristianismo, mas odeio os cristãos, pois não vivem segundo os ensinamentos de Cristo”. Será que, da mesma forma que Gandhi, nossos familiares incrédulos também têm odiado a sã doutrina em virtude de nosso testemunho? Pensemos nisto!

- Neste testemunho, aliás, está incluído o que estamos a fazer em nossos lares, como estamos a viver. Lamentavelmente, não são poucos os lares em que não se tem ali uma igreja, mas, sim, um pedaço do mundo. Quantos não têm, ultimamente, transformado seus lares em altares para o pecado e para o mundo em vez de altares para Deus. Nestes lares, não há mais culto doméstico, mas, por intermédio dos meios de comunicação de massa, ali se tem propagado a prostituição, a blasfêmia, a impureza, a malícia e tanta coisa imoral.

- Como podemos, então, falar do amor de Cristo a nossos familiares, se comungamos com todo o pecado que tem grassado no mundo? Como podemos levar nossos familiares incrédulos a Cristo se, em nossos próprios lares, estamos a compartilhar dos valores e princípios mundanos e pecaminosos? Como podemos levar as almas para Cristo, se nós mesmos estamos sendo levados pela onda da apostasia que nos leva ao diabo?

- Ante a divisão espiritual no lar, devemos dar bom testemunho e este testemunho inclui, também, a resignação e o perdão, duas atitudes que somente pelo Espírito Santo que está em nós pode nos ajudar a realizar.

- No relato bíblico a respeito da malévola ação de seus irmãos contra si, não há qualquer atitude de José que revele revolta ou agressividade. Não há qualquer registro de que José tenha insultado seus irmãos, pedido clemência, lançado pragas contra eles ou que tenha agredido seus algozes até em legítima defesa de sua pessoa. José manteve-se resignado, sem qualquer reação. José é tipo de Jesus e a Bíblia nos diz que Jesus, quando era injuriado, não injuriava e quando padecia não ameaçava, mas Se entregava Àquele que julga justamente (I Pe.3:23).

- Assim também se portou o rei Davi diante da rebelião promovida por seu filho Absalão. Resignadamente, tendo sabido da revolta e do apoio popular, Davi resolve deixar Jerusalém, evitando uma batalha pelo domínio da capital, inclusive demonstrando que se punha nas mãos do Senhor, como revela no momento em que manda que a arca seja levada de volta para Jerusalém por parte dos sacerdotes Zadoque e Abiatar (II Sm.15:14,25,26).

- Deve ser esta a nossa reação diante dos ataques que forem promovidos por nossos familiares incrédulos em virtude nossa fé em Cristo Jesus. Devemos manter uma atitude de resignação, não respondendo o mal com o mal, mas, antes, o mal com o bem (Rm.12:21). Devemos, diante destas perseguições, nos alegrar e exultar porque é grande o nosso galardão nos céus (Mt.5:11,12).

- Não devemos fazer eloquentes discursos e sermões que criem mais contenda ou discussão, mas tão somente nos voltarmos para o Senhor, pedirmos direção e orientação, deixando que, se necessário for, as palavras que saiam de nossas bocas não sejam nossas mas do Espírito Santo, até porque o Senhor assim nos prometeu, como se vê em Lc.21:12-19.

- Nesta promessa do Senhor, ademais, está outra conduta que devemos tomar ante as perseguições e aflições decorrentes da ação de nossos familiares incrédulos contra nós por causa do nome de Jesus. É a atitude da paciência. “Na vossa paciência, possuí as vossas almas” (Lc.21:19). Diante do ódio de nossos familiares incrédulos por causa de nossa fé em Jesus, reajamos com a paciência.

- A Bíblia de Jerusalém assim traduz Lc.21:19: “É pela perseverança que mantereis as vossas vidas!” Notamos, portanto, que, ante as aflições decorrentes da divisão espiritual no lar, devemos perseverar na fé, pois aquele que perseverar até o fim será salvo (Mt.24:13). Ante o embate espiritual em nosso próprio “ninho”, temos de continuar firmes com Jesus. Como diz o poeta sacro traduzido/adaptado pelo pastor Paulo Leivas Macalão: “Eu quero estar com Cristo, onde a luta se travar” (primeiro verso da estrofe do hino 212 da Harpa Cristã). O segredo é se manter ao lado do Senhor Jesus.

- A paciência, que é fruto precisamente da tribulação (Rm.5:3), levar-nos-á a ter experiência e esta experiência, por sua vez, produzirá a esperança (Rm.5:4,5), que é fundamental para que mantenhamos uma vida espiritual sadia e, no tocante a nossos familiares incrédulos, nos manterá na luta espiritual pela intercessão pela sua conversão, como também nosso porte será um poderoso meio de evangelização.

- Mas, além da paciência, devemos nos portar, ante a divisão espiritual no lar, com o perdão. José, já governador do Egito, não agiu com vingança para com seus irmãos, mas entendeu que tudo aquilo fora plano de Deus para a salvaguarda da nação israelita e, assim, o prosseguimento do propósito iniciado com Abraão (Gn.50:14-21).

- Apesar de todo o mal que possam nossos familiares incrédulos nos realizar, temos de perdoá-los, pois, assim fazendo, estaremos dando testemunho de Cristo Jesus e contribuindo para a sua conversão. As feridas causadas por familiares são as mais difíceis de lidar, porquanto são nosso sangue, são pessoas muito próximas a nós, mas é aí que temos de agir como Jesus.

- José não retribuiu o mal com o mal, mas venceu o mal com o bem. Assim devemos nós também agir. De igual maneira, procedeu Davi, que não queria, de modo algum, que Absalão fosse morto e, ao saber de sua morte, demonstrou toda a sua contrariedade com o gesto de Joabe (II Sm.18:5, 32, 33).

- O perdão é uma atitude que demonstra toda a nossa liberdade em Cristo Jesus. Através do perdão, desfazemos todos os nós criados pelo inimigo de nossas almas e, destarte, mostramos que realmente temos o amor de Deus, que Cristo eficazmente liberta do pecado e do mal. Será que as mágoas e rancores que temos acumulado ao longo dos anos em nossos relacionamentos familiares não têm sido os principais impedimentos e obstáculos para que nossos familiares se convertam a Cristo?

- Como podemos testificar que Cristo perdoa os pecadores se nós não perdoamos aos nossos entes queridos? Como podemos testificar que Deus é amor, se dizemos que Deus está em nós, mas somos incapazes de perdoar? Pensemos nisto!

- Por fim, outra atitude que não pode faltar num lar espiritualmente dividido é a nossa determinação para que haja a salvação de nossos entes queridos. Não podemos desistir da intercessão pela conversão deles nem tampouco pela sua evangelização.

- O Senhor Jesus é, uma vez mais, o exemplo a ser seguido. Seus irmãos não criam n’Ele, Seus familiares eram os Seus primeiros inimigos, mas, antes de subir aos céus, o Senhor todos ganhou para Si. Um dos objetivos para Sua permanência na Terra por quarenta dias após a Sua ressurreição foi a salvação de Sua família.

- Sua mãe, que havia vacilado no episódio da tentativa de prisão de Jesus, já se encontrava aos pés da cruz nos derradeiros momentos de Cristo e o Senhor, mostrando todo o valor que se deve dar à família, abriu um hiato no Seu trabalho de salvação da humanidade para não deixar Sua mãe desamparada, pondo-a aos cuidados de João (Jo.19:27).

- Ao deixar de realizar a obra para a qual tinha vindo a este mundo para amparar a Sua mãe, Cristo mostra a importância que a família tem para Deus e, por isso mesmo, não se pode querer resolver a questão da divisão espiritual no lar com a destruição da família. Quantos desmantelados, na atualidade, não têm defendido o divórcio ou a saída dos filhos de casa como solução da aflição da divisão espiritual no lar?

- Como o apóstolo Paulo deixou registrado no texto sagrado, não pode partir, em absoluto, do familiar cristão a iniciativa para a destruição do convívio familiar: “Se algum irmão tem mulher descrente e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E, se alguma mulher tem marido descrente e ele consente em habitar com ela, não o deixe” (I Co.7:13,14).

- Deus criou a família e aborrece tudo quanto signifique a destruição da família, daí porque aborrece o divórcio (Ml.2:16). Como costuma dizer o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, o divórcio nunca é uma solução, quando muito, será um remédio.

- Não se resolve o problema da divisão espiritual no lar com o abandono do lar. Jesus, apesar de toda a perseguição sofrida em Seu lar, não O abandonou e, mesmo parou de dar continuidade à Sua obra salvadora, para resolver o problema do amparo de Sua mãe.

- Mas não ficou nisso apenas! As Escrituras registram, ainda que de modo bem sucinto, que, já ressurreto, o Senhor apareceu a Seu irmão Tiago (I Co.15:7) e esta aparição foi o início do processo de conversão de todos os Seus irmãos, tanto que todos eles estavam com Sua mãe no cenáculo e, em virtude disto, foram batizados com o Espírito Santo (At.1:14).

- Jesus não desistiu de Sua família e não subiu aos céus enquanto todos eles não se converteram. Que exemplo a ser seguido por nós! Nunca devemos desistir da conversão de nossos entes queridos, pois é esta perseverança que provará o nosso amor para com estes entes queridos.

- A persistência de Nosso Senhor fez com que dois de Seus irmãos tivessem importante papel na Igreja. Tiago e Judas acabaram por escrever epístolas que hoje compõem a Bíblia Sagrada, tendo Tiago, ademais, sido pastor da Igreja em Jerusalém (At.15:13).

- Jesus não mudou, amados irmãos. Ele é o mesmo (Hb.13:8) e, se estivermos ao Seu lado, tenha certeza de que Ele não desistirá da salvação de nossos entes queridos. Basta crermos e esperarmos, cooperando com o Senhor através de nosso testemunho, paciência e perdão.

- Com relação aos lares genuinamente cristãos, pouca coisa a mais teríamos a acrescentar, pois todas as atitudes que aqui descrevemos com respeito aos casos de divisão espiritual no lar, devem, também, ser adotadas nos lares autenticamente cristãos, como é o caso do exercício do perdão, do bom testemunho, da sabedoria no falar.

- Num lar cristão, porém, diante da circunstância de que todos servem a Deus, é fundamental que, diante das crises e impasses, todos se voltem ao Senhor, todos se humilhem diante de Deus, buscando-O em oração, tanto individual quanto familiar, a fim de terem a solução para os problemas, para a superação das dificuldades.

- O lar genuinamente cristão deve lembrar que a existência de conflitos e de diferenças deve ser imediatamente superada, pois não há como se desfrutar da graça de Deus se não houver comunhão entre os familiares que, antes de mais nada, são irmãos, pois todos servem ao Senhor.

- Devem os familiares cristãos lembrarem que não obterão jamais a salvação se cultivarem mágoas e ressentimentos, pois somente serão perdoados por Deus se perdoarmos aos homens (Mt.6:15). Por isso, devemos ser humildes para não permitir que os relacionamentos se esgarcem em virtude de prolongados períodos de falta de comunicação entre os integrantes da família, as popularmente chamadas “geladeiras”, em que um familiar ignora a existência do outro, não dialogando entre si. Tais condutas só pioram a situação, como nos mostra o exemplo de Davi e de Absalão.

- Num lar genuinamente cristão, o Senhor reina, governa os corações e dá sabedoria a quem pede, de sorte que não haverá maiores dificuldades para que, sob a orientação divina, superemos as diferenças e os obstáculos, renunciemos ao nosso ego e deixemos que o amor seja posto em prática em nossos relacionamentos.

Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Lição 5: Conflitos na família II

TEXTO ÁUREO

"Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no DEUS da minha salvação; o meu DEUS me ouvirá" (Mq 7.7).

7.7 EU, PORÉM, ESPERAREI NO SENHOR. Em meio a uma sociedade moralmente enferma, Miquéias coloca a sua fé em DEUS e em suas promessas. Ele sabia que DEUS o sustentaria, e que haveria de executar o castigo contra toda a iniqüidade, fazendo a justiça triunfar (v. 9). (1) DEUS conclama os crentes em CRISTO a viverem "no meio duma geração corrompida e perversa", onde devem "resplandecer como astros no mundo" (Fp 2.15). (2) Ainda que o mal aumente e a sociedade se desintegre, ofereçamos a salvação gratuita de DEUS a todos quantos nos ouvirem. Oremos e antegozemos o dia em que Ele endireitará todas as coisas (cf. vv. 15-20).

VERDADE PRÁTICA

Se buscarmos a graça de DEUS e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos resolver todos os conflitos que surgirem em nossa família.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Pv 31.10 O valor da esposa virtuosa

Terça - Pv 31.11 A confiança do esposo

Quarta - Ef 6.4 Criando os filhos sabiamente

Quinta - Ef 6.1 Respeito aos pais

Sexta - Ef 6.2 Filhos honrando os pais

Sábado - Sl 119.11 A família observando a Palavra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 5.22-30

22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também CRISTO é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a CRISTO, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. 25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; 30 porque somos membros do seu corpo.

5.22 MULHERES, SUJEITAI-VOS. A esposa tem a tarefa, dada por DEUS, de ajudar o marido e de submeter-se a ele (vv. 22-24). Seu dever para com o marido inclui o amor (Tt 2.4), o respeito (v. 33; 1 Pe 3.1,2), a ajuda (Gn 2.18), a pureza (Tt 2.5; 1 Pe 3.2), a submissão (v. 22; 1 Pe 3.5), um espírito manso e quieto (1 Pe 3.4) e o ser uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (1 Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5). A submissão da mulher ao marido é vista por DEUS como parte integrante da sua obediência a JESUS, "como ao Senhor" (v. 22; ver também Gl 3.28; 1 Tm 2.13,15; Tt 2.4).

5.23 MARIDO... CABEÇA. DEUS estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, DEUS atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30; 6.4). A responsabilidade do marido, que DEUS lhe deu, de ser "cabeça da mulher" (v. 23) inclui: (1) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8); (2) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que CRISTO ama a Igreja (vv. 25-33); (3) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7); (4) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).

Exemplos de conflitos nas famílias da Bíblia:

Adão e Eva - a mulher que me deste.

Caim e Abel - assassinato.

Noé embriagado e filho.

Moisés, Zípora, Jetro, Miriam, Arão

Abraão e Sara e a empregada - expulsa empregada.

Isaque e Rebeca - preferência por filhos - e dois filhos Esaú e Jacó que se odiavam.

José e seus irmãos.

Davi (adúltero, polígamo e assassino) e sua família - Filha estrupada pelo irmão, Filho rebelde que rouba trono do pai e namora com suas concubinas, Filho que mata seu irmão (Absalão mata Amnom).

JESUS e sua família que foram prendê-lo

Paulo e Barnabé - Por causa do sobrinho de Barnabé.

A Autoridade do Marido e o AMOR por sua esposa.

Quando Deus criou o homem, o revestiu de autoridade sobre a criação. Pela ordem natural da criação primeiro Deus formou o homem, depois o completou com a mulher (I Tm 2:13). A intenção da formação da mulher foi para auxiliá-lo na sua tarefa de dominar a terra, isso significa que ela não é frágil, tem uma força tremenda, mas logo que pôde, mostrou a sua fraqueza. A mulher revelou bem cedo, a sua dificuldade em obedecer. Ela conhecia a ordem de Deus, mas preferiu dar ouvidos a serpente, porque se negou a obedecer. Não foi Adão o enganado da história, mas a mulher que se deixou enganar pela serpente e desobedeceu a lei de Deus (I Tm 2:14 e 15) – A única forma da mulher restabelecer a sua força está em permanecer na fé, amor e santificação, com bom senso, cumprindo a sua missão de mãe, ou seja, cuidando da família, sabendo se colocar no seu lugar, porém, para a mulher comum, essa tarefa é muito difícil, só consegue se submeter aquela que tem a Deus como primeiro em sua vida!

Assim como para a mulher é difícil se submeter a autoridade do homem, para ele, é difícil AMAR uma só mulher! O Homem foi criado para procriar, para exercer a função de provedor, para proteger a criação. Está na sua natureza o instinto de se multiplicar. Daí a razão de ser difícil ao homem natural, a monogamia. Igualmente, só consegue se dominar e ser feliz com uma só esposa, o homem que tem sua vida nas mãos de Deus.

Inconscientemente, agindo por seu instinto natural, autoritário e dominador, e, conhecendo a fraqueza da mulher, o homem tende a agir sempre na defensiva (é o seu instinto protetor se revelando), principalmente no relacionamento. É cada vez mais comum os homens optarem por viverem sozinhos, e os que casam, gritam primeiro para perguntar depois, não é verdade?! No íntimo, o homem sabe que a mulher vai tentar desobedecer, vai questionar sua posição, então, usa a velha estratégia: “A melhor defesa é o ataque”. Ataca antes de ser atacado, para assim, mostrar sua força e autoridade, e dizer, subliminarmente a mulher, qual é o seu lugar.

Mas, quando o casal é de Deus, esta arma pode ser deixada de lado, porque ambos temem a Deus, a mulher saberá ocupar o seu lugar de auxiliadora e respeitará ao seu marido e por conseqüência disso, Deus pede ao marido que lhe retribua com o que ela precisa: Amor. Toda mulher quer ser amada, cuidada, protegida.

“Marido, ame a sua esposa e não seja grosseiro com ela.” (Colossenses 3:19)

É sempre bom relembrar… Amar é fazer pelo outro aquilo que eu desejo para mim! Quando o marido ama sua esposa, ele cuida dela, deseja ver o bem dela, alimenta, protege, ampara, porque é assim que ele faz a si mesmo. (Ef 5:28-30). Ele luta por ela, como Cristo luta pela sua igreja. A grosseria e os maus tratos não fazem parte do caráter de Deus e também não devem fazer na vida daqueles que dizem ser de Deus.

“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.”(I Pedro 3:7)

Quando o homem também se nega a seguir as orientações divinas e não trata a sua esposa com a consideração que ela precisa, tem suas orações interrompidas. Quer dizer, até tenta falar com Deus, mas há um bloqueio, esse bloqueio se chama desobediência. Ele sabe que está agindo errado perante Deus e não consegue orar como convém, dá “gritos vazios”, logo, não tem resposta. Talvez por isso que temos visto tantos maridos insatisfeitos no seio da igreja, porque não conseguem viver a vida comum do lar, querem continuar a viver como solteiros, querem ser independentes, esqueceram que se casaram e agora tem uma alma constantemente sob sua responsabilidade.

O homem não se casa apenas para procriar, para ter relações sexuais lícitas, o projeto de Deus para o casamento é que os dois se tornarem uma só carne. Por isso, é preciso saber viver a vida comum do lar que envolve diálogo, companheirismo, respeito, compreensão, compromisso, intimidade, união, harmonia e paz. Encontrando este equilíbrio, eles passam a se conhecerem apenas pelo olhar, um sabe exatamente do que o outro precisa, estão juntos no mesmo “barco”, não seguem a objetivos diferentes. São lindos juntos, há um brilho diferente no olhar, principalmente quando se cruzam, há um sorriso de ternura entre os dois, angariam a admiração dos filhos e todos a sua volta, testemunham com seu casamento, o Deus que pregam!

“E, acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas.” (Colossenses 3:14)

http://joiasdavida.com/2010/11/casamento-feliz9/

Temperamentos? - Colérico, Melancólico, Fleumático, Sangüíneo.

Quatro elementos? Fogo, Terra, Água, Ar.

O QUE SÃO TEMPERAMENTOS?**

DE ONDE VÊM A TEORIA DOS QUATRO TEMPERAMENTOS?

"..; e depois do fogo uma voz mansa e delicada." I Reis 19:12

Enquanto alguns se apegam aos quatro temperamentos, que derivam dos elementos da natureza, para justificar as suas ações e atitudes, a Bíblia mostra o contrário, nos mostra, que o crente deve esperar unicamente no Senhor, pois de tempos em tempos surgem alguns "modismos", que visam a confundir e iludir os crentes, desviando a sua atenção para coisas e fatos que aparentemente não têm nada a ver com a sua condição de salvos, lavados e remidos no Sangue precioso de Jesus Cristo.

Um destes "modismos" trata dos temperamentos, nominando-os em quatro tipos, sem nenhum respaldo ou base bíblica para tal, e por isso cria teorias, filosofias, conceitos, teses e outras elucubrações que não levam absolutamente a lugar algum.

Essas teorias vêem da astrologia, do esoterismo e da psicologia que dão uma importância secundária para a questão. O melhor é confiar no poder do Senhor, trazendo-lhe "os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" - Romanos 12:1 e 2.

OS "EVANGÉLICOS" E OS QUATRO TEMPERAMENTOS

"Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." Efésios 4:14

O Senhor Jesus em Mateus 11:30 diz: "...o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Por que então muitos buscam inventar fórmulas "mágicas e milagrosas" para confundir e iludir aos crentes?

Devemos deixar que doutrinas inconsistentes afetem a nossa vida espiritual?

Devemos aceitar que algo que tem importância secundária para a ciência seja prioridade nas nossas vidas?

Como aceitar a teoria de Empédocles, se ela é usada para a leitura de horóscopos e do zodíaco? Podemos comparar esta doutrina com II Pedro 3:12?

Como podemos aceitar a teoria de Hipócrates diante de Gênesis 3:19, Jó 10:9, 34:15, Eclesiastes 3:20, 12:7 e Daniel 12:2?

Como aceitar que a teoria dos temperamentos está certa para a vida do crente se ela diz que o temperamento é hereditário? E se concordamos com esta afirmação, como fica II Coríntios 5:17?

A Bíblia nos dá liberdade para analisarmos situações e julgar aquilo que nos serve ou não, I Coríntios 6:12 e 10:23, porém não devemos estar apegados a filosofias, conceitos e teorias que são visivelmente contrários à Palavra de Deus.

Comparando II Coríntios 5:17 - vê-se que o temperamento não é desculpa para o pecado. Imagine o seu pastor anunciando a você que o seu problema está baseado no fato de ser sangüíneo, ou colérico, ou...

A melhor solução para superar todas as dificuldades de se compreender e se relacionar bem com todos os circundantes é o amor. "No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo, porque o medo produz tormento. Aquele que teme não é aperfeiçoado em amor." - I João 4:18 (Jehozadak A. Pereira É jornalista e escritor).

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2 Coríntios 5:17).

PAIS E FILHOS

Cl 3.21 “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.”

É obrigação solene dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a instrução e a disciplina condizente com a formação cristã. Os pais devem ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se importar mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na igreja ou posição social (cf. Sl 127.3).

(1) Segundo a palavra de Paulo em Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de DEUS em muitos trechos do AT (ver Gn 18.19 .; Dt 6.7 .; Sl 78.5 .; Pv 4.1-4 .; 6.20 .), é responsabilidade dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma vida do agrado do Senhor. É a família, e não a igreja ou a Escola Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico e espiritual dos filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os pais no ensino dos filhos.

(2) A essência da educação cristã dos filhos consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de levar o coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17 .).

(3) Na criação dos filhos, os pais não devem ter favoritismo; devem ajudar, como também corrigir e castigar somente faltas intencionais, e dedicar sua vida aos filhos, com amor compassivo, bondade, humildade, mansidão e paciência (3.12-14, 21).

(4) Seguem-se quinze passos que os pais devem dar para levar os filhos a uma vida devotada a CRISTO:

(a) Dediquem seus filhos a DEUS no começo da vida deles (1Sm 1.28; Lc 2.22).

(b) Ensinem seus filhos a temer o Senhor e desviar-se do mal, a amar a justiça e a odiar a iniqüidade. Incutam neles a consciência da atitude de DEUS para com o pecado e do seu julgamento contra ele (ver Hb 1.9 .).

(c) Ensinem seus filhos a obedecer aos pais, mediante a disciplina bíblica com amor (Dt 8.5; Pv 3.11,12; 13.24; 23.13,14; 29.15, 17; Hb 12.7).

(d) Protejam seus filhos da influência pecaminosa, sabendo que Satanás procurará destruí-los espiritualmente mediante a atração ao mundo ou através de companheiros imorais (Pv 13.20; 28.7; 2.15-17).

(e) Façam saber a seus filhos que DEUS está sempre observando e avaliando aquilo que fazem, pensam e dizem (Sl 139.1-12).

(f) Levem seus filhos bem cedo na vida à fé pessoal em CRISTO, ao arrependimento e ao batismo em água (Mt 19.14).

(g) Habituem seus filhos numa igreja espiritual, onde se fala a Palavra de DEUS, se mantém os padrões de retidão e o ESPÍRITO SANTO se manifesta. Ensinem seus filhos a observar o princípio: “Companheiro sou de todos os que te temem” (Sl 119.63; ver At 12.5 .).

(h) Motivem seus filhos a permanecerem separados do mundo, a testemunhar e trabalhar para DEUS (2Co 6.14—7.1; Tg 4.4). Ensinem-lhes que são forasteiros e peregrinos neste mundo (Hb 11.13-16), que seu verdadeiro lar e cidadania estão no céu com CRISTO (Fp 3.20; Cl 3.1-3).

(i) Instruam-nos sobre a importância do batismo no ESPÍRITO SANTO (At 1.4,5, 8; 2.4, 39).

(j) Ensinem a seus filhos que DEUS os ama e tem um propósito específico para suas vidas (Lc 1.13-17; Rm 8.29,30; 1Pe 1.3-9).

(l) Instruam seus filhos diariamente nas Sagradas Escrituras, na conversação e no culto doméstico (Dt 4.9; 6.5, 7; 1Tm 4.6; 2Tm 3.15).

(m) Mediante o exemplo e conselhos, encorajem seus filhos a uma vida de oração (At 6.4; Rm 12.12; Ef 6.18; Tg 5.16).

(n) Previnam seus filhos sobre suportar perseguições por amor à justiça (Mt 5.10-12). Eles devem saber que “todos os que piamente querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições” (2Tm 3.12).

(o) Levem seus filhos diante de DEUS em intercessão constante e fervorosa (Ef 6.18; Tg 5.16-18; ver Jo 17.1, . sobre a oração de JESUS por seus discípulos, como modelo da oração dos pais por seus filhos).

(p) Tenham tanto amor e desvelo pelos filhos, que estejam dispostos a consumir suas vidas como sacrifício ao Senhor, para que se aprofundem na fé e se cumpra nas suas vidas a vontade do Senhor (ver Fp 2.17 .).

O valor da esposa virtuosa

MULHER VIRTUOSA. Estes versículos descrevem a esposa e mãe ideal. Toda sua vida converge para um reverente temor de DEUS (v. 30), compaixão pelos necessitados (vv. 19,20) e dedicação e amor à sua família (v. 27). Certamente nem toda esposa e mãe tem todas as qualidades declaradas aqui. Mas toda esposa deve procurar servir a DEUS, à sua família e ao próximo conforme os talentos e os recursos materiais que DEUS lhe deu (ver Ef 5.22 .; 1 Tm 2.15).

Respeito aos pais

FILHOS, SEDE OBEDIENTES. Os filhos de crentes devem permanecer sob a orientação dos pais, até se tornarem membros doutra unidade familiar através do casamento. (1) As crianças pequenas devem ser ensinadas a obedecer e a honrar os pais, mediante a criação na disciplina e doutrina do Senhor (ver 6.4 .; Pv 13.24; 22.6 .; ver a . seguinte). (2) Os filhos mais velhos, mesmo depois de casados, devem receber com respeito, o conselho dos pais (v. 2) e honrá-los na velhice, mediante cuidados e ajuda financeira, conforme a necessidade (Mt 15.1-6). (3) Os filhos que honram seus pais serão abençoados por DEUS, aqui na terra e na eternidade (v. 3).

O olhar do crente.

De acordo com 1Jo 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são abertamente hostis a DEUS:

(a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).

(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por DEUS, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28). Pv 23.5 Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.

(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece DEUS como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).

O FRUTO DO ESPÍRITO.

Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do ESPÍRITO”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o ESPÍRITO dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com DEUS (ver Rm 8.5-14; 8.14; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9).

O fruto do ESPÍRITO inclui:

(1) “Caridade” (amor) (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de DEUS, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em CRISTO (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).

(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).

(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).

(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).

(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).

(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de JESUS, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).

(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio próprio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5), também no controle da vida financeira.

O ensino final de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

O DINHEIRO PODE SER BÊNÇÃO

Talvez a palavra dinheiro e o verbo comprar sejam os mais usados nos lares. Entretanto, a má atitude de algum membro da família com relação ao dinheiro pode prejudicar a todos. Mas, se houver bom ensinamento e boa administração financeira, certamente o dinheiro será bênção.

***É necessário união e compreensão entre os membros da família. Se todos tiverem afeição e confiança entre si, se houver altruísmo, tolerância e respeito como base para seu relacionamento, a família conseguirá superar seus problemas financeiros. É preciso que todos saibam fazer a diferença entre aquilo que é necessário e o que é supérfluo, I Tm. 6: 8, cooperando-se mutuamente.

***Deve-se ter uma atitude equilibrada com relação ao dinheiro. Ele não deve ser encarado como um fim em si mesmo. É apenas um meio pelo qual se alcançam alguns valores da vida. Por outro lado, não podemos minimizar sua importância. É justo que se trabalhe, se esforce e que se poupe certa quantidade para momentos imprevisíveis e para outras necessidades da vida. Economizar visando a um futuro melhor para os filhos é um dever dos pais, e os filhos aprenderão a gastar construtivamente e a dar a devida importância ao dinheiro.

***Determinação de viver dentro dos rendimentos. Precauções devem ser tomadas para que as despesas do lar não ultrapassem ao que se ganha. Se há descontrole nas finanças, se os pais excedem nos gastos, é claro que no final do mês haverá dificuldades financeiras.

1 CRÔNICAS 29.12,14= E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.

A tecnologia ocupou o lugar da sabedoria

A tecnologia é uma ferramenta muito boa. Quem não gosta do que a tecnologia tem dado para o homem? Porém, quando a tecnologia toma o lugar da sabedoria, ela se torna perigosa. Isso é o que está acontecendo principalmente no meio evangélico. Igrejas e pastores estão trocando a sabedoria pela tecnologia.  Faz o homem depender não de DEUS, mas dos efeitos tecnológicos. A oração e a leitura da Palavra de DEUS tem ficado em segundo plano.

Grande parte dos evangélicos confia muito mais nos efeitos que a tecnologia faz do que na oração e comunhão com DEUS. Um dos Faraós do Egito reclamou da invenção da escrita, dizendo que a mesma iria atrofiar a memória. Não podemos ser tecnofóbicos, por um lado, ou seja, ter medo da tecnologia, nem podemos ser tecnodólatra,  ou seja, colocar a tecnologia em primeiro lugar. 

1 TIMÓTEO 6.9,10= Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

ESTEJAMOS... CONTENTES. Os crentes devem estar satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Caso surjam necessidades financeiras específicas, devemos confiar na providência de DEUS (Sl 50.15), enquanto continuamos a trabalhar (2 Ts 3.7,8), a ajudar os necessitados (2 Co 8.2,3), e servir a DEUS com contribuições generosas (2 Co 8.3; 9.6,7). Não devemos querer ficar ricos (vv. 9-11).

A mídia trabalha em cima de mensagens subliminares:

A mídia trabalha em cima de mensagens subliminares que levam o consumidor desavisado a desejar e comprar até o que não desejaria ou não precisaria, apenas pelo prazer de comprar ou de possuir o que outro tem, ou ainda não conseguiu adquirir.

A vitrines estão abertas e chamativas ao consumo exagerado; Ao consumismo exagerado; Ao gasto excessivo; Ao endividamento.

O CRISTÃO E AS FINANÇAS

CUIDADO COM O CARTÃO DE CRÉDITO - PARA PAGAR DÍVIDAS É SÓ REDUZIR DESPESAS,

"... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui" (Lucas 12:15).

"Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda" (Ec 5:10).

"Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes" (Hebreus 13:5).

"Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bem para muitos anos; descansa, come, bebe, e regala-te" (Lucas 12:19). Mas Deus replicou: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?"

"Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inestinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome" (Lucas 12:33).

"Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Lucas 12:34).

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e  se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10).

No lar, no trabalho e o fisco.

Em todos os setores de nossa vida devemos estar sob o total controle do ESPÍRITO SANTO, isto significa estar em comunhão com o ESPÍRITO SANTO (2 Co 13.13).

2.1=Motivos errados: avareza, cobiça e inveja (Provérbios 23:1-5; Tiago 4:2-4). Em vez de trabalhar e exercer domínio próprio para poupar dinheiro e comprar à vista, pessoas se enganam e pagam prestações para obter as coisas imediatamente.

2.2=Procedimento errado: desonestidade. A pessoa que promete pagar é obrigada cumprir a promessa. Aquele que promete e não paga está pecando. Quem promete quando sabe que não tem condições para pagar é um mentiroso indigno da vocação a que fomos chamados (Efésios 4:1,25; Mateus 5:37).

2.3=Vida desordenada: falta de administração. Ao invés de cuidar das suas obrigações como Deus mandou, o devedor acaba sendo dominado por outros (Provérbios 22:7). Falta domínio próprio, uma das qualidades essenciais da vida cristã (Gálatas 5:23; 2 Pedro 1:6).

a) Evitar dívidas fora do seu alcance.

As vitrines das lojas são de vidro transparentes para que ao passar as pessoas tenham vontade de comprar, as prateleiras dos melhores produtos nos supermercados são no fundo para que ao voltar as pessoas venham a pegar os outros produtos que nem precisam, mas compram por que vêem.

É a concupiscência dos olhos.

Tg 1.14 Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência;

1 Jo 2.16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.

b) Evitar extremos.

1 Tm 6.9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.

c) Comprar à vista, se possível.

Fazendo um bom planejamento de seu salário, sendo fiel a DEUS em seus dízimos e ofertas, provavelmente você não precisará comprar a prazo, evitando assim os altíssimos juros que estão embutidos nos preços.

d) Não ficar por fiador.

Ficar por fiador de alguém é dever a conta deste alguém até que o mesmo a pague e isto vai trazer preocupação à sua família, a você e ao credor, pois hoje ninguém mais tem garantia de que estará empregado amanhã.

e) Pagar os impostos.

Os impostos são taxas de serviço cobradas pelos governos municipal, estadual e federal; devendo o crente não ser achado como ladrão do governo.

f) Pagar o salário do trabalhador.

Tg 5.4 Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos.

Você sempre sabe o que seu filho está estudando no colégio ou instituição de ensino que ele freqüenta?

Por exemplo podemos pensar nas cartilhas que o governo anda distribuindo nos colégios - muitos desses folhetos ensinam masturbação, iniciação a drogas e iniciação a prostituição. Você já pegou uma dessas cartilhas com seus filhos? Existem até folhetos que são para serem escondidos dos pais (como o que ensina como usar drogas). Mostramos acima apenas as figuras mais simples, existem outras implubicáveis.

http://ipco.org.br/home/noticias/cartilha-para-estimular-a-pratica-homossexual-nas-escolas

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/monteiro-lobato-nao-pode-ja-a-pornografia/

INTERAÇÃO

Foi no Éden que a família vivenciou seu primeiro e maior conflito. A conseqüência desta desordem é sentida até hoje em todos os lares. Porém, DEUS não foi pego de surpresa com o pecado do homem e já no Éden providenciou a solução para as famílias e para a iniqüidade: JESUS CRISTO. O Filho de DEUS veio ao mundo como um bebê e experimentou a vida familiar. Atualmente, em JESUS, as famílias podem resolver seus conflitos. Com o amor verdadeiro no coração, que é resultado da graça divina, poderemos não somente vencer, mas evitar as confusões. Para isto precisamos convidar JESUS a fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o Filho de DEUS tenha a primazia em nossos lares.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.

Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.

Compreender a importância da fidelidade conjugal no casamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza, conforme as suas possibilidades, o quadro abaixo. Inicie a aula com a seguinte indagação: "Quais são os principais conflitos vivenciados pelas famílias na atualidade?" Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando, vá preenchendo a primeira coluna do quadro. Depois faça a segunda pergunta: "Como podemos vencer esses conflitos?" Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do quadro. Conclua a atividade orando com os alunos e pedindo que DEUS dê sabedoria para que os conflitos que tentam assolar as famílias sejam sanados com discernimento e prudência.

A FAMÍLIA E SEUS CONFLITOS

PRINCIPAIS CONFLITOS

DA FAMÍLIA ATUAL

COMO PODEMOS VENCÊ-LOS

PALAVRA-CHAVE - CONFLITO - Embate, Discussão acompanhada de injúrias e ameaças; desavença.

RESUMO DA LIÇÃO 5 - CONFLITOS NA FAMÍLIA

I. DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES

1. Temperamentos diferentes.

2. Fatores que trazem conflitos.

a) Falta de confiança.

b) Tratamento grosseiro.

c) Dívidas.

d) Infidelidade.

II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS

1. A mulher no mercado de trabalho.

2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos.

III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS

1. Educação prejudicada.

2. Quem são os professores?

3. Falta de estrutura espiritual e moral.

SINOPSE DO TÓPICO (1) Falta de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.

SINOPSE DO TÓPICO (2) Os pais podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus filhos. A educação dos filhos deve ser prioridade.

SINOPSE DO TÓPICO (3) A ausência de DEUS é o inimigo número um do lar. JESUS, o maior educador de todos os tempos, precisa estar presente em nossos lares

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Devocional

"Zelo Bíblico como Relacionamento

Nós acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito primário do casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que DEUS criou no jardim do Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades de Adão. Nenhum dos animais, esplêndidos como devem ter sido antes da queda, podiam oferecer uma companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou a primeira família. Em Gênesis 2.18, DEUS disse: 'Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele.' Aqui está de novo - paternidade segue a parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel estratégico do relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto central no alvo familiar. tudo mais é secundário. tudo o mais é inferior, porque quando o companheirismo não funciona, a família não pode funcionar.

Nós, pais, permanecemos no pináculo estabelecido por DEUS, em nossa unidade familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos, temerosos e esperançosos no que se refere a nossa tarefa de liderança e ao nosso zelo divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no casamento" (GANGEl, Kenneth O. & GANGEl, Jefrey S. Aprenda a ser Pai com o Pai: Tornando-se o pai que DEUS quer que você seja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.72-3).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico

"Esta passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica quase irreconhecível em algumas interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo malabarismos com essa passagem em favor daquele versículo que diz que as esposas têm que se submeter aos seus maridos - que os homens são o cabeça da casa. Mas pegar esse versículo isolado da passagem anterior destrói o significado da Escritura. Nós podemos ser tentados a controlar os outros, para transformá-los em alguma espécie de imagem que nós formamos. Mas este tipo de intolerância não é o que Paulo está falando. A idéia de Paulo era que maridos e esposas devem submeter-se mutuamente. Eles devem ser sensíveis às necessidades um do outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles precisam ver seus cônjuges como distintos, como independentes deles, com necessidades peculiares, e não devem controlar ou dominar o esposo, ou a esposa, ou dizer a eles como devem viver. também não devem viver inteiramente separados do seu parceiro. Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre marido e mulher: 'Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido' (Ef 5.33)" (HAWKINS, David. 9 Erros Críticos que Todo Casal Comete: Identifique as Armadilhas e Descubra a Ajuda de DEUS. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.93).

Colaboração para o Portal Escola Dominical - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

Lição 5 - Conflitos na família III

Efésios 5.22-30

I. DESENTENDIMENTO ENTRE CÔNJUGES

1. Casais com Temperamentos diferentes

1.1. Temperamento: é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27)

1.2. Como vencer as diferenças de temperamentos

            . Com amor (1Pe 4.8)

2. Fatores que trazem conflitos entre os casais

2.1. Falta de confiança

            . Deve haver plena confiança do amor verdadeiros (1Co 13.6)

            . Quando há amor não há desconfiança (1Co 13.5b)

            . O ciúme exagerado não é prova de amor. Tome cuidado

2.2. Tratamento grosseiro

            . Temos que revelar o nosso ‘bom trato’ às pessoas (Tg 3.13)

. Temos tudo para suportar as falhas alheias (Gl 5.22)

            . Cuidado como você usa suas palavras (Pv 15.1)

2.3. Dívidas

            . As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares

            . Situações nas dívidas

                        . A pessoa não pensa em mais nada, a não ser nas dívidas

                        . Algumas pessoas adoecem

            . Para fugir das dívidas

                        . ‘Não deva nada a ninguém’ (Rm 13.8)

                        . Tenha um bom planejamento

                        . Tenha bom senso (Pv 11.15; 22.7,26)

                        . Tenha autocontrole

2.4. Infidelidade

            . O resultado da infidelidade

                        . O casamento sofre um duro golpe

                        . Os filhos ficam sem direção

                        . A família transtorna-se

II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS

1. Mulher no mercado de trabalho

1.1. A mulher deixou de se dedicar suas atividades domésticas e passou também a exercer funções em empresas

2. Aausência dos pais prejudica a criação dos filhos

2.1. As crianças ficam desorientadas

2.2. Vivem com pessoas que não tem a menor capacitação para educá-las

2.3. Algumas são educadas pela ‘televisão’ ou ‘Computador’

2.4. As figuras dos pais estão cada vez mais escassas

2.5. Os pais vão sentir este problema quando os filhos entram na adolescência

III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS

1. Educação prejudicada (versus)  o lar como ambiente de ensino

1.1. Muitos não acompanham a filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino

1.2. A melhor escola ainda é o lar

            . A Palavra de Deus deve ser ensinada (Ef 6.4; Pv 22.6)

1.3. Os pais são responsáveis pela criação moral e espiritual da criança

2. Quem são os professores que educam nossos filhos

2.1. ‘Os mestres’ das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de telecomunicação

            . Consomem todo tipo de má educação

2.2. Que a igreja local invista nos professores da escola dominical

            . Eles foram chamados para ensinar a Palavra (Rm 12.7)

3. Aausência de Deus no Lar gera falta de estrutura espiritual na família

3.1. A ausência de Deus é o inimigo número um do lar

3.2. Os pais devem optar por servirem a Deus (Js 24.15)

3.3. Deus deve ter a primazia para edificar a tua casa (Sl 127.1)

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

Lição 5Conflitos na família – Parte IV

5 de maio de 2013

TEXTO ÁUREO

“Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Mq 7.7).

VERDADE PRÁTICA

Se buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos resolver todos os conflitos que surgirem em nossa família.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.22-30

22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;

23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.

24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.

25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,

26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;

30 - Porque somos membros do seu corpo.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

· Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.

· Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.

· Compreender a importância da fidelidade conjugal no casamento.

PALAVRA-CHAVE

Conflito: (latim conflictus, -us) 1. Altercação, desordem; 2. Pendência; 3. Choque; 4. Embate; 5. Luta; oposição; disputa. [http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=conflito]

COMENTÁRIO

introdução

Infelizmente, na semana anterior, impossibilitado pelo trabalho secular, não disponibilizei o subsídio da lição 4 – A família sob ataque. Hoje, tenho a satisfação em expor meu plano de aula preparado para a minha classe da EBD, na Igreja de Cristo no Brasil, em Campina Grande-PB, e também para os seguidores do Blog Auxílio ao Mestre!

Vivemos em um momento de grande desafio para as famílias. Os dias são maus, o mundo inteiro jaz no maligno e o diabo não tem poupado aquilo que chamamos de a célula da sociedade. Definitivamente o projeto de um lar sem Deus está fadado ao fracasso. Quantos lares destroçados! Quantos pais divorciados! Surge no cenário uma nova estrutura social: a família-mosaico. Uma criança explica: “Minha tia, por parte do meu padrasto, é a mãe do meu meio-irmão, que não é exatamente irmão, mas irmã.” Ao abrirmos o Salmo 127, vemos um princípio básico para uma família sobreviver ao caos moderno: Reconhecer a sua incapacidade de gerir um lar sem Deus! Eis o grande alerta: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES

1. Temperamentos diferentes. A palavra temperamento deriva do latim "temperamentum" e significa "uma mistura em proporções". É a mesma derivação de tempero e temperança. Temperamento designa em psicologia um aspecto especial da personalidade: as particularidades do indivíduo ligadas à forma do comportamento, principalmente ligadas aos três "As" da personalidade: afetividade, atividade (excitação) e atenção. A conceituação de temperamento é, no entanto difícil e se confunde muitas vezes com outros conceitos como traços de personalidades e motivos. Por muitos traços de temperamento estarem ligados a tendências disposicionais da pessoa de vivenciar determinadas emoções ou humores de maneira relativamente intensa ou frequente, definiram-no alguns autores (Wundt, Allport, Mehrabian) com base em tais disposições. No entanto tal definição mostra-se restrita, por não incluir traços como hiperatividade, atenção, perseverança, tradicionalmente vistos como parte do temperamento. Rothbart e Bates (1998) fazem todas as diferenças de temperamento derivarem dos três "As"  - afetividade, ativação (excitação) e atenção. Buss e Plomin (1984) especificaram ainda mais essa definição: para eles temperamento é o conjunto de traços de personalidade (a) observáveis desde os primeiros anos de vida, (b) influenciados em grande parte geneticamente e (c) estáveis a longo prazo. Também essa definição não é plenamente satisfatória, por não diferenciar os traços de temperamento de outros traços de personalidade. Apesar da dificuldade com respeito à definição do termo, reina unanimidade quanto ao fato de inteligência e capacidades e interesses culturais não fazerem parte dela. O termo também é usado em linguagem comum - ou seja, no âmbito da psicologia do senso comum - muitas vezes como sinônimo de personalidade, caráter ou índole. Esse uso na linguagem quotidiana dificulta ainda mais a definição do termo[http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperamento_(psicologia)]. Esaú, filho de Isaque, era um homem profano, um tempestuoso homem do campo que, com visão curta, gratificou seu apetite e desprezou a herança futura da família. Jacó, seu irmão, apesar de sua desonestidade, tinha uma visão ampla do valor da herança (Gn 25.27). Toda família tem desacordos. O casal que nunca tem conflitos não existe. Infelizmente, conflitos podem levar a brigas sérias. Uma briga séria é aquela que desune esposo e esposa, mas nunca resolve a causa do problema. Como resultado, casais acumulam amargura, rixas, raiva descontrolada, ódio e, frequentemente, divórcio.

2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns deles:

a) Falta de confiança. O termo “ciúme” significa receio ou despeito de certos afetos alheios não serem exclusivamente para nós. Para o psiquiatra e psicoterapeuta Eduardo Ferreira-Santos, que já escreveu dois livros sobre o assunto, amor e ciúme não podem andar juntos: “Ciúmes não é prova de amor”. Ele explica que a base do ciúme está na estrutura psicológica da pessoa. O ciumento sente necessidade do outro como se o outro fosse parte dele: “Ciúme é uma dor e é comum, embora não seja saudável. É um sinal de que há alguma coisa errada na estrutura da pessoa”. Para o médico, há quatro graus de ciúmes: 1 – Zeloso: “É um estágio em que o sentimento ainda pode ser considerado saudável, pois há o cuidado e a preocupação com o bem estar do outro. Ao falar da roupa ou do comportamento do outro, a pessoa visa o bem do parceiro”. 2 – Enciumado: “É quem não é habitualmente ciumento, mas, na vigência de uma situação em que se vê ameaçado, sente medo de perder e entra em competição com um terceiro. Por exemplo, em uma festa, quando a pessoa se sente em desvantagem com relação à outra. Mas é um fato isolado”. 3 – Ciumento: “É o mais clássico. Não precisa de motivo nenhum para estar sempre desconfiado, imaginando que o outro pode o estar traindo. É um traço da personalidade da pessoa, que vive com medo, vasculha bolsa, celular, reclama de roupa, ou seja, vive sofrendo e com medo de perder o parceiro”. 4 – Doente: “O comportamento, aqui, se dá através de uma doença neurológica, causada, por exemplo, por álcool ou um tumor. Nesse caso, a fantasia se torna um delírio e a pessoa tem certeza de um fato que não é realidade. É o verdadeiro ciúme patológico”[http://familiaibs.wordpress.com/2008/10/30/%E2%80%98ciumes-nao-e-prova-de-amor%E2%80%99-diz-psiquiatra/].

b) Tratamento grosseiro. longanimidade (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1), é o caráter da pessoa que suporta as adversidades e que prossegue em seu empenho, apesar dos obstáculos; Bondade que faz desprezar as ofensas (Gl 5.22).

c) Dívidas. “Temperança” (gr. egkrateia), isto é, o controle ou domínio próprio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5), também no controle da vida financeira. Talvez a palavra dinheiro e o verbo comprar sejam os mais usados nos lares. Entretanto, a má atitude de algum membro da família com relação ao dinheiro pode prejudicar a todos. Mas, se houver bom ensinamento e boa administração financeira, certamente o dinheiro será bênção. É necessário união e compreensão entre os membros da família. Se todos tiverem afeição e confiança entre si, se houver altruísmo, tolerância e respeito como base para seu relacionamento, a família conseguirá superar seus problemas financeiros. É preciso que todos saibam fazer a diferença entre aquilo que é necessário e o que é supérfluo, I Tm. 6: 8, cooperando-se mutuamente. Deve-se ter uma atitude equilibrada com relação ao dinheiro. Ele não deve ser encarado como um fim em si mesmo. É apenas um meio pelo qual se alcançam alguns valores da vida. Por outro lado, não podemos minimizar sua importância. É justo que se trabalhe, se esforce e que se poupe certa quantidade para momentos imprevisíveis e para outras necessidades da vida. Economizar visando a um futuro melhor para os filhos é um dever dos pais, e os filhos aprenderão a gastar construtivamente e a dar a devida importância ao dinheiro. Determinação de viver dentro dos rendimentos. Precauções devem ser tomadas para que as despesas do lar não ultrapassem ao que se ganha. Se há descontrole nas finanças, se os pais excedem nos gastos, é claro que no final do mês haverá dificuldades financeiras.

d) Infidelidade. “Fé” (gr. pistis), isto é, lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10). Nossa geração é bombardeada a todo momento com informação sensualizada. Vivemos em uma era de liberdade de expressão e de um estilo "livre" de vida. Hoje vemos nos filmes, nas novelas, nas músicas, nas danças, nas roupas da moda, etc., uma comercialização do sexo. Hoje em dia o sexo está tão banalizado que não há mais aquela expectativa dos noivos em se descobrirem aos poucos, em maravilharem-se um com o outro vivendo uma novidade maravilhosa de um toque, de uma fragrância, de surpresas que fortalecem o casamento e o amor. É grande a sobrecarga do "normal" (sexo antes do casamento é normal, homossexualismo é normal, filhos drogados é normal, você tem que aceitar...). O sétimo mandamento proíbe o adultério. A Bíblia diz em Êxodo 20.14  “Não adulterarás”. O pecado sexual é destrutivo mesmo que não se vejam as consequências imediatamente. A Bíblia diz em 1 Coríntios 6.18: “Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”. Como começa o pecado sexual? A Bíblia diz em Mateus 5.28: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”.” A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Falta de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.

II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS

1. A mulher no mercado de trabalho. Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) realizada pelo IBGE em 2007, a população brasileira chega a quase 190 milhões de brasileiros, com a estimativa de 51% de mulheres. Segundo dados do IBGE de 2000, a PEA (População Economicamente Ativa) brasileira, em 2001, tinha uma média de escolaridade de 6,1 anos, sendo que a escolaridade média das mulheres era de 7,3 anos e a dos homens de 6,3 anos [http://www.brasilescola.com/sociologia/a-mulher-mercado-trabalho.htm]. A maior parte das mulheres de hoje gere, simultaneamente, uma carreira e uma casa e consegue obter resultados tão bons ou melhores que qualquer homem que se move pelo meio empresarial. Aliás, as diferenças entre ambos têm-se vindo a esbater cada vez mais. As mulheres são alvo fácil desses problemas, pois além de trabalharem fora de casa, cumprem tarefas domésticas e acumulam mais responsabilidades. Isso faz com que elas se sintam mais pressionadas em relação aos seus papéis e culpadas quando não conseguem suprir as expectativas familiares e profissionais. Entre as doenças que podem aparecer, o estresse (que envolve dores de cabeça, insônia, gastrite, diarreia, queda de cabelo e alterações menstruais) é a mais comum. Outras, como a depressão, a ansiedade e os problemas cardíacos, são consideradas mais sérias. A psicóloga Marcelly Pimentel acredita que o lado emocional da mulher é o mais abalado nestes casos. "O excesso de trabalho causa a falta de paciência com as pessoas mais próximas, como familiares e parceiros, aumenta o estresse no trânsito (já que saem cansadas do trabalho), faz com que a mulher não tenha tempo para se cuidar e fazer as coisas que gosta". [http://maisequilibrio.terra.com.br/excesso-de-trabalho-e-prejudicial-a-saude-da-mulher-5-1-4-322.html].

2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Crianças se jogando no chão de Shopping Center porque os pais não compraram o brinquedo desejado. Outras gritam e choram por bolachas e pacotes de salgados, em supermercados. Adolescentes ignoram ordens dadas pelos pais, em relação ao horário de chegada em casa. Outros se drogam, bebem ou arranjam brigas nas ruas, para chamarem atenção. Rebeldia pode ser consequência da ausência dos pais dentro de casa. O mundo moderno exige que muitos pais e mães trabalhem mais de doze horas por dia. Em consequência disso, os pais acabam cedendo pedidos de seus filhos, por não terem uma vida presente com a criança. A carência resulta, em muitos casos, no fato do individuo se tornar rebelde, dentro ou fora do ciclo familiar. O sentimento mútuo de solidão, faz com que o individuo se sinta sozinho no ambiente em que vive (casa, escola e atividades extras). Para o psicólogo clínico, João de Barros, a criança não nasce rebelde. O ambiente em que ela irá crescer é que permite a possibilidade de um comportamento bom ou ruim, que será desenvolvido ao longo da vida. “A rebeldia ocorre por falha do ambiente. Sigmund Freud diz que quando houver mãe haverá psicanálise. Este trecho significa que pais ou substituto da figura paterna é que vão possibilitar se o comportamento dessa pessoa será inadequado ou não" [http://www.online.unisanta.br/2010/10-16/geralis-4.htm].

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os pais podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus filhos. A educação dos filhos deve ser prioridade

III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS

1. Educação prejudicada. Em uma era na qual homem e mulher trabalham fora e em que, quando estão em casa, continuam a ser torpedeados por demandas diversas via celular ou internet, sobra cada vez menos tempo para os filhos. Acuados, pai e mãe acabam jogando a responsabilidade pela educação sobre a escola, por sua vez sobrecarregada e desnorteada diante de crianças que chegam sem ter recebido noções de limites da família. Os pais têm se omitido bastante e estão terceirizando a educação dos filhos. Dizem que ela é função da escola, e a escola responde que é função dos pais. É um grande impasse. Brinco que vai acabar sendo a polícia, quando o filho chegar na adolescência – alerta Tania Marques, doutora em Educação e professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da UFRGS[http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2010/05/ausencia-dos-pais-e-a-maior-dificuldade-para-qualificar-a-formacao-das-criancas-2920653.html].

2. Quem são os professores? Procurar levar e buscar nossos filhos na escola, pelo menos algumas vezes por semana, conversar com os professores e comparecer às reuniões; Olhar sempre os cadernos das crianças e perguntar sobre as aulas. Se não dermos atenção à vida escolar dos nossos filhos, a mensagem que vamos passar é de que isso não é importante. Computador e internet se tornam prejudiciais quando roubam tempo de outras atividades necessárias ou desejáveis. Uma a duas horas de TV por dia estão dentro do razoável. A criança precisa de outros tipos de estímulo e de contato com a natureza. No caso da internet, não subestime os perigos. Mantenha o computador em um local onde possa vigiá-la e acompanhe de muito perto o que seu filho põe na rede e com quem se relaciona. As tecnologias têm importância na educação das crianças, mas é necessário cuidado com os excessos [http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2010/05/ausencia-dos-pais-e-a-maior-dificuldade-para-qualificar-a-formacao-das-criancas-2920653.html].

3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo número um do lar. Ele se revela quando o ambiente em casa é destituído de espiritualidade. Quando Deus está presente no lar, sente-se uma atmosfera diferente, agradável e santa. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Como é desastroso quando achamos que podemos conduzir alguma coisa em nossa vida sem Deus! Como somos ingênuos quando achamos que a tranca da porta irá proteger nossa família! Como é fácil perder de vista a magnitude da vida e o poder devastador do pecado e a sordidez de Satanás. É fácil deixarmos a prepotência reinar em nós e perdermos a referência do quanto dependemos de Deus. “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada...”. Você acha mesmo que a sua inteligência, sua solidez financeira, seu bom exemplo moral, ou mesmo os ensinos que você tem transmitido aos seus filhos são suficientes para garantir a paz em seu lar?

SINOPSE DO TÓPICO (III)

A ausência de Deus é o inimigo número um do lar. Jesus, o maior educador de todos os tempos, precisa estar presente em nossos lares.

CONCLUSÃO

Conflitos nas relações familiares não deixarão de existir, mesmo numa família cristã. Contudo, não há como negar que através da instituição familiar Deus realiza maravilhas na vida dos membros e capacita-os a vencer todas as dificuldades. O plano de Deus é que a família seja um lugar de refúgio e segurança, permanecendo firme sob pressões. Ela deve ser um lugar onde os seus membros possam atingir maturidade, compartilhando de coisas boas e diversão! Há muitos exemplos disto na Bíblia – no Salmo 128, por exemplo. O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

http://auxilioebd.blogspot.com.br/

Lição 5 - Conflitos na família V

INTRODUÇÃO

Deus instituiu a família visando o bem estar do homem. O propósito de Deus era que o homem vivesse em paz e harmonia com a esposa e os filhos. Mas, desde a Queda (Gn 3.1-7), as famílias passaram a experimentar conflitos,

dissabores e aflições, tais como: violência, divórcio, vícios, infidelidade conjugal, rebeldia dos filhos, dívidas, dentre outros. Nesta lição, veremos o significado do termo “conflito”, exemplos de conflitos familiares, suas causas, e, como podemos superá-los.

I – DEFINIÇÃO E EXEMPLOS DE CONFLITOS FAMILIARES

O termo grego para a palavra conflito é agõn que também pode ser traduzida por “combate” e encontra-se nos seguintes textos (Fp 1.30; I Ts 2.2; Cl 2.1). Aurélio define conflito como “combate”, “desavença” ou “discórdia”.

Encontramos na Bíblia, diversos exemplos de conflitos familiares, tais como:

 O assassinato de Abel, por seu irmão Caim (Gn 4.8,9);

 A crise conjugal entre Abraão e Sara, por causa de Hagar (Gn 16.5,6; 21.9-21);

 As desavenças entre Esaú e Jacó, por causa da bênção da primogenitura (Gn 27.1-46);

 Os conflitos entre Raquel e Jacó, porque ela não gerava filhos (Gn 30.1);

 Discórdias entre Jacó e seu sogro Labão, por causa dos rebanhos (Gn 31.1-55);

 O envolvimento de Diná, filha de Jacó, com Hamor e a consequente traição de Simeão e Levi (Gn 34.1-31);

 O incesto de Rubem, filho de Jacó, com Bila, concubina de seu pai (Gn 35.22);

 A inveja dos irmãos de José, a ponto de vendê-lo para os ismaelitas e mentirem para seu pai (Gn 37.1-36);

 A rebeldia dos filhos de Eli (I Sm 2.12-17, 22-24);

 O incesto entre Amnom e Tamar (II Sm 13.1-14), filhos de Davi;

 O plano de Absalão para matar seu irmão Amnom (II Sm 13.23-29);

 A traição de Absalão (II Sm 15.1-37) e Adonias (I Rs 1.5-9), filhos de Davi; dentre outros.

Estes e outros exemplos nos ensinam que: (1) os conflitos familiares existem desde os tempos mais remotos; (2) até mesmo os grandes homens de Deus enfrentaram crises e problemas familiares; logo, nós também não estamosisentos; (3) Os conflitos familiares ocorrem, não apenas por causa dos ataques do inimigo, mas, também, pelo mau procedimento dos membros da família. Se não fora a inveja de Caim (Gn 4.5); a precipitação de Sara aconselhando Abraão possuir Hagar (Gn 16.1-4); a preferência de Rebeca por Jacó (Gn 25.28); a cobiça e ambição dos filhos de Davi (II Sm 13.1-14; II Sm 15.1-37; I Rs 1.5-9), muitos males poderiam ser evitados.

II – CONFLITOS FAMILIARES NA ÁREA CONJUGAL

2.1 Ira. Casamento é a união de duas pessoas de sexos opostos, imperfeitas, e, geralmente, de temperamentos diferentes.

Por isso, é comum surgirem os atritos conjugais, inclusive a ira. O apóstolo Paulo reconheceu que é possível um crente irar-se, quando disse: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26). O termo grego para ira é thumos e significa “raiva” ou “fúria” que podem acarretar em agressões físicas e verbais. A Palavra de Deus nos adverte quanto aos perigos da ira e como podemos superá-la (Sl 37.8; Pv 1919; 29.22; Ec 7.9; Ef 4.31; 6.4; Cl 3.8; Tg 1.19).

2.2 Orgulho. Do grego, alazonia ou alazoneia. O termo é traduzido em (I Jo 2.16) por “soberba”. Uma pessoa orgulhosa é aquela que possui um amor próprio demasiado, a ponto de pensar somente em si. O orgulho foi o primeiro sentimento pecaminoso a ser introduzido no universo (Ez 28.17) e é uma das características dos homens dos últimos tempos (II Tm 3.1-5). O antídoto contra o orgulho é o amor recíproco e verdadeiro, que, de acordo com o ensino paulino, não busca os seus interesses (I Co 13.5).

2.3 Ciúme. Este termo deriva-se do grego zeloo e do latim zelumen e significa “zelo por alguma coisa”. Em certo aspecto, o ciúme é um sentimento positivo, quando se trata de um cuidado com a pessoa amada. A própria Bíblia diz que o Espírito Santo tem ciúmes (zelo) de nós (Tg 4.5). No entanto, o ciúme humano, muitas vezes, ultrapassa a barreira do amoroso cuidado, torna-se possessivo e doentio, e tem sido a causa de muitas tragédias nos lares. O antídoto contra o ciúme é o amor. O apóstolo Paulo diz que “o amor não arde em ciúmes” (I Co 13.4 - Almeida Revista e Atualizada).

III - CONFLITOS FAMILIARES NA ÁREA FINANCEIRA

3.1 Dívidas. Muitas famílias encontram-se endividadas, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos pelo mercado, como: cartão de crédito, cheque pré-datado, crediário, empréstimos, etc. As dívidas podem causar muitos males aos lares, tais como: desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até doenças psicossomáticas e desavenças no lar; perda de autoridade e mau testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15; 22.7).

3.2 Compulsividade. Compulsividade é o “consumo exagerado”. É a “tendência a comprar exageradamente”. O consumismo é um descontrole para adquirir bens, serviços e produtos de forma indiscriminada, na tentativa de realizar-se emocionalmente. Geralmente, pessoas fragilizadas por alguma intempérie da vida, são tendenciosas a buscarem no consumo dos bens materiais a satisfação para o vazio da alma. No entanto, elas acabam endividadas, frustradas e desesperadas.

3.3 Avareza. É o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência. “Por que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns de desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6.9,10). Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10; 42.10); Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).

3.4 Como superar os conflitos na área financeira.

 Sendo dizimistas fiéis (Pv 3.9; Ml 3.10,11);  Contentando-se com o que tem (Fp 4.11);

 Respeitando as prioridades (Is 55.2; Ag 1.4-11);  Economizando e fazendo reservas (Gn 41.33-35);

 Evitando desperdício (Jo 6.12; Lc 15.13,14);  Planejando os gastos (Lc 14.28-32).

IV – CONFLITOS FAMILIARES NA ÁREA DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

4.1 Afalta de disciplina no lar. Um dos principais problemas que atingem os lares é a falta de disciplina. Segundo Aurélio, disciplina é “um regime de ordem imposta ou livremente consentida”; “uma ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização, observância de preceitos e normas, ensino, instrução, educação, correção, discipular” ou “o treinamento que melhora, molda, fortalece e aperfeiçoa o caráter”. A disciplina serve para manter o perfeito funcionamento do lugar onde ela é aplicada, principalmente, no lar. Quando a disciplina cristã é deficiente, ou não existe, inevitavelmente ocorre a rebeldia dos filhos. Podemos observar isto nos seguintes exemplos que a Bíblia nos apresenta:

4.1.1 Davi. Um dos reis mais conhecidos na história de Israel; um guerreiro notável; um homem “segundo o coração de Deus” (I Sm 13.14). Porém, falhou na aplicação da disciplina dos seus filhos: (1) Ele não agiu quando Amnom estuprou a sua meia-irmã, Tamar. Davi “ficou indignado”com ele, (II Sm. 13. 21), mas, depois do estupro Tamar foi acolhida por seu irmão Absalão, e não pelo seu pai (II Sm. 13. 20-22); (2) Davi ignorou o ódio e os planos de Absalão para matar Amnom. Apesar de chorar muito pela perda de Amnom (II Sm 13.36-37; 18.33-19.8), ele não corrigiu o seu filho Absalão; (3) Quanto a Adonias, a Bíblia diz que “seu pai Davi nunca o havia contrariado; nunca lhe perguntava: Por que você age assim?” (I Rs 1.6).

4.1.2 Eli. Apesar de ser sacerdote em Israel, e ter conhecimento dos pecados que seus filhos cometiam, nunca os corrigiu (I Sm 2.28,29). Eli é um exemplo de pai: (1) Ausente. Ele sempre esteve muito ocupado com os filhos dos outros, e esqueceu-se dos seus (I Sm 1.9); (2) Omisso. Ele não abriu seus olhos para os sinais de perigo dentro do seu lar (I SM 2.22-24); (3) Conivente. Eli sabia o que seus filhos faziam, mas não os corrigiu (I Sm 2.22).

Estes males podem ser evitados quando os pais educam seus filhos no caminho do Senhor, como Eunice (I Tm 4.5,6; II Tm 3.15); instruem seus filhos, como recomendou Salomão (Pv 22.6); ensinam as Sagradas Escrituras (Dt 4.9; 6.5-8); disciplina (Pv 19.18; 29.17; 22.15; 23.13,14; 29.15); intercede (Jó 1.5); e, acima de tudo, ama-os.

CONCLUSÃO

Como pudemos ver, os conflitos familiares existem desde os tempos antigos, e estiveram presentes, inclusive, nos lares dos servos de Deus, como Abraão, Jacó, Davi e outros. Eles ocorrem, não apenas por causa dos ataques do inimigo, mas, também, pelo mau procedimento dos membros da família; por causa das obras da carne, tais como: ira, orgulho, ciúmes e avareza; e pela falta de disciplina nos lares. Por isso, devemos estar vigilantes quanto as investidas do maligno, que tenta destruir os lares; mas, também, firmar o propósito de obedecer os mandamentos bíblicos para a família.

REFERÊNCIAS

* ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD. * STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

* RENOVATO, A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD. * OLSON, N. Laurence. O Lar Ideal. CPAD

Fonte: http://rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/  Acesso em 02 maio 2013.

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