Lição 6 - A infidelidade conjugal

Lição 6 - A infidelidade conjugal I Plano de Aula

1º SLIDE

INTRODUÇÃO

- A fidelidade é nota essencial do casamento bíblico.

- Por causa da fidelidade, o casamento pode ser figura do relacionamento entre Deus e Israel, entre Cristo e a Igreja.

2º SLIDE

I – OS SIGNIFICADOS DE FIDELIDADE

- Fidelidade - compromisso assumido de ser fiel à palavra dada, de cumprir exatamente o que se prometeu. A ideia de fidelidade está vinculada à ideia de compromisso, ou seja, a uma persistência num acordo, num pacto que foi firmado entre duas partes. Significados de fidelidade(I):

a) firmeza, imutabilidade (Sl.15:4 “in fine”).

b) lealdade (Dt.32:20)

c) observância da fé jurada ou devida (II Co.13:5; Tg.1:22; Mt.7:24,25)

3º SLIDE

- Significados de fidelidade (II):

d) constância (I Co.15:58)

e) compromisso que pressupõe dedicação amorosa à pessoa com quem se estabeleceu um vínculo afetivo de alguma natureza

f) característica de um sentimento que não esmorece com o decorrer do tempo

g) compromisso rigoroso com o conhecimento; exatidão, sinceridade

4º SLIDE

II – A FIDELIDADE CONJUGAL

- O casamento é o máximo compromisso que se assume entre um homem e uma mulher, (Gn.2:24), um compromisso deve ser mantido ao longo de toda a vida, sem qualquer mudança. É, em virtude disto, que o casamento tem como nota essencial a fidelidade.

- A veneração devida ao matrimônio envolve a proibição do adultério (Hb.13:4), o “contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que não seja esteja seu marido ou noivo. Ou de um homem casado com sua mulher que não fosse sua esposa.…” (R.N. Champlin).

5º SLIDE

- O sétimo mandamento dado por Deus a Israel proibia o adultério (Ex.20:14; Dt.5:18).

- As palavras hebraica e grega para adultério na Bíblia têm, em si, a ideia de “quebra de compromisso de casamento”.

6º SLIDE

- A proibição do adultério visa a preservação da santidade do lar, é muito mais do que uma opção de organização social, um dado cultural,  é um princípio divino e que, portanto, independe de época e de lugar.

- Para que seja possível a comunhão de vida entre um homem e uma mulher, para que ambos possam se complementar e, desta maneira, cumprir o propósito divino estabelecido para o ser humano, faz-se necessário que haja uma entrega mútua, a construção de um projeto de vida que inclua a exclusividade de um cônjuge para o outro.

7º SLIDE

- Deus estabeleceu que marido e mulher, assim como devem ser fiéis ao Senhor, devem, também, ser fiéis um em relação ao outro.

- A fidelidade envolve a exclusividade de ser complementado pelo cônjuge, o dever de com ele formar uma carne, o que envolve muito mais do que o simples relacionamento íntimo, como nos ensinou o Senhor Jesus (Mt.5:27,28).

8º SLIDE

- A amplitude dada pelo Senhor Jesus ao conceito de adultério não foi uma inovação, mas retorno ao princípio (Jó 31:1; Pv.7:7-23).

- Adultério toda e qualquer conduta de uma pessoa casada que intente se complementar, manter uma unidade, física, espiritual e emotiva com quem não seja a pessoa com quem se casou, independentemente de ter havido, ou não, a conjunção carnal.

9º SLIDE

III – OS MALES TRAZIDOS PELO ADULTÉRIO

- O adultério não é um pecado distinto dos outros, pois todo pecado promove a morte espiritual (Rm.6:23; Ap.21:8; 22:15).

- O adultério, porém, produz males mais visíveis que outros pecados, daí porque ser considerado normalmente “mais grave” que outros. Sem dúvida, por causa da sua visibilidade, os traumas causados são de mais difícil superação.

10º SLIDE

- O adultério, além da morte espiritual, produz (I):

a) quebra da confiança entre os cônjuges, abalando profundamente a estrutura familiar;

b) quebra da própria identidade pessoal do adúltero, da sua vida terrena;

c) quebra da imagem diante dos filhos, perda da autoridade moral e confusões altamente deletérias na formação dos filhos;

11º SLIDE

- O adultério, além da morte espiritual, produz (II):

d) quebra da credibilidade diante da sociedade;

e) escândalo na igreja local, máxime se se tratar de pessoa proeminente;

f) destruição da alma do adúltero (Pv.6:32).

12º SLIDE

- A tolerância e o estímulo ao adultério em uma dada sociedade é um sinal eloquente da perversão vigente no ambiente social,  uma evidência do aspecto doentio da sociedade, do seu estado terminal.

- Vivemos os “dias de Noé” (Mt.24:38,39), dias caracterizados pela banalização do casamento, onde o adultério é tido como uma prática normal (Gn.6:1,2), o que ocasionará inevitável juízo divino sobre a humanidade (Hb.13:4).

13º SLIDE

COMO EVITAR O ADULTÉRIO

- Como podemos evitar a prática do adultério? (I)

a) impedindo que nosso lar consinta com a apologia do adultério produzida pela mídia e fazendo com que, em nosso lar, haja a apologia da pureza sexual (Fp.4:8);

b) santificando nossos olhos (Jó 31:1; Mt.6:22,23);

14º SLIDE

- Como podemos evitar a prática do adultério? (II)

c) mantendo real compartilhamento de vida com nosso cônjuge (I Co.7:5)

d) dando o devido valor ao nosso cônjuge (I Co.7:32-34)

15º SLIDE

- Não é tão simples assim identificar os culpados numa situação de adultério,pois raramente se estará diante de culpa unilateral.

- A observância do modelo bíblico da família, a instituição de uma vida familiar de acordo com as Escrituras Sagradas se constitui na maior garantia para que afugentemos a possibilidade do adultério em nosso relacionamento conjugal.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Lição 6 - A infidelidade conjugal I

INTRODUÇÃO

- A fidelidade é nota essencial do casamento bíblico.

- Por causa da fidelidade, o casamento pode ser figura do relacionamento entre Deus e Israel, entre Cristo e a Igreja.

I – OS SIGNIFICADOS DE FIDELIDADE

- O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa dá, entre os muitos significados de fé, o de “compromisso assumido de ser fiel à palavra dada, de cumprir exatamente o que se prometeu”. Por sua vez, o mesmo dicionário identifica “fidelidade” como sendo “característica, atributo do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito quase venerável por alguém ou algo; lealdade”. Percebe-se, portanto, que a ideia de fidelidade está vinculada à ideia de compromisso, ou seja, a uma persistência num acordo, num pacto que foi firmado entre duas partes.

- Ora, é precisamente este o sentido da fé ou fidelidade enquanto fruto do Espírito Santo. Quando somos salvos, passamos a ser participantes da natureza divina (II Pe.1:4) e, sendo assim, temos de assumir o mesmo caráter de Deus, já que, em nós, foi restaurada a imagem e semelhança de Deus, que deve ser refletida por nós aos homens (Mt.5:16; II Co.3:18).

- Uma das principais características divinas é a Sua imutabilidade. Deus não muda e n’Ele não há sombra de variação (Tg.1:17). A Bíblia ressalta, ainda, que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb.13:8). Desta maneira, o salvo não pode, também, no tocante aos valores morais e espirituais, sofrer qualquer variação. Tem de ser firme, tem de manter a sua posição, custe o que custar, aconteça o que acontecer.

- Esta firmeza é o respeito, o zelo ao compromisso assumido, que é a fidelidade, como vimos na definição supra. A fé enquanto fruto do Espírito traz ao homem esta atitude de firmeza, de imutabilidade, que o leva a manter as suas posições apesar das circunstâncias adversas. O homem que morará no santo monte do Senhor é aquele, diz o salmista, que “mesmo que jure com dano seu, não muda” (Sl.15:4 “in fine”).

- A fé é, portanto, enquanto fruto do Espírito, a característica de manutenção dos compromissos assumidos diante do Senhor e de imutabilidade de suas posições frente aos desafios e obstáculos que se lançam diante do crente. Quando observamos a galeria dos “heróis da fé” no capítulo 11 dos Hebreus, vemos que a fé existente naqueles homens fez com que tivessem eles atitudes firmes, imutáveis, que não se alteraram mesmo diante das tribulações e das dificuldades apresentadas, que, aliás, chegaram mesmo a levar, algumas vezes, os fiéis à morte. Entretanto, a fidelidade não se abala mesmo diante da morte, tanto que o próprio Senhor, em Sua carta à igreja de Smirna, reconhece esta circunstância, prometendo, porém, aos que forem fiéis até a morte, a coroa da vida (Ap.2:10).

- A fé importa em tomada de posição firme ante o compromisso assumido com o Senhor quando de nossa salvação. Ao aceitarmos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, a exemplo do que fez Israel quando do pacto que selou com Deus no deserto, dizemos ao Senhor: “tudo o que o Senhor tem falado, faremos” (Ex.19:8 “in medio”). O próprio Jesus afirma que só seremos Seus amigos se fizermos o que Ele manda (Jo.15:14). Ora, como o Senhor é sempre o mesmo, Sua Palavra não muda, permanece para sempre (I Pe.1:25), de sorte que não temos dificuldade em saber o que devemos fazer. Por isso, Paulo dizia que não se cansava de ensinar aos crentes as mesmas coisas (At.13:42; Fp.3:1).

- Falar de imutabilidade de posição e de firmeza nos nossos dias é algo difícil de se pensar, pois o mundo defende exatamente o oposto. Estamos na “era da flexibilização”, onde tudo pode ser modificado, alterado, onde se defende a “tolerância” e a “flexibilidade”. Entretanto, devemos lembrar que não é isto que ensina a Palavra de Deus. É evidente que o mundo está sujeito à mudança, que o homem é, por natureza, mutável, que as relações sociais, políticas e econômicas são sujeitas a alterações e devem, mesmo, se modificar, pois o homem é imperfeito e esta sua imperfeição abre espaço para que haja uma contínua alteração. Até mesmo no campo espiritual há espaço para mudança, pois a Bíblia diz que o homem deve atingir a perfeição espiritual, tanto que, para isto, Cristo dotou a Igreja de dons ministeriais (Ef.4:12,13).

- Todavia, a mudança prevista nas Escrituras é uma mudança com vistas a atingirmos o alvo que é a plenitude de Cristo em nós. Devemos ser iguais a Cristo, atingir a Sua estatura, a medida de Cristo. Portanto, o que temos de mudar é o que há em nós para sermos iguais a Cristo e não mudar os princípios e os valores que nos foram ensinados e revelados através da Palavra de Deus. Nosso mudar é um caminhar em busca da perfeição e a perfeição está em Cristo e quem nos diz quem é Cristo e como devemos viver para sermos como Ele é a Bíblia Sagrada, as Escrituras que d’Ele testificam (Jo.5:39). Por isso, não podemos permitir que o “espírito da flexibilização” venha a habitar na Igreja ou em nós mesmos. Não podemos mudar a Palavra de Deus e esta Palavra permanece para sempre. Repudiemos, portanto, as inovações, as novidades, os modismos e modernismos que querem encontrar guarida na Igreja e na nossa vida. Quem pretende mudar a Palavra do Senhor apenas está indicando que já foi cortado da videira verdadeira, pois uma das qualidades do fruto do Espírito é a fidelidade, que é uma atitude de imutabilidade quanto aos princípios e valores escriturísticos, que é uma atitude de firmeza, de repúdio à mudança.

- Esta firmeza na vida do crente faz com que ele se relacione também desta maneira com os outros. Sendo imutável no seu relacionamento com Deus e consigo mesmo, o crente é, também, firme no seu relacionamento com os outros e aí vemos um outro aspecto da fidelidade, que é a lealdade. Lealdade é entendida como sendo “fidelidade aos compromissos assumidos, caráter do que é inspirado por este respeito ou fidelidade”, sendo palavra que se origina de “legal + dade”, ou seja, é a observância de uma lei, de uma regra, de um acordo.

- O crente tem de ser leal, ou seja, deve cumprir com os compromissos assumidos diante de Deus e dos outros homens. A lealdade é um dos aspectos da fidelidade, aquele que diz respeito a nosso relacionamento com outrem. Em Dt.32:20, no cântico de Moisés, é dito que Israel seria desleal, porque se esqueceria da Rocha que o havia gerado, do Deus que o havia formado (Dt.32:18). Esta deslealdade, como se verifica, foi o fato de Israel não ter cumprido o compromisso assumido com o Senhor em Ex.19:6, quando afirmou que faria tudo o que Senhor havia falado. Entretanto, como bem sabemos, a geração que assumiu este compromisso, cedo se distanciou do Senhor, como vemos a partir do episódio do bezerro de ouro. O escritor aos hebreus diz que a geração do êxodo não entrou na Terra Prometida por causa da sua incredulidade (Hb.3:19), ou seja, por causa da sua falta de fé. A deslealdade nada mais é que produto da falta de fé.

- Ser leal é cumprir os compromissos assumidos, é observar os preceitos e normas estabelecidos. O crente é leal, em primeiro lugar, ao Senhor e, em segundo lugar, ao próximo. Na Bíblia, temos vários exemplos de servos de Deus que demonstraram a sua lealdade não só para com Deus como para com o próximo. Daniel e seus amigos são exemplos de lealdade, pois, mesmo na corte babilônica, assentaram no seu coração não se contaminar com o manjar do rei e, já dotados de posição na corte, mantiveram esta resolução, mesmo diante das ameaças da fornalha de fogo ardente ou da cova dos leões. Davi demonstrou sua lealdade para com Jônatas, fazendo bem a Mefibosete, mesmo depois que Jônatas havia morrido e não havia qualquer força ou circunstância que pudesse forçá-lo a cumprir a promessa feita a seu amigo, promessa, aliás, que não teve qualquer outra testemunha a não ser o próprio Deus. Temos sido leais? Temos cumprido com os compromissos assumidos?

- A lealdade é tão importante na vida do cristão que Jesus proibiu terminantemente que o crente faça juramentos(Mt.5:34-36), pois, a um verdadeiro filho de Deus, basta a palavra que for dita. Quando juramos, reconhecemos que precisamos de algo superior a nossa palavra para confirmarmos o que estamos a prometer, reconhecemos que nossa palavra não tem força suficiente para se impor. Todavia, o crente em Cristo Jesus não pode jurar, ou seja, o crente em Cristo tem de ter uma conduta, uma credibilidade tal que sua palavra é suficiente, bastante. O falar do crente deve ser sim, sim, não, não. Tudo o que vem além disto, que é contrário à fidelidade, tem procedência maligna (Mt.5:37).

- Uma das características dos homens ímpios é o fato de serem “infiéis nos contratos” (Rm.2:31), “traidores” (II Tm.3:4), “nuvens levadas pela força do vento” (II Pe.2:17) e “nuvens sem água, levadas pelo vento de uma a outra parte”(Jd.12), ou seja, pessoas que não cumprem com os compromissos assumidos, que faltam à confiança neles depositada. Assim, uma característica do verdadeiro servo de Deus é ser cumpridor de seus deveres, de suas obrigações. Um verdadeiro cristão nada pode dever a não ser o amor (Rm.13:8). É inadmissível que um cristão ligado na videira verdadeira seja um devedor contumaz, um indivíduo que não tenha crédito na sociedade onde viva, alguém cuja palavra nada valha. O crente é leal, porque produz o fruto do Espírito e um dos gomos deste fruto é a fidelidade.

OBS: Por isso mais do que acertada a providência que alguns ministérios tem tomado de exigir, dos indicados à separação para o ministério, certidões dos cartórios de protestos de títulos e dos órgãos de proteção ao crédito. O cristão verdadeiro produz o fruto do Espírito e o crente tem de mostrar que é fiel, que é leal, que é cumpridor de suas obrigações. A deslealdade é um indício de que a pessoa não está ligada à videira verdadeira, pois foi Jesus quem disse que pelos frutos conheceríamos os salvos e os ímpios (Mt.7:20)

- Fidelidade também é, segundo os dicionaristas, “constância nos compromissos assumidos com outrem”, “constância de hábitos, de atitudes”. Não basta assumirmos um compromisso com alguém e cumpri-lo, nem mesmo tomar a iniciativa de fazer algo de acordo com a vontade de Deus, mas é indispensável, para que haja fidelidade, que haja “constância”, ou seja, assiduidade, frequência, prosseguimento, continuidade. Jesus disse aos smirnitas que eles deveriam ser fiéis “até a morte”, ou seja, até o fim(Ap.2:10). Paulo afirmou, no final de sua vida, que havia “guardado a fé”(II Tm.4:7). Ainda Paulo, quando escrevia aos coríntios, afirmou que eles precisavam ser “firmes e constantes”(I Co.15:58). Não basta que tenhamos uma ação isolada de lealdade ou de observância de um mandamento divino, mas isto tem de ser algo constante, algo sempre presente em nossas vidas. A fidelidade implica em constância, em continuidade. O profeta Ezequiel é claro ao afirmar que uma vida justa que não for constante leva à perdição, se o momento da morte for, precisamente, o da falta de continuidade (Ez.18:24).

OBS: Esta noção de fidelidade, aliás, ficou evidenciada no campo comercial, como se pode ver pelos “cartões de fidelidade” que foram lançados por algumas administradoras de cartões de crédito e pelo próprio conceito de “fidelidade do cliente”, algo que tem sido perseguido no mundo dos negócios, notadamente na área da publicidade e propaganda.

- É interessante notar que, no Novo Testamento, o verbo “pisteuo”, quando empregado no tempo presente, sempre o é numa ideia de continuidade, a nos indicar que “…a fé não é uma fase passageira. Mas é uma atitude contínua.…”(L.L. MORRIS. Fé. In: J.D. DOUGLAS(org.). O Novo Dicionário da Bíblia, p.607). A propósito, Paulo afirmou que no Evangelho se descobre a justiça de Deus “de fé em fé”, “…que significa literalmente ‘ fé do começo ao fim’. O justo deve viver sempre pela fé e, assim fazendo, continua a viver uma vida espiritualmente cada vez mais rica.…” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, com. Rm.1.17, p.1694).

- Fidelidade também é “compromisso que pressupõe dedicação amorosa à pessoa com quem se estabeleceu um vínculo afetivo de alguma natureza”. Neste ponto, vemos, claramente, que a fidelidade é fruto, é consequência, é efeito do amor. Já vimos que o amor é o fruto por excelência, ou seja, é o verdadeiro pressuposto para todas as demais qualidades do fruto do Espírito. Somente apresentaremos fidelidade se tivermos amor por quem somos fiéis. Isto é bem ilustrado no caso do casamento: o dever de fidelidade conjugal é consequência única e exclusiva do amor que um cônjuge nutre pelo outro. Somente seremos fiéis a alguém, se amarmos este alguém. Os estudiosos da publicidade e da propaganda têm, nos últimos tempos, enfatizado a necessidade de se criar um vínculo afetivo entre o consumidor e um determinado produto, sem o que não será possível se estabelecer fidelidade no consumo.

- Fidelidade também é “característica de um sentimento que não esmorece com o decorrer do tempo”, ou seja, fidelidade é algo que não envelhece, que não sofre os efeitos do tempo. Isto é importante, porque muitos acham que a fidelidade ou aumenta, ou diminui com o tempo. Verdade é que a fidelidade pode aumentar. Os próprios discípulos de Jesus pediram ao Senhor que se lhes acrescentasse a fé (Lc.17:5) e o próprio Senhor afirmou que a fé tem diferentes graus, pois falou de pequena ou pouca fé (Mt.8:26), de fé grande (Mt.15:28). A possibilidade de aumento da fé está evidenciada na figura da mostarda, que, sendo uma das menores sementes, produz a maior das hortaliças. Jesus disse que a nossa fé deve ser assim, ou seja, ter a capacidade de crescer e se tornar a maior das nossas qualidades espirituais(Mt.13:31,32; 17:20). Entretanto, não é o tempo que faz aumentar ou diminuir a fidelidade, mas uma continuidade de comunhão com Deus. Quando vemos pessoas que, no ministério de Jesus, foram tidas como de grande fé, eram, via de regra, pessoas que não tinham uma vida religiosa segundo os padrões judaicos (a mulher cananeia, o centurião romano, que nem mesmo judeus eram), enquanto que os discípulos, que estavam ao lado do Senhor, vez por outra, são chamados de homens de pouca fé. Isto é a prova indelével que “tempo de casa”, que religiosidade não demonstram fidelidade, nem são critérios para isto, pois a fidelidade independe do tempo. O tempo apenas serve para denotar a fidelidade no aspecto da constância, é mais um fator que exige a sua prática do que que indique a sua presença.

OBS: Os mais longos reinados da história de Judá, os de Manassés e de Uzias, são exemplos de que tempo nada tem a ver com fidelidade. Uzias era fiel ao Senhor, que o fez prosperar, mas, depois, se ensoberbeceu e morreu leproso, afastado do trono. Manassés, por sua vez, foi um dos mais impiedosos reis de Judá, tão mau que Deus o entregou nas mãos dos seus inimigos. Porém, no cárcere se humilhou e se arrependeu e, por isso, foi reconduzido ao trono, onde passou seus dias finais servindo a Deus.

- Fidelidade, ainda, é “compromisso rigoroso com o conhecimento; exatidão, sinceridade”, significado, aliás, que levou, na física, a se considerar como fidelidade:

a) característica de um sistema de reprodução acústica, relacionada com a capacidade deste em reproduzir, com maior ou menor exatidão, as componentes de frequência de um sinal acústico, mantendo as intensidades relativas destas componentes (por isto se diz que um aparelho de som tem “alta fidelidade”)

b) em uma balança, propriedade que esta tem de assumir uma única posição, ou fornecer a mesma leitura, quando submetida repetidas vezes às mesmas forças

- Este significado de fidelidade mostra-nos, claramente, que a fidelidade se traduz por um compromisso rigoroso com a Palavra de Deus, com uma busca incessante para se conhecer e se saber o que Deus deseja de nós, qual é a Sua vontade, algo que é revelado sobretudo pela Palavra de Deus. A fidelidade exige um aprendizado contínuo e sincero das Escrituras, que se tenha uma vida que não vá além do que está escrito (I Co.4:6). Somente assim, seremos um “instrumento de alta fidelidade”, ou seja, uma pessoa que transmita aos outros, com exatidão, a frequência de Jesus Cristo, a Sua mensagem. Somente assim poderemos ser pessoas que sempre forneçam a mesma posição, a posição da vontade de Deus, ainda que sejamos submetidos a diversas forças, a diversas situações. Como dizem os inspirados poetas Nils Katsberg e Emílio Conde, na letra do hino 342 da Harpa Cristã, quando aceitamos a Cristo, somos afinados pelo Senhor, passamos a ter nova harmonia e tom, mas isto somente se dará se formos fiéis.

II – A FIDELIDADE CONJUGAL

- Vistos os significados do que seja fidelidade, voltemo-nos para a questão da fidelidade no casamento. Sendo, como é, o casamento o máximo compromisso que se assume entre um homem e uma mulher, consoante o modelo bíblico de família (Gn.2:24), tem-se como evidente que tal compromisso deve ser mantido ao longo de toda a vida, sem qualquer mudança. É, em virtude disto, que o casamento tem como nota essencial a fidelidade.

- Tanto assim é que a Bíblia Sagrada deixa bem claro que a veneração devida ao matrimônio envolve a proibição do adultério (Hb.13:4), adultério que é definido por Russell Norman Champlin como sendo o “contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que não seja esteja seu marido ou noivo. Ou de um homem casado com sua mulher que não fosse sua esposa.…” (Adultério. In: Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. v.1, pp.65-6).

- A proibição do adultério está presente no princípio bíblico que instituiu o casamento, como vemos em Gn.2:24, quando se fala que cada homem terá a sua mulher, estabelecendo, deste modo, a monogamia, princípio este que é reforçado pelo Senhor Jesus não só em Mt.19:4,5 e Mc.10:5-12, quando trata da questão do divórcio, mas também quando fala com o chamado “mancebo de qualidade”, como se verifica em Mt.19:18, Mc.10:19 e Lc.18:20, como ainda no episódio da mulher adúltera, narrado apenas no evangelho segundo João (Jo.8:1-11).

- O casamento faz surgir o máximo compromisso entre um homem e uma mulher, para que ambos tenham comunhão de vida, complementem-se um ao outro e, deste modo, não há mesmo possibilidade de que se possa ter, simultaneamente, mais de um marido ou mais de uma mulher. Nesta exclusividade é que se encontra o fundamento da proibição do adultério.

- Não é por outro motivo que, nas legislações mais antigas da humanidade, o adultério já era proibido, como um resquício do princípio divino estabelecido para o primeiro casal ainda no Éden. No Código de Hamurábi, vigente na Mesopotâmia desde tempos um pouco anteriores a Abrão, já havia dispositivo que proibia o adultério.

OBS: Eis o dispositivo do Código de Hamurábi a respeito do adultério: “129º - Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, se deverá amarrá-los e lançá-los n’água, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo.”

- Deste modo, não é surpresa que, ao conferir os dez mandamentos ao povo de Israel, o Senhor tenha estatuído um mandamento específico a respeito do adultério, o sétimo mandamento, que é claro, simples e objetivo: “Não adulterarás” (Ex.20:14; Dt.5:18). A palavra hebraica aqui utilizada é “na’aph” (נאף ), cujo significado é de “quebra de compromisso de casamento”, ideia esta que também é presente no vocábulo grego correspondente, presente em o Novo Testamento, a saber, “moicheuo” (μοιχεύω), onde a ideia de “quebra de compromisso” é tão presente que se aplica, também, ao gesto de se ir adorar outros deuses entre os judeus da diáspora.

- Como aduz Russell Norman Champlin, o adultério é proibido “ …a fim de preservar a santidade do lar…” (op.cit., p.66). "Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à Sua imagem... Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação e, assim a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão.” (§ 2331 do Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana - CIC). Cada um dos dois sexos é, com igual dignidade, embora de maneira diferente, imagem do poder e da ternura de Deus. A união do homem e da mulher no casamento é uma maneira de imitar na carne a generosidade e a fecundidade do Criador: "O homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tomam uma só carne" (Gn 2,24). Dessa união procedem todas as gerações humanas. Jesus veio restaurar a criação na pureza de sua origem. No Sermão da Montanha, Ele interpreta de maneira rigorosa o plano de Deus: "Ouvistes o que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,27-28).…” (§§ 2335 e 2336 CIC).

- Tem-se, portanto, que a proibição do adultério é muito mais do que uma determinada opção de organização social, é muito mais que um dado cultural, pois é um princípio divino que, deste modo, se estende a todas as épocas e a todos os lugares, não se podendo, portanto, considerar que seja algo que possa ser modificado ou tolerado através dos tempos, como, lamentavelmente, temos visto nas sociedades contemporâneas, onde a figura do adultério tem sido cada vez mais aceita e tolerada, como, por exemplo, entre nós, onde, inclusive, deixou de ser uma conduta criminosa (a lei 11.106/2005 revogou o artigo 240 do Código Penal, que tratava do crime de adultério).

- Para que seja possível a comunhão de vida entre um homem e uma mulher, para que ambos possam se complementar e, desta maneira, cumprir o propósito divino estabelecido para o ser humano, faz-se necessário que haja uma entrega mútua, a construção de um projeto de vida que inclua a exclusividade de um cônjuge para o outro, um relacionamento onde se verifique o compromisso de cada um viver ao lado do outro e para o outro até o término da existência terrena.

- Não é por outro motivo que o casamento se constitui em uma figura, um sinal, um símbolo do relacionamento entre Deus e o homem. Deus, também, firmou um compromisso de abençoar o homem, de com ele conviver para sempre, fazendo-o administrador da criação terrena, compromisso este que é imutável, exclusivo e duradouro. Deus é fiel (II Co.1:18), tem uma natureza que não permite a infidelidade (II Tm.2:13) e, portanto, exige de cada um de nós que, em firmando compromisso com Ele, também sejamos fiéis (I Co.4:2).

- Já vimos supra o significado de fidelidade, ou seja, a manutenção do compromisso assumido, a imutabilidade dos propósitos, o cumprimento do compromisso assumido, a imunidade do compromisso através do tempo e é precisamente isto que caracteriza o relacionamento conjugal tal como estatuído pelo Senhor: marido e mulher prometem, ao se casar, ser um o complemento do outro e este compromisso deve perdurar até o término da existência terrena, a despeito das circunstâncias, a despeito da passagem do tempo.

- Deus estabeleceu que marido e mulher, assim como devem ser fiéis ao Senhor, devem, também, ser fiéis um em relação ao outro, o que significa afirmar que devem ser exclusivos um para o outro, enquanto complementares, formadores de uma comunhão e unidade de vida, a fim de que ambos, sob a orientação do Senhor, possam cumprir os propósitos estatuídos ao ser humano pelo seu Criador (frutificação espiritual; multiplicação, ou seja, reprodução biológica; enchimento da terra e dominação sobre a criação terrena – Gn.1:28).

- A fidelidade, portanto, envolve a exclusividade de ser complementado pelo cônjuge, o dever de com ele formar uma carne, o que envolve muito mais do que o simples relacionamento íntimo. Esta realidade precisou ser retomada pelo Senhor Jesus, o que faz no sermão do monte.

- Com efeito, nos dias do Senhor Jesus, o entendimento da lei de Moisés assumia um caráter meramente material, sem a dimensão exigida pelo próprio Deus quanto ao aspecto sagrado do casamento. Para os doutores da lei, o adultério somente se verificava quando houvesse o contato sexual entre uma pessoa casada e alguém que não fosse o seu cônjuge. Sem a prova da conjunção carnal, sem a prova da manutenção do relacionamento sexual, não havia que se falar em adultério.

- Tal entendimento, aliás, é ainda hoje vigente nos ordenamentos jurídicos. Não se pode dizer que alguém cometeu adultério com outrem se não houver prova de que houve o relacionamento sexual entre as pessoas. Assim, tecnicamente falando, o simples fato de se encontrarem duas pessoas, uma casada e outra que não é seu cônjuge, nus em uma mesma cama não significa que tenham adulterado, a não ser que haja prova de que mantiveram relacionamento sexual.

OBS: Por este motivo, embora o adultério seja motivo para o divórcio, é raramente invocado como causa para um pedido judicial de divórcio, diante da dificuldade de se ter a prova da manutenção do relacionamento íntimo, preferindo as pessoas a figura prevista em lei da “injúria grave” (art.1573, III CC), que é toda e qualquer conduta de desrespeito, de afronta ao outro cônjuge, inclusive no aspecto moral, que dispensa a prova do relacionamento íntimo.

- Tal compreensão do adultério, entretanto, não abarcava todo o significado desta conduta. Não se tratava de reduzir a figura ao aspecto meramente físico, genital, mas o princípio divino exigia uma exclusividade de complementaridade, algo muito mais profundo.

- Por isso, no sermão do monte, o Senhor Jesus deu o verdadeiro alcance do princípio divino, ao estabelecer que há adultério sempre que alguém, mesmo em seu interior, em sua mente, já cobiça alguém que não é seu cônjuge, por nesta pessoa posto a sua atenção (Mt.5:28).

- Não se tratou de inovação alguma do Senhor Jesus, mas de retorno ao princípio. Jó, cujo testemunho de homem sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal era dado pelo próprio Deus (Jó 1:8; 2:3), mostra bem isso, ao dizer que havia feito um concerto com seus olhos para jamais fixá-los em uma virgem (Jó 31:1) e é este comportamento do patriarca que nos faz entender como, mesmo hostilizado por sua própria mulher, Jó não a tenha abandonado apesar de tudo quanto estava a passar (Jó 2:9,10).

- Salomão, também, quando fala sobre este assunto no livro de Provérbios, mostra, com absoluta clareza, que o segredo para se evitar o adultério é, precisamente, o de não dar lugar em seu cotidiano à “mulher estranha”, que sempre busca, através das sensações, conquistar as suas vítimas, consideradas pelo sábio como sendo pessoas faltas de juízo (Pv.7:7-23).

- Deste modo, tem-se como adultério toda e qualquer conduta de uma pessoa casada que intente se complementar, manter uma unidade, física, espiritual e emotiva com quem não seja a pessoa com quem se casou, independentemente de ter havido, ou não, a conjunção carnal.

III – OS MALES TRAZIDOS PELO ADULTÉRIO

- O adultério, conforme visto, portanto, trata-se de uma conduta de infidelidade, de quebra do compromisso assumido diante de Deus e dos homens de se formar uma unidade com o cônjuge.

- É evidente que uma prática desta causa muitos males, que trasbordam o próprio relacionamento entre o marido e a mulher, daí porque seja uma atitude cuja gravidade seja maior, ainda que, à evidência, não estejamos aqui a considerar que se trate tal conduta de um “pecado grave”, como muitos que, ao se falar em pecado, logo pensam no adultério, como se houvesse “pecadão” e “pecadinho”.

- Todo pecado traz, como consequência, a morte espiritual (Rm.6:23) e não têm direito à vida eterna tanto os adúlteros, como, por exemplo, os mentirosos (Ap.21:8; 22:15). Assim, não se deve entender que o adultério seja um pecado cujo tratamento deva ser muito mais rigoroso do que a mentira, pois tanto um quanto o outro excluem a pessoa da comunhão com Deus.

- Todavia, entende-se porque o adultério seja tratado como um pecado de maior gravidade do que os demais, pois ele não só afeta o relacionamento com Deus, mas também tem reflexos em relação ao cônjuge, à família e à sociedade, sendo, pois, muito mais visível o mal cometido.

- Não resta dúvida que a prática do adultério, por primeiro, produz um abalo muito grande no relacionamento conjugal, pois há uma quebra na confiança que é fundamental entre marido e mulher, quebra esta que, em muitas vezes ocasiões, torna-se irreversível, inviabilizando a própria continuidade da convivência, com a destruição da família e de tudo o que isto representa.

- Ora, quando alguém gera tal quebra de confiança junto àquele com quem se comprometeu a compartilhar a sua existência, temos um mal que atinge o próprio adúltero, visto que a quebra da confiança e da complementaridade representa a própria perda da identidade daquela pessoa, que passara a viver em função do outro, que construíra uma própria vida com o cônjuge, o que gerará mazelas que, muitas vezes, também não terá qualquer possibilidade de se retornar.

- A própria Bíblia Sagrada mostra-nos, com um exemplo, como fica manchada a própria imagem da pessoa perante a sociedade por causa do adultério, uma “trinca” no vaso que prejudica não só o restante de sua existência terrena mas até mesmo a sua imagem perante a posteridade. Em I Rs.15:5, o historiador sagrado (que a tradição judaica diz tratar-se de Jeremias), séculos depois, ao narrar o reinado do bisneto de Davi, Abião (ou Abias), fez questão de dizer que Davi fizera o que era reto aos olhos do Senhor, “senão só no negócio de Urias, o heteu”, ou seja, o adultério seguido de homicídio praticado pelo rei Davi ficou como u’a mancha na reputação do rei que, mesmo séculos depois, isto ainda era lembrado para denegri-lo.

- Verdade é que, embora o adultério autorize a dissolução do vínculo matrimonial (o que haveremos de estudar na próxima lição), não se pode, somente por este fato, desistir-se da reconciliação entre os cônjuges por causa desta prática, ainda que se saiba que a quebra de confiança é de difícil superação. O próprio Código de Hamurábi, como visto supra, abria já a possibilidade do perdão do cônjuge traído, algo que deve ser sempre buscado e que deve compor as características de quem cristão se diz ser, visto que precisamos perdoar para que alcancemos o perdão divino (Mt.6:12,15).

- Mas, além dos males provocados no relacionamento conjugal, o adultério traz uma péssima imagem em relação aos filhos. Com efeito, o pai ou mãe destroem, com o adultério, a imagem de confiabilidade que é fundamental no relacionamento entre pais e filhos, sem dizer que o adultério, ao quebrar o relacionamento entre os cônjuges, põe os filhos numa situação delicadíssima, visto que, ante a ruptura da unidade entre os pais, terão eles, muitas vezes, de tomar partido, o que é algo traumático e que causa perturbações e sequelas que, não poucas vezes, perdurarão pelo restante da vida dos filhos.

- Aqui, também, temos, como exemplo bíblico, o que se passou na família de Davi após a prática do adultério com Bateseba e do homicídio de Urias. A partir desta circunstância, a vida familiar de Davi sempre foi extremamente tumultuada, a ponto de, até mesmo no ocaso da vida, ter o rei de enfrentar a disputa entre os filhos (Adonias e Salomão), como subproduto da falta de confiabilidade gerada pelo seu gesto impensado.

- O adultério, entretanto, por fulminar o relacionamento familiar, faz com que se tenha uma repercussão social, que também traz graves consequências ao adúltero. O esfacelamento da família faz com que a imagem do responsável por tal destruição se veja arranhada em toda a sociedade. A quebra do compromisso solene com o cônjuge dá ao adúltero uma justa imagem de pessoa indigna de confiança em todos os que o cercam, fazendo com que seja considerada uma pessoa desacreditada, não confiável. Esta circunstância explica porque o adultério era punido com a morte na lei de Moisés (Lv.20:10), pois se entendia que a convivência desta pessoa em sociedade, a partir de seu ato, era impossível, impraticável.

- Em termos de igreja, então, o adultério tem um efeito devastador, pois seu praticante é um nítido instrumento de escândalo e, como tal, sujeito a um rigoroso e duro juízo da parte de Deus (Mt.18:6,7), máxime se se tratar de pessoa que tenha proeminência na igreja local. Já na antiga aliança, o Senhor mostrou todo o duro tratamento para com os sacerdotes que eram desleais para com a mulher da sua mocidade (Ml.3:12-16). Se isto ocorreu quando havia a permissão do divórcio na lei mosaica, que podemos dizer do período da igreja, onde tal permissão se reduziu drasticamente, visto que Jesus restaurou o princípio divino do matrimônio?

- Recuperar a credibilidade perdida diante do cônjuge, dos filhos, da igreja local e da sociedade é, sem dúvida, algo muito difícil de ocorrer e que deixará marcas que jamais serão esquecidas por todos os envolvidos. Trata-se, pois, de uma conduta altamente destruidora da reputação e da própria identidade do adúltero, de sorte que se deve sempre evitar tal conduta. Não é por outro motivo que o sábio Salomão diz que quem assim age, destrói a sua própria alma (Pv.6:32).

- A tolerância e o estímulo ao adultério em uma dada sociedade é um sinal eloquente da perversão vigente no ambiente social, é uma evidência do aspecto doentio da sociedade, do esgarçamento dos laços de convivência e de confiança entre as pessoas, um forte indício do esfacelamento da sociedade. Por isso, em Israel, o reino do norte, em seus últimos dias, havia uma prevalência do adultério na sociedade (Os.4:2).

- O Senhor Jesus disse que, nos dias imediatamente anteriores ao arrebatamento da Igreja, viveríamos “os dias de Noé” (Mt.24:38,39), dias caracterizados pela banalização do casamento, onde o adultério era uma prática normal, haja vista que as uniões eram feitas com base na atração física (Gn.6:1,2) e, como tal, fugazes por natureza.

- São estes os dias em que estamos a viver. O adultério é estimulado pela mídia (basta ver os enredos de todas as telenovelas, onde esta prática está sempre presente e é vendida aos telespectadores como algo bom, elogiável e prazeroso) e as próprias legislações estão, há décadas, trazendo cada vez mais incentivos a esta prática, reduzindo todos os efeitos negativos a ela associadas. No Brasil, mesmo, depois da descriminalização do adultério em 2005, já há até uma proposta de lei (o famigerado “Estatuto das Famílias”- PL 2285/2007, em trâmite na Câmara dos Deputados) em que se está a querer dar direito de alimentos a “amantes”. Tudo isto é demonstração de quanto afastados estamos da Palavra de Deus, de quanto nossa sociedade caminha para seu completo esfacelamento.

OBS: Reproduzimos aqui o artigo 64, parágrafo único do Estatuto das Famílias que concede alimentos a “amantes”: “Art. 64.... Parágrafo único. A união formada em desacordo aos impedimentos legais não exclui os deveres de assistência e a partilha de bens.”. Como se verifica, qualquer “união” feita em adultério garantirá ao comparsa do adultério direito a alimentos e a bens. Que absurdo!

COMO EVITAR O ADULTÉRIO

- Visto o que é o adultério, como podemos evitar que tal prática, cada vez mais costumeira e estimulada em nossa sociedade pervertida?

- Por primeiro, devemos impedir que esta apologia, estímulo e incentivo ao adultério ingresse na intimidade do nosso lar. Lamentavelmente, nos dias hodiernos, a esmagadora maioria dos que cristãos se dizem ser são assíduos acompanhantes dos capítulos das telenovelas que, como já dissemos, são os principais veículos de incentivo e estímulo à prática do adultério, pois promovem uma verdadeira “engenharia social” com a finalidade de mudar os hábitos e valores da família brasileira (recomendamos, neste passo, que se assista a vídeo que trata do assunto, apresentado pelo Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior – A engenharia social e as novelas. Disponível em: http://padrepauloricardo.org/episodios/as-novelas-e-a-engenharia-social Acesso em 07 mar. 2013).

- Deve-se, portanto, fazer-se um rígido controle sobre o conteúdo de mídia que adentra nos nossos lares, que tenham nossos familiares contato, a fim de que não haja uma “lavagem cerebral” que faça com que seja considerado “normal” e “tolerável” a prática do adultério.

- À evidência, tem-se que não basta apenas que se tenha este conteúdo negativo, de se impedir que haja a “doutrinação maligna da mídia” na formação dos valores entre nossos familiares, mas que, ao lado disto, se tenha um conteúdo positivo, que é o ensino da Palavra de Deus, a fim de que saibam todos os familiares qual é a vontade de Deus com relação ao casamento e à família.

- Por segundo, é imperioso que se adote a mesma conduta do patriarca Jó, ou seja, que haja um concerto com os olhos de cada cônjuge para que não se atente nem se cobice terceira pessoa. A santificação dos olhos é fundamental para que não se ingresse num processo que culminará na prática do adultério.

- O Senhor Jesus foi claríssimo ao mostrar que todo adultério começa no olhar impudico, no olhar impuro, devendo, pois, todo cristão casado vigiar para que os seus olhos, que são candeia do corpo, não se tornem em razão para ingresso em densas trevas (Mt.6:22,23).

- Neste ponto, aliás, vemos quão indispensável é que os cônjuges não se deixem vencer pela pornografia, este terrível mal que tem dilacerado e destruído muitas famílias em nossos dias. Com o avanço da telemática, a pornografia está hoje extremamente acessível e seu efeito deletério sobre a pureza sexual das pessoas é algo evidente. Dezenas e dezenas de milhões de pessoas estão atualmente dominadas pela pornografia e o adultério tem, nesta ação maligna, uma de suas principais fontes nos dias de hoje.

- É importante, aliás, verificar que o chamado “sexo virtual”, outra das ferramentas extremamente nocivas da internet, é, sim, adultério, quando praticado por quem é casado com uma terceira pessoa. Aliás, trata-se de prática que, lamentavelmente, tem se repetido cada vez mais entre pessoas que cristãs se dizem ser.

- Mas não é somente fazendo concerto com os olhos que se conseguirá evitar o adultério. Torna-se, também, fundamental que os cônjuges realmente assumam o compromisso de compartilharem a sua vida, de serem uma unidade.

- Nos dias hodiernos, é cada vez mais frequente que os cônjuges somente se encontrem no final do dia e travem algumas poucas palavras, não convivam no sentido exato da palavra, mas estejam solitários, ainda que sob o mesmo teto. Por trabalharem ambos, resta pouquíssimo tempo de real convivência, o que ainda se agrava com relação aos cônjuges cristãos que têm uma vida ativa nas igrejas locais que frequentam.

- Esta convivência entre marido e mulher precisa realmente existir, é absolutamente necessário que marido e mulher compartilhem todas as experiências, tenham no cônjuge o seu confidente, o seu amparo afetivo, o seu conselheiro, aquele com quem tenham intimidade e transparência. Tirante os assuntos espirituais particulares e peculiares, pois a maior intimidade de um cristão sempre será com Deus, tudo o demais deve ser compartilhado com o cônjuge, pois é ele quem é sua “cara metade”, é ele quem nos complementa em nossa vida debaixo do sol.

- A intensa vida cotidiana e a falta de tempo para compartilhamento entre os cônjuges da vida de cada qual, que deve ser sempre uma vida em comum, tem levado muitos casados a “adotarem” confidentes, companheiros de jornada e aconselhadores com pessoas outras que não seus cônjuges, o que já em si o início de uma vida adulterina, já que passam a ter como complementos de afetividade, como correspondentes, como parceiros de caminhada pessoas que não são seus cônjuges.

- Como temos dito ao longo do trimestre, a sexualidade não envolve tão somente a genitalidade, mas a própria ideia de complementação. Se “adotamos” alguém com quem compartilhar nossas ansiedades, sentimentos, emoções, frustrações, este alguém estará a ocupar o lugar que é exclusivo do nosso cônjuge e o resultado disto será a criação de vínculos que levarão, mais cedo ou mais tarde, ao adultério propriamente dito.

- As Escrituras bem demonstram esta realidade quando o apóstolo Paulo demonstra a necessidade de que haja um relacionamento íntimo e constante entre marido e mulher para que não venham eles a se prostituir por causa da incontinência (I Co.7:5), estabelecendo, quanto a isto, inclusive uma parcimônia de abstinência sexual, movida por dedicação à oração, a nos mostrar que mesmo nosso relacionamento com o Senhor deva ser devidamente equacionado para não dar vazão a uma circunstância que facilite o adultério.

- Vê-se que a falta de compartilhamento de vida entre marido e mulher lançam os cônjuges a uma situação de solidão que é a própria negação da razão de ser da formação da família e do casamento e, ante a própria natureza gregária do ser humano, tal circunstância de solidão leva o cônjuge a uma nítida tendência natural a busca de um companheirismo com alguém que não será o seu cônjuge, o que é nada mais, nada menos que adultério.

- Eis porque não podem ser admitidas certas variações da vida conjugal, verdadeiras “invenções” (Ec.7:29) que se têm criado ao longo dos anos, como casamentos em que os cônjuges apenas se encontram periodicamente, mantendo cada qual seu domicílio e residência próprios, situações que estão ao arrepio do princípio bíblico e que apenas propiciarão ambientes propícios para a prática do adultério.

- Este compartilhamento de vida com o cônjuge leva ao ponto que o nosso comentarista denominou de “apreciação do cônjuge”, ou seja, é preciso que o cônjuge seja devidamente valorizado, seja visto como a única e exclusiva pessoa com quem podemos nos complementar e, portanto, a única pessoa em função de quem deveremos viver a partir do casamento sobre a face da Terra.

- Nosso cônjuge é nossa “cara metade”, ou seja, é a pessoa com quem nos completamos, com quem formamos uma unidade, aquele complemento sem o qual não poderemos realizar a vontade de Deus em nossas vidas. É preciso termos consciência desta realidade para evitarmos criar circunstâncias que facilitem o adultério.

- Quando sobrepomos qualquer outra coisa acima de nosso cônjuge, tais como o trabalho, a igreja ou, mesmo, os filhos, estamos nos afastando do melo bíblico e criando uma situação de “adultério” que poderá não só nos levar a preencher este vazio com uma outra pessoa, como também levar nosso cônjuge a buscar alguém para suprir-lhe esta lacuna.

- A situação é tão séria que o apóstolo Paulo mostra a indispensabilidade desta valorização do cônjuge quando fala que o casado não pode dedicar-se às coisas do Senhor senão depois de ter devidamente satisfeito o seu cônjuge (I Co.7:32-34). Embora devamos amar a Deus sobre todas as coisas, no cotidiano de nossa vida terrena, temos de dar prioridade a cuidar do cônjuge para só então cuidarmos das coisas referentes ao Senhor.

- É evidente que, quando o apóstolo Paulo está a tratar aqui das “coisas do Senhor” e das “coisas do mundo”, não está se referindo a uma possibilidade de pecarmos tão somente para agradarmos nosso cônjuge. A salvação é individual e não se pode abrir mão da comunhão com o Senhor por causa do casamento, como haveremos de discutir na próxima lição. Não obstante, em não se tratando de questão relativa a pecado, tudo o mais que agrade ao cônjuge deve ser levado em consideração precipuamente.

- Ora, se até as coisas atinentes ao Senhor devem ser sopesadas com o agrado do cônjuge, como podemos admitir que coisas outras, puramente terrenas, possam sobrepujar em valor a nosso cônjuge? Quando deixamos de dar o devido valor ao nosso cônjuge, estamos, sim, criando condições para que se desenvolva um clima que seja favorável ao adultério.

- Por fim, ante estas condutas que devem ser tomadas a fim de que não se tenha a prática do adultério, bem percebemos que não é tão simples assim, como muitos querem crer, culpar unilateralmente qualquer dos cônjuges quando se tem a ocorrência do adultério em uma família.

- Não é simplesmente dizer que o único culpado pela ocorrência da infidelidade conjugal é aquele que foi apanhado em contato sexual com um terceiro que não é seu cônjuge. Além do contato sexual em si, há de se perquirir porque aquele cônjuge chegou a essa situação. Terá sido deixado solitário pelo cônjuge, que não lhe deu o devido valor, que já está a ter um compartilhamento de vida com terceira pessoa? Evidentemente que isto não justifica nem absolve aquele que pecou contra o seu próprio corpo, mas não podemos simplesmente considerá-lo como o único culpado sem bem avaliar o caso concreto, até porque uma das características do justo é sempre bem investigar o que ocorre (Sl.10:4).

- De tudo o que se disse, tem-se que a observância do modelo bíblico da família, a instituição de uma vida familiar de acordo com as Escrituras Sagradas se constitui na maior garantia para que afugentemos a possibilidade do adultério em nosso relacionamento conjugal. Quando somos fiéis à Palavra de Deus, quando obedecemos ao que estatui a Bíblia, não há como criarmos brechas e embaraços que podemos nos levar ao adultério e à destruição de nossas famílias. Obedeçamos ao Senhor e Ele nos livrará de qualquer infidelidade conjugal.

Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Lição 6: A Infidelidade conjugal II

TEXTO ÁUREO

“O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz” (Pv 6.32).

VERDADE PRÁTICA

A infidelidade conjugal traz sérias consequências a toda a família. Por isso, DEUS abomina tal prática.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 19.6 - DEUS ajuntou - Não separe o homem

Terça - Ef 5.25-28 - Amor e fidelidade à esposa

Quarta - Ef 5.22-24 - Submissão e fidelidade ao esposo

Quinta - Ef 6.11 - As astutas ciladas do Diabo

Sexta - Mt 26.41 - vigiar e orar

Sábado - Êx 20.14 - "Não adulterarás"

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27,28

Provérbios 5.1-5

1 Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha razão inclina o teu ouvido; 2 para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento. 3 Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite; 4 mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios. 5 Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.

Mateus 5.27,28

27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.

Já diz o ditado popular: "é melhor um covarde vivo do que um herói morto"

A bíblia nos ensina: "Sujeitai-vos, pois, a DEUS, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós". Tg 4.7

Mas também a bíblia nos diz: "Abstende-vos (ou fugi) de toda a aparência do mal". 1 Ts 5.22

5.3 OS LÁBIOS DA MULHER ESTRANHA. O livro de Provérbios adverte repetidas vezes quão destrutiva é a imoralidade sexual. Salomão ressalta que, embora os prazeres enganosos dessa imoralidade sejam atraentes, a entrega aos mesmos leva à ruína (vv. 7-14). Este capítulo e também 2.16-19; 6.20-35; 22.14; 23.27,28; 29.3; 30.20; 31.3 abordam a quebra das normas divinas da pureza e da castidade. A resposta à imoralidade sexual é a entrega pessoal a DEUS (v. 1) a abstenção sexual disciplinada pré-marital e a satisfação do desejo sexual natural através de uma vida marital santa e amorosa (vv. 15-23).

5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR.

Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência (gr. epithumia). O que CRISTO condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado. (1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).

(2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3).

A infidelidade conjugal tem sido o principal motivo de separação de casais na igreja. A falta de vigilância com a internet e com o contato pele-a-pele (abraços exagerados) e permanência em lugares fechados a sós, tem sido motivo de haverem tantos casos de adultério na igreja. A igreja precisa pedir a DEUS discernimento espiritual para serem revelados esses casos e pedir a DEUS autoridade e coragem para os líderes no combate aos casos existentes, procurando o perdão entre os cônjuges e a restauração dos casamentos quebrados por tais atos pecaminosos.

1. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO:

Infidelidade conjugal, biblicamente falando, é o ato sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge. Na bíblia é geralmente denominado Adultério (AT - hebraico Naaph – NT – grego – moichos ou moicheia).

(Jr 2.33; 7.9; 23.14; 29.23; Os 4.2; Ml 3.5; Lc 18.11; I Co 6.9; Hb 13.4)

Moicheia é o termo usado para pecado físico do adultério (Mt 15.19; Mc 7.21; Jo 8.3; Gl 5.19).

Adultério é palavra portuguesa derivada do grego adulterium se referindo ao dormir em cama alheia.

Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.

2. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE

O adultério é pecado largamente condenado tanto no Antigo quanto no Novo testamento.(Êx 5.18 – Êx 20.4 – no decálogo; Dt 5.18; Jó 31.11; Pv 2.17).

Punição aplicada ao adultério - a morte (Lv 20.10; Dt 22.22).

Havia como castigo o estrangulamento, recomendado pelos rabinos ou o apedrejamento como nos tempos de JESUS (Jo 8.3,5).

O rei Davi foi severamente repreendido pelo profeta Natã a esse respeito e o castigo de DEUS se abateu sobre ele, levando-lhe o filho nascido desse ato pecaminoso (II Sm 12.7; Sl 51).

Em Provérbios vemos instruções a fim de que o homem não se envolva em pecado de adultério (Pv 6.29-32).

O divórcio geralmente acontece devido ao adultério de um dos cônjuges - Dt 24.1; Mt 19.9.

O adultério pode ser o principal motivo para se romperem laços conjugais (I Co 6.15-17; Hb 13.4).

No Novo testamento o adultério é visto de maneira mais rígida por JESUS, - Mt 5.28, sendo condenado não apenas por contato físico, mas desejo da alma.

Muitos são os acaso de apostasia devido ao adultério e João chega até a dizer que existem pecados que não se deve orar pelos pecadores que insistem neles - I Co 6.9,10; 1 Jo 5.16.

3. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE

Até cristãos estão sujeitos à infidelidade conjugal e a bíblia está recheada de casos de servos de DEUS que caíram nessa cilada de Satanás. Dentre os mais destacados temos Abraão, Jacó, Davi e Salomão.

Existem casos de história de família que devem ser estudados e vigiados por aqueles que desejam ser fiéis a DEUS e o seu cônjuge (I Co 10.12). Os olhos devem estar fixos em DEUS e em seu testemunho de nossa aliança (Ef 5.25).

O segredo sempre é:

Esposas – sejam submissas.

Esposos – Amem suas esposas.

A falta de assistência de um dos cônjuges quando o outro está ferido pode ocasionar o adultério, por isso os cônjuges devem sempre estar dialogando um com o outro e procurando solução para os problemas que surgirem.

Os problemas conjugais devem ser tratados entre os cônjuges e só podem ser levados a outrem que seja de extrema confiança dos dois – no caso, o melhor é procurar ajuda do pastor e sua esposa.

São funestas as conseqüências de um adultério, mas sempre o perdão deve estar à frente de qualquer outra atitude.

O homem não é dono de seu corpo e nem a mulher de seu, portanto não podem ficar muito tempo sem o ato sexual. Muitos adultérios acontecem por falta de sexo entre os cônjuges. Existem maridos que passam até meses fora de casa em viagem de negócios ou outros afazeres. Muitos maridos passam anos dormindo no sofá, embora morando dentro da mesma casa que seu cônjuge. (I Co 7.5).

Casados devem tomar cuidado com elogios alheios (Pv 2.16,17 Pv 5.3; 6.24; 7.5, 21,23).

Antes de viajar o cônjuge deve procurar por relacionamento sexual com seu cônjuge para que não sejam demasiadamente tentados (Pv 7.10-12);

O amor entre os cônjuges deve ser mantido sempre aceso (Fp 1.9).

CONCLUSÃO

A infidelidade ou adultério acontece tanto no mundo como na igreja. É preciso lutar contra esse pecado como se luta contra Satanás, ele é o tentador. Só o amor e o compromisso com DEUS podem evitar que o casamento seja destruído pelo adultério. O perdão é ainda a melhor solução quando acontece essa tragédia.

PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL (BEP - CPAD) Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”. O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte: (1) A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados. (2) O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21). (3) A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11,17, 19-21; ver 18.6). (4) Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24). (5) Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal.

(a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3).

(b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9 sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18).

(c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19).

(d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28).

Adultério (vv. 27-30; Êx 20:14). (Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - W arren W . W iersbe)

Para o povo judeu daquela época, o noivado eqüivalia ao casamento - exceto pelo fato de que o homem e a mulher não coabitavam. Os noivos eram chamados de "marido e esposa", e, ao fim do período de noivado, o casamento era consumado. Se uma mulher que estava noiva ficava grávida, isso era considerado adultério (ver Dt 22:1321). Porém, José não pediu nenhuma punição nem o divórcio quando descobriu que Maria estava grávida, pois o Senhor havia lhe revelado a verdade. Todas essas coisas cumpriram Isaías 7:14.

os fariseus tinham uma lista de ações exteriores consideradas pecado, mas JESUS explicou que o pecado provém das atitudes do coração. A ira sem motivo é homicídio no coração; a lascívia é adultério no coração. A pessoa que afirma "viver segundo o sermão do monte" talvez não perceba que é mais difícil seguir esses preceitos do que os Dez Mandamentos!

JESUS assevera a pureza da lei de DEUS e, em seguida, explica que a intenção dessa lei é revelar a santidade do sexo e a pecaminosidade do coração humano. DEUS criou o sexo e protege essa criação. Tem autoridade para determinar como deve ser usado e para punir os que se rebelam contra suas leis. DEUS não estabeleceu regras para o sexo porque deseja nos controlar, mas sim porque deseja nos abençoar. DEUS sempre diz "não" para poder dizer "sim". A impureza sexual nasce dos desejos do coração. Mais uma vez, JESUS não está dizendo que desejos lascivos são a mesma coisa que práticas lascivas e, portanto, que a pessoa pode aproveitar e cometer adultério de fato, uma vez que já o fez em pensamento. O desejo e a prática não são idênticos, mas, em termos espirituais, são equivalentes. O "olhar" que JESUS menciona não é apenas casual e de relance; antes, é um olhar fixo e demorado com propósitos lascivos. É possível um homem olhar de relance para uma mulher, constatar que ela é linda, mas não ter pensamentos lascivos depois disso. O homem que JESUS descreve olha para a mulher com o propósito de alimentar seus apetites sexuais interiores, como um substituto para o ato sexual em si. Não é uma situação acidental, mas um ato planejado. Como vencer essas tentações? Pela purificação dos desejos do coração (o apetite conduz à ação) e pela disciplina das ações do corpo. Claro que JESUS não está falando literalmente de realizar uma cirurgia, pois isso não resolveria o problema do coração. Em se tratando dos pecados sexuais, os olhos e as mãos são geralmente os dois grandes "culpados"; portanto, são eles que devem ser disciplinados. JESUS diz: "trate o pecado de maneira imediata e decisiva! Não pense num tratamento gradual. A remoção deve ser radical!" A cirurgia espiritual é mais importante do que a cirurgia física, pois os pecados do corpo podem levar ao julgamento eterno. Convém refletir sobre passagens como Colossenses 3:5 e Romanos 6:13; 12:1, 2; 13:14. (Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - W arren W . W iersbe)

Curiosidade

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o SENHOR, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade.

Números 5:11-31

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o SENHOR, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade. Números 5:11-31

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Números 5:11-28

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Números 5:11-28

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o SENHOR, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade. Números 5:11-31

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o SENHOR, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade. Números 5:11-31

Depois que um homem se converte, é convencido pela Palavra de DEUS e pelo ESPÍRITO SANTO a mudar sua linha de pensamento. O Senhor, naturalmente, conhece este problema universal dos homens, pois ele nos admoesta: "Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela." (Mt 5.28.) Esse adultério mental, provavelmente, já derrotou maior número de homens sinceros que qualquer outro pecado. Muitas mulheres crentes não compreendem este problema dos homens, razão pela qual adotam vestuário tão reduzido. Se elas soubessem os problemas mentais que sua falta de decência causa na média dos homens, muitas se vestiriam com mais recato; mas como não se sentem excitadas à vista de um belo físico masculino, não percebem a imediata reação dos homens à sua exposição.

ADULTÉRIO (O Ato Conjugal - Tim e Beverly LaHaye) Uma pessoa pode ser realmente perdoada por um adultério cometido? Os pecados de adultério, homossexualismo e assassinato eram considerados crimes capitais na Bíblia, já que eram punidos com a pena de morte (Lv 20.10). Na Palavra de DEUS, está evidenciado de forma clara, que a vida humana é da maior importância para DEUS, e esses pecados atentam contra a perpetuação da vida. Mas, apesar disso, o sangue de CRISTO, vertido na cruz, pode purificar estes e outros pecados (1 Jo 1.7,9). Outra evidência do perdão de DEUS para esse pecado é o fato de JESUS haver perdoado a mulher adúltera (Jo 8.1-11), e a samaritana que tivera cinco maridos e na ocasião estava vivendo com outro (Jo 4.1-42). O crente pode cometer adultério? O crente pode cometer qualquer pecado que o homem conhece, mas se é realmente "nascido de novo", não poderá evitar o sentimento de culpa que lhe sobrevém da parte do ESPÍRITO SANTO (Jo 16.7-11). Por essa razão, Paulo desafia os cristãos a que andem segundo o ESPÍRITO e não segundo a carne (Gl 5.16-21). Se um crente abriga pensamentos impuros no coração durante algum tempo, fatalmente virá a praticar a ação. Foi por isso que CRISTO colocou em pé de igualdade os pensamentos impuros e o adultério (Mt 5.28). Nestes nossos dias de tanta tentação no plano sexual, é imprescindível que guardemos nossa mente. Como posso perdoar meu cônjuge por um ato de infidelidade? Provavelmente, não existe maior traição da confiança do que a da infidelidade conjugai. Portanto, é bastante comum a parte ofendida ter grande dificuldade em perdoar o cônjuge. Mas essa angústia e ressentimento não devem ser abrigados indefinidamente, pois, embora esta atitude possa ser compreensível, o fato é que o relacionamento dos dois não pode basear-se num ressentimento. Ê por esse motivo que outros casais se separam, após um ato de adultério, mesmo que o ofensor se arrependa e não prossiga em sua conduta. O Senhor ensinou a necessidade do perdão em Mateus 6.14,15 e Efésios 4.32, bem como em muitas outras passagens. DEUS nunca nos dá uma ordem que não sejamos capazes de cumprir, pois ele nos capacita a isso. Portanto, se você quiser perdoar, você conseguirá. Mas, se preferir alimentar amargura e mágoa, provavelmente nunca superará o problema. Certa vez indaguei de uma senhora que fora traída pelo marido, o seguinte: "A senhora quer ser feliz ou infeliz pelo resto da vida? A decisão é sua!" Como posso perdoar a mim mesmo por ter sido infiel ao meu cônjuge? A infidelidade é um dos maiores golpes que pode sofrer um casamento, pois desencadeia uma série de conseqüências más, sendo que uma das maiores é justamente o sentimento de culpa que envolve o transgressor. Já vimos pessoas com esse sentimento de culpa chegarem a um esgotamento nervoso. A Bíblia diz: "O caminho dos pérfidos é intransitável." (Pv 13.15.) E isso é particularmente aplicável a quem se torna culpado de pecados de natureza sexual. O autoperdão começa com o perdão divino. Quando você compreender que, pela confissão feita a DEUS, o sangue de JESUS CRISTO o purificou de toda injustiça, poderá perdoar a si mesmo. Há duas coisas que podem acelerar este processo: (1) pegue uma concordância bíblica e anote a referência de todos os versos que tratam da questão do perdão dos pecados; leia-os várias vezes; (2) com base em 1 João 1.9, todas as vezes que se lembrar do pecado, pare e agradeça a DEUS, pela fé, por haver-lhe perdoado. Aos poucos, você aprenderá a aceitar o perdão como um fato consumado, ao invés de ficar condenando a si mesmo por um pecado confessado. Já confessei o pecado de adultério a DEUS, e não tenho intenção de repeti-lo. Devo contar a meu cônjuge? Embora existam muitos outros fatores que devem ser considerados e que não estão incluídos nesta pergunta, geralmente recomendamos que não se conte ao cônjuge, desde que as condições abaixo sejam preenchidas. 1. Arrependimento genuíno e confissão do pecado a DEUS. 2. Cessação do relacionamento ilícito, evitando-se qualquer tipo de conduta para com a outra parte. 3. Estabelecimento de salvaguardas espirituais, isto é, oração e meditação diárias, participação regular nos trabalhos da igreja e uma conversa franca com o pastor. Uma vez que meu cônjuge comete adultério, posso confiar nele novamente? Um pecado cometido não facilita a comissão de outros? Isso depende de o indivíduo haver-se arrependido do pecado, confessado a DEUS e ao seu cônjuge, e cessado todo contato com a outra pessoa. Se estas coisas ocorreram, seria sensato de sua parte dar ao cônjuge a oportunidade de provar sua sinceridade, perdoando-o e esquecendo o passado. De outra forma, você estaria apenas dizendo-lhe: "Você fez a cama, agora deite-se nela." Você deve aproveitar uma ocasião como esta, para fazer uma análise franca de sua vida, e procurar descobrir meios de modificar suas próprias atitudes e comportamento, de maneira que, com a ajuda de DEUS e a aplicação dos princípios bíblicos à sua vida, você se torne uma esposa (marido) melhor no plano espiritual, emocional e físico. Quando um homem ou mulher comete infidelidade, geralmente, o cônjuge fiel, de alguma forma, deixou de atender aos desejos e necessidades do outro. Num casamento em que os dois ou pelo menos um é crente, eles devem esgotar todos os recursos possíveis para a reconciliação, antes de apelarem para a separação, mesmo que haja um caso de adultério. A separação deve ser o último recurso, depois que haverem feito, sinceramente, várias tentativas de reconciliação.

(O Ato Conjugal - Tim e Beverly LaHaye)

INTERAÇÃO

Como vai o seu casamento professor (a)? Como vai a sua família? O adultério é um pecado de consequências desproporcionais ao bem-estar da família. Sofre o cônjuge ferido, os filhos e toda a família. Esta, certamente, não é a vontade divina, por isso, a presente lição, além de ensinar aos alunos a respeito do perigo da infidelidade conjugal, é uma ótima oportunidade para todos nós fazermos uma autoanálise. A família é o bem maior que o Senhor nos concedeu. Por isso, vale todo o esforço para aperfeiçoar o relacionamento conjugal e aprofundar o convívio com a família. Pense nisso!

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Reconhecer que o adultério é um grave pecado.

Elencar as consequências da infidelidade conjugal.

Pontuar alguns conselhos preventivos contra a infidelidade

Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

Lição 3 - A infidelidade conjugal III

Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27,28

I. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO

1. Conceito e origem da palavra

1.1. (Adulterium) Lat. ‘dormir em cama alheia’

. É a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge

1.2. Este ato é condenado no A.T. e no N.T.

            . Ex 20.14

            . Dt 5.18

            . Rm 13.9

            . Gl 5.19

1.3. No tempo do A.T. a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv 20.10; Dt 22.22)

2. Todo cuidado ainda é pouco. Vigie (Mt 26.41)

2.1. A infidelidade conjugal começa na mente

            . Tomemos cuidado com o que vemos (Sl 101.3)

            . Tomemos cuidado com o que pensamos (Fp 4.8)

2.1. Há uma cilada na sua frente. Tome cuidado

            . Para não cairmos nas astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11)

            . Davi não vigiou e caiu nesta cilada (1Sm 13.14; 2Sm 11)

3. Deus, família e o ministério

3.1. Sem a presença de Deus o casal torna-se vulnerável à presença do maligno

3.2. Três coisas que nos ajudarão para mantermos a presença de Deus na nossa vida

            . Oração

            . Leitura da Palavra

            . Jejum

3.3. A família é o primeiro rebanho do pastor (1Tm 3.1-7; 5.8; 1Co 7.32-34)

            . Vendo assim, o ministro não desprezará a família para se dedicar ao ministério

II. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE

1. As consequências do pecado em relação à família

1.1. O pecado da infidelidade parece ser bonito, mas o preço é muito alto (Pv 5.3)

            . O pecado nos leva à perdição eterna (1Co 6.10)

            . O pecado quebra nossa comunhão com Deus (Is 59.1,2)

            . O pecado destrói a nossa alma (Pv 6.32)

1.2. Duas coisas que destroem a família

            . A imoralidade sexual

            . A infidelidade

1.3. Se o Senhor não ouve as orações daqueles que tratam mal os cônjuges, imagine como Ele reage à infidelidade conjugal (1Pe 3.7; Ml 2.16)

2. Um lar despedaçado pela falta de amor

2.1. Deus abomina a infidelidade, a deslealdade (Ml 2.15)

2.2. A falta de amor prejudica o casamento e abre brechas à infidelidade

. Para não entrar neste sistema de infelicidade o marido deve amar a esposa e a esposa deve amar o marido (Ef 5.22-33; Pv  5.19)

III. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE

1. Fuja das tentações

1.1. Seja prudente (Mt 10.16)

1.2. Evite o mal (Mt 26.41)

            . José fugiu do mal (Gn 39-41)

2. Honre seu cônjuge

2.1. Há maridos que se envergonham de suas esposas (Pv 5.15)

2.2. Envelhecer junto a mulher amada é um privilégio

2.3. Há mulheres, que, ao passar do tempo, deixam de se interessar e honrar o seu marido

            . Honre a seu marido (Ef 5.33)

3. Aprecie seu cônjuge

3.1. Ter apreço e ver como precioso (Lc 12.34)

            . Desta forma o adultério não terá vez em sua vida

3.2. Valorize o que é teu (Pv 5.18)

3.3. Invista diariamente em seu relacionamento

3.3. Não abra mão do respeito devido um ao outro

3.4. Uma família bem constituída é uma bênção para a obra de Deus

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

Lição 6 - A infidelidade conjugal IV

12 de maio de 2013

TEXTO ÁUREO

“Mas o homem que comete adultério não tem juízo; qualquer pessoa que assim procede a si mesmo se destrói” (Pv 6.32 BKJ).

VERDADE PRÁTICA

A infidelidade conjugal traz sérias consequências a toda a família. Por isso, Deus abomina tal pratica.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27-28

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

· Reconhecer que o adultério é um pecado grave;

· Elencar as consequências da infidelidade conjugal, e

· Pontuar alguns conselhos preventivos contra a infidelidade.

PALAVRA-CHAVE

Infidelidade:Procedimento de infiel; deslealdade, traição, perfídia.

COMENTÁRIO

introdução

Qual a dor emocional mais forte? Pessoas que passaram pela experiência de ser traído descrevem que foi como se uma faca tivesse atingido seu coração, dilacerando-o. A infidelidade conjugal (adultério), do hebraico na’aph é uma das práticas condenadas nos Dez Mandamentos: “Não adulterarás” (Êx 20.14). A infidelidade conjugal é um dos fatores mais desastrosos, danosos de uma relação. Ela desequilibra as esferas emocional, familiar, espiritual, social, profissional e sexual do indivíduo. Provoca danos, muitas vezes, irreversíveis. Se as pessoas previssem ou antecipassem as consequências da traição, provavelmente pensariam melhor antes de, irracionalmente, darem vazão aos sentimentos e desejos impulsivos que o levaram a tal. A impulsividade impede de o infiel medir a consequência entre seu ato impensado e a culpa e o prognóstico diante disso. Até mesmo para uma sociedade corrompida e à parte da ética cristã, a infidelidade conjugal é inaceitável, mesmo que a mídia tente impor esse estilo de vida como prática socialmente aceitável. Porém, para nós, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Nesta lição, refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO

1. Conceito e origem da palavra. Adultério é uma palavra que derivou da expressão em latina ad alterum torum que significa literalmente na cama de outro(a) que designava a prática da infidelidade conjugal e com o tempo se estendeu ao sentido de fraudar ou falsificar adjeta ao verbo "adulterar". "ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento", é considerado uma grave violação dos deveres conjugais por quase todas as civilizações de quase toda a história, sendo que algumas sociedades puniam gravemente o cônjuge adúltero e/ou a pessoa com quem praticava o ato, sendo ambos passíveis de morte. A palavra hebraica usada para adultério no Antigo Testamento é na’aph, que é derivada das palavras aramaicas na’ªpûp e ni’ûp, e aparece somente na Tanakh. Na’aph significa exclusivamente relações sexuais ilícitas entre pessoas casadas ou comprometidas. A palavra adultério e derivadas ocorre 34 vezes no AT. Além da conotação sexual, o adultério também é definido no Antigo Testamento como uma ofensa às leis acerca do matrimônio. Além de quebrar a união matrimonial, ele é encarado, quando o adúltero é casado, como uma ofensa ao marido da amante, e quando a adúltera é casada, como uma ofensa ao seu próprio marido. Também ele é definido como uma atitude contra Deus (Jo 31.11), contra a sociedade, como uma desonra a Deus ao colocar a vontade humana sobre a vontade divina (Gn 2.24), um ato de rebeldia, um meio de destruir a própria reputação (Pv 6.32,33) e um jeito de prejudicar a própria mente (Os 4.11-14). No Novo Testamento, a primeira adição ao assunto está em Mt 5.27,28. O texto traduzido literalmente diz: “Mas eu digo a vós que, qualquer um que olhar para uma mulher para cobiçar após ela, já tem cometido adultério com ela em seu coração”. Na ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade própria do reino. Em seu discurso faz a diferença entre moralismo externo e os desejos do coração. O termo grego para "adultério" é moicheúseis, e para "cobiçar" epithumesai, que no contexto implica em ansiar, desejar possuir. Jesus foi para além da letra da Lei e dos comportamentos aparentes, enfatizando o “espírito” da Lei e as intenções do coração (homem interior).

2. É preciso vigiar. No Novo Testamento, a primeira adição ao assunto está em Mt 5.27,28. O texto traduzido literalmente diz: “Mas eu digo a vós que, qualquer um que olhar para uma mulher para cobiçar após ela, já tem cometido adultério com ela em seu coração”. Na ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade própria do reino. Em seu discurso faz a diferença entre moralismo externo e os desejos do coração. O caso de infidelidade conjugal no Antigo Testamento bastante conhecido é o de Davi: “E enviou Davi e perguntou por aquela mulher; e disseram: Porventura, não é esta Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu? Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa” (2 Sm 11.3-4).

3. Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge. O ensino de Cristo em Mateus 6.22-23 é que "O olho é a lâmpada do corpo. Se seus olhos forem bons, todo o teu corpo será cheio de luz. Mas se teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso”. Diz ainda: “Não cometerás adultério. Mas eu vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela em seu coração" (Mt 5.27,28). O início da derrocada é com um olhar, com um ouvir, com um cobiçar. Não são poucos os crentes que estão sucumbindo em adultério por não controlar seus instintos, por não possuir domínio próprio. A culpa que a infidelidade traz é contínua e infinitamente maior do que o prazer que possa proporcionar. O infiel não consegue mensurar as consequências danosas na vida de seu cônjuge. Na vida cristã, a infidelidade conjugal geralmente é resultado de um mix de fatores: negligência na vida de oração e falta de vigilância, vida carnal, conflitos no casamento, etc.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O adultério é um grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais desprezar o outro.

II. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE

1. Afastamento de Deus. A infidelidade conjugal é, sem dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar. É tão séria que foi a única opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso de divórcio, para que um homem se afastasse de sua mulher para se casar com outra (a esposa infiel era repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio). A infidelidade conjugal é prejudicial à família e à relação com Deus. O Antigo Testamento mostra que a idolatria é comparada a uma infidelidade conjugal. Oséias, profeta de Deus, demonstrou em sua profecia a similaridade da traição de sua mulher, Gomer, com as traições de Israel para com Deus, motivo que fez com que Deus se irritasse muito com Seu próprio povo. As mais funestas consequências da infidelidade conjugal são: a destruição do lar e o afastamento de Deus. É evidente que o preço a se pagar por tal pecado é alto demais para aqueles que prezam por sua família e pela comunhão com Deus. Uma família bem estruturada tem seu preço, e da mesma forma uma família desestruturada. Que isso nos sirva de lição para que nos guardemos dos pecados sexuais e de suas consequências.

2. Morte espiritual. A pessoa infiel não consegue mensurar as consequências danosas na vida de seu companheiro. Cônjuges sentindo-se traídos em todos os aspectos, principalmente, na invasão de sua intimidade e de seu lar, de seu trabalho, dá vazão as suas piores reações. É onde, muitas vezes, ocorrem os chamados crimes passionais. No conhecido caso de adultério cometido por Davi, as consequências foram trágicas, pois culminou na trama da morte do marido de Bate-Seba, Urias (2 Sm 11.14-17). Davi foi cobrado pelo SENHOR por isso (2 Sm 12.14-19). Apesar do grande erro cometido, ao assumir seu pecado e demonstrar sincero arrependimento, a graça e a misericórdia de Deus se manifestaram em forma de perdão absoluto (2 Sm 12.13), isentando Davi das consequências legais de sua inflação: “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv 20.10).

3. Um lar despedaçado. A traição mata os relacionamentos mais lindos dessa vida; destrói a confiança. A traição dói, fere, machuca, é como uma faca afiada que despedaça de uma vez um relacionamento que foi construído aos poucos, muitas vezes, que levou anos. em sido o principal motivo de casamentos desfeitos, lares desestruturados, famílias destruídas. É por conta dessa triste realidade que as pessoas estão tão inseguras e desconfiadas hoje em dia. O amor tem se esfriado, as pessoas tem se tornado inseguras, instáveis, ressabiadas, desconfiadas. A realidade é que com toda podridão, vulgaridade e banalização do amor que temos visto, o medo da traição tem atacado igualmente homens e mulheres. Vivemos a era do descartável, a nossa mentalidade é “se não der certo, termina”, são os namoros just for fun, e isso é uma defraudação emocional conosco e com o próximo, pois, ao nos relacionarmos com alguém deixamos ‘marcas’ de nós naquela pessoa. A traição está diretamente ligada à falta caráter de uma pessoa, razão pela qual, ela tem perdão (é o que a Bíblia ensina), mas a possibilidade de reconciliação é opcional. A única carta magma de Deus para o divórcio é o adultério [http://estudos.gospelmais.com.br/traicao-voce-conhece-essa-dor.html].

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A infidelidade conjugal afasta a pessoa de Deus, mata a espiritualidade e dilacera o lar

III. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE

1. Fuja das tentações. Para não sermos alvos dessa situação, como diz o ditado da vovó: “ melhor PREVENIR que REMEDIAR”. Como prevenir? Sendo submissos ao Senhor pedindo-lhe orientação e discernimento diante das pessoas que surgirem em nosso caminho. Lembre-se: Jesus foi traído com um BEIJO. Nunca deixe alguém roubar de você aquilo que JESUS morreu para lhe dar: Alegria, Paz, esperança, vitória, estabilidade, liberdade, segurança e constância. É preciso ser prudente e evitar o mal. José, homem integro, foi traído friamente por seus irmãos, posto no poço e vendido como escravo, para depois ser concedido a Potifar, e, outra vez, ser maliciosamente traído por sua esposa. Foi posto na prisão, fez amizade com o copeiro do rei e mais uma vez conheceu o beijo da traição pois aquele homem quebrou a promessa feita na prisão e se esqueceu de José. Imagina a agonia, a dor, a aflição de José. Os anos passaram e José foi lembrado pelo Senhor e exaltado ao trono do Egito [http://estudos.gospelmais.com.br/traicao-voce-conhece-essa-dor.html].

2. Honre o seu cônjuge. É necessário que cada cônjuge compreenda a importância de seu espaço e o do outro dentro do casamento, a responsabilidade de cada um. Em que pese à redundância, o casamento deve ser solidificado num relacionamento de amor, amizade, intimidade, companheirismo, confiança e cumplicidade [http://www.rosangelatostes.com.br/artigos/60-a-infidelidade-conjugal.html]. A saída para evitar a infidelidade conjugal passa por diálogo sincero, humildade de ambos, marido e mulher, para aceitar dificuldades pessoais e procurar ajuda para resolvê-las, aceitar a limitação de todos os seres humanos para nos amar como sonhamos ser amados e aceitar o amor possível, parar de ter obsessão pelo outro, e aprender que homem e mulher são diferentes do ponto de vista comportamental o que produz a necessidade de aceitar as limitações pessoais e a compreensão de que o outro nunca poderá preencher todas as necessidades de cada um [http://www.esperanca.com.br/familia/casamento/a-infidelidade-conjugal-e-tambem-uma-maldade/]. A fidelidade conjugal traz honra a cada cônjuge. A mentira do mundo é que o estilo de vida, que consiste em se viver desregradamente como solteiro, é liberdade. Mas como é que isto é liberdade para a mulher cujo homem espera que ela compartilhe a sua intimidade e o apoie em sua vida, todavia ele pode ir em frente se ele encontrar uma pessoa mais bonita, mais amigável, mais agradável? É isso liberdade para o homem cuja mulher compartilha de seu coração, dá ânimo a seus dias, dá alegria à sua alma, todavia ela pode ir em frente se algum outro homem mais excitante, mais bonitão ou mais rico aparecer? Não! O casamento oferece fidelidade e permanência em troca de companheirismo, amor, intimidade, apoio e amizade. O casamento é a maneira venerável de tratar um ao outro. O casamento livra da tirania da incerteza. Por ventura é alguma maravilha que tantos homens e mulheres estejam ansiosos ou sofrendo, considerando que eles estão aprisionados na "liberdade" do não-compromisso? [http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/VidaAmorosa/Divorcio1-LeisDeusContraEle-VLondini.htm]

3. Aprecie seu conjuge. Não são poucos os crentes que utilizam a desculpa da “espiritualidade” para se desvencilharem de suas obrigações conjugais. Paulo deixa claro que essa atitude tem uma implicação séria: a tentação de satanás. “Não vos negueis um ao outro, a não ser de comum acordo por algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração. Depois, uni-vos de novo, para que Satanás não vos tente por causa da vossa falta de controle” (1Co 7.5). Paulo deixa claro que a abstinência sexual das pessoas casadas devem seguir estes princípios: Deve ser de comum acordo, ou seja, o casal deve concordar com essa abstinência, ou ela não poderá acontecer; deve ser temporário, ou seja, não pode ser por toda a vida; deve ser para que a pessoa se dedique à oração, ou seja, um propósito específico e elevado. A consequência de não se respeitar esses princípios é ser alvo da tentação de Satanás. Imagine a situação: se andamos com Deus e ainda assim somos tentados, quem dirá se abrirmos a guarda e dermos motivos para que o tentador nos ataque. Portanto, que isso fique claro: atender ao nosso cônjuge em suas necessidades sexuais faz parte de nossa obrigação também diante de Deus, e nos resguarda de tentações satânicas na esfera sexual. Portanto, fuja desse tipo de tentação, compreendendo seu cônjuge e honrando-o em suas necessidades afetivas [SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO - A infidelidade conjugal].

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Alguns conselhos contra a infidelidade no matrimônio: fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o aprecie.

CONCLUSÃO

Muitas famílias têm sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para que haja uma restauração da confiança é necessário haver dedicação e compreensão, evitar cobranças constantes e quaisquer pressões. Não são poucos os casos de infidelidade conjugal na Igreja. Para os irmãos em Cristo que já experimentaram essa dor, é preciso pensar sempre que, se quiser realmente reconstruir o que se quebrou, além do perdão, é necessário resgatar as raízes que os levaram a dar o passo inicial do casamento, relembrar o que os aproximou, as qualidade de um de e outro, os defeitos de ambos que ao longo dos anos foram se acostumando, ou foram exterminados ou remodelados, a cumplicidade. Não há dúvida alguma que a vontade do Pai celestial nos casos de infidelidade conjugal, onde o arrependimento da parte infiel é notório e verdadeiro, é a liberação do perdão. O próprio Deus foi vitimado pela infidelidade de Israel: O relacionamento entre Deus e Israel é frequentemente comparado a um contrato matrimonial (e.g. Is 54.5; Jr 3.14; cf. Ef 5.22-32). “Desviando-se do Senhor”, a fim de adorar aos ídolos, Israel foi considerado por Deus como um caso de infidelidade ou prostituição espiritual. O casamento de Oséias deveria ser, portanto, uma lição prática para o infiel Reino do Norte. (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1273). Nunca deixe alguém roubar de você aquilo que Jesus morreu para lhe dar: Alegria, paz, esperança, vitória, estabilidade, liberdade, segurança e constância. O relacionamento errado do homem com Deus gera uma degradação de relacionamentos humanos. Se não tivermos um relacionamento correto com Deus provavelmente não encontraremos satisfação e contentamento em nenhum outro relacionamento humano. Onde há Deus, há esperanças, Ele é a receita para os relacionamentos saudáveis.

NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa

Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere

Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Recife-PE

Maio de 2013.

Lição 6 - A infidelidade conjugal V

INTRODUÇÃO

Nesta lição destacaremos que o casamento é um pacto feito entre um homem e uma mulher e, como tal, deve ser visto com seriedade e compromisso. Veremos também a definição de “adultério” do ponto de vista do Antigo e do Novo Testamento. Elencaremos os três principais inimigos da família e como podemos vencê-los. Trataremos também sobre quais as consequências do adultério na família, e, por fim, como evitar que esse mal venha atingir o nosso lar.

I – CASAMENTO, UM PACTO DIANTE DE DEUS

O casamento não é apenas uma união entre um homem e uma mulher, envolvendo direitos conjugais, mas uma união que nasce de um pacto de mútuas promessas.

1.1 Aseriedade do pacto (entre os cônjuges). O termo pacto ou aliança em hebraico é de berit, e berit karat que significa “fazer (lit. ‘cortar’ ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto um “pacto” como “último desejo e testamento”), e o verbo diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um

acordo feito entre duas ou mais pessoas. No caso do casamento, a aliança é bilateral, ou seja, ela está totalmente condicionada à aceitação e ao cumprimento de ambas as partes, marido e mulher. Logo, no matrimônio, o concerto é primeiro realizado de forma horizontal, entre duas pessoas motivadas pelo amor e por consentimento mútuo. Nesta

aliança pelo menos quatro elementos estão presentes:

Partes: “um macho e uma fêmea” (Gn 1.27);

Condições: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24-a);

Resultados: “e serão ambos uma carne” (Gn 2.24-b);

Garantia: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9).

1.2 O compromisso do pacto (diante de Deus). A aliança do matrimônio também é feita no sentido vertical, ou seja, diante de Deus, que se torna a testemunha desse pacto, como ele mesmo afirma: “E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança” (Ml 2.14). O livro de Provérbios ensina que o casamento é um compromisso entre um homem e uma mulher e condena o adultério como uma quebra dessa aliança conjugal (Pv 2.16,17). Nessa perspectiva o casamento

é um juramento de lealdade feito por um homem e uma mulher diante de Deus de se amarem e viverem fielmente um para outro até que a morte os separe. Por isso, esse compromisso assumido diante de Deus deve ser indissolúvel (Mt 19.6).

II – A INFIDELIDADE CONJUGAL

Como pudemos ver, o casamento é uma aliança feita entre pessoas de sexos diferentes, motivados pelo amor e que juram fidelidade um ao outro de viverem juntos até que a morte os separe (Rm 7.2; I Co 7.39). Infelizmente, esse juramento pode ser quebrado, quando um dos cônjuges se torna infiel ao outro (Mt 19.9; Mc 10.11). Esta açao é chamada de adultério, e este por sua vez, é a “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge” (WYCLIFFE, 2012, p. 35). Vejamos como o adultério é visto pela Bíblia Sagrada:

2.1 No Antigo Testamento. O adultério é estritamente proibido no AT, “Não adulterarás” é o sétimo mandamento do Decálogo (Êx 20.14; Dt 5.18). Esta prática era punível sob a Lei com morte por apedrejamento (Lv 20.10; Dt 22.22). Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação que é a relação sexual entre pessoas não casadas. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, embora fosse condenada a morte aquele que praticasse o adultério, a cobiça da mulher do próximo também era proibida (Êx 20.17; Dt 5.21).

2.2 No Novo Testamento. Os ensinamentos neotestamentários seguem o mesmo padrão veterotestamentário quanto a reprovação da prática do adultério (Rm 13.9; Gl 5.19; Tg 2.11). O Senhor Jesus estendeu a culpa pelo adultério da mesma

forma como fez para outros mandamentos, incluindo até o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28). Por isso, na ocasião citada pelo apóstolo João em (Jo 8.1), Jesus não desfez da Lei mosaica quanto ao apedrejamento da mulher adúltera, mas exortou os homens que vieram apedrejá-la, alegando que sob a ótica divina, eles estavam em semelhante situação, pelo adultério pré-concebido em seus corações (Jo 8.7). O apóstolo Paulo, por sua vez, disse que o adultério é uma obra da carne e os que praticam são passíveis de morte e não herdarão o Reino dos céus (Rm 1.29-32; Gl 5.21).

III – OS TRÊS INIMIGOS DA FAMÍLIA

Um dos maiores desafios enfrentados pela família é vencer a tentação. Isto porque, diariamente somos tentados a pecar contra Deus; quer seja através de pensamentos, palavras, obras ou omissão. Podemos observar na Palavra de Deus, pelo menos três principais inimigos da família:

3.1 O Diabo: É o principal agente da tentação. No capítulo 3 do livro de Gênesis, lemos acerca dele, tentando os nossos primeiros pais (Gn 3); em (Mt 4.3) vemos ele tentando o próprio Filho de Deus. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses diz: “temendo que o tentador vos tentasse” (I Ts 3.5). Aos Coríntios ele escreve dizendo que temia que eles fossem enganados pela serpente (II Co 11.3); E, o apóstolo Pedro diz que ele “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pe 5.8). Sem dúvida alguma, as muitas famílias que hoje se encontram destruídas, sofreram ataques de Satanás, que desde o princípio quer destruir os lares. Diante de suas investidas só nos resta seguir o conselho do apóstolo Tiago que diz: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”

(Tg 4.7).

3.2 ACarne. Refere-se a natureza caída, isto é, as paixões, os desejos e apetites desordenados que residem em nossa natureza, conforme podemos ver em (I Co 10.13; Tg 1.14,15; Gl 5.16-21). Podemos dizer que a carne é o mais perigoso de todos os inimigos; pois, enquanto os demais são externos, este inimigo é interno. A Bíblia nos mostra alguns exemplos de pessoas que foram derrotadas por este inimigo, porém destacamos o personagem bíblico Davi. Sua ociosidade (II Sm 11.1); cobiça (II Sm 11.2) e concupiscência levaram-no a fazer o que não agradou a Deus (II Sm 11.3-5,27). Sejamos vigilantes a fim de não cairmos no mesmo engodo (Mt 26.41).

3.3 O Mundo. O apóstolo Paulo diz que a graça de Deus nos ensina a renunciar as paixões mundanas (Tt 2.13). Sendo assim, podemos dizer que o mundo também é um agente da tentação. As paixões mundanas, das quais Paulo se refere, são as coisas que estão sob o domínio de Satanás, e que servem para atrair e enganar os homens (Tg 4.4; Rm 12.1,2; I Jo 2.15-17). Através da mídia a pornografia tem sido amplamente divulgada no mundo, por meio de revistas imorais e, novelas que de forma explícita incitam a prática do adultério ao ponto de as pessoas desacreditarem de que atualmente

seja possível ser fiel ao cônjuge, passando a ser motivo de chacota os que assim procedem (I Pe 4.4). No entanto, a Palavra de Deus nos diz que podemos vencer o mundo, através da fé (I Jo 5.4).

IV – AS CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO NA FAMÍLIA

Sem dúvida alguma, a infidelidade conjugal tem sido a causa de muitas tragédias na família. Muitos lares têm sido destruídos por esta arma diabólica. Isto porque o adultério destrói a confiança, sufoca o amor, mata o respeito, acaba com a transparência, suscita o ciúme e empurra a família para uma crise de consequências imprevisíveis. Eis algumas: (1) rompimento do casamento (Dt 22.15-21); (2) trauma nos filhos; (3) escândalo na igreja (I Co 5.1); (4) mau testemunho para sociedade (I Co 10.32); (5) marcas profundas de ambos os lados (II Sm 12.15-20); (6) Os maus exemplos poderão

ser seguidos pelos filhos (II Sm 13) e (7) Depressão e perda da comunhão com Deus (Sl 51.8-12).

V – COMO EVITAR O ADULTÉRIO

A Bíblia Sagrada a “lâmpada para os nossos pés e a luz para o nosso caminho” (Sl 119.105), ensina-nos como devemos proceder para que evitemos este terrível pecado. Vejamos algumas de suas recomendações:

Evitando maus pensamentos, ocupando a mente com o que é proveitoso (Pv 4.23; Fp 4.8; Mt 15.19);

Afastando dos olhos aquilo que pode levar a pessoa a alimentar seu interior com o pecado (Sl 101.3; Mt 6.22,23);

Mantendo-se longe de pessoas cujo comportamento está em desacordo com a Bíblia (Sl 1.1-3; I Co 5.11);

Mortificando a carne e andando em Espírito (Cl 3.5; Gl 5.16-18);

Só abstendo-se do ato sexual com o cônjuge por consentimento mútuo e por tempo determinado (I Co 7.5);

Sendo um cônjuge que mantém seu esposo(a) satisfeito(a) (Pv 5.15; I Co 7.3);

Observando a Palavra de Deus (Sl 119.11; Pv 4.20);

Orando e vigiando sempre (Mt 26.41).

CONCLUSÃO

Como pudemos ver, o casamento é um pacto feito entre duas pessoas, tendo Deus como testemunha. Sendo assim deve ser mantido com fidelidade e amor, evitando o adultério. Cada cônjuge deve resistir o diabo, a carne e o mundo, a fim de manter sua aliança, pois muitas famílias tem experimentado o sabor amargo da traição por falta de vigilância. Que Deus nos livre de tamanho mal.

REFERÊNCIAS

 LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS.

VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.

 SILVA, Esequias Soares de. Analisando o divórcio à luz da Bíblia. CPAD.

 PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wyclliffe. CPAD.

 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

Fonte: http://rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/   Acesso em 06 maio 2013.

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