Após a divulgação do lançamento da “Bíblia gay” que traz uma versão que ameniza a questão do homossexualismo abordado nas Escrituras Sagradas, o teólogo diz que isto é a prova de que qualquer um pode distorcer a verdade que lhe ofende.
Uma Bíblia chamada “Queen James”, que foi lançada com o objetivo
de eliminar as discussões acerca do homossexualismo, causou polêmica entre
os evangélicos no Brasil.
A Bíblia “Queen James” (Rainha James) foi adaptada a impedir
interpretações contrárias à prática homossexual, que é condenada nas versões
originais das Escrituras.
Em entrevista ao The
Christian Post, o pastor e teólogo Augustus Nicodemus(foto) comenta sobre o
tema e questiona “quantos versículos precisamos para reconhecer que Deus
aborrece alguma coisa?”
Nicodemus refere-se ao
argumento dos idealizadores da ‘Bíblia gay’ que dizem que entre
milhares de versículos no livro sagrado apenas 8 interpretam o homossexualismo
como pecado.
A nova versão da
Bíblia tem o nome ‘Rainha James’ para sua versão baseado na história do Rei
James da Inglaterra, que autorizou a primeira tradução da Bíblia para o
inglês mais de 400 anos atrás, a King James.
Os ativistas gays
alegam que James era bissexual e que apesar de ser casado possuía
relacionamentos homossexuais, ficando conhecido como ‘Rainha James’ por pessoas
mais próximas.
No entanto, a fim de
esclarecer esta questão, o teólogo Augustus Nicodemus explica que na verdade a
referência a James como ‘Rainha James’, baseia-se num epigrama da época, “Rex
fuit Elizabeth, nunc est regina Jacobus”.
O termo significa
“Elizabeth era o rei e agora James é a rainha” e era uma piada sobre o fato de
que o Rei James era pacífico e tranquilo enquanto que sua esposa Elizabeth era
agitada e autoritária.
“Não havia qualquer
insinuação de homossexualidade na frase, que visava apenas debochar
da passividade do Rei James”, disse ele ao CP.
De acordo com o
teólogo, o Rei James era um cristão comprometido, erudito e muito capaz
teologicamente. Além disso, ele diz que o fato de que muitos de seus amigos
mais próximos eram homens jovens deu origem à especulação quanto à sua
sexualidade.
No entanto, Augustus
revela que em um trabalho teológico escrito pelo Rei James (“Basilikon Doron”),
o próprio coloca a sodomia entre os pecados que jamais deveriam ser perdoados.
Ele ainda comenta a
reivindicação dos idealizadores da Bíblia Rainha James quanto a palavra
“homossexualidade” que só foi mencionada na Bíblia RSV (Revised Standard
version) a partir de 1946 e que antes disto não havia menções, apenas
interpretações. Para esta questão, ele leva a uma reflexão com uma pergunta,
“em que estas interpretações se baseiam?”
Para o teólogo, não
haveria outra forma de interpretar alguns versículos como a passagem de
Levíticos 18:22 que diz “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é
abominação”.
Ele cita também
Romanos 1:26-27 que diz “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames;
porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por
outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o
contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade,
cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida
punição do seu erro”.
Todas as versões da
Bíblia que ele conhece, Nicodemus afirma, condena o ato sexual entre pessoas do
mesmo sexo. E indaga, “estariam todas elas erradas?”
“Todas as traduções
que eu conheço – francês, holandês, alemão, espanhol, inglês e português (disponíveis
no BibleWorks8) – verteram estas passagens de modo a dar a entender que o que
está sendo condenado é exatamente as relações sexuais entre pessoas do mesmo
sexo. Sabemos os nomes e as qualificações acadêmicas de seus editores, mas isto
não aparece na ‘Bíblia Queen James’.”
Augustus, finalmente,
lamenta as afirmações dos editores desta nova versão da Bíblia e diz que tal
proposta revela claramente o caráter ideológico desta tradução.
“A ‘Queen James’ é o
tipo de publicação que autoriza qualquer um a editar uma Bíblia amenizando ou
distorcendo as passagens que lhe ofendem”.
post inforgospel.com.br – com
informação Christianpost – por: Luana
Santiago
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