Lição 12: Pobreza é maldição?

TEXTO BÍBLICO (Dn 2.1-9)
ENFOQUE BÍBLICO
Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hb 13.5)
OBJETIVOS
Ajudar seus alunos a valorizarem o amor ao próximo, independentemente de sua condição social (Tg 2.2-4)
Combater a falaciosa e idolátrica teológica da prosperidade, pela qual muitos têm experimentado males (Ef 5.5; 1Tm 6.9,10).
Enfatizara importância da contribuição financeira – dizimo e ofertas – para a obra de Deus (1Co 16.1,2)
INTRODUÇÃO
Esta lição aborda três pontos difíceis de ser tratado, primeiro falar de amor ao próximo em um mundo antropocêntrico, como o que está ai proposto. Em segundo lugar alertar a igreja quanto ao perigoso Evangelho da Prosperidade, está na mídia hoje, ser crente ou evangélico é sinônimo de riqueza. E finalmente falar sobre o dizimo, falar sobre a contribuição de modo ordenado e bíblico, quando a avareza encontra lugar em muitos corações.
Professor ore a Deus e boa aula!!!  
AME O PRÓXIMO COMO A TI MESMO
Certa mulher chegou a Jesus para lhe pedir algo, seria normal, pois, quantas pessoas fizeram isto? Acontece que o pedido daquela mulher era muito diferente, queria ela que seus dois filhos se assentassem um a direita e outro a esquerda de Jesus, quando este adentrasse no seu Reino. Bem pode aqui surgir uma pergunta: Qual é o cristão mais importante da igreja? Seu filho? Seu irmão? Ah! Pode ser que sejam os seus pais? Isto é o que pensamos.
A regra do cristianismo é diferente da do mundo, no cristianismo quem quiser ser o primeiro deverá ser servo. Portanto o cristão mais importante é aquele que é capaz de se humilhar e ser de fato humilde. Humilde a ponto de promover o próximo, mas o que significa isso? Entender que o próximo pode ser muito mais capaz que eu, e a arrogância não nos deixa enxergar.[1]
Certa vez Jesus ensinando seus discípulos corrigiu a interpretação errônea  que os fariseus faziam de Levitico 19.18 e Sl 139. 19-22; 140.9-11. Segundo o comentário da BEAP, pg 1226, eles procuravam amar somente aqueles que os amavam e odiavam os seus inimigos. Jesus inclui o amor também aos nossos inimigos e não devemos agir com vingança quando eles nos fazem o mal. Amar aqui não significa você está todos os dias na casa de alguém que fala mal de você, que procura fazer você sofrer que age como inimigo declaradamente. Mas o que Jesus está propondo é que o queremos bem, façamos-lhes o bem, que sejamos benignos para com eles também, assim como agimos com os nossos amigos.[2]
Odiarás o teu inimigo”. Veja que uma expressão usada por muito tempo parece fazer parte do Pentateuco, e não faz. A expressão pertencia à tradição judaica que desconsideravam os judeus prosélitos e os tratavam como vizinhos. Com isto o racismo, como no caso dos samaritanos e outros e até a posição social era o motivo da indiferença e inimizade. A propósito Jesus contou uma parábola para ilustrar a pergunta ardilosa de um interprete da lei. Com muita galhardia o interprete respondeu o que está escrito na lei e deu a interpretação, mas seu empuxo viria depois, quando ardilosamente pergunta a Jesus: “Quem é o meu próximo?”. (Lc 10.25-37)
O interprete estava a conversar com o Mestre dos mestres e ainda não tinha percebido, quando ouve a narração da parábola e com muita tristeza creio eu, é obrigado a afirmar que o próximo era o samaritano. Talvez aquele interprete tenha ficado pensativo e refletindo durante todo aquele dia ou talvez dias. Amar alguém tão odiado como era os samaritanos, uma tarefa difícil, mas necessária para quem quer agradar a Deus.
Vivemos hoje em um mundo antropocêntrico, materialista, onde o ser humano é desvalorizado. É triste o que ouvimos sobre o homem a quem Deus criou, não há mais respeito para com a obra prima do criador. Em muitas igrejas o homem não é mais visto como alma valorosa para Cristo, infelizmente, já se fala em reciclagem de crentes. Nas indústrias o homem vale enquanto está com saúde, na doença não importa o quanto ele já gerou de lucros, ele é simplesmente um material descartável.
O amor de Deus não trata o ser humano assim, Moises estava velho e cansado, mas dois jovens seguravam seus braços levantados. Você já imaginou Moises vivendo hoje neste materialismo, nessa busca pela fama e dinheiro? A falta de amor tem avassalado a humanidade e levado quem pode mais fazer com que os outros sofram. Não podemos agir como os descrentes e nem como na indústria, na igreja, temos variedades de raças, posições sociais muito diferentes. O doutor não é maior que o analfabeto, o analfabeto não pode ser inferiorizado devido as suas condições e por nenhum motivo. A cor da pele, a pobreza, os portadores de deficiências físicas, ninguém podem ser descriminados, Jesus ensinou amar a todos. 
A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Quem você é? Isto não importa, mas quanto você tem? Bem ai há uma mudança, se você tem muito dinheiro, significa que já é um bom crente e abençoado, agora lute, para não ficar pobre ou perder em algum negócio que você venha a fazer que isto signifique pecados. Para ilustrações incabíveis os pregadores da prosperidade se valem de personagens como Abraão, Isaque, Jacó e outros. Esquecem que no NT, os personagens em sua maioria eram pobres ou deixaram tudo para seguir a Cristo. [3]
             "Pobreza é escravidão! Ela amarra as pessoas, impedindo-as de terem as      coisas de que necessitam. A pobreza leva à depressão e ao medo. Não é a vontade de Deus que você viva na escravidão da pobreza. É hora de Deus acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza no meio de seu povo! É chegado o momento da liberação de uma unção financeira especial, que quebrará as cadeias da escassez e o capacitará a colher com abundância!”

Extraído da Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira do Morris Cerullo.
O que vocês acham? O apostolo Pedro mentia, quando disse ao coxo: “Não tenho prata e nem ouro...”. Há provas evidentes que os homens de Deus no NT, não possuíam bens, não viviam mendigando como miseráveis que é outra coisa, que trataremos depois. Mas eram em sua maioria simples e pobres, não eram escravos e nem amarrados e muito menos deprimidos.
O evangelho da prosperidade é oriundo da America do Norte, muitas congregações de tradição pentecostal estão hoje fundamentadas nesta Teologia. O movimento tem se alastrado principalmente no Brasil com o surgimento do neopentecostalismo. O movimento tem também o nome de Confissão Positiva ou Movimento da fé, não se trata de uma denominação ou seita, mas de um movimento que de modo sorrateiro tem entrado nas igrejas pentecostais. Sua principal arma é o uso do poder da mente para se livrar da pobreza e de todo tipo de doenças e males.
Ficamos, pois com as palavras de Jesus: “Acautelai-vos, porem, dos falsos profetas, que vem até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). Portanto o que você tem, se pouco ou muito, deve ser para a glória de Deus, o importante é que você possua a salvação. Estando o Reino de Deus acima de todas as coisas, com certeza vos serão acrescentadas as bênçãos. Asafe, no Salmo 73, viu a prosperidade do ímpio sendo pungida, teve respostas em meio a angustias ao entrar no santuário de Deus. O salmista vê que os que buscam para si riquezas daqui, vivem em lugares escorregadios, são tomados pelo pânico, não tem paz e como um sonho desaparecem.  
A verdadeira prosperidade é estar de continuo com Deus, ser guiado por ele e finalmente ser recebido por ele na gloria. Quer gloria maior que esta? Que outro bem maior pode o homem ter alem de Deus? Deus é a fonte da verdadeira prosperidade, tudo começa e termina com ele. Podemos sim desfrutar das riquezas materiais caso venhamos a ter, do contrario não nos apavoremos, basta que o Senhor cuide de nós.
A igreja do Senhor não é composta de miseráveis, pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, o salmista disse: “Nunca vi um justo desamparado e nem a sua descendência mendigar o pão”[4]. Veja que a promessa é para o justo, vejamos no próximo tópico o segredo do sustento do crente e como ele pode prosperar em Deus, que é a fonte da prosperidade.
DIZIMO E OFERTAS
Alem de valorizarmos o amor ao próximo, independente de sua posição social, devemos também combater de modo inteligente a Teologia da prosperidade. Não se esquecendo da importância da contribuição  financeira, para a obra de Deus. Conheci um pastor que dizia: “o dinheiro de Deus está nos bolsos dos crentes, com este dinheiro enviamos missionários, construímos templos, sustentamos o ministério e mantemos o funcionamento da casa de Deus”.
Pensamos então em alguns crentes que tem até uma boa posição financeira e nem se quer ofertas dão a igreja. Certa vez li em um pequeno livro uma historia até engraçada que passarei a narrar.
Certo irmão tinha por costume ao ir ao culto, separava algumas moedinhas pondo-as em um bolso separado para ofertar a Deus. Num outro bolso colocava o seu dinheiro. Em um dos cultos, Deus mandou poder o irmão se encheu chorou muito se emocionou, na hora da oferta, ele colocou o seu dinheiro na salva, fez isso despercebido. Só notou ao entrar no ônibus, quando chegando à roleta, lembrou-se do dinheiro e gritou meu Deus! O que faço agora? Deus lhe disse: “Faça o mesmo que eu faço quando você dá aquelas moedinhas”.
Aquele que ganha mesada, salários, todo dinheiro honestamente ganhado, deve ser dizimado. E alem dos dízimos devemos também ofertar os jovens e adolescentes passam seus finais de semanas nas lanchonetes, passam horas nas lans houses, gastam com chocolates, revistas diversas. Não é pecado você se divertir, buscar conhecimento, mas lembre-se você precisa contribuir com a obra de Deus, trazendo os seus dízimos e ofertas. Pode até parecer um valor irrisório, mas o que esta em questão é a sua fidelidade. Como dar um dizimo de mil reais, se você recebeu apenas cem reais? Não é do valor que Deus precisa e sim da obediência e da fidelidade.
Quando Deus disse a Adão para ele não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal, que estava no meio do jardim. Ele estava dizendo ao homem: Olha! Eu quero contar com você. Quero contar com a sua cooperação, nesta obra que eu realizei. Quando adão voluntariamente comeu, ele estava dizendo: Não Senhor! Não conte comigo por que eu não sei obedecer; eu não sei ser fiel, eu sou um fracasso.
Quando desobedecemos ao que está escrito em Malaquias 3.10, estamos dizendo a Deus. Olha! Deus, não conte comigo, por mim os cultos seriam realizados no escuro, debaixo das arvores, não haveria pastores. Missionários? Ah! Expansão da evangelização no mundo, nem pense nisto. Eu sou um fracasso na tua igreja, não conte comigo. [5]
O grande exemplo da Bíblia foi Abraão, entendeu que Deus precisava dele para formar uma grande nação. O oferecimento de Isaque provou o desprendimento total das coisas materiais, mesmo que estas venham a fazer parte de nós. Ao oferecer Isaque uma parte de seu coração, da sua vida estava colocada sobre aquele altar, Abraão estava dolorido, mas pronto a obedecer. Abraão sim estava dizendo pode confiar em mim Senhor, pode contar  comigo, qualquer coisa que o Senhor me pedir eu estou aqui. Conheço um pastor que sempre diz: “A obediência de Abraão estava acima da velocidade do anjo, pois o mesmo gritou, não dava tempo de chegar”.
Precisamos entender que a benção está na contribuição, a mídia esta chamando de “semente”, não importa, nossa fidelidade é que contará. Vamos conscientemente lembrar que a prosperidade que queremos depende da nossa obediência a Deus e ai se inclui o dizimar o ofertar para a manutenção da obra do Senhor.
CONCLUSÃO
Veja que a prosperidade de nossa vida espiritual e material depende de nossa obediência a Deus. Primeiramente amando o nosso próximo, não só em palavras como o Apostolo João falou, mas como a ti mesmo. O que você não quer não deseje ao próximo. Segundo contribuindo com os dízimos e ofertas na casa do Senhor, para a manutenção da mesma.
Colaboração para Portal Escola Dominical  – Pr. Jair Rodrigues



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