CIDADE, AUTORIA, CONTEÚDO, ESBOÇO

FILIPENSES 1:1,2
Introdução
A Bíblia é, seguramente, o livro mais atacado em toda a história da humanidade. Gran-
des e pequenos, famosos e anônimos, gente de toda raça tem se curvado diante da infernal
missão de atacar a Bíblia. O objetivo final é fazer com que as pessoas considerem-na como
um livro tendencioso, preconceituoso, escrito com o propósito principal de preservar a cultu-
ra do povo judeu.
Uma pergunta surge diante de uma realidade dura como esta: “por que não consegui-
ram seu intento? Por que, a despeito de tantos ataques, a Bíblia continua a ser impressa e é
considerado o livro mais vendido de todos os tempos?”
A resposta é única: porque ela é a Palavra de Deus. E veja o que o Senhor disse sobre
Sua Palavra: “eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la” (Jr. 1:12). Disse mais ainda: “Assim
como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para eles sem regarem a terra e fazerem-na bro-
tar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocor-
re com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atin -
girá o propósito para o qual a enviei” (Is. 55:10,11 – NVI).
Portanto, continuem os opositores a baterem, a Palavra de Deus continuará a transfor-
mar vidas a abrir os olhos do coração e a abençoar todos os que nela buscam alimento para
suas almas.
A carta aos Filipenses faz parte do todo da Palavra de Deus, compõe o Cânon Sagrado.
Estudá-la utilizando o método expositivo trará aos nossos corações lições preciosas vindas da
parte do Senhor Deus.
1 - História da Cidade
Sem um devido conhecimento da história e geografia de Filipos, é impossível extrair de
Filipenses um estudo suficientemente proveitoso.
Filipe II, pai de Alexandre o Grande, foi um homem de energia incansável, de determi-
nação e de talento organizador. Quando subiu ao trono, em 359 a.C., a "Macedônia", sobre a
qual começou a reinar, era uma pequena parte daquela vasta região que originalmente cha-
mava-se Trácia. Ao oriente, nem chegava a atingir o Rio Strimon. Ao sul, fora de seus limites,
ficava a tripartida Península Calcídica. Ao ocidente, mal atingia o que hoje é a Albânia. E ao
norte, se estendia aproximadamente uns sessenta e cinco quilômetros para o que hoje é a
Iugoslávia.
Filipe determinou estabelecer um exército "modernizado". Ele o muniu de lanças mais
longas, cavalarias de choque, melhor organização, etc. Com estes novos instrumentos, ele
deu início ao seu domínio.
Exércitos e expedições são, contudo, dispendio-sos. Então Filipe se anexou à região au-
rífera na circunvizinhança de um lugar que, devido a suas numerosas fontes, era denomina-
da Crenides, que significa "Pequenas Fontes". Ele engrandeceu esta cidade, chamando-a "Fi-
lipos", em sua própria honra.
Ele explorou as minas de ouro, com tal avidez, que as fez produzir mais de mil talentos
de ouro por ano, empregando parte da renda para manter seu exército e parte para engran-
decer seu reino por meio de suborno. Dizem ser dele a seguinte frase: “Nenhuma fortaleza, a
cujos muros um jumento carregado de ouro pode ser conduzido, é inexpugnável”. E assim,
“este ouro de Crenides se espalhou pela Grécia, precedendo as falanges como guardas avan-
çadas, e abrindo mais portões que os aríetes e as catapultas” (Heuzey).
E a expansão territorial iniciada por Filipe foi continuada numa escala sempre crescen-
te, por seu filho, Alexandre.
Inestimáveis consequências emanaram desta conquista. Tem-se dito com muito acerto
que, se Filipe e Alexandre não tivessem ido ao Oriente, Paulo e o Evangelho por ele procla-
mado não teriam entrado no Ocidente, pois foram estes conquistadores que criaram um
mundo de fala helenística, tornando possível a difusão do Evangelho em muitas regiões.
A cidade fundada por Filipe ficava a uns quinze quilômetros no interior do Golfo de Neá-
polis (hoje Kolpos Kavallas), a noroeste da Ilha de Tarso, no Mar Egeu.
Para chegar a Filipos, vindo do mar, alguém teria que entrar num porto que, à seme-
lhança de muitos outros lugares, recebia o nome de Neápolis, isto é, “cidade nova”. Prova-
velmente porque este foi o local onde Paulo desembarcou, trazendo o Evangelho de Cristo, e
consequentemente chamado Cristópolis. Ela ainda subsiste com o nome de Kavalla, e é hoje
o centro industrial de tabaco da Grécia.
Dois séculos depois da fundação de Filipos, Roma conquistou a Macedônia, dividindo-a
em quatro distri-tos políticos. Ao famoso general, Emilius Paulus, pertence a glória da vitória
decisiva em Pidna (junto ao Monte Olimpos) nas costas ocidentais do Golfo de Salônica (168
a.C.). Por esse tempo, contudo, tendo-se as minas de ouro praticamente se exaurido, a cida-
de de Filipos reduziu-se a ‘um pequeno povoado’. No ano 146 a.C, Macedônia tornou-se uma
das seis províncias governadas por Roma.
O subsequente engrandecimento da cidade resul-tou do importante acontecimento que
se deu em 42 a.C. Refere-se àquela batalha histórica que se deu em Filipos entre Brutus e
Cassius, como defensores da república romana, de um lado, e Antônio e Otaviano, como vin-
gadores da morte de César, de outro. Depois de dois combates, Antônio e Otaviano foram vi-
toriosos, enquanto que Brutus e Cassius foram mortos.
Logo depois, Filipos foi convertida em colônia romana e denominada Colônia Júlia Fili-
pensis. Antônio estabeleceu aí alguns de seus veteranos licenciados.
Com a morte de Antônio (matou-se junto com sua amante – Cleópatra), Otaviano torna-
se, o único cabeça do Império Romano. O seu novo nome passou a ser Caesar Augustus (Cé-
sar Augusto). Em 29 a.C. ele foi declarado Imperador; em 27 a.C., Augustus.
Quando despojou os partidários de António de suas posses na Itália, a eles foi dado o
privilégio de juntar-se aos primitivos de fala latina estabelecidos em Filipos. O nome desta ci-
dade tornou-se agora COLONIA JÚLIA AUGUSTA VICTRIX PHILIPPENSIUM.
Filipos, pois, era uma colônia romana. Como tal ela era uma Roma em miniatura, uma
reprodução, em pequena escala, da cidade imperial. Seus habitantes eram predominante-
mente romanos, ainda que os nativos viviam misturados, e pouco a pouco se foram mesclan-
do.
Era natural que os cidadãos romanos se orgulhas-sem grandemente em ser romanos.
Não obstante, eles gozavam de todos os direitos de cidadania romana, como qualquer outro
(romano), tais como a isenção de sofrer açoites, de ser presos, exceto em casos extre-mos, e
o direito de apelar ao imperador. Seus nomes permaneciam nos róis das tribos romanas. Sua
língua era o latim. Gostavam de vestir-se à moda romana. As moedas de Filipos eram cunha-
das com inscrições latinas. Cada veterano recebia do imperador uma porção de terra em do-
ação.
À comunidade toda, além do mais, foi conferido o Jus Italicum, de maneira que os habi-
tantes desta cidade gozavam não só dos privilégios econômicos, tais como isenção do tributo
e o direito de adquirir, con-servar e transferir propriedades, mas também das vantagens polí-
ticas, como a independência de receber interferência do governador provincial, bem como o
direito e responsabilidade de regulamentar seus pró-prios assuntos cívicos.
O controle do governo da cidade estava em poder de oficiais que gostavam de chamar-
se de praetores duumviri, isto é, os dois comandantes civis, tradução livre do grego strate-
goi.
Ao criar aqui e ali tais colônias, Roma sabia muito bem o que fazia. As vantagens eram
mútuas: não somente fazia com que os colonizadores recebessem muitos privilégios, como já
foi demonstrado acima, mas também Roma se aproveitava deste sistema para que dessa for-
ma suas fronteiras fossem bem protegidas contra os inimigos e, ao mesmo tempo, seus vete-
ranos fossem recompensados.
Agora estamos em melhor condição de entender:
(a) o que Lucas nos conta em Atos 16, com referência ao estabelecimento da igreja em
Filipos, e
(b) a Epístola de Paulo aos Filipenses. Paulo, ao escrever da prisão em Roma, faz men-
ção do progresso do evangelho entre os membros da guarda pretoriana (1:13). Ele se refere
a essa guarda porque sabia que seus leitores, muitos dos quais sem dúvida pertenciam às fa-
mílias de veteranos, sentiriam um vivo interesse nesse detalhe. Em nenhuma outra epístola
apostólica se faz menção dessa guarda.
Ele lhes escreveu: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo...” (1:27). À
luz dos fatos já enumerados, é provável que a cidadania terrena (romana), da qual os filipen-
ses se orgulhavam, seja a ideia subjacente da cidadania celestial a que o Apóstolo se refere.
Assim, ainda que muitos cidadãos de Filipos provavelmente se sentissem perfeitamente tran-
quilos em sua cidade, de maneira tal que não trocariam Filipos, nem mesmo por Roma, com
o fim de estabelecer aí sua residência, os crentes, pelo contrário, jamais se sentiam em casa
aqui na terra. Eles sabem muito bem que o seu lar, a pátria à qual pertencem como cida-
dãos, está no céu, e que são passageiros e peregrinos aqui embaixo (Fp. 3:20).
Ele fala dos dolorosos sofrimentos que os leitores têm que suportar e o amargo conflito
em que se acham envolvidos (1:27-30). Filipos, sendo essencialmente romana, tinha seu cul-
to imperial. É fácil concluir que a comunidade não cristã — especialmente os augustianos
que deificavam o imperador — exercesse forte pressão sobre os crentes para obrigá-los a to-
mar parte na adoração prestada ao imperador. A resistência a essa pressão resultava em re-
presália e perseguição. Indubi-tavelmente, isto fazia parte de seu sofrimento.
Numa colônia romana, mais que em qualquer outro lugar, havia tendência de bajular a
Nero com títulos e honras divinos. Por essa razão é que nesta Epístola (aos Filipenses) se
proclamam a glória de Cristo e sua plena divindade (2:5-10), a fim de que seus leitores per-
manecessem inquebrantavelmente leais a Ele, como seu único Deus e Salvador.
2 – Paulo em Filipos
A intenção de Paulo, de penetrar na província romana da Ásia, durante sua segunda via-
gem missionária, foi momentaneamente frustrada. Então, ele tomou a estrada que ia para o
norte, na direção da Antioquia da Pisídia, atravessou a cordilheira monta-nhosa do Sultão
Dagh, e prosseguiu para o norte, che-gando, ele e seu grupo, aos limites da Bitínia, uma pro-
víncia senatorial a noroeste da Ásia (At. 16:6).
Ao tentar entrar na Bitínia pela estrada ao norte, para a Nicomédia, Paulo foi outra vez
impedido (At. 16:7), pelo que ele se voltou para o oeste. Desceu a linha costeira de Trôade,
onde o grupo apostólico parou. Ainda que Trôade seja hoje uma ruína deserta, nos dias do
Apóstolo era um dos principais portos da Ásia. Foi aqui que Paulo recebeu uma visão em que
ouviu o desafio: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At. 16:9). Aqui também Lucas se juntou a
eles.
Atendendo imediatamente a este desafio, Paulo navegou direto para a Samotrácia. Em
seguida o grupo alcançou Neápolis, porto de Filipos. Aqui a viagem a barco terminou. Esta vi-
agem foi rápida, com a duração de apenas dois dias. De Neápolis a Filipos, os missionários
prosseguiram a pé.
3 - A Igreja em Filipos
A primeira igreja cristã na Europa foi fundada na casa de Lídia, a partir de sua conver-
são, em Filipos, uma das principais colônias do Império Romano, localizada na principal estra-
da (via Egnácia) que ligava as províncias orientais com a cidade de Roma.
Na Igreja em Filipos, ministravam vários bispos (em grego episkopoi, que significa “su-
pervisores” ou “presbíteros” – At. 20:17-28), entre eles Lucas, o autor de um dos evangelhos
e do livro de Atos dos Apóstolos (At. 16:13-17; 20:6).
Filipos era um centro muito importante. Eis as palavras de Lucas: “...e dali a Filipos, ci-
dade da Macedônia, primeira do distrito, e colônia” (At. 16:12). Além da importância política, Fili-
pos era muito significativa geográfica e comercialmente. De Filipos à Via Egnacia, o tráfego
se movia em direção a Roma, e vice-versa, via Dirraquio, Brundísio e Via Ápia.
Esta cidade de Filipos era tão diferente de qualquer outra que os viajantes tinham visi-
tado até então, que se viram obrigados a passar aí alguns dias a fim de se orientar.
Então chegou o primeiro dia de repouso semanal na Europa. À saída da cidade pelo lado
oeste havia uma grande arcada estendida sobre a Via Egnacia, que a uns quilômetros mais
adiante cruzava o rápido e estreito Rio Gangites, que se desagua no Struma.
Em algum lugar às margens do Gangites, os homens encontram ‘um lugar de oração’.
Paulo e seus companheiros falaram às mulheres que se reuniam neste lugar de oração para
suas devoções religiosas de caráter judaico. Nessa pequena assembleia havia uma mulher,
chamada Lídia. Era natural de Tiatira (hoje Akhisar, Turquia), caminho que leva de Pérgamo a
Sardes (Ap. 2:12,18; 3:1), na província de Lida, na região conhecida hoje como Ásia Menor
Ocidental.
Ainda que de origem pagã, ela se familiarizara com a religião dos judeus, abraçando-a
como sua (religião), convertendo-se em prosélita.
Ela era mulher de negócios. O seu lugar de origem (Tiatira) ficava localizado bem no co-
ração da região industrial do tecido de púrpura. Tais produtos eram caríssimos.
Ora, visto que Filipos era uma colônia romana, naturalmente que era um excelente
mercado para roupas de púrpura, pois os romanos adoravam cores reais! Com a púrpura
eles adornavam togas e túnicas. Usavam-na também em cobertores e tapetes. Os filipenses
eram ardorosos imitadores dos costumes romanos.
Para Lídia, poder comercializar produto tão dispendioso era preciso que fosse mulher de
posses. O relato de Atos apoia esta conclusão, pois deduz-se que ela possuía uma espaçosa
mansão em Filipos, talvez uma típica casa romana, da melhor classe, dessas que contém am-
pla sala para a acomodação de vários convidados.
No ‘local de oração’ ela encontrou os missionários, que falaram com grande convicção,
provando que as profecias do Velho Testamento, com as quais ela se familiarizara, tiveram o
seu cumprimento em Jesus Cristo. O pregador principal era Paulo. Por meio da pregação de
Paulo esta mulher, cujo coração o Senhor abriu, foi conduzida à aceitação de Cristo. O mes-
mo fez sua ‘casa’, em seguida. Então, ela e todos os membros da família foram batizados.
Com raro tato ela estende aos missionários um convite ao qual não puderam rejeitar,
pois fazê-lo ser-lhe-ia uma ofensa. Eis suas palavras: “Se julgais que sou fiel ao Senhor, entrai
em minha casa, e aí ficai” (At 16.15). Seu desejo, expresso com tanta urgência, prevaleceu.
Aí nasceu a igreja em Filipos, na casa de Lídia.
Paulo desfrutou de uma amizade mais próxima com os filipenses do que com qualquer
outra igreja.
4 – Situação Religiosa da Cidade
Paulo enfrentou muita oposição em Filipos. Quando chegou na cidade ocorreu o primei-
ro choque entre cristãos e autoridades não-judaicas.
Antes, Paulo estivera envolvido em motins religiosos (na Antioquia da Pisídia, Icônio).
Agora, pela primeira fez há uma acusação formal perante magistrados municipais, de acordo
com Atos 16:20. A acusação é dupla: a) Paulo e seu grupo são acusados de causar distúrbios;
e b) também tentam introduzir uma religião alienígena (16:21), o que não é permitido, dizem
os cidadãos filipenses. Tais medidas foram tomadas principalmente por iniciativa privada.
As várias partes desta acusação merecem estudo como pano de fundo para a análise da
carta de Paulo aos Filipenses:
a) Parece claro que o patriotismo romano tinha forte influência em Filipos. Com efeito,
os donos da jovem escrava, possessa de espírito demoníaco, provavelmente não tinham ou-
tro interesse senão o de salvaguardar seus proventos financeiros, quando invocaram o velho
princípio da incompatibilidade. De acordo com este princípio, um cidadão romano não po-
deria praticar um culto que não houvesse recebido sanção pública do Estado. Contudo, essa
restrição era menosprezada se a prática não fosse socialmente inaceitável, isto é, não fosse
imoral ou subversiva. Tal acusação não foi levantada contra os apóstolos. Portanto, somos le-
vados a suspeitar que a principal alegação estava no fato de serem eles judeus (16:20).
b) O colorido anti-semítico da acusação pode ter sido consequência de acontecimentos
recentes no mundo romano. No ano 49 A.D., Cláudio tomara medi-das para desencorajar o
crescimento do judaísmo. Há evidências disto em seu édito que expulsa os judeus de Roma
(At. 18:2).
A animosidade contra os judeus em Filipos pode ser também a explicação para o ódio
contínuo do populacho contra a igreja cristã nascente, especial-mente em vista da estreita li-
gação da mesma com estas mulheres judias. A advertência de Paulo para permanecermos
firmes é renovada frequentemente (1:27; 2:16; 4:1).
O clima religioso de Filipos era o de sincretismo. O panteão grego de deuses, mais o ro-
mano, uniram-se em culto de adoração importado do este, e esta fusão foi imposta ao pano
de fundo da religião indígena, traciana, da região.
Acima de tudo, havia a religião imperial, vista nos monumentos existentes, na cidade. As
inscrições mencionam os sacerdotes do imperador deificado, e seu gênio: Júlio, Augusto,
Cláudia;
5 – Autoria Data e Local da Carta
A própria carta reivindica a autoria paulina (1:1). Sete das epístolas do apóstolo Paulo
foram escritas da prisão: Filipenses, Efésios, Colossenses, Filemon, 1 e 2 Tomóteo e Tito.
Paulo escreveu esta carta enquanto estava preso em Roma, entre os anos 53 e 58 d.C.
6 – Propósito da Carta
Ainda que o principal objetivo de Paulo, nesta carta, seja agradecer de maneira entu-
siástica e formal a generosidade e amabilidade dos irmãos de Filipos, por mais uma vez ha-
verem tirado de si para cooperar com as necessidades pessoais e ministeriais de Paulo em
Roma (1:5; 4:10-19), o apóstolo aproveita a oportunidade para cumprir algumas outras fun-
ções importantes:
a) fazer um relato geral das suas circunstâncias (1:12-26; 4:10-19).
b) encorajar a Igreja em Filipos e outras que viriam a ler esse depoimento a se mante-
rem firmes e inabaláveis, mesmo diante das mais severas perseguições. Paulo os exorta a se
regozijarem nos sofrimentos por amor e fé em Cristo (1:27-30; 4:4).
c) estimulá-los a desenvolver relacionamentos fraternais sérios e permanentes a partir
de um caráter humilde, dispostos a estabelecer um indestrutível senso de unidade (2:1-11;
4:2-5).
d) formalizar a recomendação ministerial dos jovens servos Timóteo e Epafrodito à Igre-
ja em Filipos, (2:19-30).
e) advertir os filipenses e demais igrejas contra os judaizantes (legalistas), antinomistas
(libertinos) e místicos (defensores de uma espécie de espiritismo judaico), que tentavam se
infiltrar entre os irmãos para corromper a sã doutrina cristã.

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