Lição 6 - A viúva de Sarepta


Galeria de Vídeos
Lição 6 - A viúva de Sarepta I Plano de Aula
LIÇÃO Nº 6 – A VIÚVA DE SAREPTA
1º SLIDE  INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do ministério do profeta Elias, estudaremos hoje o aprendizado de Elias em Sarepta de Sidom.
- Em Sarepta de Sidom, Elias aprendeu que Deus tem controle sobre todas as nações, sobre o mundo da cultura e sobre a vida humana.

2º SLIDE  I – ELIAS É MANDADO PARA SAREPTA DE SIDOM
- O profeta Elias, obedecendo à voz do Senhor, manteve-se à beira do ribeiro de Querite, experimentando que Deus tinha absoluto controle sobre a natureza.
- Quando o ribeiro secou, o profeta não saiu do local que Deus lhe havia enviado, comprovando que se trata de um genuíno e autêntico servo de Deus, pois se manteve obediente e submisso à vontade e à orientação do Senhor.
3º SLIDE
- O Senhor, então, falou com Elias, mandando que ele fosse até Sarepta ou Zarefate, que pertencia a Sidom, pois ali o Senhor tinha ordenado que uma viúva o sustentasse (I Rs.17:9).
- O profeta, agora, é mandado para uma cidade que era governada pelo próprio pai de Jezabel, uma terra estrangeira e que era “verdadeiro território inimigo”.
4º SLIDE
- Elias tinha, no mínimo, três importantes motivos para questionar a ordem divina:
a) sendo israelita, estava sendo mandado para um território estrangeiro;
b) teria de entrar em contato com gentios adoradores de Baaal e conviver com eles;
c) seria sustentado por uma viúva, alguém que, muito provavelmente, era uma pessoa necessitada.
5º SLIDE
- Apesar de todos estes motivos que permitiam ao profeta legitimamente questionar a ordem divina, o profeta não o fez. Como homem de Deus, deveria andar sob a orientação e a direção divinas e saber que Deus bem sabe o que faz.
- A fé não é uma obediência cega, irracional. É confiança em Deus e a compreensão de que a lógica divina não é a nossa lógica (Is.55:8,9) e que tudo o que Deus faz é para o nosso bem (Rm.8:28), motivo por que não devemos senão consciente e voluntariamente seguir-Lhe a orientação.
6º SLIDE
- Sarepta de Sidom, como todo o reino de Sidom, também estava a sofrer com a seca determinada por Deus através do profeta Elias.
 - Elias, já no caminho para Sarepta de Sidom, passava a ter a experiência de que Deus não era apenas o Deus que controlava toda a natureza, mas também o Deus que tinha controle sobre todas as nações.
7º SLIDE
- À medida que caminhava para Sarepta de Sidom e ao ver os resultados que a seca já estava a produzir, Elias tinha de aumentar a sua fé no Senhor.
- Elias, sendo um homem de Deus, não andava por vista, mas, sim, por fé (II Co.5:7) e, a cada passo que dava em direção a Zarefate, sabia que o Senhor era o único e verdadeiro Deus e que, portanto, iria continuar a sustentá-lo como havia feito até então.
8º SLIDE  II – ELIAS ENCONTRA-SE COM A VIÚVA DE SAREPTA
- Chegando à porta da cidade, o profeta viu uma mulher apanhando lenha e, certamente, o Senhor lhe indicou de que se tratava da mulher que iria sustentá-lo. Esta visão do profeta mostrou a Elias que:
a) a cidade não tinha nem sequer mais lenha para o povo;
b) a viúva era realmente uma pessoa necessitada e desprovida de condições de até de se sustentar.
9º SLIDE
- O profeta não desanimou com o que viu, chamou aquela mulher e lhe pediu um pouco de água num vaso (I Rs.17:10). As promessas de Deus não impediram que Elias ficasse com sede na jornada.
- Diante do chamado do profeta, a viúva prontamente o atendeu, a provar que era pessoa disposta a ajudar os necessitados. Ela amava o próximo.
10º SLIDE
- O profeta foi prudente, antes testou a índole da mulher e, neste teste, descobriu que ela amava o próximo.
- Depois que a mulher lhe trouxe água para beber, o profeta a chamou mais uma vez e, desta feita, lhe pediu um bocado de pão (I Rs.17:11).
11º SLIDE
- Ante o segundo pedido, a mulher abriu seu coração para revelar que iria fazer sua última refeição, para ela e para seu filho, pois nada possuía  senão somente um punhado de farinho numa panela e um pouco de azeite numa botija.
- Ao revelar esta situação, a mulher também reconheceu que a seca era produzida pelo Deus de Israel, ou seja, aprendera a lição espiritual que Elias queria que Israel tivesse com a estiagem.
12º SLIDE
- A mulher tinha consciência de que o Senhor era Deus, mas, a exemplo do próprio profeta, não tinha consciência de que Deus é Deus de todas as nações e não somente de Israel.
- Embora tivesse reconhecido o poder de Deus sobre a natureza, aquela mulher não era capaz de achar que Deus pudesse sustentá-la, achava-se indigna de desfrutar da proteção e do livramento do Senhor.
13º SLIDE
- A mulher era disposta. Mesmo sabendo que seria sua última refeição, não deixou de procurar lenha para prepará-la, não tendo, certamente, desesperado seu filho com a situação.
- Esta declaração da mulher serviu de mais um teste para a fé do profeta. Uma vez mais, o profeta não desanimou, mas continuou a crer na palavra que o Senhor lhe dissera.
14º SLIDE
- Ante as evidências, o profeta, movido pelo Espírito Santo, disse à mulher para que não temesse, mas que preparasse para ele um bolo pequeno e que, então, só depois, fizesse um bolo para ela e para seu filho, pois o Senhor Deus de Israel dizia que não faltaria farinha nem azeite enquanto não viesse chuva sobre a terra (I Rs.17:14).
- A viúva, ante aquela palavra do profeta, entendeu que o Deus de Israel também poderia ser o seu Deus, creu na Paslavra, fez o bolo pequeno para o profeta e não lhe faltou mais sustento.
15º SLIDE
- A palavra profética de Elias, que era a própria Palavra de Deus, trouxera esperança àquele coração sem esperança de salvação.
- A mulher mostrou, assim, ter amor, fé e esperança no Deus de Israel.
16º SLIDE
- Elias pediu um bolo pequeno. Não era um devorador da casa de viúvas (Mt.23:14).
- Elias, como todo servo genuíno e autêntico do Senhor,  era alguém que aproveitou a oportunidade que Deus lhe deu, mas não se tornou um oportunista.
17º SLIDE  III – ELIAS RESSUSCITA O FILHO DA VIÚVA
- Elias passou a morar com esta viúva e seu filho.
- Era uma situação inusitada e que, certamente, causava comentários e incompreensões a todos os habitantes de Sarepta de Sidom. Como a viúva poderia acolher em sua casa um israelita?
18º SLIDE
- É dentro desta situação incômoda vivida tanto pelo profeta quanto pela viúva que ocorre o inesperado: o filho da viúva fica doente e a sua doença se agrava a cada dia, cada vez mais (I Rs.17:17).
- O surgimento da doença no filho da viúva e o seu agravamento contínuo aumentaram, com toda certeza, os comentários contrários à presença de um profeta do Senhor em Sarepta de Sidom e reforçaram as teses de que a vinda daquele homem ali não era uma bênção mas uma maldição, mais uma maldição advinda do Deus de Israel contra Sidom.
19º SLIDE
- Este episódio traz-nos a importante lição de que nem sempre o que vemos imediatamente como um mal, é realmente um mal.
- Diante da morte de seu filho, a mulher deixara de crer que o Deus de Israel poderia ser o seu Deus, que Deus a amava, que Deus a estava a sustentar por Seu amor para com ela e não apenas por causa do profeta.
20º SLIDE
- Ante o desabafo da viúva, o profeta não soube o que responder a ela, até porque também não tinha uma convicção plena de que Deus era o Deus de todas as nações.
- Sem saber o que responder para a mulher, o profeta tão somente pediu que se lhe fosse dado o filho e, tomando-o no seu regaço, levou para o seu quarto, onde habitava na parte superior da casa da viúva, e o deitou em sua cama (I Rs.17:19).
21º SLIDE
- A mulher, apesar do desabafo, creu uma vez mais no profeta e entregou o seu filho para ele. Sua atitude mostra que ainda se manteve acesa uma esperança, ainda que tênue, de que o Senhor Deus de Israel poderia ampará-la.
- Elias foi para o quarto, porque sabia que não tinha o que responder para aquela mulher. Ele mesmo estava confuso e tinha de lidar com esta situação incômoda. Somente Deus poderia esclarecer-lhe o que se passava. Elias, então, levou o menino para o quarto, deitou-o na cama e foi orar.
22º SLIDE
- Elias sabia que Deus tinha o controle de todas as coisas, que se mostrara inclusive como Deus de todas as nações e, portanto, haveria Ele de ser também o Deus que tinha controle da vida, algo que os sidônios atribuíam a Baal.
- Elias finalmente reconhece que Deus era Deus de todas as nações e não somente Deus de Israel e que podia muito bem dar a vida de novo ao filho da viúva, pois era Ele e não Baal o verdadeiro Deus da vida.
23º SLIDE
- Elias orou a Deus porque cria no poder da oração, porque sabia que Deus ouve ao Seu povo e está pronto a intervir quando se faz necessário para a Sua glória.
- Elias não fez qualquer “determinação”, “declaração” ou “decreto”. Muito pelo contrário, clamou ao Senhor, pediu com insistência, sabendo que só Deus é o Senhor e que, apesar de toda sua experiência com Deus, não passava de um servo.
24º SLIDE
- Diante da ressurreição do menino, o primeiro milagre de ressurreição registrado nas Escrituras Sagradas, Elias chamou a mulher e lhe entregou o filho, dizendo que ele vivia (I Rs.17:23).
- A mulher, então, reconheceu que era alvo do amor e do poder do Deus de Israel, que não fora simplesmente “usada” pelo Senhor para sustento do profeta, mas que também tinha sido alcançada pelo Seu amor, apesar de não ser israelita.
25º SLIDE
- Diante desta constatação, a mulher reconheceu também que Elias era um homem de Deus e que não era instrumento de maldição, mas, sim, instrumento de bênção (I Rs.17:24).
- Apenas sinais e milagres não produzem fé nas pessoas. É preciso que elas tenham contato com a vida, que tenham um encontro pessoal e verdadeiro com Cristo Jesus, que passem da morte para a vida para que O reconheçam como Senhor e Salvador  (Jo.1:4).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Lição 6 - A viúva de Sarepta I
Elias concluiu sua indispensável experiência com Deus em Sarepta de Sidom.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do ministério do profeta Elias, estudaremos hoje o aprendizado de Elias em Sarepta de Sidom.
- Em Sarepta de Sidom, Elias aprendeu que Deus tem controle sobre todas as nações, sobre o mundo da cultura e sobre a vida humana.
I – ELIAS É MANDADO PARA SAREPTA DE SIDOM
- Na sequência do estudo do ministério do profeta Elias, daremos agora uma volta no tempo e, deixando a ordem cronológica, analisaremos a estada do profeta Elias em Sarepta de Sidom, ainda durante o período da longa seca sobre Israel.
- Como estudamos na lição 4, o profeta Elias, obedecendo à voz do Senhor, manteve-se à beira do ribeiro de Querite, experimentando que Deus tinha absoluto controle sobre a natureza, a ponto de lhe mandar corvos para sustentá-lo com pão e carne duas vezes ao dia, pela manhã e pela noite, mas também era o Deus que deixava minguar a água do Querite dia após dia, como a demonstrar, como vimos, que a palavra profética proferida sobre a seca atingia o próprio profeta.
- Quando o ribeiro secou, o profeta não saiu do local que Deus lhe havia enviado, comprovando que se trata de um genuíno e autêntico servo de Deus, pois se manteve obediente e submisso à vontade e à orientação do Senhor.
- O Senhor, então, falou com Elias, mandando que ele fosse até Sarepta ou Zarefate, que pertencia a Sidom, pois ali o Senhor tinha ordenado que uma viúva o sustentasse (I Rs.17:9).
- Temos aqui mais uma demonstração da fé que possuía o profeta Elias. Após ter aguentado firme, com plena confiança no Senhor, o minguar diário das águas do Querite, até a secura daquele rio temporário, agora o profeta recebe mais uma ordem divina que não fazia sentido algum. Senão vejamos.
- O Senhor estava a mandar que o profeta se dirigisse até Sarepta ou Zarefate. Ora, tratava-se de uma cidade fenícia situada entre Sidom e Tiro e que, à época, pertencia a Sidom, como o próprio Deus fez questão de frisar. Era, pois, uma cidade que estava sob o domínio de Etbaal, o pai de Jezabel, rei de Sidom, de onde havia vindo o culto a Baal, a própria razão de ser de toda aquela seca (I Rs. 16:31).
- Assim, depois de ter sido guardado por Deus no lugar de sua própria origem, um local onde poderia ser, pelo raciocínio humano, facilmente encontrado pelo rei Acabe, o profeta, agora, é mandado para uma cidade que era governada pelo próprio pai de Jezabel, uma terra estrangeira e que era “verdadeiro território inimigo”.
- Elias tinha, portanto, no mínimo, três importantes motivos para questionar a ordem divina. O primeiro é que, sendo israelita, estava sendo mandado para um território estrangeiro, o que era algo ilógico, uma vez que o profeta procurava a restauração espiritual de seu próprio país. Como, agora, teria de abandonar Israel? Lembremos que Sarepta era a primeira cidade fora dos limites dados à Terra Prometida na parte setentrional (Ob.20), ou seja, era uma terra estranha, que não pertenceria jamais a Israel.
- O segundo motivo pelo qual o profeta poderia questionar a ordem divina é que, além de ter de deixar Israel, teria de ser sustentado por uma viúva, ou seja, teria de entrar em contato com gentios e conviver com eles, e não eram quaisquer gentios, mas gentios que viviam sob o domínio de Etbaal e que, portanto, eram adoradores de Baal. Como poderia um profeta que lutava contra o culto a Baal ter de conviver com adoradores de Baal?
- O terceiro motivo pelo qual o profeta poderia questionar a ordem divina era o fato de que seria sustentado por uma viúva. Como um profeta israelita se submeteria a ser sustentado por uma viúva estrangeira? Por primeiro, uma viúva, normalmente, era pessoa despida de recursos para a sua própria sobrevivência e, portanto, se não tinha nem como se sustentar, como sustentaria ainda um estrangeiro como o profeta? Por segundo, sendo o profeta um homem de Deus, como justificar a sua convivência sob o mesmo teto com uma viúva estrangeira?
- Apesar de todos estes motivos que permitiam ao profeta legitimamente questionar a ordem divina, o profeta não o fez. O profeta sabia que, como homem de Deus, deveria andar sob a orientação e a direção divinas e que Deus bem sabe o que faz, cabendo a nós simplesmente obedecer-Lhe, ainda que, aos olhos humanos, a orientação e ordem recebidas não façam sentido algum.
- A fé não é uma obediência cega, irracional, como pensam alguns. A fé é confiança em Deus e a compreensão de que a lógica divina não é a nossa lógica, que os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos (Is.55:8,9) e que tudo o que Deus faz é para o nosso bem (Rm.8:28), motivo por que não devemos senão consciente e voluntariamente seguir-Lhe a orientação.
OBS: Recentemente, o chefe da Igreja Romana bem sintetizou este pensamento, que, por sua biblicidade, aqui reproduzimos: “…A fé é dom de Deus, mas é também ato profundamente livre e humano. O Catecismo da Igreja Católica o diz com clareza: “É impossível crer sem a graça e os auxílios interiores do Espírito Santo. Não é, portanto, menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade e nem à inteligência do homem” (n. 154). Na verdade, as implica e as exalta, em uma aposta de vida que é como um êxodo, isso é, uma saída de si mesmo, de suas próprias seguranças, de seus próprios pensamentos, para confiar na ação de Deus que nos indica o seu caminho para conseguir a verdadeira liberdade, a nossa identidade humana, a alegria verdadeira do coração, a paz com todos. Crer é confiar com toda a liberdade e com alegria no plano providencial de Deus na história, como fez o patriarca Abraão, como fez Maria de Nazaré. A fé, então, é um consentimento com o qual a nossa mente e o nosso coração dizem o seu “sim” a Deus, confessando que Jesus é o Senhor. E este “sim” transforma a vida, a abre ao caminho para uma plenitude de significado, a torna então nova, rica de alegria e de esperança confiável.…” (BENTO XVI. Catequese de 24 out. 2012. A natureza da fé. Disponível em: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=287679 Acesso em 10 dez. 2012) (destaques originais do texto citado).
- Contra toda razão humana, o profeta não fez qualquer questionamento, mas foi para Sarepta de Sidom, consoante a orientação divina. No caminho para Sarepta, Elias deve ter percebido o estrago que a seca estava a fazer sobre Israel e, também, sobre os domínios de Sidom, pois a seca não se restringira a Israel. O profeta, de pronto, então notou que o Deus de Israel não era apenas Deus de Israel, mas também das demais nações.
- Flávio Josefo (37/38-100), o grande historiador judeu, relata, em suas Antiguidades Judaicas, com absoluta clareza, que a seca não se restringiu ao reino de Israel, em trecho que vale a pena transcrever: “…Um profeta de nome Elias, da cidade de Tisbi, veio falar-lhe da parte de Deus e afirmou com juramento, que depois de se ter retirado e desempenhado a sua incumbência, Deus não mandaria mais à terra, nem a chuva, nem orvalho, durante todo o tempo em que ele estivesse ausente.(…) até que terminou aquela prolongada seca, de que o historiador Menandro fala quando narra os feitos de Etbaal, rei dos tírios, assim: Houve naquele tempo uma grande seca que durou desde o mês de Hiperbereteu até o mesmo mês, no ano seguinte. Esse soberano mandou fazer grandes peces e foram elas seguidas de um grande trovão. Foi ele quem mandou construir as cidades de Botris, na Fenícia e a de Auzate, na África. Estas palavras se referem, sem dúvida, a esta seca, aconteceu no reinado do rei Acabe, pois Etabaal reinava em Tiro, nesse mesmo tempo.…” (Antiguidades Judaicas, VIII, 359. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso, v.1, p.192) (destaques originais).
- Elias, já no caminho para Sarepta de Sidom, passava a ter a experiência de que Deus não era apenas o Deus que controlava toda a natureza, como havia comprovado durante sua estada à beira do Querite, mas também passava a perceber que Deus não era apenas um deus nacional, mas, sim, o único e verdadeiro Deus, o Deus que tinha controle sobre todas as nações, a ponto de fazer com que a seca também abrangesse os domínios de Sidom, os domínios da nação que introduzira o culto a Baal em Israel. Na própria “fortaleza de Baal”, Deus estava mostrando o Seu poder.
- À medida que caminhava para Sarepta de Sidom e ao ver os resultados que a seca já estava a produzir, Elias tinha de aumentar a sua fé no Senhor, pois, diante do quadro de penúria produzido pela seca e que, inclusive, também atingia o reino de Sidom, tinha-se um teste na confiança do profeta em Deus, visto que, naturalmente, o que o profeta via ainda mais confirmava a implausibilidade da ordem divina, ou seja, de que era impossível que uma viúva pudesse sustentá-lo em Sarepta de Sidom.
- Contudo, o profeta Elias, sendo um homem de Deus, não andava por vista, mas, sim, por fé (II Co.5:7) e, a cada passo que dava em direção a Zarefate, sabia que o Senhor era o único e verdadeiro Deus e que, portanto, iria continuar a sustentá-lo como havia feito até então.
- Temos esta convicção, amados irmãos? Será que temos confiado em Deus e seguido confiantes a nossa peregrinação terrena, apesar de vermos coisas que nos fazem parecer que nada do que Deus disse acontecerá? O servo de Deus se conduz exatamente como fez o profeta Elias, pois a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem (Hb.11:1).
II – ELIAS ENCONTRA-SE COM A VIÚVA DE SAREPTA
- Chegando à porta da cidade, o profeta viu uma mulher apanhando lenha e, certamente, o Senhor lhe indicou de que se tratava da mulher que iria sustentá-lo. Esta visão do profeta, ao ver a mulher apanhando lenha, bem demonstrava que o que o profeta imaginou quando recebeu a ordem divina correspondia à realidade.
- O fato de a mulher estar à porta da cidade a apanhar lenha era, a um só tempo, a constatação de dois fatores que tornavam absolutamente improvável que aquela mulher poderia sustentar o profeta, humanamente falando.
- O primeiro fator era de que, para a mulher estar à porta da cidade apanhando lenha, era de que a cidade vivia um período de dificuldades, a ponto de não haver sequer lenha disponível no seu interior para que as pessoas pudessem preparar seus alimentos. Era sinal de que a seca também tinha atingido Sarepta de Sidom e, portanto, não se tratava de chegar a um lugar que estivesse a salvo da estiagem.
- O segundo fator era de que, para a mulher estar à porta da cidade apanhando lenha, tinha-se a constatação de que se tratava de uma viúva carente, que pertencia às camadas populares, ou seja, uma pessoa necessitada, não uma viúva rica que tivesse criados e que fosse abastada.
- Apesar desta visão que, a um só tempo, tornava a ordem divina ainda mais implausível, o profeta, que andava por fé e não por vista, chamou aquela mulher e pediu àquela mulher que lhe desse um pouco de água num vaso (I Rs.17:10).
- O profeta caminhara muitos quilômetros desde o Querite até Sarepta de Sidom e estava sedento. Vemos aqui, mais uma vez, que o fato de Deus cuidar do Seu servo e de intervir na ordem natural das coisas neste cuidado não significa que tornará o Seu servo imune a todas as consequências naturais. Assim como o ribeiro de Querite não deixou de secar por causa da estiagem, o profeta Elias também não deixou de ter sede por causa da longa jornada e da seca que assolava tanto Israel quanto Sidom.
- Quando sofremos as consequências naturais das circunstâncias que nos cercam, não podemos jamais considerar que fomos esquecidos por Deus ou duvidarmos do poder de Deus. Deus é o Senhor, tem o absoluto controle de todas as coisas e, por isso, não necessita de anular ou retirar todas as leis que estabeleceu sobre a natureza para nos abençoar ou nos guardar. Faz exatamente aquilo que é necessário, de forma que, diante das adversidades existentes, devemos sempre manter nossa confiança em Deus, sabendo que jamais os Seus desígnios serão frustrados. Devemos ter a mesma convicção do patriarca Jó: “Bem sei eu que tudo podes e nenhum dos Teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42:2).
- Diante do chamado do profeta, a viúva prontamente o atendeu. Isto demonstra que se tratava de uma pessoa disposta a ajudar o próximo, pois só uma pessoa com esta índole estaria disposta a dar água, num período de estiagem e, portanto, em que a água já se tornava um bem raro e precioso, para uma pessoa estranha e que, como Elias, se trajava de modo bem diferente das demais pessoas, dando a entender que se tratava de um estrangeiro, como o seu próprio linguajar o denunciou.
- Esta demonstração de que se tratava de uma pessoa disposta a ajudar o próximo foi, também, percebida pelo profeta que, de modo sutil, primeiro experimentou a mulher, confirmando ser aquela que o Senhor indicara ser a que proporcionaria o seu sustento.
- A prudência do profeta deve aqui ser enaltecida. Sabedor de que estava em terra estrangeira, sabedor de que iria morar na casa de uma viúva, uma situação delicada para um homem de Deus como ele, além do mais israelita, não foi o profeta direto ao ponto, que, certamente afugentaria a mulher, pois caso chegasse já dizendo a ela que deveria ser sustentado por ordem do Senhor, isto criaria embaraços que seriam de difícil transposição. O profeta, portanto, tão somente pediu água para aquela mulher, gesto suficiente para confirmar que era ela a pessoa quem deveria sustentá-lo consoante a orientação divina.
- A prudência é característica que tem faltado em muitos servos de Deus. O Senhor Jesus, mesmo, em uma parábola, disse que os filhos deste mundo são mais prudentes que os filhos da luz (Lc.16:8), constatação que nos obriga a pedirmos a Deus, a cada dia, que nos dê prudência, sabedoria, a fim de saibamos viver num tempo tão difícil quanto o que estamos, pedido este que Tiago nos assegura que será prontamente atendido pelo Senhor (Tg.1:5).
- A prudência, diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é a “virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos; cautela, precaução”, é a “previsão”, ou seja, “ a visão antecipada”. Somente tem prudência aquele que vê antecipadamente, ou seja, aquele que vê por fé e não por vista. Trata-se, portanto, de uma virtude essencial para quem tem comunhão com Deus. Não é por outro motivo que as Escrituras consideram que a prudência seja “a ciência do Santo” (Pv.9:10), ou seja, somente tem prudência, em seu sentido pleno, aquele que conhece a Deus, que tem intimidade com Deus.
- Era o caso de Elias que, por ter comunhão com o Senhor, agiu prudentemente, não revelando, de pronto, a palavra profética para aquela viúva, mas, antes, verificando se se tratava de uma pessoa disposta a ajudar um necessitado, apesar de ela mesma ser uma necessitada.
- Era por causa da disposição que a viúva tinha de ajudar o necessitado que ela havia sido escolhida pelo Senhor para ser amparada e sustentada durante aquele período da longa seca. O Senhor contemplara a sua disposição, pois conhece os corações de todos os homens e, por causa de seu desprendimento, apesar de sua situação de penúria, dentre tantas mulheres de Israel, foi a escolhida para ser o alvo da Providência Divina.
- Temos esta mesma disposição da viúva de Zarefate? Vejamos que aquela viúva era uma gentia, que não conhecia a Deus, mas que, mesmo assim, mesmo diante de um período de seca e de estar à beira da morte por causa da sua necessidade, não pensou duas vezes em parar de apanhar lenha e ir buscar um pouco de água num vaso para um desconhecido que a chamara à porta da cidade.
- Nós, porém, além de pertencermos ao povo de Deus da atual dispensação, ou seja, à Igreja, temos um mandamento dado pelo Senhor Jesus de amarmos ao próximo como a nós mesmos (Lc.10:27), lembrando que próximo é qualquer pessoa, como o Senhor nos ensinou na parábola do bom samaritano (Lc.10:30-37)..
- Depois que a mulher lhe trouxe água para beber, bem mostrando a sua disposição de ajudar a quem necessita, o profeta a chamou mais uma vez e, desta feita, lhe pediu um bocado de pão (I Rs.17:11).
- Diante deste pedido do profeta, a mulher abriu seu coração para revelar àquele estrangeiro desconhecido que, desta vez, não poderia atender ao pedido que lhe era formulado, visto que nem um bolo ela possuía, senão somente um punhado de farinho numa panela e um pouco de azeite numa botija, razão pela qual tinha ela apanhado dois cavacos para preparar aquela que seria a sua última refeição, juntamente com seu filho, para que eles comessem e depois morressem (I Rs.18:12).
- É importante notar que, em sua declaração, a viúva se dirige ao profeta, sem saber de quem se tratava, mas que era um israelita, saudando em nome de Deus: “Vive o Senhor teu Deus”. A mulher, então, reconhecia em Elias um israelita e, pela sua expressão, já estava convencida de que toda aquela seca era obra do Deus de Israel e que, diante da seca, o Senhor era o único e verdadeiro Deus, não, Baal, que fora impotente para evitar aquela situação.
- Esta expressão da viúva mostra-nos, claramente, que a viúva, embora fosse gentia, tinha aprendido com a seca que o Senhor era Deus. Esta expressão era o suficiente para o profeta entender que, apesar de gentia, aquela mulher era, sim, a viúva que Deus havia ordenado que o sustentasse durante o restante do período da estiagem.
- Aquela mulher tinha consciência de que o Senhor era Deus, mas, a exemplo do próprio profeta, não tinha consciência de que Deus é Deus de todas as nações e não somente de Israel. Sendo natural de Sarepta, que pertencia a Sidom e que adorava a Baal, aquela mulher tinha a certeza de que não sobreviveria à seca, porque estava condenada à morte, dentro da mentalidade existente naquele tempo de que cada nação tinha os seus deuses e que um deus de outra nação não ajudaria a quem não fosse da nação que o havia adotado.
- Embora tivesse reconhecido o poder de Deus sobre a natureza, aquela mulher não era capaz de achar que Deus pudesse sustentá-la, achava-se indigna de desfrutar da proteção e do livramento do Senhor.
- Muitos, na atualidade, têm o mesmo pensamento daquela mulher. Até reconhecem que Deus existe, que Deus tem controle sobre todas as coisas, mas se acham por demais indignas para receber o amparo e a proteção do Senhor. A estes, devemos nós, aqueles que já estamos a desfrutar da graça e da misericórdia de Deus, mostrar-lhes que Deus é amor, que Deus ama o pecador e está pronto a nos perdoar e a nos abençoar. Temos feito isto?
- A mulher era disposta. Tinha saído de sua casa à cata de cavacos para fazer a última refeição para si e para seu filho. A perspectiva da iminência da morte pela fome não a pôs em depressão, não a fez ficar desanimada a ponto de nem sequer sair de casa para buscar os gravetos com os quais faria a sua última refeição. A morte era iminente, mas, mesmo assim, ela saiu e foi buscar os gravetos para preparar, pela última vez, algo para comer.
- Não cremos que tivesse falado a seu filho da situação em que se encontrava. Cremos que, a exemplo da mulher sunamita, embora ciente da situação periclitante em que se encontrava, mantinha-se equilibrada e não demonstrava a sua ansiedade e aflição. Não tinha mais esperanças, mas não mostrava o seu desespero aos outros.
- Temos agido desta maneira em meio às turbulências da vida, amados irmãos? Aquela mulher era gentia, não conhecia a Deus, era viúva, mas se comportava com equilíbrio e sobriedade, evitando que seu filho se desesperasse. E nós, que, como filhos de Deus, temos o fruto do Espírito que tem, entre suas qualidades, a temperança, ou seja, o domínio próprio, o autodomínio? Temos tido este mesmo equilíbrio já que, como cristãos, somos portadores de esperança, ao contrário daquela mulher?
- A viúva somente disse a sua real situação para justificar àquele israelita porque não poderia lhe dar pão, como havia lhe dado água. Não se tratava de um desabafo, de uma manifestação histérica, mas tão somente de uma justificativa para a falta de auxílio diante do pedido do profeta.
- Estas palavras da viúva também mostram a cada um de nós que, embora tenhamos sempre de ajudar o necessitado, tal ajuda tem um limite, qual seja, o de não comprometer o nosso próprio sustento. A mulher não foi recriminada pelo profeta pela sua resposta de impossibilidade de ajuda em virtude da sua própria carência. Isto deve nos servir de lição, pois devemos amar o próximo como a nós mesmos, não mais do que a nós mesmos.
- Esta declaração da mulher serviu de mais um teste para a fé do profeta. O profeta já havia percebido que se tratava de uma pessoa necessitada que estava a viver numa cidade igualmente necessitada, mas, agora, via que se tratava de uma mulher que estava na iminência de morrer de fome e que, ainda mais, tinha um filho para sustentar! Como poderia uma mulher em tamanha condição de pobreza ter sido encarregada por Deus para sustentar o profeta?
- Uma vez mais, o profeta não desanimou, mas continuou a crer na palavra que o Senhor lhe dissera. O fato de estar diante de um caso extremo de miséria não abalou a fé do profeta que, ante a constatação desta situação, entendeu que era o momento de proferir a palavra profética, de mostrar àquela mulher a vontade de Deus para a sua vida.
- O profeta percebera que se tratava de uma mulher que tinha disposição de ajudar o necessitado, como também uma mulher que demonstrava ter consciência de que o Senhor é Deus. Ante tais evidências, o profeta, movido pelo Espírito Santo, disse à mulher para que não temesse, mas que preparasse para ele um bolo pequeno e que, então, só depois, fizesse um bolo para ela e para seu filho, pois o Senhor Deus de Israel dizia que não faltaria farinha nem azeite enquanto não viesse chuva sobre a terra (I Rs.17:14).
- Proferir uma palavra como esta era eloquente demonstração de fé em Deus. Como confiar que Deus poderia sustentá-lo através de uma gentia que acabara de dizer que estava preparando sua última refeição com seu filho? Como pedir de uma gentia que cresse em Deus e lhe preparasse um bolo pequeno, se o próprio povo de Israel não mais cria em Deus?
- De forma surpreendente, aos olhos humanos, a viúva, ante aquela palavra do profeta, entendeu que o Deus de Israel também poderia ser o seu Deus. A viúva viu que aquele Deus que já tinha provado que era o Deus que controlava a natureza também estava disposto a sustentar uma gentia, uma súdita dos sidônios. A mulher, que já tinha certeza do poder de Deus, agora ficava sabendo que poderia ser protegida e guardada por este mesmo Deus.
- A palavra profética de Elias, que era a própria Palavra de Deus, trouxera esperança àquele coração sem esperança de salvação. Assim também nós, como servos do Senhor, temos de levar a Palavra de Deus para aqueles que, mesmo reconhecendo o poder de Deus, mesmo tendo boa índole, não têm esperança de serem alcançados pelo Senhor em suas vidas.
- Elias iniciou sua fala com um “Não temas”. Devemos, amados irmãos, levar ao mundo sem Deus e sem salvação uma mensagem de conforto, de esperança, uma palavra para que todos não tenham medo diante das circunstâncias cada vez mais adversas e perversas que estamos a enfrentar neste final da dispensação da graça, pois tudo está no controle do Senhor e precisamos tão somente estar debaixo da Sua mão.
OBS: Vale a pena aqui reproduzir, por sua biblicidade, as palavras do ex-chefe da Igreja Romana, João Paulo II (1978-2005), em sua homilia no início de seu pontificado: “Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! (…)Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas económicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que é que está dentro do homem". Somente Ele o sabe! Hoje em dia muito frequentemente o homem não sabe o que traz no interior de si mesmo, no profundo do seu ânimo e do seu coração, muito frequentemente se encontra incerto acerca do sentido da sua vida sobre esta terra. E sucede que é invadido pela dúvida que se transmuta em desespero. Permiti, pois — peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança — permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna. …” (Homilia na missa do início do pontificado. 22 out. 1978. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/1978/documents/hf_jp-ii_hom_19781022_inizio-pontificato_po.html Acesso em 10 dez. 2012)
- As Escrituras trazem a expressão “não temas” por 365 vezes, uma para cada dia do ano, a nos demonstrar que, a todo instante, a todo momento, Deus está nos dirigindo esta mesma palavra que o profeta proferiu àquela viúva. Deus tem pleno interesse em nos tranqüilizar diante das adversidades da vida, em nos fazer lançar fora o medo e, com isso, permitir que o Seu amor possa nos alcançar, pois é o Seu amor que lança fora o medo (I Jo.4:18).
- Outrossim, vemos que, antes da palavra profética, o profeta deu mais uma demonstração de prudência e de equilíbrio. Pediu que lhe fosse feito um bolo pequeno, ou seja, pediu que a mulher não usasse toda a farinha e todo o azeite para alimentá-lo. Elias era um homem de Deus, não um hipócrita que se aproveitava para explorar as viúvas, como os fariseus dos dias de Jesus (Mt.23:14).
- O servo de Deus aproveita a oportunidade que Deus lhe dá para alcançar as bênçãos do Senhor, para usufruir do Seu poder, mas jamais é um oportunista, ou seja, alguém que se aproveita dos outros ou que tira, sempre que possível, vantagens pessoais de situações. Elias não queria tirar o pouco que tinha a viúva para si, para “se garantir”, mas, sim, aumentar a fé daquela mulher, pois sabia que ela era o instrumento da Providência Divina não só para ele mas para ela própria e seu filho.
- Como temos nos comportado, amados irmãos? Como oportunistas, a exemplo dos fariseus dos dias de Jesus, ou como o profeta Elias, que, sabendo da oportunidade que Deus lhe dá para ser abençoado, torna-se uma bênção para todos os que o cercam? Pensemos nisto!
- A viúva, diante daquela palavra do profeta, creu em Deus, creu que Deus não somente era Deus que controlava a natureza, mas também o Deus que a amava e poderia sustentá-la e fez conforme a palavra profética e trouxe o bolo pequeno para o profeta. Neste seu gesto, demonstrou as três virtudes teologais, as três disposições de caráter que o Senhor deixa aos Seus servos: o amor, a fé e a esperança.
- O amor, que já havia sido demonstrado anteriormente quando do atendimento do pedido para matar a sede do profeta, pois se sensibilizou com a situação daquele forasteiro desconhecido. Ante a palavra profética, creu e primeiro fez o bolo pequeno para o profeta, primeiro buscou saciar a fome do próximo, antes da sua própria e da de seu filho. Mas, lembremos uma vez mais, fez um “bolo pequeno”, ou seja, não se privou totalmente de alimento por causa do próximo, não comprometeu a sua sobrevivência, ainda que fosse para uma última refeição.
- A fé, pois considerou que o Senhor, a quem já reconhecia como único e verdadeiro Deus diante da seca sobre a terra, poderia, sim, providenciar a multiplicação da farinha e do azeite até que chovesse sobre a terra, algo inexplicável pela lógica humana, mas perfeitamente crível.
- A esperança, pois, diante da palavra profética, a viúva viu que não iria mais morrer, que havia chance de sobrevida, pois fora alcançada pelo poder e pelo amor do Deus de Israel, que mostrara que não era apenas Deus dos israelitas, mas também Deus dela, uma súdita dos sidônios.
- Amados irmãos, temos estas três virtudes teologais, que são disposições de caráter que não provêm de nós mesmos, mas, sim, do Espírito Santo que passa a habitar em nós quando servimos ao Senhor? Ou será que devemos hoje nos reconciliar com Deus para termos novamente estas “forças” que nos impulsionam ao encontro do Senhor?
- Após a viúva ter feito o bolo pequeno para o profeta e levado a ele, foi e fez o bolo para si e para seu filho e percebeu que a farinha e o azeite não se acabaram, conforme a palavra do profeta. Sendo assim, acolheu o profeta em sua casa e, daquele dia em diante, passou a sustentá-lo, conforme o Senhor dissera a Elias no ribeiro de Querite.
III – ELIAS RESSUSCITA O FILHO DA VIÚVA
- Elias passou a morar com esta viúva e seu filho. Era uma situação inusitada e que, certamente, causava comentários e incompreensões a todos os habitantes de Sarepta de Sidom. Como a viúva poderia acolher em sua casa um israelita?
- Tais comentários não eram bons, naturalmente. Ante a circunstância da seca que havia sobre a terra e a constatação de que havia um embate entre Baal, o deus adorado em Sarepta de Sidom, e o Deus de Israel, o fato de se ter um homem de Deus na residência daquela viúva era interpretado como um fator de maldição para toda a cidade, que sofria terrivelmente com a seca.
- O texto sagrado não é explícito, mas somos levados a crer que Elias não se identificara como sendo o profeta que havia proferido a palavra profética a respeito da seca. O que se sabia tão somente é que Elias era “um homem de Deus”, um entre os profetas do Senhor, o Deus que estava a provocar toda aquela situação de estiagem e penúria.
- Como Elias era procurado por Acabe e Jezabel em todos os reinos e nações (I Rs.18:10), e, certamente, no reino de Sidom, onde governava Etbaal, o próprio pai de Jezabel (I Rs.16:31), à evidência, Elias não tinha sido identificado pelo povo de Sarepta, que via nele apenas um profeta do Senhor, o que já era um fator a incomodar os habitantes daquela cidade, algo que também passou a influenciar aquela viúva, que apesar de crer em Deus e de estar a experimentar a Providência Divina diariamente, não podia abandonar, de uma hora para outra, a mentalidade de seus conterrâneos. Afinal de contas, seu sustento e de seu filho decorriam do fato de que estava a sustentar o homem de Deus. Será que Deus realmente a amava ou apenas amava o israelita que era Seu profeta? Era isto que perturbava o coração daquela mulher, mesmo sendo sustentada dia após dia pelo Senhor.
- O próprio profeta, embora obediente e fiel ao Senhor, também não devia se sentir confortável com esta situação, pois sabemos o espírito nacionalista que sempre caracterizou o povo de Israel. Além do mais, o profeta queria ver a restauração espiritual de seu povo e se encontrava em terra estrangeira, experimentando, é certo, a realidade de que Deus é Deus de todas as nações, mas, certamente, almejando sair de Sarepta de Sidom e retornar a Israel.
- É dentro desta situação incômoda vivida tanto pelo profeta quanto pela viúva que ocorre o inesperado: o filho da viúva fica doente e a sua doença se agrava a cada dia, cada vez mais (I Rs.17:17).
- O surgimento da doença no filho da viúva e o seu agravamento contínuo aumentaram, com toda certeza, os comentários contrários à presença de um profeta do Senhor em Sarepta de Sidom e reforçaram as teses de que a vinda daquele homem ali não era uma bênção mas uma maldição, mais uma maldição advinda do Deus de Israel contra Sidom.
- Não nos esqueçamos, como registramos supra, que a grande seca levou o rei Etbaal a mandar que se fizessem seguidas preces a Baal a fim de que se pudesse ter chuva. Assim como em Israel, havia um grande esforço por parte do governo de Sidom para “aplacar a ira de Baal” e a iniciativa de Jezabel de destruir os profetas do Senhor em Israel era, sem dúvida, uma medida que tinha como objetivo dizer que eram os servos de Deus os responsáveis pela “má-vontade” de Baal em mandar chuva sobre a terra.
- Baal era considerado o “deus da vida” e a doença do filho da viúva, doença inexistente até a chegada do profeta àquela casa era, para muitos, o sinal de que a presença daquele profeta do Senhor não era bem-vinda pela divindade fenícia que, acreditava-se, era quem “reinava” sobre as cidades pertencentes a Sidom, já que era a divindade adorada primordialmente pelo rei Etbaal.
- As Escrituras não dizem quanto tempo durou a doença, mas não foi de um dia para o outro. Foi um longo processo de desgaste na convivência entre Elias e aquela viúva. Tanto ele quanto ela procuravam entender o sentido da doença daquele menino e não era difícil achar-se que isto se devia à presença do profeta em Sarepta de Sidom.
- Este episódio traz-se importantes lições que devemos aprender para não cometermos o mesmo equívoco. A doença do filho da viúva era interpretada a todos como sinal de maldição, como um mal, como um fator de reprovação da presença do profeta em Sarepta de Sidom, mas, na verdade, como vemos no decorrer da história, foi o coroamento da manifestação da presença de Deus naquele lugar, foi o ápice da demonstração à viúva de que Deus a amava e lhe queria bem.
- Quantas vezes não somos também levados a achar que consequências indesejáveis em nossas vidas, que perdas, tribulações, fracassos, frustrações não são um mal para nós, não são a prova de que Deus não está conosco ou deixou de nos abençoar? No entanto, não podemos nos deixar guiar pela nossa visão limitada, pela nossa mentalidade tacanha, mas saber que tudo o que nos sucede é para o nosso bem, para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo Seu decreto (Rm.8:28).
- O fato é que o filho da viúva adoeceu e a sua doença se agravou muito até o ponto de ele morrer ( I Rs.18:17). Diante da morte de seu filho, a viúva voltou a perder toda a sua esperança. Afinal de contas, seu filho era a garantia de sua própria sobrevivência, pois, totalmente desamparada, não tinha senão no filho a esperança de viver dignamente os seus últimos dias.
- A viúva, então, dá vazão a todos os comentários e a tudo quanto havia sido dito ao longo da estada do profeta em sua casa, dizendo que a morte do seu filho era resultado de tal presença, pois, como mulher gentia, iníqua, o Senhor Deus de Israel viera matar o filho. A viúva quis dizer que nada tinha com o profeta, que não poderia ter comunhão com ele, pois era de outra nação e não poderia, assim, servir ao Deus de Israel (I Rs.17:18).
- Diante da morte de seu filho, a mulher deixara de crer que o Deus de Israel poderia ser o seu Deus, que Deus a amava, que Deus a estava a sustentar por Seu amor para com ela e não apenas por causa do profeta. Ela achara que era um mero instrumento usado por Deus para sustento do profeta, mas que não era amada pelo Senhor, que a apenas estava “usando”, tanto que Se mantinha inimigo dela, a ponto de matar o seu filho diante de sua iniquidade, de sua condição de mulher gentia, de não israelita.
- Muitos estão a pensar como esta mulher em nossos dias, principalmente aqueles que têm crido na falsa mensagem da teologia da prosperidade, segundo a qual nada de ruim ou mau pode acontecer a quem serve a Deus. Diante de uma adversidade, de uma perda, estas pessoas se acham pecadoras e incapazes de ser acolhidas pelo Senhor, daí porque ter acontecido algo mau em suas vidas. Que este episódio bíblico que estamos a estudar sirva para que estas pessoas percebam que Deus as ama independentemente das circunstâncias que nos advêm neste mundo passageiro, pois não servimos a Deus para ter descanso e felicidade neste mundo, mas, sim, a nossa felicidade está em sabermos que habitaremos nos céus onde já está o Nosso Senhor. Aleluia!
- Ante aquele desabafo da viúva, o profeta não soube o que responder a ela, até porque também não tinha uma convicção plena de que Deus era o Deus de todas as nações. Até então sabia que o Senhor havia ordenado aquela mulher para sustentá-lo, mas não é difícil pensar que via naquela mulher apenas mais um instrumento imundo a serviço do Senhor, como tinham sido os corvos no ribeiro de Querite.
- O Senhor, porém, queria mostrar ao profeta que aquela mulher era muito mais importante que os corvos ou do que a natureza. O Senhor queria mostrar ao profeta que o valor daquela mulher era o valor de um ser humano, o que de mais precioso existe na ordem terrena. Aquela mulher tinha uma dignidade diferenciada de todas as demais criaturas terrenas por se tratar de um ser humano. Precisamos, também, ter esta mesma consideração pela pessoa humana que tem o nosso Deus.
- Sem saber o que responder para a mulher, o profeta tão somente pediu que se lhe fosse dado o filho e, tomando-o no seu regaço, levou para o seu quarto, onde habitava na parte superior da casa da viúva, e o deitou em sua cama (I Rs.17:19).
- Notemos, amados, antes de mais nada, que Elias morava com aquela viúva e seu filho, mas tinha um quarto reservado, na parte superior da casa, ou seja, fazia questão de manter uma vida transparente e que demonstrasse a todos os habitantes daquela cidade a sua honestidade e a pureza de suas intenções.
- Nos dias em que vivemos, de relativismo moral, de permissividade, muitos são os servos de Deus que não têm mais tomado os cuidados que devemos ter no relacionamento social, máxime para que sejamos pessoas acima de qualquer suspeita. Devemos fugir da aparência do mal (I Ts.5:22). Pouco importa para o servo de Deus se a sociedade hoje é mais liberal, se é mais tolerante. Devemos manter a mesma postura de nossos pais na fé e agir de forma a que não sejamos repreendidos na sociedade em que vivemos.
- A mulher, apesar do desabafo, creu uma vez mais no profeta e entregou o seu filho para ele. Sua atitude mostra que, apesar de ter entrado em desespero e dado vazão aos pensamentos que circulavam na cidade a respeito do profeta, ainda manteve acesa uma esperança, ainda que tênue, de que o Senhor Deus de Israel poderia ampará-la.
- Elias foi para o quarto, porque sabia que não tinha o que responder para aquela mulher. Ele mesmo estava confuso e tinha de lidar com esta situação incômoda. Somente Deus poderia esclarecer-lhe o que se passava. Elias, então, levou o menino para o quarto, deitou-o na cama e foi orar.
- Já temos visto ao longo deste trimestre que Elias se destaca como um homem de oração. Aqui vemos, uma vez mais, o profeta indo falar com Deus, diante da perplexidade que tomara conta dele, diante da falta de perspectiva. O profeta rasga o seu coração e indaga ao Senhor porque havia afligido até aquela viúva, matando-lhe o filho (I Rs.17:20).
- Elias sabia que Deus tinha o controle de todas as coisas, que se mostrara inclusive como Deus de todas as nações e, portanto, haveria Ele de ser também o Deus que tinha controle da vida, algo que os sidônios atribuíam a Baal.
- Elias finalmente reconhece que Deus era Deus de todas as nações e não somente Deus de Israel e que podia muito bem dar a vida de novo ao filho da viúva, pois era Ele e não Baal o verdadeiro Deus da vida.
- Elias estendeu-se três vezes sobre o menino (I Rs.17:21), numa atitude em que pedia que a vida que ele possuía fosse transmitida ao menino, que era o Senhor que havia dado fôlego de vida ao primeiro homem (Gn.2:7). O profeta aqui mostra ser um conhecedor das Escrituras, alguém que bem sabia o que Deus havia revelado ao Seu povo.
- Ao se estender sobre o menino e tentar renovar-lhe o fôlego de vida, o profeta como que busca reproduzir o ato da criação do homem, numa atitude de reconhecimento de que Deus é o Deus de todos os homens, o único dono da vida, Aquele que poderia fazer a alma do menino tornar para ele.
- Até aqui não havia relato algum de ressurreição de mortos pelo Senhor. Elias, convicto de que Deus era o único e verdadeiro Senhor, tinha plena certeza de que aquela era uma ocasião para que Deus mostrasse que Ele era Deus e não, Baal. Ora, seu ministério tinha esta finalidade e pouco importava se isto seria mostrado para uma mulher gentia e não para o povo de Israel.
- Elias orou a Deus porque cria no poder da oração, porque sabia que Deus ouve ao Seu povo e está pronto a intervir quando se faz necessário para a Sua glória. Era precisamente esta a oportunidade para que Deus Se mostrasse aos moradores de Sarepta de Sidom não como instrumento de maldição, mas como o único e verdadeiro Deus e instrumento de bênção, como o Deus da vida e não, da morte.
- Elias, mesmo tendo comunhão com Deus, mesmo sendo Seu profeta, não fez qualquer “determinação”, “declaração” ou “decreto”. Muito pelo contrário, clamou ao Senhor, pediu com insistência, sabendo que só Deus é o Senhor e que, apesar de toda sua experiência com Deus, não passava de um servo.
- Temos esta consciência a respeito do poder da oração? Quando nos ensinou a este respeito, Tiago, o irmão do Senhor, fez menção de Elias, dizendo que, apesar de ser ele um homem sujeito às nossas paixões, orou e não choveu e, depois, orou e choveu, concluindo seu ensinamento de que a oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tg.5:14-18).
- Muitos têm se esquecido do poder da oração em nossos dias. Esquecem-se de que estão a servir a Deus que é Todo-Poderoso, que tem todo o poder nos céus e na terra e que está pronto a nos ouvir a atender os nossos clamores. Correm para um lado e para o outro, quando deveriam tão somente correr aos pés do Senhor Jesus. Vamos orar, a oração do justo pode muito em seus efeitos!
- Não sabemos quanto tempo Elias ficou em seu quarto orando, mas também não foi coisa de segundos ou de minutos. Só se estender sobre o menino, Elias fez três vezes. Quando o texto sagrado diz que o profeta clamou, é que porque a situação foi de intensa batalha espiritual, de intensa oração. O fato é que o profeta foi ouvido e o menino reviveu. Aleluia!
- Devemos, amados, buscar a Deus mais e mais. Poucos são os que cristãos se dizem ser que hoje se dedicam à oração. Os cultos de oração são os menos frequentados em nossas igrejas locais e as vigílias se tornaram hoje grandes ocasiões para que se faça comércio e entretenimento, não havendo, em alguns lugares, nem sequer um momento de oração. Como está a nossa vida de oração, amados? Os crentes chineses, seguindo a tradição de seu país de aforismos e provérbios, cunharam um que vale a pena aqui transcrever: muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”. Qual é a nossa situação?
- Diante da ressurreição do menino, repetimos, o primeiro milagre de ressurreição registrado nas Escrituras Sagradas (e, por isso, os saduceus não criam na ressurreição, pois como eles aceitavam apenas os cinco livros da lei de Moisés, diziam que como lá não estava registrado caso algum de ressurreição, ela inexistiria), Elias chamou a mulher e lhe entregou o filho, dizendo que ele vivia (I Rs.17:23).
- A mulher, então, reconheceu que era alvo do amor e do poder do Deus de Israel, que não fora simplesmente “usada” pelo Senhor para sustento do profeta, mas que também tinha sido alcançada pelo Seu amor, apesar de não ser israelita. Suas dúvidas quanto a Baal se dissiparam por completo; só havia um Deus, o Deus de Israel, que era, inclusive, o dono da vida. Com efeito, segundo a mitologia, Baal era morto e tinha de ser ressuscitado, mas o Deus de Israel não só não morria, como ressuscitava os mortos.
- Diante desta constatação, a mulher reconheceu também que Elias era um homem de Deus e que não era instrumento de maldição, mas, sim, instrumento de bênção e disse que, a partir de então, via nele um homem de Deus e que a palavra do Senhor na sua boca era verdade (I Rs.17:24).
- Esta declaração da mulher causa-nos certa surpresa. Como, tendo sido sustentada todo aquele tempo pela palavra do profeta; como, diante da milagrosa multiplicação da farinha e do azeite, segundo a palavra do profeta, só agora aquela mulher o reconhecia como homem de Deus e passava a dar crédito às suas palavras como sendo a palavra do Senhor em sua boca?
- Apesar desta surpresa, vemos aqui que somente a partir daquela ressurreição, a mulher deixou de dar guarida aos comentários e pensamentos contrários à natureza da missão do profeta e aos propósitos divinos de sua estada em sua casa. Somente ao ver que a vida estava sob o controle do Deus de Israel é que aquela mulher pôde se assegurar que Deus era o verdadeiro e único Senhor e que Elias, um profeta seu.
- Apenas sinais e milagres, amados irmãos, não produzem fé nas pessoas. É preciso que elas tenham contato com a vida, que tenham um encontro pessoal e verdadeiro com Cristo Jesus, que passem da morte para a vida para que O reconheçam como Senhor e Salvador.
- Queridos irmãos, assim como Elias, precisamos ser homens e mulheres de oração, que tenham condição de ser ouvidos pelo Senhor e que transmitamos vida a todos quantos jazem espiritualmente mortos neste mundo sem Deus e sem salvação. Enquanto não levarmos vida para estas pessoas, jamais elas reconhecerão que Jesus é o Senhor e Salvador de suas vidas. Levar a vida nada mais é que levar a Cristo, pois “n’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo.1:4).
- Se formos homens e mulheres de oração, homens e mulheres guiados pelo Espírito Santo, se nos despirmos da mentalidade humana, dos preconceitos criados pela cultura, certamente levaremos muitas almas ao encontro do Senhor. Estamos dispostos a isto?
Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco



Lição 6: A viúva de Sarepta II
TEXTO ÁUREO
"Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva" (Lc 4.25,26).
VERDADE PRÁTICA
Para socorrer e sustentar os seus filhos, DEUS usa os meios mais LEITURA DIÁRIA
Segunda -1 Rs 17.4 Provisão em Querite
Terça - 1 Rs 17.12 Escassez em Sarepta
Quarta - 1 Rs 17.13 DEUS em primeiro lugar
Quinta - 1 Rs 17.14 A suficiência divina
Sexta -1 Rs 17.19 O poder da oração intercessória de Elias
Sábado -1 Rs 17.21 O poder da oração perseverante
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 17.8-16
8 Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: 9 Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. 10 Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba. 11 E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão. 12 Porém ela disse: Vive o SENHOR, teu DEUS, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.13 E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho. 14 Porque assim diz o SENHOR, DEUS de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra. 15 E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias. 16 Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias.
Em 1Rs17.7 O RIBEIRO SE SECOU. Quando o ribeiro se secou, DEUS dirigiu Elias a ir a uma terra pagã, habitada por adoradores de Baal, e ali DEUS o sustentou através de uma viúva pobre (v. 9). Tal experiência reforçou ainda mais a confiança que Elias tinha na providência divina. Às vezes nos surgem adversidades, mesmo quando estamos na vontade de DEUS. Em meio a experiências deste tipo, DEUS poderá nos assistir de uma maneira diferente e maravilhosa, além do que podemos esperar. Em 1Rs 17.15 E ASSIM COMEU ELA... E A SUA CASA MUITOS DIAS. DEUS estava atento às necessidades e aflições de uma viúva pobre. Ele enviou Elias para fortalecer-lhe a fé e trazer-lhe bênçãos materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido (v. 12). A fé que essa viúva tinha em DEUS e na sua palavra, através do profeta Elias, levou-a a permutar o certo pelo incerto, e o visível pelo invisível (vv. 10-16; cf. Hb 11.27). A viúva crente recebeu do profeta de DEUS, não somente uma bênção material, como também uma bênção espiritual.
PALMA
kaph ih?): "palma (da mão)”. Os cognatos deste substantivo sao atestados no acadiano, ugaritico. aramaico. arabe, etiopico e egipcio. Ocorre por volta de 193 vezes no hebraico biblico e em todos os periodos. Basicamente, kaph representa a “palma”, a parte concava da mão em oposicao aos dedos e dorso da mão. Lemos que parte do ritual da purificacao dc um leproso e que "o sacerdote tomara do logue de azeite e o derramara na palma da sua propria mão esquerda" (Lv 14.15). A palavra descreve toda a face anterior da mão quando e posta em forma de concha ou a “concavidade da mão”. Deus disse a Moises: “Quando a minha gloria passar, te porei numa fenda da penha e te cobrirei com a minha mão, ate que eu haja passado" (Ex 33.22; cf. Sl 139.5).
Esta palavra significa “punho”, especificamente o interior do punho. A mulher de Sarepta disse a Elias: “Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senao somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija” (1 Rs 17.12). Tratava-se, realmente, de quantidade muito pequena de farinha —o suficiente para fazer apenas um pequeno biscoito. (Dicionário Vine - CPAD)
Pode muito em seus efeitos - energeõ (€i*epyci.j), "aplicar poder, ser operativo. trabalhar" (seu significado habitual), é verbo que aparece cm 2 Co 1.6 (ARA): Gl 2.8 e 1 Ts 2.13 (ARA). Em Tg 5.16. a palavra supérflua “eficaz" é omitida, a sentença é traduzida por: “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos", estando o verbo na forma participial presente. Aqui o significado pode ser “um seu trabalho interior**, ou seja. no efeito produzido na pessoa que ora, colocando-a em linha com a vontade de Deus, como no caso de Elias. (Dicionário Vine - CPAD)
INTERCESSÃO
Substantivo.
enteuxis (IvtcuÇiç) denota primariamente “iluminação em, encontro com” (cognato de B); então, “conversação"; por conseguinte, “petição”, significado frequente nos papiros; é termo técnico para descrever a aproximação a um rei, e, assim, para se chegar a Deus em “intercessão”. É traduzido em 1 Tm 4.5 por “oração"; no plural, ocorre em 1 Tm 2.1 (ou seja. buscando a presença e ouvindo de Deus em favor de outros).
sinônimos proseuche, deesis.
B. Verbos.
1. entunchanõ (evTvyxái/b)), primariamente “concordar com, harmonizar-se com, encontrar-se para conversar"; portanto, “fazer petição", especialmente “fazer intercessão, pleitear com uma pessoa”, quer a favor ou contra outros: (a) contra (At 25.24, “tem falado”, ou seja, contra Paulo); cm Rm11.2, refere-se a Elias que “fala” a Deus contra Israel; (b) a favor, em Rm 8.27, acerca da obra intercessora do Espírito Santo em favor dos santos: Rm 8.34, a respeito de semelhante obra intercessora de Jesus; o mesmo se dá em Hb 7.25.
2. huperentunchanò ( tm c p e i/T ir y x á v iij) , “fazer petição” ou “interceder em favor de outrem” (formado de huper, “em favor de”), é usado em Rm 8.26, acerca do trabalho do Espírito Santo em fazer “intercessão” (veja Rm 8.27).
(Dicionário Vine - CPAD)
A palavra mãdad também expressa a idéia de estender e estirar: “Então, [Elias] se mediu [se estendeu] sobre o menino três vezes” (1 Rs 17.21).(Dicionário Vine - CPAD) INTERAÇÃO
Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão divina para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procure enfatizar o cuidado de DEUS para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade. O Senhor não mudou, como um pai amoroso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi fiel ao Todo-Poderoso ao cumprir sua missão - confrontar a apostasia no reino do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele precisasse de um lugar seguro para refugiar-se. O próprio DEUS escolheu e preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte do plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episódio que o Pai Celeste é o nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas necessidades. Confie!
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que DEUS é o nosso provedor.
Explicitar o poder da graça de DEUS para com os povos gentílicos.
Conscientizar-se do poder da Palavra de DEUS e da oração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição utilize o esquema abaixo. Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Fale que além da viúva de Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras mulheres estrangeiras que o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a mulher siro-fenícia comprovam que DEUS não pertence a nenhum grupo específico. Ele é infinito e seu Santo Espírito sopra onde quer.
A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES ENTRANGEIRAS NAS ESCRITURAS
Raabe
Habitante de Jericó na época da invasão de Israel à Canaã. Sua história é narrada em Josué 2.1-22; 6.17-25. Há, sobre ela, referências claras em o Novo Testamento. Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe à sua fé (Tg 2.25; Hb 11.3).
Rute
Uma moabita que casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4.10), um dos filhos de Elimeleque e Noemi (4.3; 1.2), e Boaz, um parente de Elimeleque (4.3).
A mulher Síro-Fenícia
Mulher gentílica, da região de Tiro e Sidom, que pediu a JESUS para curar a sua fi_lha (Mc 7.26; cf. Mt 15.21,22).
Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
  


Lição 6 - A viúva de Sarepta IV

INTRODUÇÃO
- O que podemos imaginar é que a pobre viúva de serepta estava, de fato, esgotada, pois todos os seus sonhos se tinham dissipado, certamente com a morte do marido e agora com a fome endêmica, que a ninguém e a nada poupava. Tanto os animais como pessoas de alta classe, todos estavam contados na mira da morte.
I – TEXTO BÍBLICO EM ANÁLISE       
-  Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba. E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão. Porém ela disse: Vive o SENHOR teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos. E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu assim diz o SENHOR Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra. E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do SENHOR, que ele falara pelo ministério de Elias.
II – UMA VIÚVA SEM NOME
- Para ela, a morte não era novidade. Ela vira o marido morrer. E agora, observava, sem ajuda, como tudo ao seu redor morria. A grama secava completamente, as árvores perdiam as folhas, as vacas estavam esqueléticas e magras, e as cabras baliam lamentosamente. Cada dia, ela esquadrinhava o céu sem nuvens, esperando contra a esperança por uma nuvem de chuva. Havia racionado a farinha e o óleo, tentando fazê-los durar até o fim da seca. O pequeno pão redondo e chato diário era dividido desigualmente. Seu filho precisava de toda a nutrição que ela podia lhe dar. Era-lhe doloroso ver o rapaz tão magro e sem forças. Mas seu sacrifício parecia sem sentido, pois ela temia que os dois logo sofreriam a fome da morte. Só havia o suficiente para uma última refeição. Segurando a mão do filho, a viúva saiu da empoeirada cidade de Sarepta para buscar lenha a fim de cozer sua última refeição. E aqui, a mulher sem nome entra na narrativa bíblica e na história sagrada, ensinando-nos lições que, milhares de anos mais tarde, podemos aplicar a nós mesmos. Nesta semana, vemos se desenvolver em miniatura o grande conflito entre Deus e Satanás na vida de uma viúva sem nome que escolheu Deus e foi conduzida passo a passo em uma jornada de fé.
III – DE QUERITE AO DESERTO
- Elias foi ao riacho de Querite I Rs 17:3 enquanto o país de Israel definhava sob uma seca devastadora. Finalmente, o riacho secou, e Deus ordenou ao profeta que partisse e fosse para Sarepta I Rs 17:1-9. Deus ordenou a Elias que saísse de Israel e fosse a uma terra estrangeira. Sarepta está localizada na costa mediterrânea entre Tiro e Sidom. Está dentro do território da Fenícia, de onde veio a terrível rainha Jezabel. Uma das importantes divindades nacionais fenícias era Baal, e Jezabel, como rainha do rei Acabe, introduziu ativamente a adoração de Baal da Fenícia para Israel. No mundo antigo, normalmente, pensava-se que os deuses pertenciam a uma cidade ou região específica. Sarepta, situada fora de Israel, em um país estrangeiro, estava supostamente distante da área de influência do Senhor. O povo dessa nação pagã também devia estar muito distante do alcance de Deus. Mas ninguém está fora de Seu alcance. Bem no próprio centro da adoração de Baal, Deus fez conhecidos Sua presença e Seu poder. É importante notar que o Senhor usou a necessidade do profeta para alcançar uma mulher na distante Sarepta. Como crentes em Jesus, não temos que projetar uma fachada perfeita a todos ao nosso redor. Não temos que encobrir nossos problemas nem fingir que não temos necessidades, porque, como todos sabemos, isso não é verdade. Como cristãos, ainda sofremos, ainda nos entristecemos, ainda precisamos, às vezes, do consolo e ajuda de outros que, de fato, podem nem professar nossa fé ou mesmo nenhuma fé. O que há de errado em achar que mostramos falta de fé quando buscamos a ajuda de outros? De que maneira podemos, em nossas necessidades, revelar aos outros a bondade e o caráter de Deus?
1 - Um instrumento incomum - (1Rs 17:7-12)
- A viúva, lá fora, ajuntando lenha para fazer uma última refeição para si mesma e para o filho, imediatamente reconheceu Elias como um crente em Deus. O texto não diz o que foi, mas algo a fez saber que Elias era um adorador do Senhor. A mulher reconhecia que Deus existia, mas que significava isso para ela, naquele momento? Preste atenção à frase: “Para que a comamos e depois morramos” (NVI) O que significa? (I Rs 17:12).
2 -  Que semelhanças você encontra entre 1 Reis 17:3, 4 e 17:8, 9?
- Deus dirigiu e guiou Seu profeta Elias a fim de salvar sua vida. Primeiramente, ordenou-lhe que se escondesse junto ao ribeiro de Querite. Os corvos tiveram ordens de alimentá-lo. Em seguida, Deus ordenou novamente e enviou Elias a Sarepta, onde ordenou que uma viúva (v. 9) o alimentasse. Essa viúva parecia ser um instrumento incomum para Deus. Ela não era israelita. Era uma viúva sem posição social e sem influência nem poder. Ela mesma estava quase morrendo de fome. Que lição incrível podemos aprender observando essa estratégia divina! Na maioria das vezes, Deus nos escolhe, não por qualquer habilidade em particular que tenhamos, mas apesar de nossas debilidades (2Co 12:9). Ontem, vimos que Deus não está limitado pela geografia. Hoje, vemos que Deus não tem as mesmas limitações humanas. É Deus quem ordena nesta história. Ao longo da narrativa, está claro que Deus está no controle, algo também muito importante no contexto maior do ministério de Elias na grande batalha entre o Senhor e Baal. Nada e ninguém pode impedir o cumprimento da vontade de Deus. Mais tarde, na história, veremos que nem mesmo a morte pode interferir nos propósitos de Deus. Embora sejam lançados sobre nós coisas e eventos nocivos ou prejudiciais à nossa vida, os propósitos de Deus para nós sempre são bons (Jr 29:11), embora não possamos ver isso imediatamente. Precisamos aprender a confiar nEle em todas as situações, tanto nas boas como nas más, pois inevitavelmente nos encontraremos em ambas. Como o Senhor usou você, apesar de suas fraquezas? Mediante Seu poder, quanto mais você seria capaz de superar essas debilidades?
3 - Entrega total (1Rs 17:13-16)
 - Qual foi a primeira coisa que Elias disse à viúva, e por quê? Que grande salto de fé Elias estava dando ao fazer esse pedido? 1Rs 17:13-16- No mundo bíblico, quando tudo ia bem, as viúvas eram personagens marginais. Especialmente se não tinham filhos crescidos para cuidar delas. Eram facilmente vitimadas e tinham limitados recursos legais. Em tempo de uma grande seca, as coisas eram ainda piores para elas. Cada família estava lutando pela própria sobrevivência e não havia sobras para viúvas pobres. Essa mulher recebeu o pedido de alimentar o profeta. Quando consideramos sua realidade social e econômica, ela era, realmente, a candidata mais improvável. Só havia um punhado de farinha e um pouco de óleo entre essa pobre mulher e a morte pela fome.A quem o profeta lhe disse que ela devia alimentar primeiro? Que pensamentos devem ter passado pela mente dela quando ouviu isso? Que tipo de fé era requerido de sua parte?  Em muitas culturas atuais, é mais apropriado oferecer aos outros antes de pensar em si mesmo. Porém, para acrescentar insulto à injúria, o profeta não só queria tirar de uma pessoa que não tinha condições de dar, mas queria ser servido em primeiro lugar. Lembre-se disto, ao longo desta história: o profeta estava realmente como representante de Deus perante essa mulher. Pedindo-lhe seu último pão, o profeta estava convidando a mulher a dar um salto de fé, entregar a ele tudo o que tinha.
 4 -  Que outros exemplos existem na Bíblia em que Deus pediu por entrega completa? Veja, por exemplo, Gênesis 22.
 - Quando damos a Deus tudo o que temos, sempre saímos ganhando. Originalmente, a mulher só tinha o suficiente para uma refeição. Ao dar primeiro aquela comida ao profeta, essa mulher pagã agiu por uma fé pura, confiando no que não podia ver nem entender. De certo modo, não é isso que é fé (veja Hb 11:1) – confiar em um Deus que não podemos ver e em promessas que não podemos entender completamente? Também é surpreendente que essa mulher não fosse nem mesmo israelita, mas alguém que vivia em uma terra pagã, que praticava uma forma degradante de adoração. E ainda, de alguma forma, Deus Se comunicou com ela (veja v. 9), e ela respondeu em fé, fazendo o que lhe havia sido mandado, por mais tolas que tenham parecido suas ações, sob a perspectiva mundana. Qual foi a última vez em que você teve que agir em fé pura, cega, confiando no que não podia ver nem entender? Que lições você aprendeu sobre o que significa para nós, seres pecaminosos, viver pela fé? A viúva dera seu último pão, e Deus operou um milagre. Ela e o filho escaparam miraculosamente da fome e tiveram uma fonte constante de comida. É difícil imaginar a surpresa dela ao ver esse milagre incrível acontecer, não uma só vez, mas dia a dia.
 5 - Qual é a resposta humana natural ao contato com Deus? Veja Jó 42:5, 6Is 6:5Dn 10:8Lc 5:8Ap 1:17Por que é tão comum essa reação?
 - Pelo profeta Elias, a viúva entrou em contato com Deus. Quando entramos em contato com um Deus santo, nossos pecados se tornam mais aparentes. E então, quando acontece algo terrível, podemos sentir que o Senhor está nos castigando. Em 
1 Reis 17:18, “Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?” (1 Reis 17:18 RA) a viúva culpou o profeta de Deus por estar lá e, consequentemente, levá-la à presença de Deus. Aqui aprendemos que Deus guarda os seus até na casa do inimigo, pois Sarepta era governada pelo genro de Acab que era mandado (Acab) por sua mulher, Jezebel, isso significa que Deus guarda até dentro da cidadela inimiga, porque Elias era grande inimigo de Jezebel, e nessa cidade onde ela era governo, encontrou Elias, refúgio e amparo.
6 -  Por que a viúva pensou que a presença do profeta era a causa de seus males?
- Talvez ela visse o tipo de vida fiel e santa que Elias vivia, e ela se sentisse condenada em sua presença quando se comparava com ele. Ou, vivendo dia a dia com um milagre, talvez ela sentisse a presença de Deus e Sua santidade como nunca antes e, assim, sentisse sua pecaminosidade mais que nunca antes. Assim, naquele contexto, ela via seus pecados como a causa dessa tragédia. De muitas formas, essa é uma reação comum. Frequentemente, culpamos a nós mesmos e nossos pecados pelas tragédias que nos atingem ou aos nossos queridos. O que fiz para meu filho ficar doente? Que pecado provocou essa calamidade em minha vida? Embora seja verdade que muitas vezes a dor e o sofrimento são resultado direto das escolhas pecaminosas que fazemos, também é verdade que muitas tragédias vêm por nenhuma razão aparente e certamente não por alguma culpa de nossa parte. Lembre-se da história de Jó. Até Deus admitiu que ele era um homem justo, e veja o que lhe aconteceu. Precisamos ser muito cuidadosos quando buscamos explicar a causa da tragédia em nossa vida. O mais importante é como respondemos a essas tragédias, pois nos demorar na suposta causa muito provavelmente não ajudará. Todos enfrentamos tragédias inesperadas e inexplicáveis, não é mesmo? É parte do que significa sermos seres pecaminosos em um mundo pecaminoso. Como você pode aprender a confiar em Deus e amá-Lo, mesmo em meio a acontecimentos dolorosos?
7 -  Provando a fé - 1Rs 17:17-24
- Note o conflito que o próprio Elias teve com a morte do menino. Não parece que ele tivesse certeza de que o Senhor o ressuscitaria. Sua oração parece refletir parte da atitude da própria mulher, culpando Deus pela morte. O que isso mostra é que até mesmo profetas podem ter perplexidades para entender certos acontecimentos (Mt 11:1-3). Sem dúvida, por um bom tempo, tanto a viúva como Elias estavam vivendo na presença de um milagre – a provisão ininterrupta de farinha e óleo – que deve ter sido mais que suficiente para manter forte sua fé. Mas, diante de algo tão dramático assim, sua fé foi posta à prova. Com que frequência também nós podemos ter passado por alguma experiência incrível com Deus, algo que realmente nos tocou poderosamente, só para questioná-Lo mais tarde quando os eventos se transformaram em algo de que não gostamos! É por isso que, embora os milagres possam ter um papel na edificação da fé, eles não devem ser seu centro. Adaotação – 
 http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li1142010.html
OBS:Há uma diferença entre a viúva de Serepta em relação a ímpia Jezabel:
- A Viúva de Sarepta--------------------------------------------------Jezabel

1- Era pobre porém generosa                                                     1- Era rica e má

2-Cuidou de Elias                                                                       2-Prometeu matar  Elias
3- Acreditou no Deus Todo Poderoso                                        3-Acreditava em Baal
4- Não possuía nada mas possuía tudo                                       4-  Possuía tudo mas não  
                                                                                                      possuía nada
5- É mencionada na Palavra de Deus                                          5- Morreu de forma brutal
IV – A MENSAGEM PROFÉTICA NO MINISTÉRIO DE ELIAS
- A profecia que vamos estudar foi feita por Elias a uma mulher viúva, que vivia o drama da seca. Elias até então tinha vivido lá do outro lado do rio Jordão, às margens do ribeiro de Querite, que ficava aproximadamente 40 quilômetros a leste daquele rio.
- Elias viajou cerca de 100 quilômetros para o norte, em direção ao território Fenício. Parou em Sarepta, cidade litorânea que ficava entre Tiro e Sidom: Sarepta, significa "lugar de fundição". A casa onde deveria ficar hospedado já estava determinada por Deus.  Ouça o relato bíblico: “E chegando a porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água… E indo ela buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão… Vive o Senhor que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha e um pouco de azeite… Vês, apanhei dois cavacos  e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que comamos e morramos… Não temas, vai e faze conforme a tua palavra. Primeiro para mim e depois para ti e teu filho” (I Reis 17:10-13). Você já imaginou a situação da mulher? Como atender tal pedido, se nesse momento a farinha e o azeite estavam acabando? E essa viúva não era do povo de Israel. Mesmo sendo fenícia cria no Deus do céu e da terra, e era fiel a Deus em todo o conhecimento que possuía.
- Elias agora estava seguro e faz então uma das mais emocionantes profecias da Bíblia: “Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até o dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra”. A primeira reação desta mulher foi humanamente normal. Ao ser convidada a repartir o pouco que tinha ela disse que não poderia, porque o que possuía era bem pouco ou quase nada e que primeiro iria fazer um bolo para ela e para o seu filho e depois certamente iria esperar a morte.  Elias chegou na hora certa. A comida estava no fim.  Mas, Deus, amigo ouvinte, sempre age na hora crítica. Ele sempre chega no momento em que não temos outra alternativa. Assim é o nosso Deus. Ele está sempre presente. A mulher fenícia creu e a profecia foi cumprida na vida dela. A Bíblia conta que “ela fez conforme a palavra de Elias. Assim comeu ela, ele e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do Senhor, falada por intermédio de Elias” (I Reis 17:15-16). O Deus que servimos é o Deus dos impossíveis. Por isso, se há algo em sua vida que parece perdido, impossível de ser resolvido, siga a receita que Elias deu para a mulher Fenícia, e você verá o que vai acontecer. Faça o teste.
“Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará”. ALELUIA! – Adaptado do texto:   Fábio Parron Felhaner
- É bom lembrar que Elias tinha um relacionamento muito íntimo com o Senhor; ele chamava Deus de “meu Deus”. Um relacionamento íntimo com Deus não significa ter todas as respostas. Elias não podia entender por que Deus permitira que a criança morresse. Mas é quando temos um relacionamento íntimo com Deus que podemos experimentar melhor Seu poder em nossa vida. O milagre não ocorreu por uma fórmula mágica especial nem mesmo pela tentativa do profeta de manter o menino aquecido. O escritor da história deixa claro que foi Deus que ressuscitou o menino. O próprio Elias ficou emocionado com o resultado. “Vê, teu filho vive!” ele deve ter exclamado para a viúva. Sem dúvida, por mais que esse incidente tenha ajudado a aumentar a fé da mulher, seguramente ele ajudou Elias, também. A resposta da viúva conclui com uma declaração de fé. Ela agora sabia que o Deus de Israel podia sustentar a vida e também dar vida.
CONCLUSÃO
 - Contudo, vimos que Elias aprendeu a viver inteiramente dependente de Deus, embora essa seja uma postura difícil para muitos em nossos dias.Vejamos que a  trajetória de Elias nos fornece uma lição de dependência de Deus, maravilhosa: ora bebendo água de um ribeiro e se alimentando de pão e carne trazidos pelos corvos (I Rs 17.1-6); ora sendo sustentado por uma pobre viúva (I Rs 17.8-16); ora alimentando-se de pão e água trazidos por um anjo (I Rs 19.5-7). Com certeza, a confiança de Elias não estava depositada nos corvos, nem na viúva, nem mesmo no anjo, e sim, no Jeová Jireh, o Senhor que provê. Portanto, tenhamos fé em Cristo Jesus, pois Elias foi homem sujeito as mesmas paixões que nós (Tg 5:17).
Bibliografia
- Bíblia Plenitude ARC
- Enciclopédia Livre “Wikipédia”
-Apontamentos Teológicos do Autor - Dicionário Online - http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li1142010.html
 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. JOSAPHAT BATISTA SOARES


Lição 6 - A viúva de Sarepta V
INTRODUÇÃO
            A história da visita do profeta Elias à terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é exemplar por  duas razões.
Primeiro a história revela o cuidado de Deus para com os seus servos que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam, Deus cuida deles (Gn 39.1,2;I Rs17.1,2). Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as nações, e que, mesmo em se tratando de um povo pagão, Deus escolhe dentre uma de suas moradas aquela que será o instrumento usado por Ele na construção de seu projeto (Tg 2.25; Hb 11.31).
I – INFORMAÇÕES SOBRE O RIBEIRO DE QUERITE E A CIDADE DE SAREPTA
a) Ribeiro  de Querite – Um ribeiro existente no território da atual  Transjordânia, onde o profeta Elias escondeu-se, após fugir da rainha Jezabel (I Rs 17.3,5). Um local proposto é o Wadi Kelt (palavra árabe que indica uma corrente de água que só é ativada em tempos chuvosos e quando a neve se derrete), um riacho de águas revoltas que desagua no vale do Jordão. Quando chegava a estação seca, o Wadi se secava. O fim daquele suprimento exigia uma mudança. Às vezes é o  que se sucede em nossa vida, mudança (I Rs 17. 7 - 9).
b) Sarepta – Lugar que fazia parte das terras do pai de Jezabel esposa do rei Acabe (I Rs 16.31). Em algumas traduções, esse nome também aparece grifado como Zarepta. O profeta Elias residiu nesta cidade durante a última grande seca (I Rs 17.1,7). Esse lugar é comumente identificado como a aldeia moderna de Sarafand, cerca de 14,5 quilômetros  ao sul de Sidom, na costa do mar Mediterrâneo. Cidade originalmente Fenícia, a principio pertencia a Sidom; mas, após 722 a.C., passou para território de Tiro, quando as duas cidades entraram em conflito, e esta ultima se saiu vitoriosa. Isso pôs Elias em território estrangeiro, onde ele estaria em segurança dos planos de Acabe e da sua horrenda esposa,  Jezabel (I Rs 17. 10).
II – A VIÚVA DE SAREPTA RECONHECE O PROFETA ELIAS COMO SERVO DE DEUS
            Quando a viúva conheceu o profeta Elias, pensou consigo que iria preparar a sua última refeição (I Rs 17.12). Mas, um simples ato de fé produziu o milagre (I Rs 17.14,15). Ela confiou na mensagem do profeta e deu-lhe umbolo pequeno(I Rs 17.13) do que restava da farinha e do azeite que tinha para sua última refeição. A fé é o passo entre a promessa e a certeza do seu cumprimento (Hb 11.1;11,33; 10.38; Rm 4.16; Hc 2.4). Os milagres podem parecer fora do alcance de nossa fé, mas todo prodígio, grande ou pequeno, começa com um ato de obediência (Gn 26.5; Dt 28.13; I Sm 15.22; Jr 42.6). Não enxergamos a solução da situação em que nos encontramos, até darmos o primeiro passo de fé (Mt 8.10; 15.28; 21.21; Mc 2.5; 4.40; 5.34; At 14.9).
2.1 As circunstância da viúva - Morava em Sarepta, lugar entre Sidom e Tiro, onde quase um milênio depois, o Senhor Jesus Cristo exerceu uma missão de compaixão para com uma mulher que não era da descendência de Israel (Mc 7.24-31; Mt 15.21-28). Eis as circunstâncias:
  •  Tinha um filho (I Rs 17.13);
  •  Era muito pobre e desanimada (I Rs 17.12);
  •  Não conhecia o Deus de Israel (I Rs 17.12);
  •  Sofria os danos causado pela seca (I Rs 17.7).
2.2  A viúva e o seu encontro com o profeta Elias – O profeta Elias parece ter sido bastante egoísta e sem coração com a viúva,  pedindo que lhe trouxesse  água e pão , fazendo primeiro para ele (I Rs 17.10,11). Contudo, devemos olhar para o plano do Senhor Deus na vida daquela viúva e do seu filho; havia um grande milagre da parte do Senhor para acontecer, isto é, o milagre da abundância dafarinha e do azeite no tempo da crise (I Rs 17.16).
2.3  Mesmo sem entender, a viúva atende a voz do homem de Deus. Vejamos:
a) ...Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba (I Rs 17.10) -  Não é de surpreender que a água é algo de grande importância a necessidade da existência humana (I Sm 25.11; I Rs 18.4). O desejo de uma vida espiritual plena, são descritos como alguém que tem sede de água (Am 8.11; Mt 5.6; Sl 63.1; 143.6). Da mesma forma como o nosso corpo físico precisa da água para sobreviver (Jo 4.13), a nossa alma também precisa da água celestial para continuar com vida (Jo  4.14; 7.38).
b) ...Traze-me, agora, também um bocado  de pão na tua mão (I Rs 17.11) -  No hebraico, Lechem palavra usada por mais  de duzentas e trintas vezes no Antigo Testamento, que significa pão comum, e em termos gerais, “ alimento” ou “sustento”(Gn 3.19; Ml 1.7; Dt 8.3; Is 3.1; Jr 37.21).  O melhor pão era feito de farinha de trigo ( Jz 6.19; II Sm 1.24; I Rs 4.22), com a massa bem amassada (Gn 18.6; Lv 2.1). Já o pão mais popular era feito de cevada ( Jz 7.13; Jo 6.9-13). Não esqueçamos que o pão que o profeta Elias pediu a viúva, é o pão que perece, que sacia apenas o corpo humano (Mt 14.15-21; 15.32-38) e não a alma. Porém, o Senhor Jesus se mostra como o pão dá vida (Jo 6.35). Lembremo-nos que a Palavra de Deus é o alimento genuíno para um crescimento sadio da nossa alma perante o Senhor nosso Deus (Sl 19.14; 33.4,6; 119.11).

2.4  Recompensa por atender a voz do homem de Deus 
a) A viúva fez conforme a palavra do profeta Elias – A mulher acreditou na afirmação do homem de Deus. Em primeiro lugar, ela o serviu, e por conseqüência o milagre aconteceu. Ela, seu filho e Elias tiveram abundância de alimentos. É maravilhoso vermos o milagre acontecer, como resultado de um grande ato de obediência e fé (I Rs 17.15).
b) Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou  – O suprimento de farinha e o azeite se multiplicava milagrosamente, por causa da intervenção divina, na vida daquela viúva (I Rs 17.16).
III – A MULHER RECONHECE O DEUS DE ELIAS COMO O VERDADEIRO DEUS
            A provisão do Senhor nunca é dada com o proposito de nos fazer ficar inerte (Fl 4.19; 4.12;  Sl 40.17; 107.41) mas, para que possamos aprender as lições, de não colocarmos limitações à capacidade de Deus prover o que precisamos ter (Pv 8.11; 15.2; 16.16; 24.3; 31.26), sobretudo nas adversidades. Precisamos aprender a depender do Senhor Deus ao enfrentarmos cada dificuldade. Felizes são aqueles que podem assim acreditar e a obedecer na esperança, contra a esperança, ou seja, confiarmos em Deus apesar das cirunstâncias (Rm 4.18; Sl 65.5; 78.7; 146. 5).
IV – O SENHOR JESUS UTILIZA A HISTÓRIA DA VIÚVA DE SAREPTA
            O Senhor Jesus fez referência ao profeta Elias, à grande fome e a viúva de Sarepta de Sidom (Lc 4.25,26). O texto deixa claro que a viúva de Sarepta fica em evidência nas palavras do Senhor Jesus. O que faz a história dessa mulher ser diferente das demais viúvas de sua época? Por que ela foi abençoada e as outras não? Por que ela recebeu uma menção tão honrosa por parte do próprio Cristo? Sabemos que no texto o Senhor Jesus estava se referindo a falta de credibilidade do profeta em sua própria pátria, conforme (Lc 4.24). Contudo, queremos ainda extrair três lições das atitudes da viúva:
4.1 Deus prepara o ambiente para sermos recebidos. O Senhor Deus preparou o coração da viúva para recepcionar e atender as necessidades do profeta (I Rs 17.15).
4.2 Arecompensa é assegurada pela obediência. Deus trouxe provisão àquela mulher por sua submissão aos interesses divinos através do ministério do profeta Elias, não permitindo que o seu suprimento lhe faltasse, antes ocorresse um transbordamento da provisão em seu lar (I Rs 17.16).
4.3O milagre acontece quando Deus é colocado em primeiro lugar. O profeta entrega ou à viúva de Sarepta a chave do milagre quando  lhe disse: “primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho”       (I Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus e atendê-lo primeiro significava pôr Deus em primeiro lugar.
V – DEUS É O  PROVEDOR DO PROFETA ELIAS, DA VIÚVA DE SAREPTA  E DA SUA IGREJA
            A soberania de Deus sobre a historia e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que lhe obedece (Gn 26.5; Dt 28.13,14; I Sm15.22; Jr 42.6; Lc 8.25; Hb 5.9; Hb 11.8) se revelam de uma forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando a soberania divina quer revelar a sua graça (Sl 45.2; 84.11; 90.17; Is 12.1) e tampouco não há circunstância demasiadamente difícil que possa impedir o Senhor de revelar o seu poder provedor. Deus é Deus dentro e fora dos limites que os homens costumam conhecer ou estabelecer (Ef 3.20; Sl 139.17).
CONCLUSÃO
            Em uma nação onde era exigido por lei cuidar de seus profetas, é irônico que Deus tenha recorrido aos corvos     (I Rs 17.4) e a uma viúva (I Rs 17. 8,9) para cuidar do profeta Elias (I Rs 17.15,16). O Senhor traz o auxilio de onde menos esperamos. Ele provê o que necessitamos (Sl 40.17; 107.41; Pv 14.31; 31.20; Is 14.30) de uma forma que ultrapassa nossas restritas definições ou expectativas. Não importa quão amargas sejam as nossas tribulações, ou quão sem esperança a nossa situação possa parecer; devemos buscar o cuidado de Deus. Podemos encontrar Sua providência, o Seu socorro, o Seu milagre  em lugares  ou situações que nos pareçam estranhos (Êx 17.5-7; Nm 20.7-11).   
REFERÊNCIAS

* CHAMPLIN, R.N. O AT Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
* STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.
* CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
* GONÇALVES, José. Porção Dobrada. CPAD
* COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD.
* VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
* Cox, Mildred. Mulheres da Bíblia - Antigo Testamento.UFMBB..
 * Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO


COMPARTILHAR:

+1

0 Comentario "Lição 6 - A viúva de Sarepta"

Postar um comentário

Obrigado por Comentar!

Curta nossa fã page

Comentários