Lição 1 - Família, criação de Deus

FAMILIA

Lição 1 - Família, criação de Deus I Plano de Aula

PLANO DE AULA

INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE

1º SLIDE

- Família: alvo dos ataques do adversário de nossas almas na atualidade – vivemos os dias de Noé (Mt.24:38).

- Por que a família é atacada pelo maligno? Porque é uma instituição criada por Deus para que o homem atinja a sua perfeição.

2º SLIDE

Capa da revista do trimestre

- Uma porta entreaberta, com uma chave que tem, em seu chaveiro, um livro aberto, que nos lembra a Bíblia Sagrada.

- A cena mostra, claramente, já que a chave está do lado de fora, que se está entrando em casa, que se está permitindo que o interior da casa tenha contato com o mundo externo.

3º SLIDE

- A ilustração remete-nos a Dt.6:7-9, quando Moisés aconselha o povo de Israel a transmitir a lei do Senhor para seus filhos em quaisquer circunstâncias e ocasiões.

- A família foi criada por Deus para ser o ambiente propício para adorarmos a Ele e cumprirmos os desígnios divinos estabelecidos para o ser humano.

4º SLIDE

- Somente se firmados na Palavra de Deus é que poderemos enfrentar os ataques que o inimigo lança contra nossas famílias.

- Uma família alicerçada na Bíblia Sagrada é o fundamento para a construção de uma igreja e de uma sociedade que possam vencer o pecado e o mundo.

5º SLIDE

Blocos do trimestre

- Introdução – lição 1

- Primeiro bloco – lições 2 a 10 – “o lado de dentro” da família

- Segundo bloco – lições 11 a 13 – “o lado de fora” da família

6º SLIDE

Comentarista do trimestre

- Pr. Elinaldo Renovato de Lima – Presidente das Assembleias de Deus em Paranmirim/RN>

PLANO DE AULA Nº 1

LIÇÃO Nº 1 - A FAMÍLIA - CRIAÇÃO DE DEUS

1º SLIDE

INTRODUÇÃO

  • Família - instituição criada diretamente por Deus, com o propósito de criar as condições necessárias para que o homem cumprisse o papel que lhe cabia na ordem estabelecida por Deus quando da criação de todas as coisas.

2º SLIDE

I. CONCEITO E ATRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA

  • Família - primeiro grupo social a que uma pessoa pertence (Gn.2:23,24) .

-   A família foi feita para suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano - impedir solidão (Gn.2:20).

3º SLIDE

- Objetivo da família - permitir o cumprimento do propósito divino estabelecido para o homem, qual seja, o domínio sobre a criação na Terra, bem como a frutificação e multiplicação na face da Terra e o suprimento da necessidade de companheirismo.

- Os falsos ensinamentos a respeito do papel da família:

a) seita do reverendo Moon

b) mórmons

c) espíritas kardecistas

4º SLIDE

- Funções da família (I):

a) propiciar a perpetuação da espécie humana  (Gn.1:27,28)

b) regrar o relacionamento íntimo e sexual entre homem e mulher. (Gn.2:23,24)

c) inserir o indivíduo na vida em sociedade. (Dt.6:6-9; Sl.78:1-8).

d) função afetiva (impedir a solidão) (Gn.2:23,24)

5º SLIDE

- Funções fa família (II)

e) função protetora.  (Ex.12:3,4; Lc.9:51)

f) função econômica (Gn.1:29,30)

g) função de "status"  (Nm.27:1-11)

6º SLIDE

II. A FAMÍLIA DE DEUS

-  "Família de Deus" – Igreja – Ef.2:19

- Deus é Pai, porque (I):

a) ama

b) cuida de nós

c) nos ensina

d) tem autoridade sobre nós

7º SLIDE

-  Deus é Pai, porque (II):

e) nos disciplina. –

f) gera ou adota filhos -

g) é responsável pelos filhos. -

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Lição 1 - Família, criação de Deus I

ESBOÇO Nº 1

A) INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE

A família é o tema deste trimestre em nossa Escola Bíblica Dominical, tema que há oito anos não era tratado especificamente no currículo da CPAD, que tratou do assunto no segundo trimestre de 2004. Desde aquela época e, hoje como nunca, a família tem sido um dos grandes problemas que têm sido enfrentados nestes dias que antecedem a vinda do Senhor para arrebatar a Sua Igreja.

Não devemos nos admirar com os problemas que têm vindo sobre a família, porquanto são nada mais, nada menos do que cumprimento da Palavra de Deus.

Com efeito, ao anunciar os sinais de Sua vinda, Jesus afirmou que, no período imediatamente anterior ao arrebatamento da Igreja, reviveríamos os dias de Noé, onde as pessoas casavam e davam-se em casamento (Mt.24:38), ou seja, onde as pessoas pouco se importavam com a constituição de famílias, tornando a instituição familiar descartável e completamente dependente do humor e dos desejos e paixões dos indivíduos.

O apóstolo Paulo, também, afirmou que, nestes dias, seria característica predominante esta total desconsideração dos valores familiares, tanto que os homens seriam desobedientes a pais e mães, ingratos, sem afeto natural, sem amor para com os bons, traidores, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus (II Tm.3:1-4), propriedades que atingem e ferem de morte a instituição familiar.

Não deveríamos, pois, repetimos, esperar outra coisa senão a total falência da família num mundo pecaminoso, sem Deus e sem salvação, até porque, como nos ensinam as Escrituras, este mundo segue a vontade do deus deste século, que se levanta contra tudo o que é criado por Deus (Ef.2:2,3; II Co.4:4) e a família é, simplesmente, a primeira instituição criada por Deus na terra (Gn.2:23,24). Assim, para quem veio matar, roubar e destruir (Jo.10:10), não há, mesmo, trabalho mais importante senão a destruição e esfacelamento da família.

É por isso que um estudo sobre a família, nos nossos dias, se apresenta como uma imperiosa necessidade para aqueles que entregaram suas vidas a Jesus e que O estão esperando para vir arrebatar a Sua Igreja.

Nenhum outro trabalho satânico tem sido tão cuidadoso e exitoso quanto o esfacelamento e a destruição das famílias. A imoralidade, a prostituição, as drogas, o divórcio e tantas outras ferramentas têm sido astutamente utilizados pelo adversário das nossas almas e têm conseguido atingir milhões e milhões de vidas, e, através disto, prejudicado intensamente o trabalho da Igreja na evangelização dos povos.

A capa da revista deste trimestre apresenta-nos uma porta entreaberta, com uma chave que tem, em seu chaveiro, um livro aberto, que nos lembra a Bíblia Sagrada. A cena mostra, claramente, já que a chave está do lado de fora, que se está entrando em casa, que se está permitindo que o interior da casa tenha contato com o mundo externo.

Esta ilustração remete-nos às palavras de Moisés ao povo de Israel, no bojo de um de seus últimos discursos ao povo, antes de sua morte, no capítulo 6 do livro de Deuteronômio, em trecho que é fundamental para a definição da fé judaica em Deus.

Nesta passagem de seu discurso, Moisés manda ao povo que ensinasse a lei de Deus aos seus filhos, em todo o tempo, em toda a circunstância, para que pudessem os filhos guardar os mandamentos e, assim, prosseguir o compromisso assumido de ser o povo santo e o reino sacerdotal do Senhor dentre os povos no pacto do Sinai (Dt.6:7-9).

O texto sagrado diz que, por primeiro, precisamos ter a Palavra de Deus em nossos corações e, depois, devemos transmiti-las a nossos filhos, inclusive as escrevendo “nos umbrais de nossa casa e nas nossas portas”.

A porta retratada na capa do trimestre mostra-nos, claramente, que a família somente estará protegida dos inúmeros ataques que o mundo, dominado pelo inimigo de nossas almas, sempre lança contra ela, se estiver fundamentada na Palavra de Deus, na sã doutrina, se a família for o ambiente de adoração ao Senhor, de intensa comunhão não só entre seus integrantes, mas deles com Deus.

A chave para mantermos uma vida familiar vitoriosa, que atinja os sublimes propósitos traçados por Deus para a instituição familiar é, precisamente, a de termos, em nossa casa, um verdadeiro e genuíno “lar”, ou seja, um local de adoração ao Senhor, onde se ministre, se viva e se difunda a Palavra de Deus, onde todos vivam consoante o modelo estabelecido pelo Senhor ao criar a família, o local propício para que o homem cumpra os desígnios divinos sobre a face da Terra.

Após uma lição introdutória, em que veremos que a família é uma criação divina, o trimestre pode ser dividido em dois blocos, a saber:

a) o primeiro bloco, que abrange as lições 2 a 10, estudaremos o elemento fundante da família consoante o modelo bíblico, ou seja, o casamento, em todas as suas perspectivas, inclusive a tormentosa questão do divórcio, assim como outros aspectos da vida familiar, como a educação cristã, a sexualidade e o culto doméstico. Estaremos a estudar a família “do lado de dentro”, na sua estrutura interna.

b) o segundo bloco, que abrange as lições 11 a 13, onde estudaremos o relacionamento da família com a Escola Bíblica Dominical e a Igreja e, por fim, analisaremos o propósito divino de termos em nossa família um local para adoração ao Senhor. Veremos a família “do lado de fora”, ou seja, em suas relações com a sociedade e com Deus.

O comentarista deste trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima, pastor presidente das Assembleias de Deus em Parnamirim/RN, um dos expoentes das Assembleias de Deus em ética cristã.

Devemos, neste trimestre, nos dedicar, com afinco, no estudo da Palavra de Deus, a fim de que possamos saber qual o modelo divino da família, como podemos impedir e evitar os ataques do inimigo de nossas almas contra a nossa família, a fim de que, a exemplo de Josué, no ocaso de nossa existência ou de nossa dispensação, digamos, com imensa gratidão ao Senhor : "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".

B) LIÇÃO Nº 1 - A FAMÍLIA - CRIAÇÃO DE DEUS

A família foi uma instituição criada por Deus, cuja finalidade

é proporcionar os meios para que o homem cumpra os propósitos divinos destinados a ele.

INTRODUÇÃO

- A família é apresentada nas Escrituras como sendo uma instituição criada diretamente por Deus, com o propósito de criar as condições necessárias para que o homem cumprisse o papel que lhe cabia na ordem estabelecida por Deus quando da criação de todas as coisas.

- Sendo, portanto, uma instituição criada pelo próprio Deus, ao homem é indispensável que mantenha o modelo previsto pelo Senhor para a família, pois só assim poderá cumprir o seu papel na ordem universal e se apresentar como alguém submisso ao senhorio de Deus. Como crentes, não podemos jamais querer ser tidos como verdadeiros e autênticos servos do Senhor, se não estivermos vivendo uma vida familiar de acordo com a vontade do Senhor, que é o modelo estampado na Sua Santa Palavra.

I. CONCEITO E ATRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA

- O primeiro grupo social a que uma pessoa pertence é a família, grupo criado pelo próprio Deus (Gn.2:23,24) e que procura suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano. A função da família é, precisamente, impedir que haja o sentimento de solidão, que caracterizava Adão antes da formação da mulher (Gn.2:20).

- Os homens, mesmo, sem conhecer a Palavra de Deus, reconhecem o papel fundamental que a família exerce na vida de um homem. A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma que "…a família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado." (artigo XVI, nº 3), preceito que é repetido pela Constituição brasileira, que afirma que "…a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado…" (art.226). Entretanto, apesar dos preceitos normativos solenes, o adversário tem realizado um trabalho terrível de destruição contra a família, até porque seu trabalho é o de matar, roubar e destruir (Jo.10:10).

- Deus não só criou a família como estabeleceu quais as regras e as condutas que devem ser observadas pelos membros da família. As Escrituras trazem quais os parâmetros do relacionamento entre cônjuges, entre pais e filhos e entre irmãos. O segredo da felicidade no relacionamento familiar está em ter uma conduta conforme a Bíblia Sagrada.

- Como a família foi criada por Deus, é Ele quem deve estabelecer as regras, as normas ao homem, a quem cabe, simplesmente, obedecer. A família não é nossa criação, nem pode ser estruturada segundo os nossos conceitos ou a nossa vontade. Existem princípios que devem ser seguidos. Muito se fala, hoje, a respeito da diversidade de culturas, dos diferentes modos de vida das várias raças, tribos e nações em volta do mundo, mas isto não é suficiente para que consideremos que os princípios estabelecidos por Deus não devam ser observados por todos os homens. Os homens, envolvidos em seus delitos e pecados, acabam distorcendo os princípios estabelecidos por Deus e cabe à igreja, como defensora destes princípios, imergir nas culturas dos povos de modo a que tais culturas sejam transformadas e voltem aos princípios estatuídos pelo Senhor. Observemos que, entre os próprios judeus, a dureza de coração foi responsável pela existência de normas jurídicas sobre a família que estavam em desacordo com os princípios estabelecidos por Deus, como denunciou o próprio Senhor Jesus ao ser indagado sobre a norma do repúdio que vigorava, na época, em Israel (Mt.19:3-8).

- As Escrituras indicam que o homem não foi feito para viver solitariamente. Muito pelo contrário, a Bíblia é explícita ao dizer que , ao contemplar o homem, Deus afirmou que " não é bom que o homem esteja só" (Gn.1:18), tendo, então, estabelecido a necessidade de criar a mulher, que serviria como uma adjutora, ou seja, como uma ajudadora, que estivesse diante do homem. Esta explicitação do texto bíblico, em que se dá a narrativa da criação da mulher, especifica algo que o próprio Deus já havia delineado no instante em que decidiu criar o ser humano, porquanto, ao nos ser informada a intenção divina, é-nos dito que, no plano divino, estava o de dotar o homem não só de domínio sobre a criação na terra, mas também, de capacidade de reprodução (Gn.1:28), o que exigia a formação da família, único ambiente em que se poderia concretizar o desejo de Deus para o homem.

- É, precisamente, dentro deste escopo que devemos observar a família. Ela é uma instituição que foi criada por Deus para que o homem pudesse cumprir tudo aquilo que Deus havia planejado para que o homem fizesse. Sem a família, seria impossível que o homem frutificasse e se multiplicasse sobre a face da Terra e, por conseguinte, que o homem pudesse dominar sobre a criação que estava na Terra. É interessante notar que, ao exercer a sua primeira função de dominador sobre o restante da natureza terrena, o homem percebeu que estava só, sentimento este que foi observado por Deus. Sem a providência divina de criação da mulher e, por conseguinte, da família, o homem não teria condições sequer de dominar o restante da natureza, pois, acometido que estava de um sentimento de solidão, de falta, não teria condições psicológicas para se impor frente aos demais seres.

- Alguns estudiosos costumam dizer que a mulher é uma criatura mais excelente que o homem, porque é o resultado do suprimento de uma carência do homem, sendo, portanto, por assim dizer, um aperfeiçoamento da criação divina. No entanto, se bem observarmos a narrativa bíblica, chegaremos à conclusão de que não é a mulher a criação mais excelente na humanidade, mas, sim, a criação da família, pois foi a criação desta instituição que significou a supressão da carência tanto do homem (que havia motivado a criação da mulher), como da própria mulher. O texto bíblico é claro ao indicar que a tão-só criação da mulher era uma condição necessária, porém não suficiente para que se tivesse a solução da questão da solidão. Esta solução, diz-nos o texto sagrado, somente se deu a partir do instante que Deus estabeleceu que homem e mulher, doravante, se uniriam, formando famílias, de modo a permitir que o propósito divino de domínio e frutificação fosse realizado e concretizado pela humanidade. Assim, é a família a mais excelente criação divina para a humanidade.

- Sem a família, pois, não pode o homem atingir o propósito estabelecido por Deus quando de sua criação. Não há como o homem atender ao que lhe é exigido pelo seu Criador sem que exista a família. Sem a família, o homem não pode sequer ser considerado um homem no sentido estrito da Palavra e as consequências que têm vindo à sociedade moderna em virtude do intenso e progressivo processo de desintegração familiar que temos contemplado é uma prova do que estamos a dizer. Via de regra, os criminosos mais hediondos que têm surgido, que nem sequer se portam como seres humanos, tamanha a sua bestialidade, verdadeiras bestas-feras em corpo humano, são pessoas que foram vítimas da ausência da instituição familiar no histórico de suas vidas. A destruição da instituição familiar representa, assim, a própria destruição da humanidade, da imagem e semelhança de Deus na vida dos seres humanos e é por isso que o adversário de nossas almas, que nos odeia e nos detesta, tem investido tanto na destruição desta instituição. Destrua-se a família e estarão destruídos os seres humanos e, por conseguinte, toda a sociedade.

OBS: Uma das maiores demonstrações da dificuldade de nossos tempos está, precisamente, em observarmos que o adversário de nossas almas, o deus deste século, tem conseguido obnubilar a própria concepção de família no meio da humanidade, algo que, para não se dizer que se trata de implicância ou desvario dos crentes, é observado por diversas pessoas, inclusive o Papa João Paulo II (1978-2005), que foi um dos grandes defensores da instituição familiar nas últimas décadas, que, em 1981, assim afirmou: "…A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar. Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres, ou ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar. Outras, por fim, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.…" (JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Familiaris Consortio, nº 1. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_19811122_familiaris-consortio_po.html Acesso em 01 fev. 2013).

- Neste ponto, é importante esclarecermos que o objetivo da família é o de permitir o cumprimento do propósito divino estabelecido para o homem, qual seja, o domínio sobre a criação na Terra, bem como a frutificação e multiplicação na face da Terra e o suprimento da necessidade de companheirismo. A família, portanto, tem como finalidade o suprimento de necessidades relativas à vida sobre a face da Terra, ou seja, a família não tem qualquer finalidade no tocante à vida eterna, como bem explicou Jesus quando questionado pelos saduceus, a indicar que, na eternidade, não haverá a instituição familiar humana (Mc.12:25), pois a família humana terá sido substituída pela Igreja, que é a família de Deus (Ef.2:19), o povo de Deus que habitará para sempre com o Senhor (Ap.21:3).

- Insistimos, neste ponto, porque há ensinamentos errôneos, sem qualquer respaldo bíblico, que têm campeado neste ponto da doutrina bíblica sobre a família. Os adeptos do recentemente falecido Reverendo Moon (Sun Myung Moon- 1920-2012), reunidos em torno da Igreja da Unificação, que, ultimamente tem aparecido sob a denominação de "Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial", afirmam que Jesus falhou em Seu ministério, precisamente, no aspecto familiar, uma vez que teria morrido antes que constituísse uma família e, como a instituição familiar teria de ser restaurada, por isso se fez necessário surgir um novo Messias, que seria, precisamente, o Reverendo Moon, que constituiu família e teria supostamente, restaurado a instituição familiar, mediante os casamentos que impõe a seus seguidores. Este absurdo doutrinário somente tem cabimento a partir do momento que se considera que seria papel de Cristo a restauração da instituição familiar. Entretanto, o texto áureo da Bíblia Sagrada mostra, claramente, que Jesus veio para restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, para dar a vida eterna(Jo.3:16), vida eterna esta que não tem qualquer relação com a instituição familiar, que foi instituída para vigorar nesta Terra. Não resta dúvida que o poder remidor de Cristo também restaura a vida familiar, fazendo com que ela volte aos princípios estabelecidos pelo Criador e que, através dela, muitas vidas sejam alcançadas pelo amor de Deus, notadamente pelos benefícios que a salvação traz à família e, em conseqüência, à Igreja, que é formada por famílias, mas se trata de um reflexo da obra expiatória do Calvário, como, também, ocorrerá, por exemplo, com relação à própria natureza (cfr. Rm.8:20-23), mas não foi este o alvo de Jesus quando de Seu ministério, de modo que jamais poderemos dizer que Cristo fracassou neste ponto, nem que haja qualquer objetivo concernente à família para além desta nossa dimensão de vida.

- O Reverendo Moon chegou ao absurdo de dizer que a família original, formada por Adão e Eva, foi criada sob os auspícios de Satanás e que a queda do homem teria sido em virtude da prática do sexo entre homem e mulher, o que contraria, totalmente, o texto de Gn.1:27,28.

OBS: Para que não fiquemos apenas em nossas palavras, transcrevemos parte de um discurso deste falso cristo, pronunciado quando esteve em nosso país em 1995: "…O amor de Adão e Eva não chegou a ser um amor de verdadeira felicidade, mas um amor de conflito. Por termos a raiz de nossa vida neste tipo de amor, podemos deduzir que os conflitos no interior do ser humano provém daí. A Bíblia relata que Adão e Eva foram expulsos, começaram a multiplicar filhos. Deus não podia ir atrás deles e dar a Bênção do matrimônio, já que Ele mesmo os havia expulsado. Devemos nos perguntar sob quem se casaram e devemos concordar que, porque eles caíram no pecado, se casaram sob os auspícios de Satanás. (…). Hoje o fundador da Igreja da Unificação está aqui falando para os senhores. Se me perguntarem: "O que faz a Igreja da Unificação?" eu lhes direi que é um lugar onde se apresenta o amor verdadeiro de Deus, o lugar onde nós queremos que a nossa mente e o nosso corpo se unam no amor verdadeiro, o lugar onde queremos formar matrimônios ideais em absoluta unidade por meio de uma ideologia que pode fazer das pessoas irmãos inseparáveis, levando a cabo a missão que Deus nos encomendou.(…) A cerimônia de matrimônios coletivos internacionais é a cerimônia para enxertá-los à semente do amor verdadeiro, à semente da vida verdadeira e à semente da linhagem verdadeira, que provém da unidade do amor de Deus e do homem. A Bênção em forma de matrimônio é uma cerimônia para restaurar as famílias que têm se formado como matrimônios falsos, recebendo, devido à Queda, a semente de um amor, de uma vida e de uma linhagem falsos. Fazendo as famílias do mundo inteiro participarem nestas novas cerimônias de matrimônio, queremos conectá-las com a grande bênção de Deus.…"( MOON, Sun Myung. A verdadeira família e eu. http://www.unification.net/portugues/1995/950601.html Acesso em 01 mar.2004). As palavras explicam-se por si mesmas: há uma total negação do texto bíblico e uma falsificação grosseira, a fim de tornar o Reverendo Moon, a pretexto da crise familiar de nossos dias, num novo messias. Por isso, lamentamos profundamente que alguns segmentos das Assembleias de Deus estejam em aliança com pessoas hereges como essas…

- Também erram neste ponto, os mórmons, em sua quase totalidade reunidos na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que, também, por não compreenderem o significado da instituição familiar, criaram a figura do casamento eterno, um casamento que transcenderia esta vida e estabeleceria uma aliança entre homem e mulher para a vida vindoura. Como afirma, solenemente, o documento de 1995 denominada "A Família, Proclamação ao Mundo", os mórmons, erroneamente, consideram que "…Na esfera pré-mortal, os filhos e filhas que foram gerados em espírito conheciam e adoravam a Deus como seu Pai Eterno e aceitaram Seu plano, segundo o qual Seus filhos poderiam obter um corpo físico e adquirir experiência terrena a fim de progredirem rumo à perfeição, terminando por alcançar seu destino divino como herdeiros da vida eterna.O plano divino de felicidade permite que os relacionamentos familiares sejam perpetuados além da morte.As ordenanças e os convênios sagrados dos templos santos permitem que as pessoas retornem à presença de Deus e que as famílias sejam unidas para sempre.…"

http://www.lds.org/library/display/0,4945,2089-2-11-1,00.html Acesso em 02 mar.2004). Tal doutrina é outra demonstração de total desconhecimento dos propósitos divinos para a família e que contrariam expressas palavras de Cristo, como acima já dissemos, que bem explicou a temporalidade do casamento e sua circunscrição a esta vida. Baseado no fato de que, antes da queda, Deus criou o casamento e abençoou Adão e Eva, quando ainda não havia a questão do tempo, os mórmons creem que, ainda hoje, é possível estabelecer-se uma união que transcenda esta vida terrena, o que é totalmente contrário ao ensinamento de Jesus em Mc.12:25. Aliás, não é de se surpreender com isto, pois tal doutrina, segundo dizem os próprios mórmons, teria sido mais uma das muitas "revelações" que teriam sido recebidas pelo seu fundador, Joseph Smith, como se vê claramente, na seção 132 do seu livro "Doutrinas e Convênios", uma das três escrituras supostamente sagradas que esta seita acrescentou à Bíblia.

OBS: Para não dizer que estamos inventando este pensamento, transcrevemos um texto mórmon que tenta explicar esta doutrina antibíblica: "…Uma das doutrinas mais belas e reconfortantes do Senhor, que nos dá paz e felicidade imensas e alegria ilimitada é o princípio conhecido como casamento eterno. Essa doutrina diz que o homem e a mulher que receberem essa bênção e que se amarem profundamente, crescerem juntos com as provações, alegrias, tristezas e com a felicidade que tiverem juntos durante a vida poderão viver além do véu juntos para sempre com a família. Isso não é somente um sonho extremamente agradável, é a realidade. Qualquer casal que tenha vivido as alegrias do casamento aqui na Terra desejaria essa bênção. Contudo, somente os que cumprirem as exigências feitas pelo Senhor receberão essa dádiva divina. Presto testemunho de que as maiores alegrias que já tive e que ainda terei na vida têm origem nas ordenanças do Templo. Decidam-se agora a receber as ordenanças do templo no momento certo. Não permitam que nada suplante essa resolução. …" (SCOTT, Richard G.. Receber as bênçãos do templo. http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,49-2-18-11,00.html. Acesso em 01 mar.2004). O "casamento eterno" somente tem validade se for realizado num templo mórmon e é cercado de sigilo. Este outro texto prova, claramente, que o princípio deste casamento eterno não está na Bíblia, mas, sim, nos escritos dos líderes mórmons: "…O casamento eterno é um princípio que foi estabelecido antes da fundação do mundo e que foi instituído nesta Terra antes que a morte nela entrasse. Adão e Eva foram entregues um ao outro por Deus no Jardim do Éden antes da Queda. A escritura diz: “No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Homem e mulher os criou; e os abençoou(...)”. (Gênesis 5:1–2) (grifo do autor) Os profetas têm ensinado de maneira invariável que o elemento mais perfeito e culminante do grande plano de Deus para abençoar Seus filhos é o casamento eterno. O Presidente Ezra Taft Benson declarou: “A fidelidade ao convênio do casamento traz a mais plena alegria nesta vida, e recompensas gloriosas na vida futura”. (The Teachings of Ezra Taft Benson [1988], pp. 533-534). O Presidente Howard W. Hunter descreveu o casamento celestial como “a suprema ordenança do evangelho”, e esclareceu que apesar de poder levar “muito mais tempo [para alguns], talvez até além desta vida mortal”, ele não será negado a nenhum indivíduo digno. (Teachings of Howard W. Hunter, ed. Clyde J. Williams [1997], pp. 132, 140) O Presidente Gordon B. Hinckley chamou o casamento eterno de “uma coisa maravilhosa” (ver “O Que Deus Ajuntou”, A Liahona, julho de 1991, p. 80) e uma “dádiva mais preciosa que todas as outras”. (“O Casamento que Perdura”, A Liahona, novembro de 1974, p. 49)…"(Elder F. Burton HOWARD. Casamento Eterno. http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,49-2-354-32,00.html Acesso em 01 mar.2004).

- Por fim, outro ensinamento totalmente divorciado da realidade bíblica é a que é defendida pelo espiritismo kardecista. Em seu Evangelho segundo o Espiritismo, Alan Kardec defende a idéia de que a família nada mais seria do que um ambiente que propiciaria a espíritos meios de adiantamento e de atraso na sua caminhada em direção à luz. Segundo os espíritas, dentro desta finalidade da família, não se pode compreender que não se creia na reencarnação, pois seriam necessárias diversas vidas para que os espíritos, que se aproximam por afeições e que, por isso, vivem formando famílias ao longo de suas supostas sucessivas existências, a fim de que obtenham o êxito em sua peregrinação pelo aperfeiçoamento. Kardec chega, mesmo, a dizer que sua doutrina é superior à "doutrina da Igreja" porque seria o único pensamento que daria razão à eternidade dos laços familiares. Ora, é precisamente por isso que não podemos aceitar a doutrina espírita kardecista, pois ela mesma admite que sua aceitação dá um sentido, uma finalidade aos laços de família que não é o propósito estabelecido por Deus e confirmado por Jesus. A família não existe para criar um ambiente propício para que o homem possa alcançar, por seus próprios méritos, a salvação de sua alma, o que é impossível ao homem conseguir, mas tem um propósito estabelecido tão somente para esta dimensão terrena.

OBS: Vale a pena transcrever o trecho de Kardec a respeito, no qual o próprio criador do espiritismo kardecista mostra que sua doutrina não pode ser aceita, já que, para tanto, se teria de alterar o propósito bíblico estabelecido para a família: "…23. Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem para seu futuro de além-túmulo: primeira, o nada, de acordo com a doutrina materialista; Segunda, a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta; terceira, a individualidade com a fixação definitiva de sua sorte, segundo a doutrina da Igreja; e Quarta, a individualidade com progresso indefinido, segundo a Doutrina Espírita. De acordo com as duas primeiras, os laços de família se rompem depois da morte e não há nenhuma esperança de reencontro; com a terceira, há a chance de se rever, contanto que se esteja no mesmo meio, esse meio pode ser tanto o inferno como o paraíso; com a pluralidade das existências, que é inseparável da progressão gradual, há a certeza na continuidade das relações entre aqueles que se amaram, e está aí o que se constitui a verdadeira família.…"(O Evangelho segundo o Espiritismo. Ide Editora. 296.ed., p.67). Percebe-se, aqui, aliás, que o Espiritismo procura apresentar-se como um defensor da "verdadeira família", tudo para justificar a ação dos chamados "espíritos familiares", que é uma das marcas registradas deste movimento e cuja atuação é abominada pela Palavra de Deus desde a Antigüidade (Is.8:19).

- Entendida a finalidade da família e sua circunscrição a esta dimensão terrena de nossa vida, podemos, então, estabelecer quais seriam as funções da família, qual o seu papel diante da sociedade e de cada ser humano, segundo o propósito estabelecido por Deus.

- A primeira função da família é, conforme observamos na própria Palavra de Deus, a de propiciar a perpetuação da espécie humana. A Bíblia diz que o ser humano foi feito macho e fêmea (Gn.1:27), para que houvesse a frutificação e multiplicação do gênero humano (Gn.1:28). Assim, a primeira função da família é permitir a reprodução da espécie, para que se cumpra o propósito divino para o homem. Tal afirmação bíblica é acolhida, sem restrições pela sociologia. Como afirmam os renomados sociólogos norte-americanos Paulo Horton e Chester Hunt, "…cada sociedade depende principalmente da família para a produção de filhos. Teoricamente, são possíveis outros arranjos, e muitas sociedades têm sistemas para a aceitação de crianças produzidas fora de um relacionamento matrimonial. Porém, nenhuma estabeleceu um conjunto de normas para o suprimento de filhos, exceto como parte de uma família." (Sociologia, p.170-1). Assim, em dias de profundo desprezo pela instituição do casamento, que, é, como veremos durante este trimestre, o meio legítimo para a constituição de uma família, tiveram os legisladores e juristas de estender o conceito de família, a fim de poder abrigar os filhos decorrentes de relacionamentos amorosos que têm surgido nestes nossos dias trabalhosos, tudo porque não se consegue conceber como se pode propagar a espécie senão num ambiente familiar.

OBS: Disto não escapou sequer o Brasil que, na Constituição de 1988, teve de criar duas novas espécies de família para que se impedisse a desproteção dos filhos. Assim é que reconheceu como sendo família não só a oriunda da união estável entre homem e mulher, sem casamento, como também a comunidade formada por um dos pais e seus descendentes (artigo 226 da Constituição da República). Aliás, recentemente, na lei que criou a renda mínima, também se alargou o conceito de família.

- A segunda função da família é a de regrar o relacionamento íntimo e sexual entre homem e mulher. A frutificação e a multiplicação não se fariam desordenadamente, a exemplo do que ocorre com a maior parte das espécies animais irracionais, mas o homem e a mulher, para poder se reproduzir e cumprir o desígnio divino, teriam de constituir solenemente a família, através do casamento (Gn.2:23,24). Como afirmam os já mencionados sociólogos Horton e Hunt: "…a família é a principal instituição através da qual as sociedades organizam e regulam a satisfação dos desejos sexuais…todas as sociedades esperam que a maioria dos contatos sexuais ocorra entre pessoas que suas normas institucionais definem como tendo acesso legítima uma à outra…nenhuma sociedade é inteiramente promíscua."(op.cit., p.170). A história demonstra que onde a sociedade deixou de ter a família como o ambiente adequado para o relacionamento sexual, gerando, por conseguinte, a disseminação da imoralidade sexual e da prostituição, a civilização simplesmente desmoronou, a sociedade deixou de existir como tal. São exemplos bíblicos do que estamos a dizer a geração dos dias de Noé, a geração dos dias de Ló nas chamadas cidades da planície (Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim), bem como o reino do norte, isto é, o reino de Israel nos dias do profeta Oseias.

- A terceira função da família é a chamada função de socialização, ou seja, a família é o meio pelo qual o ser humano é inserido na vida em sociedade. É na família que o homem aprende as regras e a forma de convivência com os seus semelhantes e com o próprio Deus. Ao estabelecer que o homem deveria frutificar e multiplicar-se sobre a face da Terra, Deus afirmou que isto deveria ser feito para que os homens pudessem sujeitar a criação terrena (Gn.1:28). Ora, ao dizer que a frutificação e a multiplicação antecederiam ao domínio, Deus, implicitamente, estava afirmando que os filhos, resultado desta frutificação e multiplicação, deveriam ser conscientizados de que o homem havia sido criado para dominar a criação na Terra. Esta informação, esta conscientização, que nada mais é senão a "educação" (palavra latina que significa orientação, direção, condução para um determinado lugar), é, portanto, uma das tarefas primordiais da família. Esta função educadora da família, que, no ato da criação, foi apenas implicitamente indicada nas Escrituras, foi explicitamente considerada pelo Senhor na dispensação da lei, quando Moisés determinou que os pais nunca deixassem de instruir e de ensinar seus filhos os mandamentos dados por Deus a Israel (Dt.6:6-9), algo que, posteriormente, foi relembrado em forma poética pelo salmista (Sl.78:1-8).

- A quarta função da família é a chamada função afetiva, ou seja, a família é o local estabelecido por Deus para que o homem e a mulher não se sintam sós, mas possam se complementar, possam alcançar satisfação e prazer. Diz-nos as Escrituras que foi para retirar este sentimento de solidão que se abateu sobre Adão após a nomeação dos animais que Deus criou a mulher e, em seguida, a instituição familiar. A família é o lugar em que o homem e a mulher se sentem realizados do ponto-de-vista humano, em que se satisfazem todos os sentimentos e emoções que vêm da própria alma. O homem é um ser social, não foi feito para viver sozinho e, somente na família, esta necessidade é suprida. Como afirmou, com muita propriedade, a Constituição "Gaudium et Spes", documento do Concílio Vaticano II, que foi a reunião que estabeleceu os atuais parâmetros da doutrina da Igreja Romana e que se iniciou há 50 anos, …Deus não criou o homem solitário. Desde o início, ' Deus os criou varão e mulher' (Gn.1,27). Esta união constituiu a primeira forma de comunhão de pessoas. O homem é, com efeito, por sua natureza íntima, um ser social. Sem relações com os outros, não pode nem viver nem desenvolver seus dores. Deus, portanto, como lemos novamente na Escritura Sagrada, viu ' serem muito boas todas as coisas que fizera' (Gn.1,31)." (Gaudium et Spes, nº 12.In: Compêndio do Vaticano II. Ed. Vozes, p.154-5). Horton e Hunt afirmam que "…seja o que for que as pessoas precisam, uma delas é a resposta humana íntima. A opinião psiquiátrica sustenta que provavelmente a maior causa isolada de dificuldades emocionais, problemas de comportamento e até de moléstia física é a falta de amor, isto é, a falta de um relacionamento cálido e afetuoso com um pequeno círculo de pessoas íntimas…"(Sociologia, p.171). O conteúdo afetivo da família está demonstrado nas Escrituras quando se afirma que, na constituição da família, o homem deverá deixar seu pai e sua mãe e se apegar à sua mulher (Gn.2:24). São dois gestos de forte teor emocional e sentimental: deve-se deixar pai e mãe, ou seja, existe um vínculo, existe algo que prendia o homem à sua família, e, ao mesmo tempo, deve-se apegar à sua mulher, isto é, deve-se criar um vínculo, um "cordão de três dobras" em o novo casal (Ec.4:12). A existência deste relacionamento afetivo na família é tão característico que, para figurar o Seu relacionamento amoroso com o homem, Deus não usará outro símbolo senão o da própria família, pondo-se como Pai e Seu Filho como Noivo da Igreja.

OBS: A presença do afeto na família é tão peculiar a este grupo social que, na atualidade, em meio à própria descaracterização da família frente aos princípios bíblicos, que os juristas têm, cada vez mais, considerado que o que identifica uma família nos nossos dias é, precisamente, a existência da "afeição" entre os integrantes de um núcleo familiar. Neste sentido, aliás, vale a pena aqui reproduzir o pronunciamento do pastor batista Gilson Bifano na 84ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em 2003: “…Que é uma família? Não podemos continuar aceitando a definição clássica de família como sendo tão somente quando vivem sob um mesmo teto um casal e um ou mais filhos. Temos, como igreja, de rever nosso conceito de família, ampliar nossa visão e pensar nos vários tipos de família. Temos em nossas igrejas: - famílias conjugais. São aqueles casais sem filhos ainda ou que não tiveram filhos; temos famílias nucleares, compostas de pai, mãe e filhos;- temos famílias unipessoais (onde só uma pessoa mora numa casa, podendo ser um solteiro, uma viúva, ou uma divorciada). - temos as famílias monoparenterais quando há somente a presença de um dos pais e a família ampliada ou extensa. Quando nós, como igrejas, pensarmos nessa amplitude, teremos melhores condições de ajudar as famílias a serem a realização do plano de Deus para a sociedade. Na Bíblia, encontramos exemplos de vários de tipos de família. - famílias monoparenterais, como é o caso de Agar e Ismael, depois de serem expulsos por Sara. - família de solteiros, como parece: Marta, Maria e Lázaro. Também no Novo Testamento, encontramos a família nuclear formada por José, Maria, Jesus e seus irmãos. Temos exemplo de uma família conjugal, um casal que aparentemente não teve filhos, como é o caso de Áquila e Priscila. Vemos também no Novo Testamento o caso de Pedro, que possivelmente tinha a sua sogra por perto, e é exemplo de uma família ampliada. Uma pastoral ou um ministério com famílias não deve ter como alvo somente os casais da igreja.…” (BIFANO, Gilson. A família e os desafios de um novo tempo. http://www.clickfamilia.org.br/familia/index_lista_resultado.asp?ID=620 Acesso em 05 mar.2004).

- A quinta função da família é a função protetora. Como ensinam Horton e Hunt, "…em todas as sociedades, a família oferece um certo grau de proteção física, econômica e psicológica a seus membros…" (op. cit., p.172). É na família que nós encontramos proteção, ou seja, na família, nós temos um "lar", um local onde somos acolhidos e desfrutamos de liberdade, um lugar onde está a nossa privacidade e intimidade. Nos povos pagãos, era no ambiente familiar que se invocava a proteção das divindades dos antepassados, os chamados "deuses lares". Este ambiente de intimidade e de privacidade peculiares à família é a razão e fundamento de vários dispositivos legais adotados pelos povos civilizados, como as garantias da inviolabilidade do domicílio (ninguém pode penetrar na casa de alguém, mesmo que tenha ordem judicial para tanto, durante a noite) e do segredo de justiça que envolve as disputas forenses relativas a causas familiares. Deus sempre tratou a família com integral respeito relativo a esta intimidade, algo que, lamentavelmente, não tem sido observado em algumas igrejas locais. A família é inviolável, é o espaço criado por Deus para que as pessoas desfrutassem de sua intimidade e privacidade. Em várias ocasiões, vemos o Senhor determinando este respeito, como, por exemplo, no episódio da Páscoa, em que as famílias deveriam ficar em suas residências, somente se permitindo que famílias pequenas se reunissem (Ex.12:3,4), ou, então, no milagre da ressurreição da filha de Jairo, quando se permitiu apenas que o núcleo familiar estivesse com Jesus e Seus discípulos mais íntimos (Lc.9:51). O lar é um ambiente de proteção, de intimidade, resultado da vida de afeto que se estabelece entre os cônjuges e entre os cônjuges e seus filhos. Mais uma vez, a família é usada como figura do relacionamento entre Deus e o homem, quando, no sermão do monte, Jesus afirma que devemos orar a Deus como nosso Pai e, portanto, num ambiente de intimidade (Mt.6:6).

- A sexta função da família é a função econômica. Horton e Hunt, com propriedade, afirmam que "…a família é a unidade econômica básica na maioria das sociedades primitivas…"(op.cit., p.172). Ainda que, na nossa sociedade atual, esta função econômica tenha perdido, consideravelmente, sua importância, vez que ".exceto na fazenda, a família já não é mais a unidade básica de produção econômica…tornou-se, na verdade, uma unidade de consumo econômico, fundada no companheirismo, afeição e recreação.…"(op.cit., p.176), o fato é que a subsistência da chamada "população economicamente inativa" (crianças, inválidos, idosos sem condições de trabalhar, desempregados crônicos etc.) continua sendo uma tarefa da instituição familiar, mormente em países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, em que a infra-estrutura de assistência social é , ainda, sofrível. Tanto assim é que a nossa Constituição comete, primordialmente, à família a tarefa de sustento das pessoas que não têm condições de trabalhar e de se sustentar (artigo 203 da Constituição da República: "A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente da contribuição à seguridade social e tem por objetivos:.......V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não ter meios de prover á própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei." - grifo nosso). A função econômica da família foi estabelecida por Deus logo após a bênção que deu ao primeiro casal, ao determinar que a natureza estava à sua disposição para obterem o necessário mantimento (Gnm.1:29,30), mantimento este que passou a ser obtido com dificuldade e de forma penosa, depois do pecado do homem (Gn.3:17-19). O cuidado que se deve ter no sustento dos integrantes da família é algo que deve sempre estar na mente dos verdadeiros e autênticos crentes, porquanto foi o que se observou na vida de Jesus e de Sua família terrena (Mt.13:55; Mc.6:3).

- A sétima função da família é a função de "status", ou seja, é através da família que o ser humano obtém a sua primeira posição na sociedade, posição esta que pode ser alterada, mas jamais alguém deixa de ocupar o lugar que lhe dá a estrutura social pelo fato de pertencer a uma determinada família. Deus, ao estabelecer a família, determinou que seria através dela que o homem ocuparia a sua posição de dominador sobre a criação na Terra. Também, ao estabelecer as regras que regeriam o povo de Israel, teve o cuidado de nunca permitir que as famílias e , conseqüentemente, as tribos de Seu povo se descaracterizassem e se misturassem entre si (Nm.27:1-11), tendo, também, sido proibido o aparentamento com os estrangeiros descompromissados com a lei do Senhor (Dt.7:1-4;Ed.9,10). A família deve manter a sua posição diante de Deus, temos de servir a Deus e levar nossa família a também fazê-lo, para que, em nossas vidas, seja uma realidade a afirmação de Josué que é o título de nosso estudo neste trimestre: " Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".

II. A FAMÍLIA DE DEUS

- Como já dissemos, a família, enquanto instituição divina, reflete tanto o caráter de Deus e a Sua natureza que foi utilizada pelo Senhor, em diversas oportunidades, como figura, como símbolo do relacionamento que deve haver entre Deus e os homens. A família é como que um espelho, como que um reflexo, sobre a face da Terra, de como deve ser o relacionamento entre Deus e os homens. Portanto, ao estudarmos o modelo bíblico da família, acabamos por estudar, também, como deve ser o nosso relacionamento com Deus. Eis, aliás, mais um motivo para que o diabo tente, de todas as formas, distorcer o relacionamento familiar, porquanto, assim fazendo, deixará de permitir que o homem possa enxergar qual o propósito divino em relação a ele.

- Deste modo, como também já dissemos supra, quando falamos na "família de Deus", estamos falando não da instituição familiar, que tem sua razão de ser e sua existência nesta dimensão terrena, mas, sim, do próprio relacionamento que deve existir entre Deus e o homem, da própria Igreja, deste organismo vivo e sobrenatural, cuja existência, prevista desde a fundação do mundo, foi-nos revelada nesta dispensação, num dos maiores mistérios de Deus (Ef.3:1-6).

- Ao analisarmos a relação entre Deus e o homem através da figura da família, veremos, em primeiro lugar, que Deus quis Se apresentar ao homem como Pai. Foi deste modo que Jesus iniciou a Sua oração-modelo (Mt.6:9) e foi desta maneira que Se dirigiu a Deus na maior parte das vezes, seja em momentos de alegria (Lc.10:21), seja em momentos de angústia (Mt.26:39), seja no momento da morte (Lc.23:46). Embora possamos dizer que a qualidade paternal de Deus não fosse desconhecida dos israelitas (cfr. Sl.89:26), é inegável que, somente com Jesus, teve a humanidade a devida conscientização desta característica da natureza divina e, por conseguinte, pode Ter coragem e alento para se achegar ao Senhor, através de Jesus Cristo, a fim de se reconciliar com o Senhor, porquanto, não resta dúvida alguma, que é muito mais fácil se aproximar de Deus, mesmo sendo pecador e estando marcado pela culpa do pecado, sabendo-se que Ele é Pai e não um carrasco ou um vingador cruel, mesmo que, a exemplo do que dizem os muçulmanos, seja chamado constantemente de "Misericordioso".

- Se Deus é Pai, temos algumas consequências que, como dissemos, dá alento e confiança ao homem para que se aproxime de Deus, a saber:

a) Se Deus é Pai, Ele ama - O amor do pai (ou da mãe) é um dos maiores humanos mais puros e mais fortes. As Escrituras, mesmo, testificam isto, ao dizer que a coisa mais difícil que pode ocorrer nos relacionamentos humanos é uma mãe deixar de amar seu filho (Is.49:15), ou um pai, ainda que seja mau, querer o mal para o seu filho (Mt.7:9-11). Deus Se apresenta como Pai aos homens, exatamente para que os homens se conscientizem que não há amor como o amor de Deus.

b) Se Deus ama, Ele cuida de nós - Quando Deus Se identifica como Pai, está Se revelando ao homem como Aquele que cuida de nós, que não desampara, que não deixa o homem desfalecer, que sempre está em nossa companhia. Como diz o poeta sacro, [Deus] " não desampara nunca, nem me abandonará, se fiel e obediente eu viver. Um muro é de fogo que me protegerá, 'té que venha a mim o tempo de morrer. Ao céu então voando, Sua glória eu verei, onde a dor e a morte nunca vêm" (3ª estrofe do hino 198 da Harpa Cristã). Pedro pôde dizer, conscientizado desta realidade: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós." (I Pe.5:7). Deus cuida de nós, porque é nosso Pai!

c) Se Deus é Pai, Ele nos ensina - Deus é nosso Pai e, como todo pai, Ele nos ensina e nos instrui, de modo a que aprendamos como devemos viver de acordo com a Sua vontade. O pai é o primeiro educador, é quem primeiro nos dita as regras de convivência. De igual modo, Deus é o nosso primeiro ensinador, é Ele quem nos diz, em primeiro lugar, como devemos caminhar, como devemos nos relacionar com Ele e com os demais homens. Por isso, temos de ter uma vida devocional de oração e de meditação na Sua Palavra, para que Ele possa nos ensinar. Devemos, também, fazer parte de uma igreja local, porque é ali que, através dos dons espirituais e ministeriais, Deus continua a nos educar dia após dia, ensinando-nos e instruindo-nos, guiando-nos para a Jerusalém celestial. É por termos acesso a Seus ensinos e a Seus segredos, que não mais somos simples servos, mas passamos a ser Seus amigos (Jo.15:15).

d) Se Deus é Pai, Ele tem autoridade sobre nós - O pai é a autoridade constituída por Deus para dirigir a família. O primeiro mandamento com promessa é, precisamente, o que determina que devemos honrar pai e mãe (Ex.20:12; Dt.5:16; Ef.6:2,3). Se Deus é Pai, Ele tem autoridade sobre nós e nós devemos honrá-l’O e respeitá-l’O. Se Deus é Pai, nós não devemos resistir-Lhe, nem tampouco questioná-l’O, mas, simplesmente, obedecer-Lhe. Deus não é nosso empregado, mas nosso Pai e, se Ele é Pai, quem manda é Ele, não nós. Ao contrário dos arautos da teologia da prosperidade ou da confissão positiva, se Deus é Pai, é Ele o Rei e, jamais, como afirmam, poderá um príncipe ou um filho de Rei se contrapor ao Rei, ao Senhor dos senhores.

e) Se Deus é Pai, Ele nos disciplina - Como consequência da própria autoridade que tem o pai, ele tem condições de impor castigos ao filho, não porque queira a sua destruição ou o seu mal, mas para que, através deste castigo, o filho possa ter uma lição diante do seu erro e, assim, não voltar mais a errar. A disciplina, que somente vem após um ensino que foi repetido pelo menos duas vezes (cfr. II Tm.3:16), tem a finalidade de curar o mal existente, de promover o aperfeiçoamento do filho. Deus, como Pai, também castiga Seus filhos, mas com este objetivo de correção e aperfeiçoamento, pois a disciplina é resultado direto do amor (Hb.12:6-11).

f) Se Deus é Pai, Ele gera ou adota filhos - Não é possível que alguém seja pai, se não tem condições de gerar ou de adotar filhos. Como Deus é Pai, sabemos que Ele tem condições de ter filhos, tendo, em primeiro lugar, demonstrado isto à humanidade ao revelar o Seu Filho Unigênito e, através d’Ele, trazer a notícia grata de que todos quantos O receberem, serão também feitos filhos de Deus (Jo.1:12), filhos por adoção (Rm8:15; Gl.4:5). Por sabermos que Deus é Pai, podemos ter confiança que, se crermos em Jesus, alcançaremos a salvação, pois Deus é Pai e todo pai tem condições de gerar cada vez mais filhos. Como disse Jesus, os céus estão abertos para a humanidade !

g) Se Deus é Pai, Ele é responsável pelos filhos. - Desde as mais antigas épocas, os pais são responsáveis pelos atos dos filhos, enquanto forem menores e estiverem sob sua companhia, algo que está previsto até hoje nas leis humanas, como, por exemplo, em nosso Código Civil (artigo 932, inciso I). Tanto assim é que, para se livrar de alguma retaliação dos fariseus, os pais do cego de nascença curado por Jesus procuraram relevar o fato de que seu filho já era maior de idade (Jo.9:20-23). Aliás, na lei de Moisés, para que não se tornassem igualmente culpados, os pais deveriam entregar os filhos obstinados e rebeldes para serem apedrejados pela comunidade (Dt.21:18-21). Como Deus é nosso Pai, responsabiliza-Se por nós e, portanto, não precisamos ficar preocupados ou ansiosos, como já dissemos supra. Devemos, sempre, lembrar que Deus tem compromisso com a Sua Palavra (Jr.1:12) e que tudo o que acontece em nossas vidas, contribui para o nosso bem (Rm.8:28). Tenhamos, pois, a confiança de que, se os pais humanos, embora maus, não prejudicam os seus filhos, quanto mais o nosso Pai que está nos céus. Ao contrário do que determinava a lei, Deus, como Pai, ainda que formos rebeldes e obstinados, não nos entrega à destruição, mas, bem ao contrário, sempre procura o nosso bem e crescimento espiritual (I Co.5:5; II Tm.2:13; Hb.12:10). Agora, e isto é importante, a responsabilidade dos pais decorre do fato de os filhos estarem sob sua autoridade e companhia. Somente desfrutaremos das bênçãos divinas se estivermos debaixo das Suas asas (Sl.91:1), se fizermos o que Ele nos manda (Jo.15:14), pois, se O negarmos, Ele também nos negará (II Tm.2:12 "in fine").

Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Lição 1: Família, criação de Deus II

TEXTO ÁUREO

E disse o Senhor DEUS:  Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele" (Gn  2.18).

VERDADE PRÁTICA

A família é  uma instituição divina. Ela é a base da  vida social.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 2.18 - Não  é bom que o homem viva  só

Terça - Sl 68.6 - DEUS faz  que o solitário viva  em  família

Quarta - Sl 119.105 - A Palavra de  DEUS guia a família

Quinta - Sl 128.1 - O temor de  DEUS traz bênçãos para a família

Sexta - Gn 12.3 - A bênção de  DEUS sobre as famílias

Sábado - Sl 127.1-5 - O Senhor edificando a família

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 2.18-24

18 E disse o SENHOR DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. 19 Havendo, pois, o SENHOR DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. 20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele. 21 Então, o SENHOR DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22 E da costela que o SENHOR DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. 23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

PALAVRA-CHAVE – FAMÍLIA – Grupo de pessoas ligadas por casamento, filiação ou adoção.

ORIGEM DIVINA PAI - MÃE - FILHOS

A família é uma instituição divina. Ela é tão importante, que foi criada antes da Igreja, antes do Estado, antes da nação. DEUS não fez o homem para viver na solidão. Quando acabou de criar o homem, Adão, o Senhor disse: "Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele" (Gn 2.18). DEUS tinha em mente a constituição da família, mas esta não está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a procriação, dizendo: "Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra (Gn 1.27-28). Fica mais clara a origem da família, quando lemos: "Portanto, deixará o homem seu pai e e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne" (Gn 2.24). "O homem" aí é o filho, nascido de pai e mãe. DEUS fez a família para que o homem não vivesse na solidão (Sl 68.6; 113.9).

SETE PRINCÍPIOS DO CASAMENTO BÍBLICO

SETE RAZÕES PARA O CASAMENTO

1

  Sua origem divina. (Gn 2.24)

1

  Só, o homem é incompleto. (Gn 2.18)

2

  Sua santidade. (Hb 13.4)

2

  Cumprir o plano divino. (Gn 2.24)

3

  Sua indissolubilidade. (Mt 19.6)

3

  Gerar filhos. (Gn 1.28)

4

  Sua monogamia. (I Co 7.2)

4

  Evitar a prostituição. (I Co 7.2)

5

  Sua heterossexualidade. (Gn 1.27; 2.24)

5

  Será base da Nação. (Sl 144.12-15)

6

  A submissão da esposa. (Ef 5.22)

6

  Para glorificar a DEUS. (I Co 10.31)

7

  O amor do marido. (Ef 5.23)

7

  Expressar o amor de DEUS. (Ct 8.7)

Gn 1.10 = E Viu DEUS Que Era Bom.

Gn 1.12 = E Viu DEUS Que Era Bom.

Gn 1.17 = E Viu DEUS Que Era Bom.

Gn 1.21 = E Viu DEUS Que Era Bom.

Gn 1.25 = E Viu DEUS Que Era Bom.

Gn 1.31 = E Viu DEUS Que Era Bom.

Gn 2.18 = Não è Bom Que o Homem Esteja Só.

"Disse o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora (ajudadora, complemento) que lhe seja idônea. Então o Senhor fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu (Não foi Adão Que Procurou Pela Mulher, DEUS É Que Lhe Deu, Ele Estava Dormindo Enquanto DEUS Trabalhava.); tomou uma de suas costelas, e fechou o lugar com carne (Não Pegou Da Cabeça, Para Que A Mulher Não Mandasse No Marido; Não Pegou Do Pé, Para Que O Homem Não Pisasse Nela). E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne (Indica União, Mesma Essência.); chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher (Deixar Aqui É Sob Três Aspectos: Geográfico, Financeiro E Emocional.) , tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus, e não se envergonhavam”(Quem trouxe a idéia de errado ou vergonhoso no sexo foi o pecado.) (Gn. 2:18-25.). Lembre-se De Que DEUS Fez Uma Eva Para Um Adão, Se DEUS Quisesse Que A Mulher Ou O Homem Fossem Polígamos Faria Diferente.

1 - Assim como DEUS fez de uma pessoa (Adão) duas pessoas (Eva, Ele quer fazer de duas pessoas uma (Gn. 2:24)).

2 - JESUS CRISTO escolheu o casamento para representar o seu relacionamento com a Igreja (Ef. 5:22-32 I Pe. 3:7).

3 - DEUS escolhe a família para trabalhar com o homem.

4 - DEUS previa que o homem não conseguiria viver só, ou seja, não é auto-suficiente, por isso preparou-lhe uma auxiliadora, que lhe fosse idônea (Gn. 2:18 - ARA - esta palavra idônea traduzida do hebraico significa adequada, ou seja, uma mulher que iria se adequar a Adão, além de ser uma mulher respeitável e digna, uma auxiliadora).

5 - O homem e a mulher ao casarem-se devem deixar pai e mãe (Gn 2:24), ou seja, devem desvencilhar-se de tudo que possa impedir a comunhão perfeita entre o casal, tudo que seja obstáculo deve ser removido. Nada pode estar entre, ou separando o casal: seus familiares, preferências pessoais, trabalho, interesses, egoísmo, etc.

6 - O relacionamento entre o casal é um eterno crescimento, este processo de unidade entre marido e mulher é que vai dar estabilidade à família, vai estabelecer o respeito dos filhos pelos pais. Se o casal está dividido a autoridade é minada e enfraquecida (a casa dividida contra sí mesma cairá - Lc. 1:17).

7 - DEUS quer que o casal seja unido a tal ponto que não haja brecha entre eles para Satanás operar.

8 - O segredo para um casamento feliz é a presença de JESUS no casamento (... "O cordão de três dobras não se arrebenta com facilidade” Ec. 4:12 - JESUS é a terceira dobra ou nó que vai dar sustentação, solidez e garantia de permanência do casamento).

9 - Em Gn. 2:25 diz:... O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam:...

Que tipo de relacionamento era este:

a - Era uma relação onde não havia ódio, rancor, mágoa, ressentimento, amargura.

b - Era uma relação onde não havia medo, não havia ameaças, disputa pela liderança ou poder no relacionamento. Numa relação de medo não pode haver uma plena comunhão.

c - Era uma relação onde não havia culpa - A culpa e o medo andam juntos; o medo apareceu pela primeira vez depois que o homem e a mulher pecaram. (Gn. 2:6-10).

Qual é o tipo de amor que deve existir entre marido e mulher?

Existem quatro formas de amor (traduzido do grego):

1 - Eros: deus da sensualidade: amor físico e sexual (começa sempre com os olhos), donde surgem as palavras eróticas, erotismo. Ex: Filmes e revistas pornográficas (eróticas). Deve haver atração física entre o casal, mas não sensualidade.

2 - Phileo: é o amor ao próximo; é o amor filantrópico (filantrópico vem da palavra "phileo"); amor humanitário, altruísta, cívico e comunitário - Lc. 7:34. Deve haver amor de irmãos entre o casal, lembrando que a esposa é irmã em CRISTO e companheira de salvação..

3 - Storge: amor familiar, amor romântico, amor conjugal. Ex: Amor entre esposo e esposa, pai e filhos, etc. Deve haver amor romântico entre o casal, não se esquecendo que uma rosa ou um presente pode mudar todo um relacionamento. A mulher dá muito valor às lembranças de datas como casamento, aniversário, dia que se conheceram, etc...

4 - Ágape: Amor Divino. É o amor de DEUS derramado em nossos corações (Rm 5:5, I Jo. 4:8). É um amor que não conhece limites, é o amor desinteressado, que dá sem esperar recompensa - I Co. 13:4-7.

Este é o tipo de amor que deve existir entre marido e mulher. É o amor perfeito. Busquemos com fé e oração este amor!

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/familia.htm

A vontade de DEUS sobre o casamento aplica-se a todos?

A história se repete muitas vezes: “Éramos jovens descrentes. Não sabíamos nada sobre a Bíblia. O casamento não deu certo. Agora quero casar de novo, e tenho certeza que DEUS quer a minha felicidade e abençoará o novo casamento.”

Este raciocínio, muito difundido hoje em diversas igrejas, procura uma maneira de “anular” casamentos do passado e justificar novos. Sugere que a vontade de DEUS sobre o casamento aplica-se aos cristãos, mas que os descrentes, na sua ignorância, não são sujeitos aos mesmos princípios.

Alguns religiosos chegam a negar a validade de qualquer casamento não feito na igreja. É isso que a Bíblia diz? Observemos alguns fatos importantes:

O casamento existiu bem antes da igreja ser edificada. Logo quando DEUS criou o primeiro casal, ele introduziu o casamento. A linguagem usada mostra que anunciou um princípio que aplicaria geralmente aos seres humanos, pois Adão não tinha e não deixou pai e mãe, mas DEUS disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24).

Mesmo depois de separar Abraão e seus descendentes para ser um povo escolhido, DEUS ainda reconheceu os casamentos de outros povos (Gênesis 20:17; Ester 5:10,14; 6:13; Isaías 13:16).

Antes de enviar os apóstolos para pregar ao mundo e antes de estabelecer a sua igreja, JESUS reforçou a validade da lei original do casamento: “Desde o princípio da criação, DEUS os fez homem e mulher.... Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem” (Marcos 10:6-9).

Paulo disse que alguns dos coríntios eram adúlteros antes de se converterem (1 Coríntios 6:9-11). Se a lei de DEUS do casamento não se aplicasse aos descrentes, não seriam culpados de pecados contra o matrimônio (adultério).

A Bíblia não fala nenhuma vez de casamento “na igreja” e não atribui à igreja o papel de oficializar casamentos. A validade do casamento não depende da igreja. Duas pessoas descrentes que assumem o compromisso do casamento são, diante de DEUS, casadas. Se tiverem relações com outros, cometem adultério. Se chegarem a se divorciar, fazem isso contra a vontade de DEUS.

“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque DEUS julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13:4).

JESUS disse: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério” (Mateus 19:9). Qualquer raciocínio que despreza a santidade do casamento vem do homem, e não de DEUS.

O PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmo 127:1).

Deus nos criou e designou o casamento e a família como a mais fundamental das relações humanas. Em nosso mundo de hoje em dia, vemos famílias atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o abuso. O divórcio tornou-se uma palavra comum, significando miséria e dureza para os múltiplos milhões de suas vítimas. Muitos homens jamais aprenderam a ser esposos e pais devotados. Muitas mulheres estão fugindo de seus papéis dados por Deus. Pais que não têm nenhuma idéia de como preparar seus filhos estão assim perturbados pelo conflito com seus rebentos rebeldes. Outros simplesmente abandonam seu dever, deixando filhos sem qualquer preparação ou provisão.

Para muitas pessoas, hoje em dia, a frase familiar e confortadora "Lar, Doce Lar" não é mais do que uma ilusão vazia. Não há nada doce ou seguro num lar onde há o abuso, a traição e o abandono.

Haver  uma solução? Poderemos evitar tais tragédias em nossas famílias? Poderão os casais jovens manter o brilho do amor e do otimismo décadas depois de fazerem os votos no casamento? Haverá esperança de recuperação dos terríveis erros do passado?

A resposta para todas estas perguntas é SIM! As soluções raramente são fáceis. A construção de lares sólidos não acontece por pura sorte. Somente pelo retorno ao padrão de Deus para nossas famílias poderemos começar a entender as grandes bênçãos que ele preparou para nós em lares construídos sobre a rocha sólida da sua palavra. Consideremos brevemente alguns princípios básicos ensinados na Bíblia sobre a família.

O PROPÓSITO BÁSICO DE DEUS PARA A FAMÍLIA

Quando temos dificuldade com a geladeira, entendemos que o fabricante, que escreveu o manual do usário, sabe mais sobre o aparelho do que nós. Lemos o manual para resolver o problema. Quando vemos tantos problemas nas famílias de hoje, só faz sentido que nosso Criador, que escreveu o "manual do usuário", sabe mais a respeito da família do que nós. Precisamos ler o manual para achar como construir e manter bons lares. Encontramos estas instruções na Bíblia. Ela nos guia em cada aspecto do serviço a ele, incluindo a realização de nossos papéis na família.

CASAMENTO

A família começa com o casamento. Quando Deus criou Adáo e Eva, ele revelou seu plano básico para o casamento: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24). Este plano é claro. Um homem ligado a uma mulher. Milhares de anos mais tarde, Jesus afirmou que este ainda é o plano de Deus. Ele citou este versículo e acrescentou: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:6). Este casamento é uma relação para toda a vida. Somente a morte deve cortar este laço (Romanos 7:1-3).

Deus aprovou as relações sexuais somente dentro do casamento. Não há nada de mal ou impuro sobre as relações sexuais dentro de um casamento aprovado por Deus (Hebreus 13:4). Esposos e esposas têm a responsabilidade de satisfazer os desejos sexuais (dados por Deus) aos seus companheiros (1 Coríntios 7:1-5).

Todas as outras relações sexuais são sempre e absolutamente erradas. Relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são absolutamente proibidas por Deus (Romanos 1:24-27; 1 Coríntios 6:9-11). Deus não criou Adão e João. Ele fez uma mulher, Eva, como uma parceira apropriada para Adão. As relações sexuais antes do casamento, mesmo entre pessoas que pretendem se casar, são condenadas por Deus (1 Coríntios 7:1-2, 8-9; Gálatas 5:19). As relações sexuais extra-conjugais são também claramente proibidas (Hebreus 13:4).

FILHOS

Casais assim unidos diante de Deus pelo casamento gozam o privilégio de terem filhos. Deus ordenou a Adão e Eva e aos filhos de Noé que tivessem filhos (Gênesis 1:28; 9:1). Ainda que nem todas as pessoas tenham que se casar, e que nem todas terão filhos, é ainda o plano básico de Deus que os filhos nasçam dentro de famílias, completas com pai e mãe (1 Timóteo 5:14). Em lugar nenhum da Bíblia encontramos autorização para uma mulher ter relações sexuais para conceber um filho, antes ou sem casamento. A paternidade solteira, que está se tornando moda em nossa sociedade moderna é um afastamento do plano de Deus que terá  sérias conseqüências para as gerações vindouras.

PAPÉIS DADOS POR DEUS DENTRO DA FAMÍLIA

Dentro desta estrutura do propósito Divino, consideremos os papéis que Deus atribuiu aos homens, mulheres e filhos.

Homens: Esposos e Pais

A responsabilidade dos esposos é bem resumida em Efésios 5:25: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela". O esposo tem que colocar as necessidades de sua esposa acima das suas próprias, mostrando devoção desprendida aos melhores interesses da "parte mais frágil" que necessita da sua proteção. Ele tem que trabalhar honestamente para prover as necessidades da família (2 Tessalonicenses 3:10-11; 1 Timóteo 5:8).

Os pais são especialmente instruídos por Deus para preparar seus filhos na instrução e na disciplina do Senhor (Efésios 6:4). Este é um trabalho sério e, às vezes, difícil, mas com resultados eternos! Os espíritos de seus filhos existirão eternamente, ou na presença de Deus ou separados dele. A maior meta de um pai para seus filhos deveria sempre ser a salvação eterna deles.

MULHERES: ESPOSAS E MÃES

Uma esposa tem um papel muito desafiador no plano de Deus. Ela tem que complementar seu esposo como uma auxiliar submissa, que partilha com ele as experiências da vida. As pressões da sociedade moderna para rejeitar a autoridade masculina não obstante, a mulher devota aceita seu papel como aquela que é cuidadosamente submissa ao seu esposo (Efésios 5:22-24; 1 Pedro 3:1-2). As mulheres de hoje em dia que rejeitam este papel dado por Deus estão na realidade difamando a palavra dele (Tito 2:5).

Deus instrui as mulheres para mostrarem terna afeição aos seus esposos e filhos, e a serem honestas e fiéis donas de casa (Tito 2:4-5). Apesar dos esforços de algumas pessoas para desvalorizar o papel das mulheres que são dedicadas a suas famílias, Deus tem em alta estima a mulher que é uma boa dona de casa e uma amorosa esposa e mãe. Tais mulheres devotas são também dignas de respeito e apreciação de seus esposos e filhos (Provérbios 31:11-12,28).

FILHOS: SEGUIDORES OBEDIENTES

Deus também definiu o papel dos filhos. Paulo revelou em Efésios 6:1-2 que os filhos deverão:

1. Obedecer a seus pais. Deus colocou os pais nesta posição de autoridade e os filhos têm que respeitá-los. Muitas pessoas consideram a rebeldia de uma criança como uma parte comum e esperada do "crescimento", mas Deus coloca-a na lista com outros terríveis pecados contra ele (2 Timóteo 3:2-5).

2. Honrar seus pais. Os pais que sustentam, instruem e preparam seus filhos devem ser honrados. Jesus mostrou que esta honra inclui prover as necessidades dos pais idosos (Mateus 15:3-6).

LARES PIEDOSOS NESTES DIAS?

É, freqüentemente, muito difícil corrigir anos ou mesmo gerações de erros. Mas está claro que o único modo pelo qual podemos esperar ter boas famílias construídas nos princípios divinos é voltar ao plano que Deus tem revelado. Temos que estudar a Bíblia, aprender estes princípios, aplicá-los em nossas vidas, e ensiná-los aos nossos filhos e aos outros. Lembre-se, os benefícios serão eternos!

Você está construindo seu lar sobre a fundação da palavra de Deus?

(por Dennis Allan http://www.estudosdabiblia.net/d15.htm)

INTERAÇÃO

Prezado professor, inicie   a  primeira aula deste trimestre  apresentando o  tema geral das lições  Bíblicas e explique que as  treze lições analisam a mais importante instituição criada por  DEUS na  face da  Terra; a  célula mater da  sociedade - a família. Fale também a  respeito do  comentarista, pastor  Elinaldo Renovato de  Lima,líder da  Assembleia de  DEUS em  Parnamirim, RN, professor universitário, bacharel em   Ciências Econômicas e autor de diversas obras editadas pela CPAD. O enriquecimento espiritual que lhe advirá do estudo de cada lição será sentido em  seu  próprio lar e nas famílias de seus alunos. Que DEUS abençoe nossas famílias.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Compreender a  família no  plano divino.

Conscientizar-se das consequências da  Queda para as famílias.

Analisar a constituição familiar ao longo dos anos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a lição sugerimos que reproduza conforme as suas possibilidades a tabela da página ao  lado. Inicie  a aula com a seguinte indagação: "Quais são os principais desafios da  família atual?" Ouça os alunos com atenção.

À medida que forem falando, preencha a primeira coluna do  quadro. Em seguida afirme que muitos são os desafios da família e, por isso, precisamos da  sabedoria divina para vencê-los. logo após faça a segunda pergunta: "Como podemos vencer estes desafios?" Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do  quadro. Esta atividade incentivará a participação ativa dos alunos e a sua aprendizagem.

A FAMÍLIA NA ATUALIDADE

PRINCIPAIS DESAFIOS

COMO PODEMOS VENCÊ-LOS

DROGAS

AMOR

HOMOSSEXUALIDADE

AMOR

PROSTITUIÇÃO

AMOR

UNIÃO NO LAR E NA IGREJA

AMOR

RESUMO DA LIÇÃO 1, FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS

I. A FAMÍLIA NO PLANO  DIVINO

1. O propósito de DEUS.

2. Um  lugar de proteção e sustento.

3. A primeira família.

II. A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA

1. O ataque do Inimigo.

2. Os resultados da Queda no relacionamento familiar.

3. A vida familiar depois da Queda.

III. A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS  SÉCULOS

1. Família patriarcal.

2. A  família nuclear (monogâmica).

3. A família na atualidade.

a) A carne.

b) O mundo.

c) O Diabo.

SINÓPSE DO TÓPICO (1) - DEUS criou a família com desígnios sublimes. O Criador não fez o ser humano para viver na solidão

SINÓPSE DO TÓPICO (2) - A família, desde  a  sua instituição, foi  alvo  dos ataques do Inimigo. Satanás fez  de tudo para que o propósito de  DEUS para as famílias fosse destruído.

SINÓPSE DO TÓPICO (3) - Os  três maiores desafios espirituais da família são: o mundo, a carne e o Diabo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI - Subsídio Bibliológico

"Criado para relacionamentos

[...] A Bíblia começa nos dizendo  que DEUS em  afinidade - Pai, Filho   e  ESPÍRITO SANTO -  criou o homem e  a  mulher para uma vida de  relacionamentos mútuos e com Ele (Gn 1.16,17). Ambos refletem a glória de  DEUS. O homem foi  criado  primeiro (Gn 2.7), seguido pela mulher, que foi  tirada do  homem (Gn  2.21-23). A mulher foi  criada, porque DEUS declarou: 'Não é bom que o  homem esteja só;  far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele [ou  seja, uma auxiliadora para satisfazer-lhe as necessidades]' (Gn 2.18).

Mas  que necessidade tinha Adão e com a qual não podia lidar no  utópico Éden  com seu ecossistema perfeitamente equilibrado e a atmosfera livre  de substâncias tóxicas?  Solidão! Solidão foi  a primeira emoção que Adão teve com a qual não podia lidar [...].

Ainda que  no  frescor do   dia DEUS viesse conversar com Adão, este precisava de  alguém como ele mesmo - outro ser humano -, com quem pudesse se comunicar durante o dia. A mulher não foi criada para ser objeto sexual. Antes, foi criada para ser ouvinte incentivadora e comunicadora dinâmica. Era tão fundamental esse relacionamento, que o casal recentemente formado foi  instruído a  ensinar seus filhos a  deixar pai   e  mãe e  apegar-se aos seus respectivos cônjuges (Gn 2.24)" (CARlSON,  Raymond et al. Pastor  Pentecostal:  Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed.  Rio  de Janeiro: CPAD, 2005, pp.35-6).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico

"O propósito ou missão do casamento, como DEUS Designou

Em um mundo onde tudo está se tornando relativo e a felicidade se faz  um  fim em  si mesma, é importante reafirmar que o casamento foi ideia de  DEUS, desde o início, e Ele o criou para cumprir os seus propósitos, que podem ser resumidos da  seguinte maneira:

Oferecer glória a DEUS. Não  há nada cristão que não se destine a glorificar a DEUS. Na verdade, o casamento é uma instituição social da  qual evoluíram todas outras estruturas sociais. É importante apreciar a missão do  casamento como um  meio para honrar a DEUS e oferecer louvores ao  seu nome [...].

Propiciar companhia para o outro. Um dos propósitos fundamentais do  casamento é a companhia [...] (Gn 2.18; Sl 68.8).

Servir, um ao  outro. Não  somente não era  bom que o homem estivesse só, mas ele  precisava de  uma auxiliar. A intenção do  casamento é criar companheiros que satisfaçam as necessidades, um  do outro. Cada cônjuge tem necessidades que DEUS deseja que sejam satisfeitas no  casamento [...].

Procriar uma  descendência devota.  A função de  procriação estava no  centro do  propósito de  DEUS, quando criou o  primeiro homem e a primeira mulher. Ele lhes ordenou que fossem frutíferos que se multiplicassem e povoassem a terra - algo que nós fizemos muito bem. Mas a missão bíblica de  ter filhos vai além do  ato físico de  ter bebês. Ela pede que as crianças tenham uma criação devota, e o casamento cristão cria  a atmosfera ideal, amorosa e carinhosa, para se fazer isso.

Criar a unidade básica de trabalho e serviço. Os casais cristãos devem servir a DEUS juntos, criar filhos devotos, manter a casa e servir na  igreja e  na  comunidade [...]"  (ADEI, Dr. Stephen. Seja o Líder que sua Família Precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.108-09).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ADEI, Stephen. Seja o Líder que sua Família Precisa.  1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2009.

SOUZA, Estevam Ângelo. ... e fez DEUS a família: O padrão divino para um lar  feliz. 1.ed. Rio  de Janeiro: CPAD, 1999.

Revista Ensinador Cristão CPAD - nº 54, p.36.

Lição 1 - Família, criação de Deus III

Gênesis 2.18-24

I. A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO

1. Acriação da família

1.1. Deus criou a família com desígnios sublimes

            . Não fez o ser humano para viver na solidão (Gn 2.18)

1.2. Atravéz da família as bênçãos do Senhor seriam espalhadas por toda a Terra (Gn 1.28)

2. Deus criou a família para terem relacionamentos

2.1. Acerca dos relacionamentos

            . Hoje em dia estão ficando cada vez mais superficiais

            . O pecado tem afastado as pessoas dos seus relacionamentos (Mt 24.12)

2.2. Invista no seu relacionamento familiar

3. Aprovisão de Deus para a família

3.1. O jardim do Éden era propício para receber a primeira família

            . Um lugar de acolhimento

            . Um lugar de proteção

            . Um lugar de provisão

3.2 A felicidade do primeiro casal

. Adão e Eva tinham tudo para uma vida saudável e feliz (Gn 1.29)

            . Desfrutavam, também, da companhia de Deus

3.3. A escassez e as privações trazem conflitos para as famílias

            . Deus, como nosso bom Pastor,  nos ajuda nos nossos conflitos

            . Deus deseja que cada família tenha a sua provisão (Mt 6.11)

3.4. Deus deu a você a responsabilidade de cuidar da sua família

4. Acriação do homem e da mulher

3.1. Deus formou Adão do pó da terra (Gn 2.7)

3.2. Deus criou Eva a partir de uma costela de Adão (Gn 2.22)

3.3. Homens e mulheres são iguais na sua essência

3.4. Após criar o homem e a mulher, Deus estabeleceu o casamento (Gn 2.24)

II. A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA

1. Afamília sendo atacada pelo inimigo

1.1. O inimigo levou a mulher a desobedecer a voz de Deus (Gn 3.1)

1.2. Eva e Adão cairam no pecado da desobediência (Gn 3.4,5)

            . Após pecarem, veio a condenação divina

1.3. A família sempre é alvo dos ataques do inimigo

1.4. Deus tem propósitos para a família que não podem ser destruídos pelo inimigo (Jó 42.2)

            . Da semente da mulher nasceria o Messias (Gn 3.15)

            . Jesus veio ao mundo para destruir os intentos de Satanás (Jo 10.10)

2. Aorigem dos males que quebram a união familiar

2.1. Qual a origem dos males que atacam a família? O pecado

            . O pecado faz o relacionamento familiar adoecer

            . O pecado separa as famílias da comunhão com Deus

2.2. Alguns sentimentos, depois da queda, vieram sobre o casal (Gn 3.8-12)

            . Medo

            . Culpa

            . Vergonha

3. Avida familiar depois que o pecado entrou na vida de Adão e Eva

3.1 Em relação à mulher

. A mulher teria filhos com dor (Gn 3.16)

. A mulher seria submetida à vontade de seu marido

3.2 Em relação ao homem

. Adão deveria comer seu pão diário com dores (Gn 3.17)

. Haveria, também, a morte física (Gn 3.19)

. Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden (Gn 3.20-24)

3.3 Em relação à terra

. A terra foi afetada, também (Gn 3.18)

3.4 A missão de Cristo para trazer a família ao seu estado original

. Deus enviou Cristo para nos resgatar da maldição do pecado (Is 53.4)         

III. A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SÉCULOS

1. O modelo da família patriarcal

1.1. A família patriarcal podia ter várias esposas

            .Este não era o modelo dado por Deus

1.2. Na família patriarcal o pai era visto como o senhor da casa e da família

1.3. As esposas e os filhos não tinham o poder de escolha

            . A palavra final era sempre do patriarca (Gn 2.24; Mt 19.5)

2. O modelo idealizado por Deus

2.1. Um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio

3. Afamília na atualidade

3.1. A família vive dentro de um contexto social

3.2. Os princípios para a família são eternos e imutáveis (Mt 24.35)

4. Os inimigos espirituais da família são:

   a) A carne

    1.a. É a natureza carnal do homem

            . Opõe-se ao Espírito Santo

            . É contrário à vontade de Deus

    2.a. Há uma luta  grande entre o Espírito e a carne

            . O apóstolo Paulo experimentou isto (Rm 7.15-24)

            . Cristo nos livra 'do pecado e da morte' (Rm 8.1,2)

    3.a. Devemos andar em Espírito (Gl 5.26)

    4.a. Combatendo a natureza carnal a família vai evitar adultérios, vícios, etc.

   b) O mundo

    1.b. Não devemos amar o mundo (1Jo 2.15)

            . Não há como amar a dois senhores ( o mundo e a Deus) (Mt 6.24)

    2.b. Use a fé para vencer o mundo (1Jo 5.4)

   c) O Diabo

    1.c. Você pode vencer o Diabo (Tg 4.7)

            . O segredo é a submissão a Deus

    2.c. Você pode vencer o Diabo com o escudo da fé (Ef 6.16)

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

Lição 1 – Família, criação de Deus IV

TEXTO ÁUREO

“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). – A palavra "adjutora" vem do Latim ADJUTOR, "o que socorre, o que ajuda, que auxilia"; de ADJUVARE, "ajudar, auxiliar", formado por ad - 'a', e juvare - 'ajudar' propriamente. A Bíblia King James Atualizada (BKJ) traz este texto assim: "Não é bom que o ser humano viva sem a companhia de um semelhante; farei para ele alguém que o ajude e a ele corresponda!".

VERDADE PRÁTICA

A família é uma instituição divina. Ela é a base da vida social.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 2.18-24

18 - E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.

19 - Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.

20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.

21 - Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costeias e cerrou a carne em seu lugar.

22 - E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.

23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Compreender a família no plano divino;
  • Conscientizar-se das consequências da Queda para as famílias; e
  • Analisar a constituição familiar ao longo dos anos.

PALAVRA-CHAVE

Família: (latim familia, -ae, os escravos e servidores que vivem sob o mesmo teto, as pessoas de uma casa)

s. f.

1. Conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e, principalmente, dos que moram com ela.

2. Conjunto formado pelos pais e pelos filhos.

3. Conjunto formado por duas pessoas ligadas pelo casamento e pelos seus eventuais descendentes.

4. Conjunto de pessoas que têm um ancestral comum.

5. Conjunto de pessoas que vivem na mesma casa.

6. [Figurado] Raça, estirpe.

7. [Gramática] Conjunto de vocábulos que têm a mesma raiz ou o mesmo radical.

8. [História natural] Grupo de animais, de vegetais, de minerais que têm caracteres comuns.

9. [Química] Grupo de elementos químicos com propriedades semelhantes.

de família: familiar; íntimo; sem cerimônia.

família miúda: filhos pequenos.

[Religião] sagrada família: representação de Jesus com a Virgem Maria e S. José. [http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=fam%C3%ADlia]

COMENTÁRIO

introdução

Iniciamos o segundo trimestre de 2013 estudando um assunto pertinente e urgente, “A Família Cristã no século XXI”. A Igreja não está imune aos desafios impostos pela vida hodierna. Este século nos apresenta um inédito desafio de um mandamento cultural na contramão daquele vivido pela família primeva, Adão e Eva: "crescei pouco e não multiplicai". A realidade nos pressiona a isso; a competitividade e o aumento do custo relativo em todos os níveis têm mudando radicalmente a família e nós, cristãos evangélicos, não estamos obliterados desta realidade biológica ou esta lógica da vida em nosso dia a dia. O casamento tardio, as famílias alternativas (das chamadas "produções independentes" às relações homossexuais), os vários casamentos (transformando casamentos em formas de namoro) e tantos outros fenômenos são indicativos da perda funcional da família em seu aspecto biológico. Por isto, julgo de suma importância o engajamento neste trimestre, do estudo profícuo e acurado, e a aplicação imediata de tudo o que for ministrado em nossas escolas dominicais. Sejam todos abençoados! Uma boa e produtiva aula!

I. A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO

1. O propósito de Deus. Deus tem propósitos para a família. Foi a primeira instituição sobre a face da terra; Ele têm planos extraordinários de bênçãos e realizações. e este projeto do Senhor é imutável, perfeito e eterno. A Palavra do Senhor nos ensina que todas as coisas terrenas e humanas, são como figura e sombra das celestiais (Hb 8.5), por isso o Reino de Deus é a expressão máxima do que vem ser uma família. No céu estavam presentes a Trindade, o Pai, Filho e o Espírito, como também querubins, serafins, arcanjos e anjos em uma harmonia e hierarquia que nossa mente humana limitada não alcança em compreender, o Criador é um ser sociável que precisava dar e receber amor, atenção, conselhos, proteção, sustento, abrigo, amizade, assim se originou a Família de Deus na dimensão celestial. No livro de Gênesis 1.26-27, se dá o início da primeira família humana, Adão (hebraico, Adam = tirado da terra), formado a imagem e semelhança de Deus, logo após isso pelo motivo da solidão que o homem sentia, Deus lhe entrega a mulher formada de sua própria costela, do lado para ser auxiliadora, debaixo do braço para ser protegida e perto do coração para ser amada. O lar doce lar desta família era o jardim do Éden (original tradução = prazer), era um lugar de prazer, satisfação onde eles se sentiam muitíssimos bem um com o outro e ambos com Deus. O homem recebe uma responsabilidade, guardar o jardim do Éden, Gênesis 2.15, podemos questionar então, mas, guardar do que ou de quem? Lendo este verso bíblico acima entendemos que ele recebera duas tarefas, uma era física lavrar o jardim, outra espiritual guardar o jardim, guardar de qualquer ação do maligno o adversário de Deus e de Sua criação, essa autoridade ele recebeu do Senhor de dominar sobre toda criação. [Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/religion-studies/499666-fam%C3%ADlia-eterno-prop%C3%B3sito-deus/#ixzz2PR514Uxf].

2. Um lugar de proteção e sustento. Quando Deus criou o ser humano nas figuras de Adão e Eva, deu-lhes como habitação uma vasta área repleta de fertilidade, de natureza exuberante, com o melhor em recursos vegetais, animais e minerais. A região, conhecida como Jardim do Éden (hb. Gan Eden, גן עדן). No Éden, ao homem era permitido desfrutar de tudo o que a natureza oferecesse em se falando de alimento e abrigo, exceto os frutos da árvore do conhecimento do que era bom e mau. Adão e sua companheira, Eva, desobedeceram a única proibição que tinham e deram origem ao pecado, sendo expulsos pelo Senhor do jardim. Manipulados pela serpente para provarem do fruto proibido, romperam uma aliança muito íntima com Deus, expulsos do lugar que tudo lhes oferecia. Tiveram que, a partir daí, conquistar o alimento com o suor, trabalhando para seu sustento. O lar deve ser a fortaleza de Deus para dominar a terra e não trincheira do diabo. Quando há um crime na rua, fique sabendo que aquele criminoso é resultado dum lar que falhou lá atrás. É preciso que o lar domine, que a família lidere em todos os aspectos sociais, que imprima ritmo a uma vivência sadia, que divulgue através do seu testemunho a grandeza de Deus. Que mostre ao mundo os verdadeiros valores que estão se deteriorando cada dia mais. Que proclame ao mundo que servir a Deus é a melhor coisa do mundo.

3. A primeira família. Ao implantar a família sobre a terra, Deus queria que o Seu caráter santo fosse refletido através da vivência harmoniosa entre os cônjuges, filhos e pais, em um ambiente onde o amor, que é a essência do caráter de Deus, fosse vivenciado. O objetivo Divino é que a família seja uma grande vitrine espelhada, a qual possa refletir À Sua imagem a uma sociedade promíscua e divorciada dos verdadeiros valores que devem reger a vida familiar. Marido e mulher devem mostrar ao mundo que é possível viverem juntos, apesar de suas imperfeições, fraquezas e diferenças. Casamento não significa a união de duas pessoas perfeitas, mas imperfeitas , vivendo juntas com o amor de Deus aperfeiçoando o seu relacionamento, através do entendimento e perdão recíproco.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Deus criou a família com desígnios sublimes. O Criador não fez o ser humano para viver na solidão.

II. A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA

1. O ataque do Inimigo. Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden para ali viverem e encherem a Terra com seus descendentes. Ambos, primeiramente Eva e depois Adão e teriam comido o fruto proibido da árvore da ciência (do "conhecimento do bem e do mal") criada por Deus, e após o ocorrido, de acordo com o relato bíblico, toda a humanidade ficou privada da perfeição e da perspectiva de vida infindável. Surge aqui a noção de pecado herdado - tendência inata de pecar - e a necessidade de um resgate da humanidade condenada à morte. Após comerem do fruto proibido, Adão e Eva tiveram ciência de que andavam nus e por isso, esconderam-se ao notar a presença de Deus no Jardim do Éden.Deus os expulsou do jardim do Éden, e os deu roupas de pele animal. Em Gn 1.28, começa a "Primeira Dispensação". Uma Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado com respeito à sua obediência e alguma revelação específica da vontade divina. O homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das consequências da desobediência. A mulher caiu pelo orgulho; o homem deliberadamente (Ef 1.10; 1Tm 2.14). Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a Dispensação da inocência terminou com o julgamento e a expulsão do casal (Gn 3.24). Nesta Dispensação o homem tinha uma perfeita comunhão com Deus, pois notamos que o Senhor andava no jardim na viração do dia (Gn 3.8). 0 homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo. Foi-lhe dado o direito de dar os nomes aos animais, orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito. O homem possuía por intuição, e não por um processo didático, uma perfeição física, mental e moral. A mulher foi feita não da cabeça do homem, para não governá-lo; nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele; mas de seu lado, para ser amparada; e de perto do coração, para ser amada. Em Gn 1.28, temos também a primeira das oito grandes Alianças da Bíblia - A Edênica, que determina a vida e a salvação do homem.

2. Os resultados da Queda no relacionamento familiar. As Consequências da Queda do Homem são: Conhecimento do mal; A perda da comunhão com Deus; Separou-se de Cristo; O espírito do homem ficou em estado de morte; A perversão da natureza moral; Tornou-se escravo do pecado e de Satanás, e Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultadosfunestos). As três conseqüências más sobre a mulher, uma maldição tríplice: A concepção multiplicada; O aumento de dores durante a maternidade, e Sujeição ao domínio do homem. Vedado o Caminho da Árvore da Vida (Gn 3.24). Foi por misericórdia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no triste estado em que se encontravam! Era preferível estarem sujeitos à morte física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo. Em Gn 3.15, encontramos a Primeira Promessa do Redentor.

3. A vida familiar depois da Queda. Em Eclesiastes 7.29 lemos: "Eis-que, só isto achei: que Deus fez o homem direito, mas eles buscaram muitas invenções". Nada é mais evidente do que os dois fatos mencionados nesta passagem; a saber, a justiça original do homem e a sua queda mais tarde. A santidade original do homem não era imutável. A mutabilidade é uma característica necessária da natureza humana. Imutabilidade requer infinidade de conhecimento e poder. A infinidade é uma característica só da divindade. Portanto, desde que Deus desejou criar o homem e não um deus, Ele fez Adão mutável. Isto tornou possível a queda. Quando Adão provou a corrupção de sua natureza, ele não ficou como simples individuo senão como o cabeça natural da raça. O primado natural de Adão está claramente ensinado no capítulo cinco de Romanos. O seu primado ali não se apresenta como simples primado federal. Adão não pecou meramente por nós, como se ele fosse o mero cabeça federal da raça; nós pecamos nele (Rm 5.12). Com a queda, Adão e Eva sofreram a corrupção de sua natureza, a qual lhes trouxe ao mesmo tempo morte natural e espiritual. O efeito total da queda de Adão sobre a raça é a corrupção da natureza da raça, a qual traz a raça a um estado de morte espiritual e a torna sujeita à morte física. Os descendentes de Adão são feitos responsáveis, não pelo ato manifesto de Adão em participar do fruto proibido senão pela apostasia interior de sua natureza de Deus. Não somos pessoalmente responsáveis pelo ato manifesto de Adão porque o seu ato manifesto foi o ato de sua própria vontade individual. Mas, nossa natureza, sendo uma com a dele, corrompeu-se na apostasia de sua natureza dele. Daí, o efeito da queda sobre a raça não consiste tanto da culpa pessoal pelo ato manifesto de Adão como da corrupção da natureza da raça. Não somos responsáveis por qualquer coisa de que não podemos arrepender- nos quando vivificados pelo Espírito de Deus. Está qualquer homem hoje convicto do pecado de Adão de participar do fruto proibido? Mas nós nos sentimos convictos e podemos e nos arrependemos da corrupção de nossas naturezas, corrupção que se manifesta em rebelião contra Deus e em transgressões pessoais. Não cremos que a Escritura ensine mais do que isto a respeito dos efeitos da queda sobre o raça. Para uma discussão de João 1:29 a este respeito, vide o capítulo sobre a expiação.{ http://www.palavraprudente.com.br/estudos/tpaul_s/doutrinabiblica/cap16.html }

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A família, desde a sua instituição, foi alvo dos ataques do Inimigo. Satanás fez de tudo para que o propósito de Deus para as famílias fosse destruído.

III. A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SÉCULOS

1. Família patriarcal. A família assume uma estrutura característica. Por estrutura entende-se, “uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente” (WHALEY e WONG, 1989; p. 21). Deste modo, a estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interacção regular e recorrente também ela, socialmente aprovada. Quando pensamos em modelo patriarcal, pensamos de imediato em um tipo de estrutura familiar extensa, ou seja, é um conceito de família que abriga em seu seio todos os agregados. Na definição da família patriarcal, temos uma família numerosa, composta não só do núcleo conjugal e de seus filhos, mas incluindo um grande número de criados, parentes, aderentes, agregados e escravos, submetidos todos ao poder absoluto do chefe de clã, que era, ao mesmo tempo, marido, pai, patriarca. O termo patriarcalismo, designa a prática desse modelo como forma de vida própria ao patriarca, seus familiares e seus agregados. Nele, o pater seria o chefe (ou, autoridade maior) do grupo familiar. Logo, não se restringe apenas ao núcleo familiar pai, mãe e filhos, mas faz referência a todos os que giram em torno do núcleo centralizador dos vários tipos de relação: o patriarca. Dessa forma, o patriarca constitui-se em um núcleo econômico e um núcleo de poder.

2. A família nuclear (monogâmica). Este foi o modelo idealizado pelo Senhor: Um homem e uma mulher, unidos pelo matrimônio. A família pode também, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste em duas pessoas adultas (biblicamente uma mulher e um homem) e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário, quando um dos cônjuges falece, por exemplo. A poligamia vai contra o princípio divino do marido e da esposa ser uma só carne (Gn 2.24; Mt 13.5).

3. A família na atualidade. Quando um crime é executado nas ruas, podemos ter a certeza que o criminoso é resultado de um lar que falhou no passado. Que a família domine em todos os aspectos da vida, que imprima ritmo a uma vivência sadia que divulgue através do seu testemunho a grandeza de Deus e que revele ao mundo os verdadeiros valores morais que estão cada vez mais deteriorados em nossos dias. O lar deve ser a fortaleza de Deus para dominar a terra e não trincheira do diabo. Quando há um crime na rua, fique sabendo que aquele criminoso é resultado dum lar que falhou lá atrás. É preciso que o lar domine, que a família lidere em todos os aspectos sociais, que imprima ritmo a uma vivência sadia, que divulgue através do seu testemunho a grandeza de Deus. Que mostre ao mundo os verdadeiros valores que estão se deteriorando cada dia mais. Que proclame ao mundo que servir a Deus é a melhor coisa do mundo. A promiscuidade deve ser condenada, conceitos errados tem que cada dia mais diminuir pelo comportamento sadio de uma família que serve a Deus. O mundo tem que aprender com a família de Deus e nunca ao contrário. Conceitos que desprezam a palavra de Deus devem ser condenados pela família, mesmo porque qualquer comunidade que despreze os princípios bíblicos, a tendência é o apodrecimento. As pessoas desejam a felicidade. Almejam o sucesso. Eu conheço muitas famílias de sucesso que não são felizes mas também conheço muitas famílias que ainda não conseguiram realizar todos os seus sonhos, mas são imensamente felizes, isto porque há, sucesso e felicidade não são palavras sinônimas. Felicidade é um sentimento de bem estar consigo mesmo e sua consciência pela vida plena encontrada em Jesus Cristo. Sucesso é objetivos que são alcançados e almejados. Portanto, voce pode ser feliz sem ter sucesso, e pode ter sucesso sem ser feliz. Deus quer que voce seja feliz e tenha muito sucesso. [http://www.midiagospel.com.br/familia/estudos-para-casais/os-propositos-de-deus-para-a-familia.html].

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Os três maiores desafios espirituais da família são: o mundo, a carne e o Diabo.

CONCLUSÃO

. Esta mudança nos fundamentos da família tem afetado os papeis culturais do homem e da mulher e nunca a família foi tão desafiada pelas forças do mal como hoje. Os homens se vêem num processo reverso aos últimos milênios, na medida em que a “família moderna” o fez dispensável. O século XXI apresenta um homem mais dispensável e traz o desafio de recriar sua função e imagem em meio à cultura. A mulher, por sua vez, busca outra forma de ocupação e valorização que não seja apenas concentrada na maternidade. Tudo isto aponta para um fim da família como a conhecemos. Em um mundo onde tudo está se tornando relativo e a felicidade se faz um fim em si mesma, é importante reafirmar que o casamento foi ideia de Deus, desde o início, e Ele o criou para cumprir os seus propósitos. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Lição 1 - Família, criação de Deus V

INTRODUÇÃO

            Neste segundo trimestre de 2013 estudaremos sobre A Família Cristã no Século XXI: Protegendo seu Lar dos Ataques do Inimigo. O momento é mais do que oportuno para estudar este tema tão relevante, tendo em vista que o Diabo, o principal inimigo de Deus e da família, tem investido diuturnamente contra esta instituição divina. Nesta primeira lição, que tem por título: Família, Criação de Deus, estudaremos o que é família; sua importância para os cônjuges, filhos, Igreja e sociedade;a família, antes e depois da Queda; o propósito de Deus para a família; e os mandamentos divinos para cada membro da família.

I  - DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

            Existem dois termos hebraicos para afamília: o primeiro é bayît, que designa tanto uma “residência”, “templo”, “lar”, a “parte interior de uma casa”, “casa”, quanto também o conceito de “família” ou “os moradores de uma mesma casa” (Êx 12.7; Lv 25.29; Dt 11.20); o segundo é mishpāhâ, que significa literalmente “família”, “parentes” ou “clã”. Neste caso, a ênfase está nos laços sanguíneos que existem entre as pessoas de um mesmo círculo (Nm 11.10). No grego, o termo éoikos e significa “habitação”, “casa” (I Tm 5.4).

            O Aurélio define como “pessoas aparentadas que vivem geralmente na mesma casa, particularmente, o pai, a mãe e filhos”. Biblicamente, podemos dizer que família é o sistema social básico, instituído por Deus no Éden, para a constituição da sociedade e perpetuação da raça humana (Gn 2.18-24). Sem dúvida, a família faz parte do projeto divino visando a felicidade dos seres humanos (Sl 128). Já o termo lar, do latim lare é o ambiente onde vive a família. É no lar que marido, mulher, pais e filhos, encontram o ambiente adequado para amadurecer, conviver e compartilhar seus sentimentos. Vejamos, então, a importância da família para os cônjuges, filhos, Igreja e sociedade:

1.1 Aimportância da família para os cônjuges. É no seio da família que marido e mulher passam a conviver juntos e aprendem a suportar e a perdoar mutuamente (I Co 13.7; Cl 3.12,13); a ter paciência (Rm 5.3; I Co 13.7); a lidar com os problemas do dia a dia (Gn 16.1-6; 27.1-46; 30.1); de forma que o lar contribui, não só para o amadurecimento do casal, como também, para o ajustamento de ambos.

1.2 Aimportância da família para os filhos. O lar é o ambiente onde os filhos se sentem seguros e felizes, junto aos pais, onde recebem amor, carinho, proteção e educação cristã (Dt 6.1-8; Pv 22.6; Ef 6.1-4; II Tm 1.5,6), e também aprendem, desde cedo, a serem responsáveis e a se prepararem para o futuro (II Tm 1.5,6; 3.14-17).

1.3 Aimportância da família para a Igreja.É possível existir família sem igreja, mas não existe igreja sem família. Uma igreja não pode ser forte, viva e santa com famílias fracas na fé ou espiritualmente mortas (I Co 3.1-3;5.1-13; 6.9-11). Quando a família cristã vive em paz e harmonia no lar, a Igreja também é beneficiada, pois, estando em paz com Deus e com os seus, a família passa a viver em comunhão com os irmãos (Sl 133; At 2.42; Rm 12.18).

1.4 Aimportância da família para a sociedade. A sociedade é composta por famílias. Logo, famílias estruturadas geram sociedades estruturadas; e, consequentemente, famílias desestruturadas geram sociedades desestruturadas. É por esta razão que Satanás investe tanto contra os lares (Gn 3.1-5), pois, desestabilizando-as, ele desestruturará também a sociedade. A sociedade só poderá ser forte e equilibrada, se as famílias também estiverem assim.

II -  A FAMÍLIA, ANTES E DEPOIS DA QUEDA

            Antes da Queda, o primeiro casal vivia em paz e harmonia. Não havia nada que lhes trouxesse dissabores (Gn 1.31). Além disso, pela viração do dia, o Senhor vinha dialogar com Adão e Eva (Gn 3.8). Mas, o Diabo investiu contra o casal, colocando dúvidas na mulher sobre a bondade e a retidão de Deus (Gn 3.1-5). Então, Eva deu ouvidos a voz da serpente e comeu do fruto que o Senhor Deus havia proibido, e deu também ao seu marido (Gn 3.6). Dessa forma, o pecado entrou no mundo e trouxe uma série de consequências maléficas para a família: a mulher passou a ter filhos com mais dores (Gn 3.16); a terra tornou-se maldita e passou a produzir espinhos e cardos, tornando o trabalho humano mais difícil e pesado (Gn 3.17-19); e o homem, tornou-se mortal (Gn 3.19). Podemos dizer, então, que todos os dissabores e aflições que afetam a família, tais como: violência familiar, divórcio, vício, infidelidade conjugal, e outros, são consequências do pecado.

III – O PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA

            Ao instituir a família, Deus tinha propósitos pré estabelecidos, como veremos a seguir:

3.1 Propagação do gênero humano. Deus deu ao homemo direito de gerar seres semelhantes, para que haja  perpetuação da espécie (Sl 127.3). Ao instituir a família, Deus disse ao primeiro casal: “Frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra...” (Gn 1.28). Encontramos diversos exemplos na Bíblia de casais gerando filhos (Gn 4.1,2; 5.1-32; 6.10; 10.1-32; 11.10-32). Logo, as uniões homossexuais não podem ser consideradas como famílias, pois, além de serem condenadas por Deus (Lv 18.22; Rm 1.26,27), não são capazes de procriarem.

3.2 Proporcionar prazer ao casal.Embora este não seja o único objetivo do casamento, não podemos negar que seja um dos principais (Pv 5.18; Ec 9.9). Deus criou os seres humanos sexuados (macho e fêmea) para lhes proporcionar a bênção do prazer conjugal (Gn 1.26,27; Hb 13.4). Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo ensina acerca dos perigos da abstinência sexual (I Co 7.3-5), e diz que ela só deve ocorrer por consentimento mútuo, por um tempo determinado pelo casal e para um fim específico.

3.3 Subsistência e provisão. Ao criar o homem, o Senhor lhe deu algumas atribuições, tais como: arar a terra, cuidar do jardim e dar nome aos animais (Gn 2.15,19,20). Ainda no capítulo quatro do livro de Gênesis, encontramos os homens realizando diversas atividades, como: lavrador (Gn 4.2); pastor (Gn 4.2); criador de gado (Gn 4.20); tocador (Gn 4.21); ferreiro (Gn 4.22), dentre outros. No exercício de sua profissão, o homem tralhava para promover o sustento e bem estar da família.   

IV – OS MANDAMENTOS DIVINOS PARA A FAMÍLIA

            A Bíblia é o manual da família. Nela encontramos os preceitos e mandamentos divinos para os cônjuges, filhos, pais, como veremos a seguir:

4.1 Os deveres do esposo

  • Amar a esposa  (Ef 5.25-30; Cl 3.19);
  • Governar bem a sua casa (1Tm 3.4,12);
  • Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1Ts 4.11,12; 1Tm 5.8);
  • Ser o sacerdote do lar (Gn 18.19; Jó 1.5).

4.2 Os deveres da esposa

  • Ser submissa ao marido (Ef 5.22-24; Cl 3.18);
  • Atender as necessidades do lar, tais como: alimentação (Pv 31.21-22); vestuário (Pv 31.21-22), e da casa(Tt 2.5);
  • Quando necessário, ajudar nas despesas financeiras(Pv 31.16-18,24);
  • Ensinar as mulheres mais novas a desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5).

4.3 Os deveres dos pais

  • Educar os filhos com disciplina, conforme o modelo bíblico (Pv 13.24; 19.18; 22.6,15; 23.13,14; 29.15,17);
  • Ensinar, desde cedo aos filhos a temerem e amarem ao Senhor (Dt 6.1-9);
  • Conduzir os filhos a Deus (Jó 1.5; Js 24.15; At 16.30-34; Ef 6.4);
  • Ser exemplo para os filhos (Pv 22.6).

4.4 Os deveres dos filhos

  • Ser obediente aos pais (Ef 6.1; Cl 3.20);
  • Honrar aos pais (Êx 20.12; Dt 5. 16; 27.15);
  • Ajudar aos pais nos afazeres domésticos (Gn 29.9; Êx 2.16; I Sm 17.15).

CONCLUSÃO

            A família foi a primeira instituição divina e a célula mãe da sociedade. Ela foi instituída pelo Criador para  perpetuação da espécie, proporcionar prazer ao casal, e promover meios de subsistência. Mas, para que o propósito divino seja alcançado, é necessário que cada membro da família cumpra o seu papel com fidelidade, diligência e amor.

REFERÊNCIAS

  • Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.CPAD.
  • CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
  • OLSON, N. Laurence. O Lar Ideal. CPAD.
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.
  • COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO

 

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