Ao Mestre
Amado (a), como já temos mencionado várias vezes, estamos vivendo dias dificílimos, nas quais certas tendências, modismos e, o próprio mundanismo lascivo e escancarado tem gerado anomalias morais, sociais e pedagógicas, que pegam em cheio nossas crianças, adolescentes e jovens. Desclassificando totalmente o ensino sadio e eficaz que deve ser ensinado a eles. Hoje há uma linha de pensamentos de ordem psicológica que afirma que o adolescente deve viver do jeito que sua cabeça achar melhor – é ou não, existencialismo cru e explicito?
Nesta lição na qual trataremos acerca da “Tentação de Jesus”, é uma grande oportunidade de alertar nossos alunos. Enfatizando que o Senhor Jesus, quanto à sua vida terrena, ”... que, comonós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4.15). Mostrando-lhes que devem ser vigilantes, pois “... o diabo nosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quempossa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” (1 Pe 5.8,9)
Por essa razão é que os educadores da EBD devem ter muito mais que uma boa didática, devem ser voltados à Palavra de Deus, zelosos, dedicados e profundamente integrado com o Reino dos céus. Educar adolescentes cristãos é um grande desafio, mas com a graça de Deus conseguiremos transpor. Pois temos conosco Deus, e se meditarmos um pouco veremos que, a Obra é DELE, as vidas pertencem a ELE, a Palavra a ser ensinada é DELE, logo NELE seremos vitoriosos. Amém!
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa:
ü Distinguir as três áreas em que Jesus foi tentado, e que nestas mesmas áreas somos tentados hoje também; relacionar as tentações feitas a Jesus às de nosso cotidiano; entender a necessidade de praticar a ordem de Jesus “Vigiai e orai”.
Para refletir
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mc 14.38 ARC).
Vigiar requer que se conheça o inimigo de nossas almas e suas estratégias, e que se arme de toda a Armadura de Deus (Ef 6.1018).
Orar requer fé firme e confiança total deposita em Deus, tendo certeza dos propósitos de Deus comunicados à nós pelo Espírito Santo, através da Palavra de Deus.
Quanto a expressão “o espírito, na verdade, está pronto” – interpreta-se, como a vontade esclarecida que aquele que deseja servir a Deus possui, e/ou a assistência, do Espírito Santo “quetestifica com nosso espírito, que somos filhos de Deus” (Rm 8.16), encorajando-nos em nossas fraquejas a fazer a Vontade de Deus.
Texto Bíblico em estudo: Mt 4.111
Introdução
Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás (Hb 2.1718; 4.15). É essencial, portanto, que analisemos cuidadosamente de que forma Jesus venceu.
As necessidades físicas de Jesus
Filipenses 2.67 afirma-nos que, mesmo Jesus sendo igual a Deus, Ele se esvaziou. Assim como o homem tem os cinco sentidos e pode decidir suprimir todos, Jesus escolheu abrir mão de todos os direitos e privilégios de sua divindade ao se fazer homem. Portanto, ficou sozinho no deserto com Satanás na qualidade de homem, como você e eu ficamos diante dele diariamente.
Imediatamente após o seu batismo e a sua unção pelo Espírito Santo, que desceu do céu, o Senhor Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado (Lc 4.1) Como é comum, a tentação vem após alguma das nossas maiores vitórias e mais emocionantes experiências. O ministério de Terreno de Jesus estava por começar, mas não podia se desenvolver sem que certos aspectos fundamentais fossem postos à prova.
Embora Jesus foi tentado várias vezes, Ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi batizado. Seguiremos a história conforme Mateus a conta, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. (Mt 4.12).
Pelo fato que foi o Espírito que levou Jesus para o deserto mostra que Deus pretendia que Jesus fosse totalmente humano e sofresse tentação. Vejamos estas três tentativas de
Satanás para seduzir Jesus.
Primeira Tentação
A afirmação do diabo: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães" (v.3). O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; Ele tinhapoder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que Ele tirasse vantagemde seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata.
As questões: Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como Ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade. E não é o que lê faz ainda hoje? – conduz-nos a agir independente da Vontade de Deus, à fazer a nossa.
Confiaria Jesus em Deus ou se alimentaria a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como Jesus usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a nossa disposição.
A resposta de Jesus: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (v.4). Em cada teste, Jesus se voltava para as Escrituras, usando ummeio que nós também podemos empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi amais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anosno deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentarconceber seus próprios esquemas para se sustentarem.
O diabo ataca as nossas fraquezas. Ele não se acanha em provar nossas áreas mais vulneráveis.
Depois de jejuar 40 dias, Jesus estava faminto. Daí, a tentação de fazer alimento de uma maneira não autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos mais vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são freqüentemente ligadas a sofrimento ou desejos físicos. No momento em que a sofremos, a tentação sempre nos parece razoável. O errado freqüentemente parece certo. Um homem "tem que comer”. Muitas pessoas sentem que necessidades pessoais as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de Deus – esquecendo-se que daremos contas de tudo o que fizermos.
Precisamos confiar em Deus. Jesus precisava de alimento, sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado.
Deus proverá o que Ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe.
Segunda Tentação
A afirmação do diabo: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra" (vs. 56).
Jesus tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em Deus, então experimenta-o. Verifica e vê se Ele realmente cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho das Escrituras. “e disse-lhe:
Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.” (v. 6)
As questões: Para o adversário a questão era:: Jesus confiará sem experimentar? Desde que Deus prometeu preservá-lo do perigo, é certo criar um perigo, só para ver se Deus realmente fará como disse?
A resposta de Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus" (v.7). A confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita testá-la.
O diabo cita a Escritura, ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Muitas pessoas freqüentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Co 11.1315) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos:
1. Não citou todas as Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das
Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus.
2. Ele tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido aqui.
3. Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual.
Satanás é versátil. Jesus venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1 Pe 5.8). A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é “tentar” a Deus pedir-lhe para fazer algo mais para dar prova de Si.
Terceira Tentação
A afirmação do diabo: "Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (vs.89).
Que tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de reinar sobre todos os reinos do mundo.
As questões: A questão aqui não era tanto a de Jesus tornar-se um rei (Deus já lhe tinha prometido isso Sl 2.79; Gn 49.10), mas de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao
Filho depois de seu sofrimento (Hb 2.9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz.
Era um compromisso. Ele poderia governar todos os reinos do mundo e entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se tornaria impuro. Então as questões são: Como Jesus se tornaria rei?
Você não pode usar um meio errado e, no fim, conseguir fazer o bem.
A resposta de Jesus: "Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto"(v.10). Nada é bom se é errado, se viola as Escrituras.
Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para “comprar” Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo.
(Leia Mt 16. 6). O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho; Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O caminho de Deus é converter ensinando o evangelho (Rm 1.16). Exatamente como ele tentou Jesus para corromper sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes dias. O diabo oferece compromissos por bons propósitos, ele testa a profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar erradamente as Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma mentira de modo a atingir um bom resultado. Nunca é certo fazer o que é errado.
Conclusão
Nesta batalha Jesus ganhou uma vitória decisiva. E Ele fez isso do mesmo modo que nós temos que fazer. Confiou em Deus (1 Jo 5.4; Ef 6.16). Usou as Escrituras (1 Jo 2.14; Cl 3.16). Resistiu ao diabo (Tg 4.7; 1 Pe 5.9). O ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que Ele sabia que não era certo.
A defesa de Jesus consistiu de duas coisas:
1. As Escrituras – as primeiras palavras de Jesus foram : “Está escrito”
2. Na obediência imediata a Deus.
Essas mesmas armas estão à disposição do crente. Satanás não tentou argumentar contra as
Escrituras. Obedecendo à Deus, o Senhor Jesus recebeu do Pai, de forma correta, o que Satanás tinha oferecido: provisão de pão, não só para Ele, mas para uma multidão (Mt 14.1321; anjos para servi-LO (Mt 4.11); recebeu (sendo obediente) o Reino sobre toda a terra e céu (Mt 28.18).
Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1 Pe 2.21). Amém Senhor Jesus.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
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